ELES NÃO SÃO DOIS, MAS
TRÊS OS GÉNEROS!!!
FLeming de OLiveira
-Se há uma dúzia de anos
me viessem falar de realidades tão importantes e transformadoras como algumas com
que hoje nos confrontamos, teria dado uma gargalhada e do alto da minha “sabedoria”, argumentaria por A mais B,
que isso seria impossível, pois o bom senso iria imperar.
Entretanto,
foi o que foi…
Reconheço
que sou um “inabilitado”, educado e
formatado por alguns princípios e regras, hoje tão fora de moda, que nem servem
para decorar uma prateleira. E que, por mais sensato ou previdente me
queira assumir, jamais conseguirei evitar, de todo, que o meu raciocínio ou
gostos acabem por ser conduzidos pelo quadro mental que se me tornou
confortável e que padece do que chaque mo, um pensamento marcado por aquilo que desejo.
O mundo em que vivemos, especialmente
a partir da segunda metade do século XX, está a mudar a um ritmo nunca visto,
sendo nós inundados por uma imensidade de dados, de ideias e de promessas, em
que se destacam o desenvolvimento ingovernável das tecnologias, em especial das
da informação e da inteligência artificial, às quais se associam a biologia e
as nanotecnologias. Vivemos
um contexto cultural complexo e difícil, aparentemente “descomandado”, com problemáticas que revelam a necessidade de
procurar respostas para o desafio antropológico colocado à atual crise de
orientação da cultura filosófica, científica e tecnológica, em questões ligadas
às neurociências, à bioética e à biotecnologia.
-A Alemanha legalizou em
meados de dezembro passado um "terceiro
género" nas certidões de nascimento e documentos de identidade,
tornando-se o primeiro país na Europa a reconhecer “pessoas intersexuais”.
A
partir de agora, além das tradicionais definições "masculino"(associada ao azul) ou "feminino" (associada ao cor de rosa), é possível incluir
"diverso". O governo deu
cumprimento a uma decisão do Tribunal Constitucional, que havia imposto ao Parlamento
votar até o final de 2018 a legalização de um “terceiro sexo/género”.
Desde
maio de 2013, os cidadãos alemães tinham a possibilidade de escolher entre não
preencher o sexo/género (masculino ou feminino) nas certidões de nascimento ou
manter a menção de sexo não especificado.
Outros
países da Europa rumam para o reconhecimento de um terceiro género, entre eles
a Holanda, Áustria e “claro” o nosso Portugal.
Na
França “reacionária” (?), até cinco
dias após o nascimento, as pessoas devem optar por um dos dois géros/sexos:
masculino ou feminino. O Tribunal de Cassação rejeitou recentemente o
reconhecimento de um "sexo/género
neutro", opondo-se ao pedido de uma pessoa nascida sem pénis ou
vagina.
Um
amigo evoluído, quando tentei abordar o assunto, do alto da sua “sabedoria” de mais de setenta anos, retorquiu-me
que “as pessoas precisam entender que o
mundo é mais diverso que as suas cabecinhas preconceituosas conseguem imaginar.
Há pessoas que nascem sem sexo, pois a natureza fê-las assim. Pára de te
limitares à religião, ou te socorreres da Bíblia, porque és um alienado inútil”.
A intersexualidade pode ser evidente à
nascença (uma criança nasce com um clitóris muito grande, sem abertura vaginal,
um pénis muito pequeno ou um escroto aberto), mas só se manifestar na puberdade
ou mais tarde (quando a pessoa é adulta e se depara, por exemplo, com a
infertilidade).
A legislação sobre o terceiro género/sexo tem sido estudada, entre
nós apenas, ao que sei, pelo Bloco de Esquerda, que anunciou há tempos que irá
apresentar na Assembleia da República um projeto de lei para “reconhecimento da realidade intersexo”.
Até há alguns anos, falava-se em pessoas hermafroditas, termo
que alguns intersexuais rejeitam, considerando-o ofensivo, e que outros reclamam,
aceitando-o. A medicina fala em “distúrbios do desenvolvimento sexual”,
conceito onde cabem a intersexualidade e condições idênticas.
Há quem não aceite a classificação médica, alegadamente
por implicar uma visão patológica da intersexualidade. Propõe uma mais
abrangente como “pessoas não-binárias, que estão fora das categorias de sexo/género
macho ou fêmea, das categorias sociais homem ou mulher e do quadro psíquico
masculino ou feminino. Note-se que, muitas vezes, a temática intersexual é
incluída no conceito transgénero (transexuais, travestis, etc.), o que também
não é consensual”.
A fluidez na matéria parece dever-se bastante à
invisibilidade social dos intersexuais. Só a partir da década de 1990, é que o
ativismo dos direitos humanos, as associações de apoio a doentes e o movimento
LGBT começaram a prestar-lhe atenção e a traze-lo a debate.
-O “trans-humanismo” é um movimento
cultural, intelectual e científico, racionalista e materialista, baseado na
premissa de que a espécie humana, na sua forma ou estádio atual, não representa
o fim do desenvolvimento, mas uma etapa preliminar, e entendendo que o humano
está em perpétua evolução, julga ser possível, desejável mesmo intervir,
voluntariamente, nessa evolução, através da ciência e da técnica.
Este movimento assenta no pressuposto de considerar
o progresso como uma transformação da nossa conceção de vida e da condição
humana, a fim de se obter um homem novo, o “trans-humano”.
A ciência e a técnica, como qualquer outra atividade
humana, têm consequências que devem ser ponderadas e limites a ser observados,
a bem da própria humanidade. Requer-se, por isso, um espírito crítico e uma
responsabilidade ética, no sentido de uma clarificação de valores e de normas,
fundadas em virtudes essenciais ao desenvolvimento humano, quer a nível individual,
quer social.
-Perante alguns “logros” do progresso científico-técnico e a complexidade crescente
das questões que rodeiam o homem, é necessário ponderar os riscos que se correm
sem travar o curso do progresso, perceber que o “progresso” não é, afinal, uma deriva civilizacional.
1 comentário:
Este é um anúncio público para todos que querem vender um rim, temos pacientes que precisam de um transplante de rim, por isso, se você estiver interessado em vender um rim, por favor entre em contato conosco em nosso e-mail em iowalutheranhospital@gmail.com
Você também pode ligar ou escrever para nós no whatsapp em +1 515 882 1607.
OBSERVAÇÃO: Sua segurança está garantida e nosso paciente concordou em pagar uma grande quantia de dinheiro para qualquer pessoa que concordar em doar um rim para salvá-lo. Esperamos ouvir de você, para que você possa salvar uma vida.
Enviar um comentário