sexta-feira, 15 de dezembro de 2023

TEATRO DE REVISTA, CENSURA E ALGUNS EXEMPLOS

 

 

TEATRO DE REVISTA, CENSURA

E

ALGUNS EXEMPLOS

 

FLeming de OLiveira

 

Pelo crivo da censura, passaram os guiões de peças teatrais e de alguns espetáculos como as Revistas.

Mesmo os maiores dramaturgos portugueses, viram peças proibidas ou mutiladas. Em 1974, nem Gil Vicente passou incólume, tendo o autor da Barca do Inferno sido cortado pela censura, que impediu que fosse levado à cena, por um grupo de amadores de S. Pedro do Sul, um espetáculo com textos vicentinos. A mulher do frade, a alcoviteira Brízida Vaz, de muitas intrigas, realizava feitiços e bruxarias, tinha uma falsa religião, era muito dada aos homens e incentivava raparigas a seguirem o seu caminho, queria entrar na Barca do Anjo argumentando que tudo o que fez foi bem ou por bem, casou muitas moças, tinha sido martirizada, havia convertido raparigas, e até as vendia aos padres da Sé. Mas o Anjo, como o Diabo vedaram-lhe a entrada.

 

A PSP do Porto, informou o Teatro Experimental do Porto, da apreensão a 18 de março de 1972 dos cartazes publicitando A Casa de Bernarda Alba, de Lorca, pois exibiam uma mulher nua da cintura para cima.

Nesse ano, uma adaptação d’O Arco de Sant’Ana, de Almeida Garrett foi censurada, pelo exame prévio do Porto com um Não mencionem que foi proibido. Podem dizer, no entanto, que não chegará ao palco.

Outros exemplos de censura:

- Aumento do corte do cabelo - Cortar;

- Comunicado da Junta de Energia Nuclear - Cortar a expressão os fusíveis radioactivos;

- Na tomada de posse do 2.º comandante da PSP de Lisboa, disse-se que ele já fez três comissões de serviço no Ultramar, a primeira logo na eclosão da guerra. Ora, não havendo guerra, não se pode dizer isso.

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