segunda-feira, 7 de maio de 2012

EM BUSCA DA PAZ

Fleming de OLiveira Amigo, Por que te preocupas, tão sem motivo? A quem temes, tão sem razão? Quem te poderia fazer mal, Mesmo matar? A Alma não nasce, nem morre. Qualquer coisa que aconteça, Acontecerá para teu bem. O que vai acontecer, Acontecerá para o teu bem. Não lamentes o passado. Não o deves porém esquecer, Nem te preocupar com o futuro, Pois ele está a acontecer ... Que perda te faz chorar? Amigo, Não me fales em crise. O que trouxeste contigo, É o que achas que ontem perdeste? O que produziste, E supunhas destruído? Não me deste nada, Nem nada trouxeste , Qualquer coisa que possuas, Aqui a recebeste, Mesmo que suponhas que ganhaste, Com o suor do teu rosto, Que não, Não é uma maldição divina. O que te tenham dado, Ele te deu. Chegaste de mãos vazias, E assim retornarás, Sempre de mãos nuas. Amigo, Tudo que tens, Pertenceu já a outro, E pertencerá, inexoravelmente, a outro, Num amanhã qualquer. Erradamente desfrutaste a ideia, Que isto te pertence mesmo. Esta felicidade falsa, É causa dos teus pesares. A mudança é lei imutável. O que consideras como morte, É, na realidade, a vida. Em qualquer momento Podes ser um milionário. E, no seguinte, Cair em extreme pobreza. Por isso não me fales, Em direitos adquiridos. Teus e meus, São tão só grandes ou pequenas expectativas. Amigo, Apaga depressa essa ideia. Então, tudo te pertencerá, E serás dono. Esse corpo te pertence, Embora não sejas desse mesmo corpo. O corpo é fogo, água, ar, terra e éter, E a eles retornará. Mas a Alma é permanente. (OFICINA DE POESIA)

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