segunda-feira, 6 de junho de 2022

 

TARCÍSIO TRINDADE

Apontamento Biográfico

 

Tarcísio Vazão de Campos Trindade, nasceu em 11 de setembro de 1931 em Alcobaça, no seio de uma família tradicional e de comerciantes, que vivia numa habitação sita no primeiro andar da Ala Sul do Mosteiro de Alcobaça, que havia sido comprada por António dos Santos Vazão, depois da extinção das Ordens Religiosas.

Em Alcobaça, fez o percurso escolar, até ingressar na Faculdade de Direito, em Lisboa, estudos interrompidos para cumprir o serviço militar, os quais não reatou.

Assumiu o negócio da família, sendo antiquário, livreiro, bibliófilo e avaliador de mérito, em Alcobaça e Lisboa. 

Escreveu o livro de poesia Os Meninos e as Quatro Estações, que obteve o prémio nacional de poesia e mereceu referência numa edição da História da Literatura Portuguesa, de António José Saraiva e Óscar Lopes.

Foi sócio correspondente da Sociedade Portuguesa de Belas Artes.

Em Alcobaça, foi Vereador da Câmara Municipal e Presidente Comissão Municipal de Turismo, no mandato do Presidente da Câmara Horácio Junqueiro, e com 37 anos designado Presidente de Câmara de 7 de fevereiro de 1969 a 25 de abril de 1974, Presidente de Direção do Ginásio de Alcobaça (durante sete épocas) e dos Bombeiros Voluntários, Diretor e Editor do jornal O Alcoa (de 29 de fevereiro de 1964 a 26 de dezembro de 1970), Procurador ao Conselho Distrital e à Câmara Corporativa.

Foi homenageado pelo desempenho à frente da Câmara Municipal, perante cerca de um milhar de pessoas, incluindo o Secretário de Estado das Obras Públicas José Adolfo Pinto Eliseu, na ante estreia do pavilhão gimnodesportivo de Alcobaça.

Sendo Presidente da Câmara, fundou  em 1971 o Jornal de Alcobaça, que durou até ao 25 de abril de 1974.

Em Abril de 1971, Tarcísio Trindade, fez surgir na vila o semanário Jornal de Alcobaça que pareceu uma  dissidência de O Alcoa. Mas em breve se revelou um jornal de propaganda do Diretor, Editor e Proprietário, dando destaque às suas iniciativas. Beneficiava de publicidade institucional, nomeadamente municipal, bem como da de entidades privadas com interesses no Município. Com o fim do marcelismo, e um ano após o 25 de Abril, o jornal deixou de ter espaço e encerrou a publicação.

Foi preso com mandato em branco por ordem do COPCON no mesmo dia que Luís do Couto Serrenho Capador, Carlos Leão da Silva Caranguejo e Hernâni Bastos (22 de Julho de 1975).

 

Leia-se com detalhe Fleming de Oliveira in  No Tempo de Soares, Cunhal  e Outros.




 

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