terça-feira, 23 de abril de 2024

VALE A PENA?

 

Escrever e publicar neste tempo em que a letargia cívica de uns tantos alimenta a voracidade populista de outros, pode parecer-me por vezes frustrante, não tanto pelo que pretendo transmitir, mas porque num ilogismo em crescendo, as pessoas buscam o que à partida facilmente concordam e rejeitam o que as interpela.

As redes sociais (que aliás pouco utilizo), com o que têm de facto de bom ou útil (condescendo), são frequentes perversos repositórios de teorias da conspiração, de desinformação de todo o tipo, bem como de estratégias sombrias de grupos antidemocráticos ou antissociais.

Isso só se combate com o desenvolvimento crítico do cidadão comum ( o que é lento), o que não se pode confundir com realidades parciais, incompletas, ou com o desprezo pelas realidades alheias.

Não querer saber o que é diferente, mais do que convencimento ou sobranceria, é desistência da sede de conhecer e compreender o que está por trás da nossa evolução, enquanto espécie.

Irei voltar a este assunto.

 

 

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