O
rei D. Dinis fez testamentos, em 1290,1322 e 1324, sendo que faleceu em 1325.
Nessas
versões, a pretensão geral pouco se alterava, salvo o local da sepultura, o que
sinalizou o fim da intenção de constituir o Mosteiro de Alcobaça como Panteão Real,
acabando por vincar a errância dos locais de sepultura da primeira dinastia.
D.
Dinis procurou contemplar doações a instituições religiosas (como Odivelas) e
obras de caridade, garantindo a salvação divina, diversificando e aglomerando
várias intercessões por sua alma, a obsessão em garantir o cumprimento da sua
última vontade como forma de garantir a vida no Paraíso.
Em
Portugal existem como Panteões reais St.ª Cruz (Coimbra), o Mosteiro de
Alcobaça, o Mosteiro da Batalha, o Mosteiro dos Jerónimos e o Mosteiro de S.
Vicente de Fora.
A
Dinastia Afonsina é aquela cujos reis têm as suas sepulturas mais dispersas. Em
St.ª Cruz encontram-se D. Afonso Henriques e D. Sancho I; Alcobaça alberga D.
Afonso II, D. Afonso III e D. Pedro I; D. Sancho II estará eventualmente
sepultado na Catedral de Toledo, tendo resultado infrutíferas as tentativas para
sua comprovação; D. Dinis tem a sepultura no Convento de Odivelas; os restos
mortais de D. Afonso IV estão na Sé de Lisboa e
o corpo de D. Fernando I encontra-se na Igreja de S. Francisco (Santarém).
A
Dinastia de Avis tem as sepulturas divididas pelos mosteiros da Batalha (D.
João I, D. Duarte, D. Afonso V e D. João II);
e dos Jerónimos (D. Manuel I, D. João III, D. Sebastião e D. Henrique).
A
Dinastia de Bragança tem as sepulturas dos seus reis no Panteão Nacional (Igreja
de S. Vicente de Fora), com excepção de D. Pedro IV, cujo corpo se encontra na
Catedral de Petrópolis/Brasil e de D. Maria I, na Basílica da Estrela.
D.
Sancho II faleceu em Toledo.
O
seu isolamento político, terá começado em 1232, estando o Reino com profundas
conturbações. Afonso de Castela entrou nesse ano pelo Norte do reino em defesa
de Sancho II.
D. Afonso, irmão mais novo de
D. Sancho II, denunciou em 1245 o casamento deste com Dª. Mécia. Nesse ano, a
Bula “Inter alia desiderabilia” preparou
a deposição “de facto” do
monarca. O papado, através de duas “Breves”,
aconselhou D. Afonso (Conde de Bolonha),
a partir para a Terra Santa em Cruzada, bem como a estar na Hispânia, fazendo
aí guerra ao Islão. A 24 de julho, a Bula “Grandi non immerito” depôs oficialmente D. Sancho II, e o irmão
tornou-se regente. Os fidalgos levantaram-se contra D. Sancho II, D. Afonso cedeu às
pretensões do clero, jurou guardar os privilégios, foros e costumes dos
municípios, cavaleiros, peões, religiosos e clérigos seculares do reino, abdicou
das suas terras francesas e marchou sobre Portugal. Em1246, D. Afonso segurou Santarém, Torres Novas, Alenquer, Tomar, Alcobaça e Leiria. D. Sancho II
fortificou-se em Coimbra. Covilhã e a Guarda ficaram nas
mãos de D. Afonso. D. Sancho II
procurou a intervenção castelhana na guerra civil. Assim, Afonso de Castela
entrou em Portugal por Ribacoa tomando Covilhã e a Guarda e devastando o Termo
de Leiria, derrotando a 13 de janeiro de 1247 o exército do Conde de Bolonha.
Apesar de não ter perdido nenhuma das batalhas contra o irmão do Rei de Portugal,
Afonso de Castela decidiu abandonar a empresa, levando consigo para Castela D.
Sancho II, visto que a pressão da Santa Sé aumentava.
Embora no Minho continuassem a haver partidários de D. Sancho II e ficassem no
terreno guarnições castelhanas, a causa encontrava-se perdida.
D.
Sancho II redigiu o seu segundo e último testamento a 3 de Janeiro de 1248
enquanto exilado em Toledo , e morreu a 4
de janeiro de 1248. Julga-se que os seus restos mortais repousem na Catedral de Toledo.Não se encontrando,
porém, o seu túmulo, nunca foi possível trasladá-lo para Portugal, nomeadamente
para Alcobaça, como na década de 1950 foi aventado “fatansiosamente “, n´O Alcoa, que assegurou que o túmulo fora
localizado.
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