quarta-feira, 23 de março de 2022

TEMPOS MUITO CENSURADOS

TEMPOS MUITO CENSURADOS

 

Lancei em fevereiro de 2022 TEMPOS MUITO CENSURADOS.

Ao que me tem chegado, tem sido bastante apreciado, tanto por parte da Igreja, como de pessoas de vários quadrantes político-ideológico.

Segue uma pequena ideia do seu conteúdo.

 

A História que aqui se apresenta num livro didático e não confessional por onde desfilam personagens e factos que a marcaram, visa um público generalista, pelo que esse foi o maior problema dado que não podia ter notas de rodapé de compactas vinte linhas, mas as necessárias para contextualizar ou identificar fontes.

A liberdade de expressão, tão natural hoje em dia em Portugal, faz esquecer alguns dos instrumentos mais pesados da nossa história, como a Censura e a Repressão.

O Santo Ofício foi das instituições com maior impacto no quadro de muitos séculos da sociedade portuguesa, cuja atuação marcou, de forma indelével, o espaço social e cultural do Antigo Regime ao exercer uma censura moral, política e religiosa.

A Inquisição em Portugal – e aqui faremos uma incursão pelo Brasil –, monumento de perene e abominável reminiscência, é um desses instrumentos que para reivindicação do bom nome português deve imprescritivelmente ser tratado com inteireza.

Não somos nós, passados 200 anos sobre a extinção, os primeiros a irrogar aos inquisidores as barbaridades contra as quais a natureza se revolta. Foram já alguns homens desses tempos, mesmo ligados à Religião, com a descrição das ações criminosas.

 

Com o Estado Novo, a censura foi muitas vezes aplicada com manha e rudeza, outras com habilidade e arrogância. Para a justificar, estiveram disponíveis histórias inventadas, inverosímeis juízos e desajeitados conceitos. O vexame, o opróbrio, a prisão, o exílio, se não a morte, atingiram muitos cidadãos e famílias, tendo havido casos que nem a verdade ou a justiça lhes foram consentidas. A censura e a repressão para além de tentarem abafar a contestação popular, visaram moldar o pensamento em conformidade com os valores e interesses do regime, com o alegado pretexto do bem comum.

 







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