TARCÍSIO
TRINDADE
Apontamento
Biográfico
Tarcísio Vazão de Campos Trindade, nasceu em 11 de setembro
de 1931 em Alcobaça, no seio de uma família tradicional e de comerciantes, que
vivia numa habitação sita no primeiro andar da Ala Sul do Mosteiro de Alcobaça,
que havia sido comprada por António dos Santos Vazão, depois da extinção das
Ordens Religiosas.
Em
Alcobaça, fez o percurso escolar, até ingressar na Faculdade de Direito, em
Lisboa, estudos interrompidos para cumprir o serviço militar, os quais não
reatou.
Assumiu o negócio da família, sendo
antiquário, livreiro, bibliófilo e avaliador de mérito, em Alcobaça e Lisboa.
Escreveu o livro de poesia Os
Meninos e as Quatro Estações, que
obteve o prémio nacional de poesia e mereceu referência numa edição da História
da Literatura Portuguesa, de António José Saraiva e Óscar Lopes.
Foi sócio correspondente da Sociedade Portuguesa de Belas
Artes.
Em Alcobaça, foi Vereador da Câmara Municipal e Presidente
Comissão Municipal de Turismo, no mandato do Presidente da Câmara Horácio
Junqueiro, e com 37 anos designado Presidente de Câmara de 7 de fevereiro de
1969 a 25 de abril de 1974, Presidente de Direção do Ginásio de Alcobaça
(durante sete épocas) e dos Bombeiros Voluntários, Diretor e Editor do jornal O
Alcoa (de 29 de fevereiro de 1964 a 26 de dezembro de 1970), Procurador ao
Conselho Distrital e à Câmara Corporativa.
Foi homenageado pelo desempenho à frente da Câmara
Municipal, perante cerca de um milhar de pessoas, incluindo o Secretário de
Estado das Obras Públicas José Adolfo Pinto Eliseu, na ante estreia do pavilhão
gimnodesportivo de Alcobaça.
Sendo Presidente da Câmara, fundou em 1971 o Jornal
de Alcobaça, que durou até ao 25 de abril de 1974.
Em Abril de 1971, Tarcísio Trindade, fez surgir na vila o
semanário Jornal de Alcobaça que pareceu
uma dissidência de O Alcoa. Mas em breve se revelou um jornal de propaganda
do Diretor, Editor e Proprietário, dando destaque às suas iniciativas.
Beneficiava de publicidade institucional, nomeadamente municipal, bem como da
de entidades privadas com interesses no Município. Com o fim do marcelismo, e
um ano após o 25 de Abril, o jornal deixou de ter espaço e encerrou a
publicação.
Foi preso
com mandato em branco por ordem do
COPCON no mesmo dia que Luís do Couto Serrenho Capador, Carlos Leão da Silva Caranguejo
e Hernâni Bastos (22 de Julho de 1975).
Leia-se com detalhe Fleming de Oliveira in
No Tempo de Soares, Cunhal e Outros.
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