E ENTÃO…
SEREMOS
TODOS INTELIGENTES
(Inteligência
artificial)
FLeming de OLiveira
(II)
Há dilemas éticos que se afiguram, por enquanto, irresolúveis. O
algoritmo, pode ser contaminado/condicionado pelas
características/ideologia/condição do criador/programador? Calculo que sim…
Para que a inteligência humana e as máquinas
inteligentes possam coexistir pacífica e eficazmente, existem desafios a
superar, desde logo a regulação, com a criação de leis, bem como a atualização
das existentes, que acompanhem o ritmo da mudança tecnológica, destacando-se a
criação de um código de ética para IA, acompanhados por regras concretas e
melhores práticas no desenvolvimento e utilização de máquinas inteligentes.
O
neurocientista António Damásio, defende que, “o risco principal é o perigo das pessoas não compreenderem que a IA é
de facto artificial e muito diferente daquilo que é a inteligência humana. A
inteligência humana é um derivado da biológica ( …) os medos são um bom exemplo de uma reação normal que vem do
desenvolvimento biológico. Uma forma de defesa, que todos os organismos a
partir de um certo nível de complexidade têm. Respondem de forma a defender a
integridade do seu corpo e a integridade da sua vida”.
Se não é
possível evitar o rumo à IA, a definição dos
seus limites éticos parece imprescindível, para o mundo novo que se desenha.
Cientistas afirmam a necessidade do estabelecimento de regras
quanto a aplicação da IA em questões militares, pois já existem estudos e usos
com armas, aviões e sistemas de defesa para a seleção e eliminação de inimigos,
sem a condução direta de pessoas.
A tensão
suscitada pelas inovações tecnológicas sempre existiu. O uso
em massa da tecnologia pode ameaçar empregos e eliminar o envolvimento do ser
humano em diversas funções, além do perigo de a Inteligência Artificial conseguir superar
o mercado financeiro ou manipular líderes mundiais.
O desenvolvimento integral da IA
pode implicar o “fim” da raça humana,
defendeu Stephen Hawking adiantando temer que a IA
evolua mais rapidamente do que os seres humanos, limitados que estão pela
biologia. Importa não perder de vista a lição da energia atómica, que
começou por ser pensada para fins pacíficos. Aquando da
II Guerra experienciou-se a necessidade do avanço tecnológico para fornecer
mais e melhores instrumentos no combate bélico. O dinheiro de pesquisas
científicas estava à disposição dos cientistas, que se preocuparam em breve em
desenvolver a mecanização da morte pelo poder tecnológico.
O
crescente uso da IA na rotina das pessoas, desencadeou uma série de debates.
Cientistas como estes, não estão a dizer, se bem entendi, que a máquina vai
colonizar os seres humanos e dominar a Terra. O que afirmam é que a IA, até
agora, tem sido usada de forma aparentemente inofensiva, mas tudo indica que
não será assim ao longo dos anos.
De facto
constata-se que diversas tecnologias transformarem a vivência da humanidade,
como a televisão, o desenvolvimento da internet e as comunicações em geral.
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