João Neves Raposo de Magalhães, nasceu em Alcobaça a 3 de julho de
1922, onde fez a Instrução Primária no Jardim-Escola João de Deus. Em Lisboa
frequentou o Liceu Camões, onde concluiu o Curso Liceal. Neste período, foi
eleito Presidente da Juventude Escolar Católica/JEC. Matriculou-se na Escola
Superior de Agronomia, mas desistiu no princípio do quarto ano porque,
entretanto, casou-se com Maria da Luz de Barros e Sá Abreu.
Quando ocorreu o golpe de
11 de Março de 1975, administradores dos diversos bancos privados foram presos
à ordem do poder revolucionário/CR. Para o evitar, João R. Magalhães –Jana, como era também conhecido– saiu do
País e foi para Angola que abandonou ao
fim de pouco tempo, pelas mesmas razões. Instalou-se durante algum tempo na
África do Sul e depois rumou ao Brasil, onde António Champalimaud – com quem há
muito vinha trabalhando –, estava a construir a maior fábrica de cimentos da
América do Sul. Auxiliou-o na gigantesca tarefa, mantendo-se no Brasil durante
cerca de dois anos. Aí, J. Magalhães encontrou Linda Shubert Reindfleich, com
quem veio a casar e ainda é viva em Lisboa.
Pouco depois daquela
fábrica de cimento ter arrancado, João Magalhães voltou a Portugal, e pretendendo
acompanhar a idosa Mãe abandonou o Grupo Champalimaud e instalou-se em
Alcobaça.
Por esta esta altura
(1980), o PSD de Alcobaça – , em detrimento de Fleming de Oliveira que
encabeçou a lista para a Assembleia Municipal e depois integrou a lista de deputados
à Assembleia da República – convidou-o candidatar-se numa lista da AD, à
Presidência da Câmara Municipal de Alcobaça, eleição que ganhou com maioria
absoluta, vencendo Miguel Guerra (PS). Manteve-se em Alcobaça durante dois anos
como Presidente da Câmara, mas não acabou o mandato.
António Champalimaud, de
regresso a Portugal, resolveu investir nas empresas que tinham sido suas,
readquirindo a Companhia de Seguros Mundial Confiança e o Banco Pinto &
Sottomayor, e convidando-o a voltar a trabalhar com ele. João Raposo de
Magalhães aceitou o convite e voltou ao Conselho de Administração de ambas as
companhias. Mais tarde, com a aquisição do Banco Totta & Acores e o Crédito
Predial Português, passou, também a integrar a sua Administração.
J. Magalhães, era amigo
de António Champalimaud e seu homem de
confiança. Quando este morreu, foi instituída uma Fundação com o nome de seus
pais, para a qual João Magalhães foi convidado a integrar o Conselho Geral. Foi
consultor do Banco Santander Totta, administrador de muitas outras empresas,
sendo que a sua atividade primordial foi a banca e as empresas a ela ligadas.
Refira-se apenas uma, por ser da família, a CRISAL, de que em dois períodos
diferentes foi Administrador e também Presidente do Conselho de Administração.
Jana Magalhães vivia em Lisboa,
deslocava-se ultimamente muito raramente a Alcobaça, onde mantém a casa que era
dos pais.
Faleceu em Lisboa em 9 de
Maio de 2022
Sem comentários:
Enviar um comentário