Escrever
e publicar neste tempo em que a letargia cívica de uns tantos alimenta a
voracidade populista de outros, pode parecer-me por vezes frustrante, não tanto
pelo que pretendo transmitir, mas porque num ilogismo em crescendo, as pessoas
buscam o que à partida facilmente concordam e rejeitam o que as interpela.
As
redes sociais (que aliás pouco utilizo), com o que têm de facto de bom ou útil
(condescendo), são frequentes perversos repositórios de teorias da conspiração,
de desinformação de todo o tipo, bem como de estratégias sombrias de grupos
antidemocráticos ou antissociais.
Isso
só se combate com o desenvolvimento crítico do cidadão comum ( o que é lento),
o que não se pode confundir com realidades parciais, incompletas, ou com o
desprezo pelas realidades alheias.
Não
querer saber o que é diferente, mais do que convencimento ou sobranceria, é desistência
da sede de conhecer e compreender o que está por trás da nossa evolução,
enquanto espécie.
Irei
voltar a este assunto.
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