Antes de mais vou
esclarecer que sou a favor do “dia da asneira”. Ontem fui levado a isso.
Não existia
nenhum evento importante, como um aniversário ou um almoço de família, nem era
fim-de-semana, mas apetecia-me algo específico que não fizesse “sentido” com a rotina alimentar.
A minha Mulher talvez
supõe que o meu entendimento do “dia da
asneira” consiste em aceitar cometer algum excesso alimentar, seja pela
qualidade nutricional ou pela quantidade alimentar. Embora tenha razão em
muitíssimas coisas (as Mulheres sabem muito), não é este o caso.
Reconheço que há dias em
que “estou com desejos”, pretendo matar saudades, sair do modo corrente,
sem prejuízo de reiniciar logo a seguir uma semana de dieta cuidada e normal.
Segundo o meu médico esta pontual quebra na rotina, restrita a uma refeição
“sem ou menos regras”, não tendo impacto negativo, tem o mérito de poder
socializar sem a Mulher ou Filhos estarem a perguntar se estou (ou já não
estou) a fazer dieta.
Além disso, como também diz o meu médico que é um bom nutricionista e
psicólogo, essa quebra é emocionalmente uma mais-valia, me confere a boa
sensação de que, sem descurar estar no caminho para dispor de uma vida saudável,
sei que, afinal “posso fazer um pouco de
tudo, ainda que não de tudo todos os
dias”.
O “meu dia da asneira” não
é um excesso concentrado num almoço, mas algo como manter o prato de dieta
recomendado, com o acrescento pontual de uma entrada ou sobremesa, um copo de vinho
do Douro ou ter à disposição batatas fritas quentinhas e a estalar.
Afinal o “meu dia da asneira”
não é, nem de perto muito menos de longe, um dia a cometer loucuras
gastronómicas, mas sim, uma refeição algo diferente da habitual, eventualmente com maior teor calórico e quantidade, mas sem
prejuízo de comprometer os objetivos que tenho em mente e a minha Mulher
carinhosamente controla de perto.
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