quinta-feira, 22 de dezembro de 2022

O MEU NATAL E O PERU

Vem aí o Natal de Jesus e dos Homens, o Natal das Crianças, o

Natal dos Sorrisos, o Natal das Lareiras Íntimas e Acolhedoras e… o

Natal do Peru.

Vem aí o Natal de 2022, e eu vejo-me, sentado na berma de uma

longuíssima estrada, fatigante como as recriminações duma mulher

despeitada, estrada por onde o destino me impele subjugando-me

inexoravelmente, mas que a bendita cegueira da infância me

ocultou misericordiosamente.

Vejo-me de novo a esperar o Natal com o peru caseiro, do rico peru

velho e duro a quem, com os meus irmãos, assobiava ameaçando

casá-lo com uma velha que o havia de matar.

Durante os distantes anos em casa de meus Pais, lambi-lhe o

molho, lambuzei-me com suas enxundias, saboreei-lhe o recheio de

picado, a febra, gozei-o em êxtases e habituei-me à ideia de que

nunca me faltaria nesta época.

Mas “nunca” é uma expressão que “nunca” se deve utilizar.

Na guerra de África e no mato da Guiné na década de 1970, longe

esteve para mim a mesa de Natal dos anos de rapaz. Era agora o

porco do mato, o javali, que estava perto, não era a ave digna que

tão familiarmente conhecera e tratara, não a igualando bem se

sabe, não podendo ser considerado como sucedâneo de hierarquia

limpa, de sangue propicio a suportar saudáveis cabidelas.

Com o porco do mato ao alcance do meu garfo reparti o meu Natal,

ao preço de um animal que os muçulmanos recusam.

No entonto, caros Amigos, o que me preocupa não é, obviamente,

esse Natal longe da Terra, mas a lembrança daquilo que poderei

comer no Natal do próximo ano.

MELÃO NA NOITE DA CONSOADA

Em 1972, casado, pai de duas filhas, licenciado em Direito, Delegado do Procurador da

República em exercício, fui mobilizado como Alferes Miliciano de Infantaria para prestar

serviço militar na Guiné.

Tendo conseguido graças às habilitações académicas e o passado profissional ser

transferido para os Serviços de Justiça do Quartel-General do CTIG, isso permitiu-me

ter comigo a família, para o que arrendei uma casa. A minha Mulher foi colocada como

professora no Liceu de Bissau, dando aulas a alunos que não falavam português e

utilizavam os manuais e programas em uso em Portugal!

Aproximava-se o Natal de 1972, sendo que no dia 24 de dezembro fazia 2 anos a

minha filha mais velha. Longe da Terra, em ambiente estranho, com muito calor e sem

a demais família por perto, o Natal afigurava-se-nos como algo que gostaríamos de

manter tanto quanto possível à nossa maneira do Porto ou de Alcobaça. Preparamos o

jantar da Consoada sem esquecer um nosso imprescindível bacalhau cozido com todos,

um tinto especial comprado amorosamente na Messe, um bolo de anos com velas e

um melão. Não houve bolo-rei, o bacalhau foi enviado do Porto por meus Pais e o

melão de Alcobaça pelos meus Sogros, através de um embarcadiço das suas relações

que fazia a carreira Lisboa-Bissau.

O melão chegou uns dias antes e foi amorosa e cautelosamente guardado no frigorífico

da casa movido a petróleo.

E lá fomos jantar. Comemos o bacalhau regado com azeite aquecido, cantamos os

parabéns à Raquelinha e no fim abrimos o melão.

52 anos passaram, mas minha Mulher e eu não mais esquecemos esse melão.

Era diferente do que conhecíamos? Cremos que não, mas tivemos uma sensação

irrepetível e inolvidável.

Desde então, temos comido melão muitas vezes, na época própria e no contexto

corrente, mas nunca, nunca mais esquecemos a sensação de na noite de Consoada de

1972 em Bissau, comermos o melhor melão do mundo. A partir daí passei a ter

também com ele uma relação muito especial, pelo que muitas vezes que tenho uma

talhada de melão no prato, me vem à memória este prosaico incidente à lembrança.

sexta-feira, 16 de setembro de 2022

Alcobaça em finais da Monarquia

 

Alcobaça em finais da Monarquia

 


Em 3 de Julho de 1907, Câmara Municipal de Alcobaça protestou contra o estado (anormal) da administração pública decorrente da ditadura  de João Franco, para o que enviou a Lisboa uma delegação da sua Comissão Executiva de dois de vereadores, para pedir o regresso à normalidade democrático-constitucional, a qual foi acolhida com uma indiferença pelo secretário do ministro que a recebeu.

O Presidente da Câmara, em 30 de dezembro de 1907, perante o arrastar da situação, anunciou que abandonava, tal como os vereadores, a gestão da Câmara, em protesto contra a violação constitucional e das leis regulares do país.


O Deputado Afonso Costa virou-se para João Franco e disse implacavelmente : “O Senhor Presidente do Conselho é mandatário do País e os membros do Parlamento, como representantes da nação são seus mandantes. Sª. Exª, como administrador ou procurador nosso, tem o dever de trazer à Câmara as contas dos adiantamentos feitos a eles. A Nação ordena, e declarara indispensável, que essas pessoas reponham as quantias desviadas com todos os juros sem exceção de uma só verba; declara formalmente que não consentirá no aumento da lista civil, nem em qualquer regularização, nem em outro modo acomodatício de pagamento. E mais ordena do Povo, solenemente, que logo que tudo esteja pago, diga o Senhor Presidente do Conselho ao Rei: Retire-se senhor, saia do País, para não ter que entrar numa prisão em nome da lei”.

Das galerias, soaram fortes aplausos, que a Mesa não conseguiu dominar, pelo que Afonso Costa prosseguiu: “ Por muito menos crimes do que os cometidos por D. Carlos I, rolou no cadafalso, em França, a cabeça de Luís XVI ”.

Soou a campainha, e o Presidente da Câmara dos Deputados  Tomás Pizarro de Mello Sampaio declarou que “ou o senhor Afonso Costa retira a frase ou tenho de lhe aplicar o Regimento”.

Afonso Costa, repisou a injúria no mesmo tom, sobrepondo-se ao tumulto que criara e grassava: “Por muito menos rolou no cadafalso a cabeça de Luís XVI”.

O tumulto aumentou nas galerias, que os contínuos queriam esvaziar. Os deputados republicanos gritavam que era ilegal mandar sair o público, encontrando-se a sessão aberta e não se deviam suspender os trabalhos. Mais uma vez a voz de Afonso Costa fazia-se ouvir acima de qualquer outra:

A.C.:

-“Eu respondo pelos meus actos!

PRESIDENTE:

-V. Exª não pode falar… Convido-o a retirar-se do edifício das Cortes”.

A.C.: “Havemos de sair todos! Hão de prender-nos a todos! Esta a liberdade do governo e a liberdade da monarquia.

PRESIDENTE”:

”Em virtude da resistência do senhor Afonso Costa à intimação que lhe faço, em nome da Câmara, vou mandar entrar a força armada!”

Quando os soldados entraram na sala, num gesto largo e teatral, Afonso Costa ao ser arrastado para o exterior, virou-se para eles de braços abertos e gritou: “Soldados, não tendes o direito de tocar num representante do povo. E acrescentou: “Soldados! Com a minha voz e as vossas armas baionetas, vamos proclamar a República, vamos fazer uma Pátria nova”.

Dirigindo-se a João Franco, e enquanto partia entre os soldados, Afonso Costa gritava de punho erguido: “Esta é a sua liberdade!”.

 

O Deputado António José de Almeida, ainda tentou convencer os militares – que apelidava de filhos do Povo –, a proclamarem nesse momento a República. Este e outros incidentes, difundidos e ampliados pelos republicanos, levaram a agitação a muitos pontos do País. Em Alcobaça, tudo em que participava António José de Almeida era seguido com atenção. Nas Cortes, Afonso Costa e Alexandre Braga, foram julgados e condenados por ofensas ao Rei na suspensão dos direitos parlamentares por 30 dias.

A notícia deste memorável acontecimento, chegou a Alcobaça no dia seguinte, trazida de Lisboa por Américo d’Oliveira, tendo sido recebida com cautela dados os inusitados termos, e possíveis efeitos. Todavia, quando na sexta-feira retomaram os seus lugares nas Cortes (não esperaram 30 dias), os Deputados Afonso Costa e Alexandre Braga, foi expedido para Lisboa o telegrama de solidariedade:

“Drs. Afonso Costa e Alexandre Braga, câmara dos deputados – Lisboa.

Republicanos de Alcobaça saúdam os seus deputados e, confiando que eles continuarão a servir o país e a honrar o seu mandato como até aqui, esperam que se não repetirá a injusta violência de que foram vítimas, e nós com eles.

(a) Raposo de Magalhães  .

 

 




sexta-feira, 22 de julho de 2022

Eduardo Rui Pereira Serafim - apontamento biográfico

 

Eduardo Rui Pereira Serafim nasceu em Alcobaça em 1951 e aí viveu até concluir o 2º ano do liceu. Emigrou, entretanto, para a Alemanha, tendo regressado a Portugal quatro anos mais tarde para prosseguir os estudos.

É licenciado em Estudos Clássicos e Portugueses pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde também completou uma pós-graduação em Crítica Textual.

No plano profissional, dedicou-se ao ensino, tendo sido professor de Português e Latim em escolas da região, nomeadamente em Alcobaça e São Martinho do Porto. Foi igualmente leitor de Português na Universidade de Rennes, em França (1989-1991). Ainda como docente, foi co-autor dos manuais escolares Entrelinhas 7 e Entrelinhas 8. No presente, encontra-se aposentado, consagrando algum tempo à investigação em literatura medieval. Neste âmbito, apresentou, em 2019, ao II Congresso Internacional dos Mosteiros Cistercienses a comunicação O marial do códice Alc. 149: materialidade e espiritualidade.

Colaborou na imprensa regional, com especial participação no periódico A Voz de Alcobaça. Actualmente, assina uma rubrica mensal sobre língua portuguesa no jornal Região de Cister.

Desde jovem que teve intervenção contra a ditadura de Salazar e Caetano. Depois do 25 de Abril, continuou a desenvolver acção política no quadro de organizações de esquerda.

A sua paixão pela música levou-o a tornar-se presidente da direcção da Banda de Alcobaça entre 1992 e 1998, mantendo-se ainda hoje ligado a esta colectividade como presidente da assembleia geral.

 

terça-feira, 21 de junho de 2022

NÃO TENHO VERGONHA (da nossa História) - Apontamento in O ALCOA

 

NÃO TENHO VERGONHA

(da nossa História)

Apontamento in O ALCOA

 

Tenho acompanhado com muito interesse as iniciativas que a Câmara Municipal de Alcobaça tem desenvolvido no referente à animação cultural/entretenimento, bem como à preservação e divulgação da memória coletiva da nossa Terra e consequentemente da nossa Gente.

Não tendo nascido alcobacense, há perto de 50 anos aqui vivo, trabalho e socializo.

As iniciativas da Câmara Municipal, muito concretamente através do pelouro da cultura, têm ajudado a preservar e divulgar a nossa identidade, enquanto comunidade que não se restringe aos tempos da Ordem de Cister, nem ao Portugal democrático pós 25 de abril.

Nesta missão de divulgar especialmente a história recente de Alcobaça, seja em livros, artigos de jornal ou revista, vou recordando episódios algo esquecidos, se não insólitos ou controversos, mas que não deixam de integrar a memória coletiva e identitária da região.

Gosto de nos meus textos referir pessoas muito concretas de quem ouvi falar, com quem me encontrei e convivi, com as virtudes e defeitos de qualquer um, identificáveis e personalizados.

São estes os responsáveis pela Alcobaça que temos neste século XXI e deixaremos, pessoas importantes como nós, como já referi uma vez.

 

Um assunto, porém salvo melhor opinião, merece me um especial destaque, para que possa se dada alguma satisfação àqueles, e que já não são muitos, bem como às respetivas famílias, amigos ou vizinhos.

Durante 13 anos, ao lado de muitos milhares de outros portugueses que cumpriram serviço militar no Ultramar, também estiveram alcobacenses que sem lhes ser pedida opinião – nem podiam votar – viram a sua vida e planos interrompidos, noutros mesmo terminados definitivamente.

Se é certo que a grande maioria dos alcobacenses que cumpriram serviço militar em África regressaram, ainda que nalguns casos com mazelas, outros  houve que por lá ficaram e os respetivos corpos não tiveram o direito de regressar à sua terra natal, abandonados e esquecidos que foram e estão, o que é injusto.

 

Acho que compete à sociedade alcobacense e ao poder que a representa (no caso concreto a CMA) respeitar a memória dos que nos antecederam ou connosco viveram, pese embora possa haver, pontualmente, algumas dúvidas acerca do contexto em que atuaram, o que para mim é agora de todo irrelevante. Não tenho/temos vergonha da nossa gesta africana, nem no que me fiz respeito da minha passagem pela bolanha da Guiné.

Ficaria bem ao nosso Município honrar a memória dos que conforme um alegado Desígnio Nacional – ainda que parcialmente concretizado – deram a sua juventude ou supremo bem da vida.

 

Sei não ser viável, nem possível identificar todos os rapazes alcobacenses que ao longo de 13 anos cumpriram serviço militar honrada e honrosamente em África, porém outrossim identificar os que não regressaram. Essa lista foi me fornecida pela Liga dos Combatentes (Delegação de Alcobaça) e por mim já foi publicada respeitosa e comovidamente.

 

Sei que V. Exª e este jornal, têm sensibilidade para estudar e desenvolver este assunto e não desdenham, colaborar na iniciativa de deixar uma marca duradoura que lembre aos ainda vivos (e cada vez são menos) famílias dos demais e vindouros, o esforço ingente do que considero, cumprir a Portugalidade.

 

 

 

 

LEVI CONDINHO - Apontamento biográfico

 

LEVI CONDINHO

Apontamento biográfico

 

Nasceu no Bárrio/Alcobaça, em 15 de março de 1941.

Em outubro de 1951 foi estudar para o Seminário de Santarém, de onde transitou em outubro de 1955 para o Seminário de Almada que abandonou em janeiro de 1956, por falta de vocação.

Teve, por isso, necessidade de frequentar o ensino oficial, que veio a concluir em Alcobaça em junho de 1960.

Em outubro desse ano passou a trabalhar na secretaria do Asilo de Mendicidade de Lisboa, então instalado em Alcobaça numa ala do Mosteiro.

Em 1963 foi trabalhar para o Banco Raposo de Magalhães/ Agência de Alcobaça, onde se manteve mesmo depois da compra deste por parte do Banco Português do Atlântico, embora neste caso indo para a Marinha Grande.

Regressado ao BPA/Agência de Alcobaça em 1970, em dezembro de 1972 foi transferido para uma agência em Lisboa. Aqui, trabalhou em vários locais até se reformar em dezembro de 1993.

Assume-se política e ideologicamente como sendo de esquerda, não sendo porém ativista ou católico praticante.

Reformado da banca iniciou atividade no setor livreiro, como revisor de textos, tradutor e outras tarefas correlativas.

É apreciador de música, frequentando regularmente concertos na Gulbenkian. Foi, aliás, elemento ativo e relevante da Orquestra Típica e Coral de Alcobaça (instrumentista), tal como alguns familiares

Tem colaborado regularmente em jornais, e revistas em artigos de opinião (nomeadamente sobre assuntos musicais), bem foi selecionado para participar em antologias.

Publicou alguns livros, individualmente e em parceria.

Casado, vive em Lisboa, deslocando-se muito raramente a Alcobaça.

Tem uma irmã Maria Odete que vive no Bárrio.




quinta-feira, 9 de junho de 2022

AREZ ROMÃO, José António - APONTAMENTO BIOGRÁFICO

 

AREZ ROMÃO, José António

APONTAMENTO BIOGRÁFICO

 

Licenciado em Direito pela Faculdade de Direito de Lisboa em 1967, formação complementar em Gestão em St. Gall Graduate School for Economics e no Centre Européen pour la Formation Profissionelle dans l’Assurance – Paris e na Universidade Nova (Nova School of Business and Economics, Executive Education).  Director e Administrador da Seguradora Industrial (Grupo Fonsecas & Burnay) (1970/1978), Administrador da Companhia de Seguros Mundial Confiança (1978/1986), Administrador da LUSITANIA e da LUSITANIA VIDA, Companhias de Seguros, (1986/2013), Membro do Conselho de Direcção da Associação Portuguesa de Seguradores (1989/1991) e (2003/2008), Presidente da Assembleia Geral da Associação Portuguesa de Seguradores (2008/2012) e Presidente da Assembleia Geral da Associação dos Antigos Alunos do Colégio de S. João de Brito (2003/2009).

Administrador do Banco de Desenvolvimento e Comércio de Moçambique (2000/2004) e da Moçambique, Companhia de Seguros (2000/2004) e (2009/2013), Administrador e Presidente da IMPAR, Companhia Caboverdiana de Seguros (1999/2007) e (2013/2019) respectivamente, Presidente do Conselho Geral e de Supervisão do Montepio (2016/2018);

 

Membro Emérito da Academia de Marinha e Académico Honorário por Eleição da Academia Portuguesa da História.

Presentemente exerce os seguintes cargos:

.   Curador do Museu Nacional de Arte Antiga;

.   Membro do Conselho Científico da Associação Internacional de Direito dos Seguros.

.   Administrador da SIQ, SA, Reurbe, SA  e EMPCO, Lda.

.   Provedor da Associação dos Antigos Alunos do Colégio de S. João de Brito.

 

Prémios:

.   Louvado pelo Director do Serviço de Justiça e Disciplina do Ministério do Exército, por serviço considerado distinto no cumprimento do serviço militar;

.   Pe. José Carlos Belchior – Associação dos Antigos Alunos do Colégio S. João de Brito.

 

Condecorações:

.   Comendador da Ordem de Mérito

.   Medalha Naval de Vasco da Gama

.   Medalha de Mérito da Ordem de Malta

 

Tem vinte e um trabalhos publicados no âmbito da divulgação da História e Cultura Portuguesa.




 

 

segunda-feira, 6 de junho de 2022

Fleming de Oliveira, António A. - Apontamento biográfico

 

Fleming de Oliveira, António A.

Apontamento biográfico


ANTÓNIO AUGUSTO HENRIQUES FLEMING DE OLIVEIRA, nasceu em casa da avó materna, na Rua da Constituição, 327-Porto em 2.11.1958 e foi batizado na Igreja do Marquês em 16.11.1958, tendo como padrinhos José Rosa Rodrigues, engenheiro, cavaleiro tauromáquico e ganadeiro e sua mulher Maria João Rosa Rodrigues, Viscondessa de Biscainhos de Braga, residentes na Chamusca.

Sempre esteve ligado à Banca, ocupou cargos nos diferentes bancos onde desenvolveu atividade.

Entusiasta do desporto automóvel, depois de alguns anos de prática em Karting, participou no Campeonato Espanhol de Automóveis Clássicos com resultados apreciáveis de onde se destaca o 3º. lugar no Rally Costa a Costa (Bilbao) e primeira equipa estrangeira em 2001 e a vitória no IV Rally Intercontinental Haro-Marraquexe em 2002 ao volante de um BMW 1600.

Muito interessado pela História, criou a designação Caminhadas Históricas a fim de dar a conhecer a História do Porto.

Casou com MARIA HELENA FREIRE THEMUDO ARAÚJO DE CAMPOS, na Capela da Quinta de Santo Izidoro, arredores de Ponte de Lima.

Reformado, vive na Senhora da Hora.

 

 

 

TARCÍSIO TRINDADE

Apontamento Biográfico

 

Tarcísio Vazão de Campos Trindade, nasceu em 11 de setembro de 1931 em Alcobaça, no seio de uma família tradicional e de comerciantes, que vivia numa habitação sita no primeiro andar da Ala Sul do Mosteiro de Alcobaça, que havia sido comprada por António dos Santos Vazão, depois da extinção das Ordens Religiosas.

Em Alcobaça, fez o percurso escolar, até ingressar na Faculdade de Direito, em Lisboa, estudos interrompidos para cumprir o serviço militar, os quais não reatou.

Assumiu o negócio da família, sendo antiquário, livreiro, bibliófilo e avaliador de mérito, em Alcobaça e Lisboa. 

Escreveu o livro de poesia Os Meninos e as Quatro Estações, que obteve o prémio nacional de poesia e mereceu referência numa edição da História da Literatura Portuguesa, de António José Saraiva e Óscar Lopes.

Foi sócio correspondente da Sociedade Portuguesa de Belas Artes.

Em Alcobaça, foi Vereador da Câmara Municipal e Presidente Comissão Municipal de Turismo, no mandato do Presidente da Câmara Horácio Junqueiro, e com 37 anos designado Presidente de Câmara de 7 de fevereiro de 1969 a 25 de abril de 1974, Presidente de Direção do Ginásio de Alcobaça (durante sete épocas) e dos Bombeiros Voluntários, Diretor e Editor do jornal O Alcoa (de 29 de fevereiro de 1964 a 26 de dezembro de 1970), Procurador ao Conselho Distrital e à Câmara Corporativa.

Foi homenageado pelo desempenho à frente da Câmara Municipal, perante cerca de um milhar de pessoas, incluindo o Secretário de Estado das Obras Públicas José Adolfo Pinto Eliseu, na ante estreia do pavilhão gimnodesportivo de Alcobaça.

Sendo Presidente da Câmara, fundou  em 1971 o Jornal de Alcobaça, que durou até ao 25 de abril de 1974.

Em Abril de 1971, Tarcísio Trindade, fez surgir na vila o semanário Jornal de Alcobaça que pareceu uma  dissidência de O Alcoa. Mas em breve se revelou um jornal de propaganda do Diretor, Editor e Proprietário, dando destaque às suas iniciativas. Beneficiava de publicidade institucional, nomeadamente municipal, bem como da de entidades privadas com interesses no Município. Com o fim do marcelismo, e um ano após o 25 de Abril, o jornal deixou de ter espaço e encerrou a publicação.

Foi preso com mandato em branco por ordem do COPCON no mesmo dia que Luís do Couto Serrenho Capador, Carlos Leão da Silva Caranguejo e Hernâni Bastos (22 de Julho de 1975).

 

Leia-se com detalhe Fleming de Oliveira in  No Tempo de Soares, Cunhal  e Outros.




 

Fleming de Oliveira, J.A. - Apontamento Biográfico

 

Fleming de Oliveira, J.A.

Apontamento Biográfico

 

 

 

JOSÉ AUGUSTO HENRIQUES FLEMING DE OLIVEIRA,

(familiarmente conhecido por Zé Quitolas), nasceu em casa dos avós paternos na Av. Serpa Pinto, 729

Matosinhos em 24.3.1946. Foi batizado em Matosinhos tendo como padrinhos a avó Lícia Fleming e o tio

José Raul Pinto Henriques. Fez a Instrução Primária na Escola Oficial de Matosinhos e os

Estudos Secundários no Liceu D. Manuel II e Colégio Brotero. Licenciou-se em medicina pela Universidade

do Porto em 1973. Tem a especialidade Cirurgia Geral. Foi Professor na E.S. João Gonçalves Zarco, na

disciplina de Higiene e Saúde Pública. Foi distinguido com o Galardão de Mérito Científico da Freguesia

de Matosinhos, em 2012. Desenvolveu atividade como cirurgião em vários Hospitais e em particular no

IPO-Instituto Português de Oncologia do Porto e mais tarde como Diretor de Serviço de Cirurgia do

Hospital Pedro Hispano. Posteriormente criou a Unidade da Mama no Hospital CUF-Porto. Em 8.9.1974

na Igreja Paroquial de Oliveira do Conde, Concelho de Carregal do Sal casou com MARIA JOSÉ SERRANO

MARQUES, nascida em Matosinhos a 8.1.1947, filha de José de Oliveira Marques, natural de Setúbal,

industrial conserveiro e de Domingas Gomes Serrano Marques, natural de Matosinhos.

Aprecia a equitação, gosto que herdou do pai Mário A. Tem uma casa de campo em Maurelos/Vila Boa

de Quiques/Marco de Canavezes onde tem 2 cavalos. Vive no Porto.

Fleming de Oliveira, Paula - Apontamento Biográfico

 

Fleming de Oliveira, Paula

Apontamento Biográfico

 

PAULA ALEXANDRA DE MAGALHÃES FLEMING DE OLIVEIRA, nasceu em 26.2.1972 no Hospital da Lapa/Porto.

Estudou em Alcobaça, com bom aproveitamento. Foi Escuteira e praticou dança. Teve um programa na Rádio Frequência Musical de Alcobaça. Participou num concurso para jovens, ao sábado à tarde na RTP, com uma equipa constituída pela prima Francisca Almeida e 2 amigas tendo ganho entre o mais um motociclo. Frequentou no Porto o Ensino Secundário. Licenciada em Engenharia Publicitária pela Universidade Fernando Pessoa-Porto em 1995, foi Presidente da Associação de Estudantes durante 3 anos. Efetuou pós graduação em Marketing de Serviços-IPAM em 1997, em Marketing e Direção Comercial no IESF em 2007, e Mestrado em Gestão de Empresas na Atlântico Business School. Durante 11 anos foi Gestora de Marketing de diversas empresas nas áreas da Televisão por Cabo e Comércio eletrónico.

Foi casada com Jaime Soares. É Gestora de Marketing Internacional da Atlântico Business School; Empresária na área do Alojamento Local; Consultora Certificada pela AEPortugal, desenvolvendo consultoria e formação nas áreas de diagnóstico empresarial e gestão no programa de Formação-ação PME da AEP; Formadora e Consultora de executivos para várias empresas da Zona Norte e Centro nas áreas de Organização e Gestão, Liderança, Alinhamento organizacional e Team Coaching e Marketing Digital; Formadora do Curso de Gestão de Unidades de Alojamento Local em várias Associações Empresariais; Professora Assistente na Atlântico Business School dos Cursos TeSP, das cadeiras de Marketing e Análise de Casos (Tit. de Especialista em Ciências Empresariais).

É conhecida pela habilidade para trabalhos manuais, bricolage e pela dedicação aos sobrinhos, sendo madrinha de batismo de dois dos rapazes.

Não tem descendentes.

Vive em Arcozelo/Gaia.

 

Fleming de Oliveira, Miguel - Apontamento Biográfico


Fleming de Oliveira, Miguel

Apontamento Biográfico

 

 

MIGUEL PEREIRA DE MAGALHÃES FLEMING DE OLIVEIRA, nasceu no Hospital da Lapa/Porto em 2.9.1973.

Casou em 22.9.2002 com SÓNIA NUNES VILAÇA, no Bom Jesus-Braga, de quem se veio a

divorciar. Tal como as irmãs, nasceu alguns dias antes do previsto, pelo que o pai Fernando, que se

encontrava a prestar serviço militar na Guiné, apenas o conheceu já se encontrava ele registado e era

menino de 15 dias.

Foi Presidente da Associação de Estudantes da Escola D. Pedro-Alcobaça.

Completou o ensino secundário no Porto, ao mesmo tempo que a irmã Paula.

Na Universidade Lusíada/Lisboa, cursou Gestão, tendo ganho conjuntamente com a namorada um prémio

de 500.000$00,  correspondente a um estudo apresentado. Depois de ter trabalhado num Banco e como

corretor, dedica-se à exportação de produtos agrícolas, especialmente fruta, através de uma empresa

unipessoal de cariz familiar.

Gosta de se assumir Fleming, embora nada tenha de britânico, salvo no bom inglês e alguma fleuma. É

o único dos irmãos com apelido Pereira.

Vive em Carnaxide.

 


Lúcia Marques Serralheiro - Apontamento Biográfico

 

Lúcia Marques Serralheiro

Apontamento Biográfico


Maria Lúcia Marques Serralheiro, nasceu em 28 de Junho de 1951 em Ribafria/Benedita.

É licenciada em Filologia Germânica pela Universidade Clássica de Lisboa. Possui o mestrado em Estudos sobre as Mulheres, pela Universidade Aberta de Lisboa  com a tese AFPP-Associação Portuguesa Feminina para a Paz, publicada em 2011 com o título Mulheres em Grupo contra a Corrente.

Iniciou a docência na Escola Industrial de Alcobaça, seguindo-se a de Arcos de Valdevez e o Liceu Nacional da Covilhã. Em 1979/1980 passou para o Ensino Preparatório que exerceu em Alcobaça, Caldas, Fronteira e Benedita. Trabalhou no Laboratório de Línguas da Base Aérea da Ota (1987) esteve destacado na Associação de Desenvolvimento Local de Caldas da Rainha (1991) e foi cooperante em Timor-Leste (2002-2003). Foi eleita presidente do Conselho Diretivo na Escola Preparatória de Frei António Brandão, na Benedita, organizando e consolidando a transição para o Agrupamento de Escolas da Benedita (1996/2000). Regressou ao mesmo cargo em 2007 e foi Diretora eleita em 2010 por três anos, findos os quais se aposentou antecipadamente.

Colaborou na imprensa local e na Rádio Benedita FM. Participou no Dicionário do Feminino, Séculos XIX e XX (2005) e no Dicionário Contemporâneo Feminae (2014), onde, entre outras entradas da sua autoria, colocou duas mulheres notáveis, que viveram e morreram em Alcobaça, Irene Vieira Natividade, natural do Porto e Filomena da Cunha, natural de Goa.

No teatro amador na Benedita, colaborou como atriz nas peças A Promessa, de Bernardo Santareno, encenada pelo brasileiro Eduardo Pinto (1974) e em A Boda dos Pequenos Burgueses, de B. Brecht (1991).Foi assistente de encenação na peça Dragão 96, sobre textos de Heiner Muller (1996) e na Viagem ao fim do Mundo (2007) segundo o conto Os três cabelos do diabo, dos Irmãos Grimm, estas  três últimas encenadas pelo ator alemão Ludwig Hollburg.

É sócia de várias organizações de mulheres, nomeadamente da UMAR - União das Mulheres Alternativa e Resposta, do CNC- Centro Nacional de Cultura e da UNIMA-União Internacional dos Marionetistas, secção portuguesa, com a sede em Alcobaça.

É cofundadora do Fórum Terra Mágica das Lendas, CRL, na Benedita, que editou em 2015 o livro Memórias da Benedita 1947, um trabalho de equipa, do qual foi responsável. É coautora de Mulheres Autarcas e Candidatas a Autarcas no concelho de Alcobaça de 1974 a 2001, editado pelo Município.

 



LUIS PEÇAS - Apontamento Biográfico

 

LUIS PEÇAS

Apontamento Biográfico

 

Luís Manuel Coelho Peças, nasceu em Alcobaça a 31 de outubro de 1969, aonde fez os estudos até ao 9º ano e vive.

Iniciou os estudos musicais em 1985, como oboísta na Banda de Música de Alcobaça, e no ano seguinte ingressou no Conservatório Nacional de Lisboa, integrando a Banda da Força Aérea Portuguesa, como primeiro oboísta, tendo aí permanecido durante quatro anos.

Em paralelo, dedicou-se ao canto lírico, o que lhe valeu a participação no musical de Felipe La Féria, Maldita Cocaína, programas televisivos e documentários.

Neste âmbito, frequentou aulas de canto com Liliane Bizinech, como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian.

Ao mesmo tempo, foi continuando estudos frequentando, como participante ativo Master-Classes levados a cabo por nomes com prestígio como Max Van Egmond e Jill Feldman. Em Londres, aperfeiçoou o repertório barroco com o barítono Rodney Gibson, que é neste momento a sua especialidade e área de eleição.

Nos últimos anos, tem desenvolvido atividade, no estrangeiro e Portugal com participação em concertos, recitais e festivais de música, a convite do Ministério da Cultura, Municípios, Museus e entidades de promoção cultural, bem como colaborado em ações pedagógicas junto de escolas e bibliotecas municipais.

Em 7 de março de 2015, indiferente a preconceitos e conforme a nova lei (Lei 9/2010, de 31 de maio) casou-se com João Paulo Ferreira.




 

João Paulo Ferreira - Apontamento biográfico

 

João Paulo Ferreira

Apontamento biográfico

 

João Paulo Ferreira é natural de Pernambuco.

Desde cedo estudou música e aos 11 anos começou nos grupos corais a trabalhar no canto lírico.

Começou por cantar em igrejas e pensou ser monge.

Com 15, 16 anos, iniciou a sua carreira profissional como cantor. Estava ainda a descobrir a voz quando  viu o nome de Luís Peças na internet como sendo um contratenor português.

Logo ali despertou um amor por ele.

Foi para São Paulo estudar canto lírico, depois para Curitiba, onde continuou os estudos. Integrou uma companhia de teatro e ópera e através desta trabalhou em diversos países como a Costa Rica, o México e o Panamá. No Panamá viveu quase 3 anos e meio.

Entretanto recebeu um convite do contratenor português, Luís Peças, para fazer uma peça em Portugal, em 2013. Veio para fazer a peça, mas conheceu melhor o Luís, apaixonaram-se e indiferentes a preconceitos casaram em 7 de março de 2015.

É um cantor lírico que gosta de navegar pelo Fado interpretando este de forma lírica.

Tem 4 CDs de música lírica.




 

AMÍLCAR COELHO - Apontamento Biográfico

 

AMÍLCAR COELHO

Apontamento Biográfico

 

José Amílcar de Carvalho Coelho, que usa abreviadamente Amílcar Coelho, nasceu em 1953 em Cumeira de Baixo, a escassos quilómetros de Alcobaça.

Começou a vida profissional como operário de cerâmica (pintor), em meados dos anos de 1960.

Fez grande parte dos estudos no ensino noturno, concluiu o curso de Filosofia na Universidade de Coimbra, em 1980 com uma tese sobre o pensador português Luís António de Verney (orientada por Miguel Pereira Baptista), o mestrado (uma tese sobre o pensador português António Sérgio, orientada por Joel Serrão, com arguência de Eduardo Lourenço) e o doutoramento (uma tese sobre os valores da pessoa humana e os horizontes da cidadania, orientada por Cassiano Reimão, com arguência de Viriato Soromenho Marques), na Universidade Nova de Lisboa, respetivamente em 1985 e 2005. Foi professor da Faculdade de Ciências nos anos 80, da Escola Secundária D. Inês de Castro nos anos de 1990 e do ISET (Lisboa e Porto) no final dos anos de 1990 e parte da primeira década do século XXI, tendo voltado a Alcobaça em 2009, onde foi professor e diretor do Centro de Formação da Associação e de Escolas da Nazaré e Alcobaça, de onde saiu, em 2012, para assumir o lugar de Presidente e Secretário Executivo da UGT de Leiria.

Nos anos de 1990 exerceu funções autárquicas como Presidente da Assembleia Municipal de Alcobaça e chegou a ser eleito vereador, lugar de que abdicou.

Neste período, liderou um projeto de jornalismo regional, no qual participaram destacadas figuras do meio empresarial, político e educacional de Alcobaça e Nazaré.

Adepto de uma filosofia da espiritualidade, inscrita na matriz crítica que vai de Kant e de Nietzsche, a Heidegger e Foucault, J. Amílcar Coelho publicou trabalhos, entre os quais se destacam livros consagrados à investigação de temas como a teoria das controvérsias, a filosofia do espaço, a educação, a cidadania e a política. Alguns dos trabalhos foram publicados no estrangeiro, nomeadamente em Espanha e Brasil.

Amílcar Coelho, atribui especial significado aos anos de juventude, nos quais foi operário, pintor de louça e estudante do ensino noturno.

Aos 20 anos de idade, na Escola Prática de Cavalaria (Santarém), conheceu o Capitão Salgueiro Maia, de quem foi amigo, tendo com ele saído para Lisboa, na madrugada do 25 de Abril.

É autor de inúmeras publicações em revistas e jornais, nacionais e estrangeiros, bem como de livros.




COSTA E SOUSA - Apontamento Biográfico

 

COSTA E SOUSA

Apontamento Biográfico

 

José Carlos Martins Costa e Sousa, natural de Vidigal/Leiria, é uma personagem incontornável do Município de Alcobaça na segunda metade do século XX, não sendo possível falar da gestão municipal em Alcobaça antes do 25 de Abril, esquecendo o Eng.º José Carlos Costa e Sousa.

Entrou para os quadros da Câmara Municipal em 1 de outubro de 1948 e aposentou-se em 6 de agosto de 1991, na véspera de completar 70 anos de idade.

Esses anos, muitos como único técnico permitiram-lhe estabelecer e manter estreito contato com diversas figuras sociais e políticas, locais e nacionais, sobre as quais discorria com graça, senão mesmo com cinismo indisfarçado.

Ao mesmo tempo, era ímpar o seu conhecimento da vida e dos fastos do Concelho, funcionando como autêntico arquivo municipal, à míngua de um devidamente organizado, atualizado e fiável.

Costa e Sousa foi frequentemente acusado de ser o dono de Câmara Municipal, resultando da circunstância de, contrariamente ao que hoje acontece, os Presidente e Vereadores não exercerem as suas funções em regime de permanência e ser muito diminuto o quadro de funcionários adstritos aos serviços internos, para além do pessoal externo, na sua maioria contratado ao dia.

Foi distinguido com Medalha de Honra do concelho e vários louvores.

Faleceu com 93 anos, a 28 de novembro de 2014, ficando sepultado em Vidigal, onde vivia desde a aposentação.