terça-feira, 8 de outubro de 2019

Apresentação do livro "No tempo dos Boéres em Portugal"

JÁ ESTÁ AÍ O SEGUNDO VOLUME
DOS “ANAIS LEIRIENSES – estudos & documentos”
O segundo volume de “Anais Leirienses – estudos & documentos” foi lançado no dia 28 de Setembro de 2019 no auditório da Biblioteca Municipal de Alcobaça, com apresentação do seu coordenador científico, o Professor Saul António Gomes. Tem 464 páginas e é uma edição da Hora de Ler, com a colaboração de duas dezenas e meia de investigadores.
Na apresentação, Saul Gomes salientou que este segundo número dos “Anais Leirienses” traz a público um conjunto significativo de informação histórica inédita sobre a região. Vivendo-se anos de comemorações centenárias, em relação a primeiras e segundas edições da obra literária de Francisco Rodrigues Lobo, especialmente “Corte na aldeia” (400 anos), a revista destaca justamente um estudo que convida à compreensão da obra de Rodrigues Lobo e dos significados intemporais.
Soure tem laços históricos remotos com Leiria, como bem o demonstra o estudo do Prof. Jorge Alarcão. A marca, na paisagem histórica da região, das antigas ordens religiosas é abordada, aqui, com estudos acerca do património das antigas granjas dos monges cistercienses de Alcobaça, da botica dos frades dominicanos da Batalha e das rendas dos cónegos regrantes de Santa cruz de Coimbra em Leiria.
As manifestações religiosas laicas merecem trabalhos acerca de «brucos e bruxas no Bispado de Leiria», notas históricas sobre a Misericórdia de Leiria e o apuramento da décima eclesiástica no arciprestado de Arega, no começo do século XIX. Na centúria oitocentista se integram os títulos relativos a famílias do lugar de Siróis (concelho de Leiria), à formação de associações musicais alcobacenses e à promoção do ensino e a alfabetização no distrito de Leiria. Neste ponto, aliás, oferece-se um apurado estudo sobre o ensino técnico no município da Marinha Grande.
O fabrico de sinos em Alvaiázere ou a publicação, devidamente comentada, da Fábrica de Moagem de Leiria, trazem a lume páginas sobre o património industrial moderno tão relevante nos anais históricos do distrito leiriense, património que aqui mais se fica a conhecer com os artigos acerca da museologia e coleções alcobacenses e recordando-se o arquiteto que traçou a Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima. Os areais de mar e verde pinho de S. Pedro de Muel e o eco do búzio do seu grande cultor, o Poeta Afonso Lopes Vieira, merecem páginas inéditas, refletindo-se, por último, em torno da guerra, dos seus combatentes e das suas memórias arqueológicas e imateriais.
Um breve dossiê deixa-nos reflexões e testemunhos acerca da educação e cultura como serviço de cidadania tanto entre as políticas autárquicas como no campo das bibliotecas públicas e das suas relações com as comunidades em que se inserem e a que devem servir.
Rubricas finais traçam a memória de biografais relevantes na vida cultural da região, noticiam eventos culturais levados a cabo e inventariam contributos bibliográficos para o seu conhecimento.


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