TEMPOS MUITO CENSURADOS
Lancei em fevereiro de 2022
Ao que me tem chegado, tem sido bastante
apreciado, tanto por parte da Igreja, como de pessoas de vários quadrantes
político-ideológico.
Segue uma pequena ideia do seu conteúdo.
A História que aqui se apresenta num livro didático e não confessional por onde
desfilam personagens e factos que a marcaram, visa um público generalista, pelo que
esse foi o maior problema dado que não podia ter notas de rodapé de compactas
vinte linhas, mas as necessárias para contextualizar ou identificar fontes.
A
liberdade de expressão, tão natural hoje em dia em Portugal, faz esquecer
alguns dos instrumentos mais pesados da nossa história, como a Censura e a
Repressão.
O
Santo Ofício foi das instituições com maior impacto no quadro de muitos séculos
da sociedade portuguesa, cuja atuação marcou, de forma indelével, o espaço
social e cultural do Antigo Regime ao exercer uma censura moral, política e
religiosa.
A
Inquisição em Portugal – e aqui faremos uma incursão pelo Brasil –, monumento
de perene e abominável reminiscência, é um desses instrumentos que para
reivindicação do bom nome português deve imprescritivelmente ser tratado com
inteireza.
Não
somos nós, passados 200 anos sobre a extinção, os primeiros a irrogar aos inquisidores
as barbaridades contra as quais a natureza se revolta. Foram já alguns homens
desses tempos, mesmo ligados à Religião, com a descrição das ações criminosas.
Com o
Estado Novo, a censura foi muitas vezes aplicada com manha e rudeza, outras com
habilidade e arrogância. Para a justificar, estiveram disponíveis histórias
inventadas, inverosímeis juízos e desajeitados conceitos. O vexame, o opróbrio,
a prisão, o exílio, se não a morte, atingiram muitos cidadãos e famílias, tendo
havido casos que nem a verdade ou a justiça lhes foram consentidas. A censura e
a repressão para além de tentarem abafar a contestação popular, visaram moldar
o pensamento em conformidade com os valores e interesses do regime, com o
alegado pretexto do bem comum.
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