Antigamente era vulgar
utilizar a expressão Diz-me o que comes e eu digo-te quem és.
Todavia,
isto hoje lsuscita as maiores dúvidas, pois por vezes é muito difícil saber o
que estamos realmente a comer, ao invés
do que acontecia nos bons velhos tempos
em que nos alimentávamos apenas da horta da casa ou da avó.
Nos
tempos que correm, grandes companhias multinacionais com linhas de produção sofisticadas, alegadamente muito evoluídas,
distribuem a comida que chega até nós, seja no restaurante ou através do
supermercado.
Se
é verdade que processos novos diminuem o custo da alimentação e até podem
promover o aumento da produção, também é
certo que acarretam novos riscos.
O
franguinho comido na canja ou no churrasco pode conter salmonela.
O
bife mal passado que tanto apreciamos, apenas com uma pitadinha de sal, até
pode estar infetado.
Mesmo
os vegetarianos, não estão a salvo destas ameaças e alguns governos
(escrupulosos?) já avisaram que os rebentos de vegetais, só devem ser ingeridos
após cozidos.
Os
produtores de carne, muitas vezes, dão sub-repticiamente, ou não, antibióticos
aos seus animais, por vezes os mesmos que se usam nos humanos, tal como me
informou um veterinário alcobacense (escrupuloso?) das minhas relações. Os
animais ficam mais gordos, crescem mais depressa e mais depressa chegam aos
consumidores. Mas será que resistimos a todos estes antibióticos que
indiretamente assim consumimos?
Os
engenheiros genéticos, fazem parte desta cadeia e novos métodos de tratar as
colheitas suportam a esperança de se poder alimentar um dia todo o Mundo….
Cada
vez mais alimentos geneticamente modificados/manipulados, entram no mercado e
na nossa alimentação, pelo se coloca a questão de se saber como ou se essa
mudança, vai afetar o ambiente e se refletir na modificação dos seres humanos.
Mas até lá vamos
comendo se possível um bom bifinho a saber mesmo a bife.
Fleming de Oliveira
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