Assim
cada um de nós queira
e
possa
colaborar.
(POR/PARA
UM BOM CLIMA)
FLeming de OLiveira
1)-Ursula
von der Leyen, a recém-empossada Presidente da Comissão Europeia, definiu como
uma das prioridades da sua equipa, uma ação ambiciosa em matéria de crises climática
e da biodiversidade. Apoiado, diria até animado por reiterados e crescentes
apelos à ação, este mandato oferece a oportunidade para ampliar e acelerar uma
transição ecológica e justa para a Europa. Há muito que as políticas de alguns
estados europeus abordam a degradação ambiental e as alterações climáticas com
algum êxito e, sem dúvida também, com fracassos. Creio que, ainda aqui, a
questão não se pode aferir pela bondade da legislação existente, outrossim
pelas condições em a implementar. A Europa dispõe de um quadro legislativo bem
estabelecido, com objetivos a longo prazo e fiáveis sobre um grande número de
temas, desde as emissões de gases com efeito de estufa e áreas protegidas, até
à qualidade do ar e aos resíduos urbanos.

No entanto, os objetivos a longo prazo exigem reduções
maiores e um empenhamento coerente, sem esquecer o esforço persistente de cada
um de nós. A neutralidade climática que o governo português tem como alegado objetivo,
encontra paradoxalmente obstáculos quando setores, como os transportes, tem
dificuldade em conseguir redução, devido ao aumento da procura.

Estranho?
A opinião pública europeia exige ação em
matéria de alterações climáticas e de sustentabilidade. Milhares de
jovens incentivados por Greta Thunberg, marcham pela Europa, lado a lado com os pais
e avós. Tendo em conta o apelo e a magnitude das tarefas, não surpreende que
estas questões estejam no centro das ambições políticas da UE. A composição do
Parlamento Europeu reflete estas exigências públicas.
3)-Ao longo dos últimos anos, as avaliações da Agência Europeia do Ambiente/AEA
têm chamado a atenção para questões relacionadas com os principais sistemas
sociais, incluindo a mobilidade, a energia e, mais recentemente, os alimentos.
As políticas europeias refletiram esta abordagem nos pacotes legislativos,
incluído o que diz respeito ao clima e à
energia. A AEA tem vindo
ainda a salientar a necessidade de uma transição para a sustentabilidade e o
papel da política na facilitação da mesma, o que também é sublinhado na agenda
de von der Leyen.
O que se pode fazer para que o Pacto Ecológico Europeu se
concretize?
Embora não me assuma como “expert”, admito que tal pressupõe uma
reformulação de sistemas-chave, como a forma de deslocação, produção e uso de energia,
produção e consumo de alimentos. Mas os desafios que é preciso enfrentar no
sistema de mobilidade ou de energia não são os do sistema alimentar.
Será que teremos mesmo de abdicar do belo
bifinho como adiantou a Universidade de Coimbra?
Nos últimos anos, as energias renováveis
tornaram-se uma componente fundamental do sistema energético, enquanto o
transporte rodoviário continua por enquanto a depender de veículos privados.
A urgência e a magnitude dos desafios,
significam que não podemos adiar mais a resolução de questões difíceis como
estas. Como podemos produzir alimentos sem prejudicar o ambiente (lá voltamos ao bife…) e apoiar as comunidades rurais?
Como podemos conseguir que essas comunidades
não fiquem ainda mais para trás?
Como é que conseguimos compatibilizar os
fundos públicos e privados das atividades que causam degradação ambiental e alterações
climáticas, com as que promovem a sustentabilidade?

que precisamos para colocar a Europa no
caminho da sustentabilidade. Para facilitar esta transição, a Agência
Europeia do Ambiente, alegadamente, continuará a apoiar os decisores políticos
e o público, fornecendo os melhores conhecimentos sobre questões atuais e
emergentes.
Assim cada um de nós “queira” e “possa”
colaborar.
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