EÇA DE QUEIROZ, O TEMIDO Dr. GODINHO, O PADRE AMARO E
LEIRIA.
No dia
17 de Junho de 2023, foi apresentado no Juncal o livro EÇA DE QUEIROZ, O TEMIDO Dr.
GODINHO, O PADRE AMARO E LEIRIA.
Bacharéis, Magistrados, Advogados, Tabeliães, Escrivães, Meirinhos, Homens de Leis, aparecem
amiúde, na obra queirosiana.
Como viu ele essa gente?
Com o aristocratismo indolente e dandy de
um Carlos da Maia, com o apuro intelectual de um Fradique Mendes ou com o
espírito das rimas mordazes de Sá de Miranda ou de Gil Vicente? Que ideia fazia
dessas pessoas que lidam com o papel selado? Pretendeu elogiá-las? Denegri-las?
Ou tão só representá-las?
A entrada d’O Crime do Padre Amaro no universo escolar foi muitas vezes
retardada e até censurada, em particular durante o Estado Novo, sob o pretexto
de uma moralidade a que sobrava hipocrisia e a que faltava lucidez.
Em
Leiria, Amaro rezava missas como se impunha mas o seu pensamento, devaneio e
ocupação eram a Amélia.
É n´O
Crime (…) que aparece o temido
leiriense Dr. Godinho, respeitável chefe de família, cuja
eloquência arrancou inúmeros
desventurados ao cutelo da lei. Homem pronto a levantar falsos
testemunhos, e cujo desamor pela Igreja e seus ministros se sintetiza na ordem
dada aos redatores d´A Voz do Distrito: Em tudo o que cheire a padre,
para baixo! Havendo escândalo conta-se! Não havendo, inventa-se!
Eça de Queiroz faleceu
em 16 de Agosto de 1900 em Paris e foi sepultado em Lisboa. Em setembro de
1989, os seus restos mortais foram transladados do Cemitério do Alto de São
João/Lisboa para um jazigo de família no cemitério de Santa Cruz do Douro
(Tormes), Baião.
A Assembleia da República em janeiro de 2021
aprovou por unanimidade um projeto de resolução para conceder honras de Panteão
Nacional aos restos mortais de Eça de Queiroz em reconhecimento e homenagem pela obra literária ímpar e determinante na história
da literatura portuguesa.
A obra pode ser adquirida via flemingdeoliveira@gmail.com ou 962925444
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