Há tempos,
depois de uma daquelas conversas vadias
mas importantes, em que se fala de tudo e de nada, perguntei ao meu Amigo José
Eduardo/JERO como gostaria um dia de ser recordado. Isso deixou-o de momento
muito sério, disse-me que ia pensar no assunto e depois me diria. No dia
seguinte, recebi o apontamento que vou divulgar, pois tenho a certeza que ele
não se opunha e é uma homenagem mais que merecida a um Homem Bom, Solidário e Alcobacense Profissional.
Desde que me batizaram nos idos de 1940, o meu nome é José Eduardo Reis de Oliveira. Consta ainda da certidão de nascimento que nasci em Alcobaça, em 4 de abril de 1940.
JERO
são as iniciais do meu nome, com que comecei a assinar os meus artigos como
jornalista, por volta de 1958, na Página Desportiva do jornal O Alcoa.
Passados
tantos anos, um e outro subsistem, embora nos tempos que correm quase toda a
gente me trata por JERO.
Por
onde andei ao longo destes anos todos? Não sei se isso tem algum interesse. Mas
na dúvida posso esclarecer que andei quase sempre por Alcobaça, terra da minha
paixão.
Profissionalmente
estive ligado ao Ministério da Justiça (de 1958 a 1962 nos Tribunais da Covilhã
e Alcobaça), ao Banco Pinto Sotto Maior (de 1966 a 1968 em Leiria e Lisboa) e à
SPAL/Porcelanas de Alcobaça, SA, mais de 32 anos.
O
tempo de maior afastamento de Alcobaça deveu-se ao cumprimento do serviço
militar. Estive 4 anos fora de casa (de 1962 a 1966). Orgulho-me desses tempos.
Fiz parte da C. Caç. 675, que esteve no Norte da Guiné de julho de 1964 até
fins de abril de 1966. Fui Furriel Enfermeiro, louvado e condecorado, o
cronista da C.Caç.675, escrevendo um Diário de 280 páginas que, em passado
recente, um especialista na matéria, o Professor Universitário Beja Santos, pôs
a hipótese de ter sido o primeiro livro impresso sobre a Guerra do Ultramar
(1965).
Depois
fartei-me de trabalhar na SPAL, tendo tido a responsabilidade da direção
comercial do mercado local. Gostei muito do que fiz. Não vesti só a camisola. A
Empresa estava-me no sangue. Reformei-me em 2002.
Na
Universidade da Vida cursei cidadania e passei a participar ativamente nas
coisas da minha terra. Já estive na Direção de variadas instituições.
Dediquei
muito do meu tempo ao jornalismo. Fui
Diretor Adjunto do quinzenário regional O ALCOA de 2009 até maio de 2013
.
Escrevi
e editei em Maio de 2009 o meu 2º. Livro Golpes de Mão’s. Foram quase 2 anos de
trabalho, amplamente recompensados pelas palavras e gestos de muitos amigos. As
tais coisas boas da vida que não há dinheiro que pague.
Em
outubro de 2011 escrevi Alcobaça é Comigo, Um século e tal em histórias e
historietas de gentes da minha terra. Foi, felizmente, outra experiência
enriquecedora.
Em
9 de abril de 2014 recebi uma dedicatória, de que muito me orgulho num livro
dos historiadores e ex-militares que cumpriram serviço militar na Guiné entre
1968 e 1970, Francisco Henriques da
Silva e Mário Beja Santos.
Num estudo sobre a História da Guiné portuguesa e da
Guiné-Bissau (Da Guiné Portuguesa à
Guiné-Bissau: Um Roteiro) incluíram 8 páginas do meu
livro-diário da CCAÇ 675, que consideram um documento histórico de referência
na história recente da literatura portuguesa sobre a guerra colonial. Em 8 de Novembro de 2014 apresentei o livro
sobre a Família Coelho, no Armazém das Artes.
Tenho
um blog http//jeroalcoa.blogspot.com e sou ferrenho utilizador facebook, com 2
páginas que alimento diariamente desde 2009 e 2014, respetivamente, José
Eduardo Oliveira-Praça da Amizade e Bom dia Alcobaça.
Também
comprei uma máquina fotográfica e quase que já me sinto fotógrafo. Faço
diariamente “montes ” de fotografias.
Para
acabar refiro também dois retratos que os meus netos fazem a meu respeito.“ O
meu avô escreve livros”, escreveu o Pedro.
A
Mariana disse algo ligeiramente diferente: “Oh avó já sei por quem o avô está
apaixonado. É pelo computador.”
Mandei
fazer entretanto novos cartões-de-visita, onde refiro, além do meu nome, o que
mais gosto de fazer na vida: - Alcobacense Profissional.
Atualmente
sou Diretor Comercial do semanário Região de Cister, onde também colaboro com
artigos de opinião.
Quanto
a livros novos? Tenho dois na calha!
E
por aqui me fico.
Adeus
meu Caro Amigo!
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