NO
TEMPO DE PESSOAS “IMPORTANTES” COMO NÓS
50
Anos da História de Alcobaça Contada através de Pessoas
Antunes, Mariana Rosa Faustino, nasceu na Vestiaria em 26 de abril de 1943.
Iniciou
a Escola Primária na Vestiaria (os dois primeiros anos), terminando-a numa
escola de Alcobaça.
Com
dez anos por motivo de saúde, veio para casa dos tios, os quais lhe deram muitas ferramentas e proprietários da Pensão
Central, situada na Praça D Afonso Henriques, com entrada na Rua D Pedro V, que
encerrou em junho de 1964, por baixo da qual existiam (e existe) o Café
Trindade, uma barbearia e a Ourivesaria Fonseca.
Em
frente à entrada da Pensão e no prolongamento do Mosteiro, estava instalado o
Asilo de Mendicidade de Lisboa, espaço que até 1928, foi Quartel. Na década de
1940, seus tios possuíam uma esplanada, muito rústica em madeira, ladeada por
grandes plátanos, na Quinta da Gafa, dando origem à atual esplanada, junto do
palacete onde está a Câmara Municipal. A esplanada era um espaço ameno e
concorrido por clientes que apreciavam a pastelaria caseira (folhados, pasteis
de nata, crespos, pasteis de amêndoa etc., etc.), tendo lhe sido entregue, a
responsabilidade da confeção desta doçaria.
Na
década de 1960 voltou à Escola,
inscrevendo-se no Externato D. Afonso Henriques, em curso noturno, tendo
concluído o Curso Geral do Comércio.
Nos
finais da década de 1970, ingressou como Auxiliar Pedagógica no Centro de Educação Especial e Recuperação
Infantil de Alcobaça, ali tendo permanecido trinta anos até à aposentação,
em 2008.
Após
a aposentação, convidada a integrar o grupo de professores (voluntários) da
Universidade Sénior de Alcobaça, passou a ministrar aulas de culinária (cozinha
extraordinariamente bem), naturalmente muito frequentadas e apreciadas.
Pertence
ao Grupo de Cavaquinhos Os Farra e ao
Grupo Coral Cantibaça.
Aprecia
as viagens da ADEPA, e os passeios de
estudo organizados pela USALCOA.
Araújo,
Jorge Gonçalves de, era filho de Eurico Pereira de Araújo Rosa
(ao tempo Presidente da Câmara e propagandista da República. Veja-se Fleming de Oliveira, in No Tempo de
Reis, Republicanos & Outros) e de Maria Cristina Gonçalves de Araújo,
dos quais foi o terceiro filho.
Casou em 1953 com Ilda Alves de Araújo, com quem teve um
único filho Jorge, que é médico.
Fez a Escolaridade Básica em Alcobaça, a que se seguiram
estudos de teor comercial.
Gostava de conviver com as locais elites do seu tempo, no
Café Bau ou no Clube Alcobacense.
Ingressou como ajudante com 14 anos na Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Alcobaça, em 1930, na qual durante
alguns anos foi o único funcionário, instituição especialmente orientada para o
apoio à agricultura, aí permanecendo durante 55 anos e percorrendo a hierarquia
até chegar a chefe de serviços e a Diretor. Já com colaboradores, continuou a
assumir a maior parte do trabalho.
Depois de 25 de abril
de 1974l, a disputa pelo controlo da CCAM desgastou-o bastante, apesar de
sempre ter sido democrata, como esclareceu o
filho. Após a fase conturbada dos primeiros tempos da democracia/pós 25 de Abril, seguiram-se mudanças importantes na
atividade das Caixas Agrícolas, com destaque para a movimentação de
capitais, equiparação a outros bancos no apoio às atividades económicas, pelo que já idoso, e sem saúde, não pode mais
dar o apoio necessário e que desejava.
Participou na comissão loca/Alcobaça de apoio à candidatura
de Norton de Matos, e embora atento e interessado, nunca mais teve intervenção
política, pois como dizia, gostava de ser
independente, até a nível laboral.
Convidado para um cargo superior na Crisal, por parte do
amigo António Raposo de Magalhães, recusou, permanecendo no discreto lugar que
exercia na CCAM.
Para melhorar a sua condição económica, teve um
estabelecimento comercial dedicado à agricultura na Rua Frei António Brandão,
bem como se dedicou à agropecuária.
-Tinha como hobbies
a caça, a pesca e a fotografia.
Relutantemente
abandonou o seu lugar na CCAM/Alcobaça com 69 anos, vindo a falecer em 23 de março de 2001 no
Hospital de Leiria, aos 84 anos.
-Nasceu em Alcobaça a 15 de abril de 1916.
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