quinta-feira, 17 de janeiro de 2019


NO TEMPO DE PESSOAS “IMPORTANTES” COMO NÓS
50 Anos da História de Alcobaça Contada através de Pessoas


Delgado, Samuel, empresário e Presidente do Conselho de Administração de Solancis, empresa sediada na Benedita, foi condecorado pelo Presidente da República Cavaco Silva com o grau de Comendador da Ordem do Mérito Empresarial em cerimónia que decorreu no dia 17 de dezembro de 2015, no Centro Cultural de Macieira de Cambra/Vale de Cambra, que marcou a conclusão de 8 Jornadas no Roteiro para uma Economia Dinâmica.
-Oficialmente constituída em 1969, a Solancis iniciou todavia a sua história na primeira década de 1900. As 12 pedreiras da Solancis ficam situadas no mais importante repositório de formações calcárias de Portugal, o Maciço Calcário Estremenho, e em Pero Pinheiro. Exporta cerca de 95% dos produtos, para mais de 50 países. Recorde-se que em outubro de 2014, Cavaco Silva havia visitado as instalações da Solancis, também no âmbito do Roteiro para uma Economia Dinâmica. O Chefe de Estado quando chegou à Solancis, foi recebido por Samuel Delgado, Presidente do Conselho de Administração, Luís Miguel Goulão, Presidente da Assimagra e da Valor Pedra, bem como Paulo Inácio, Presidente da Câmara Municipal de Alcobaça.
-No curriculum da Solancis, consta o trabalho de reconstrução do Arco da Memória, em 1981,Vidais, conforme refere Fleming de Oliveira em No Tempo de Salazar, Caetano e Outros.
Dias, Laurentino José Monteiro Castro, nasceu em Fafe a 4 de fevereiro de 1954.
Licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra, Secretário de Estado da Juventude e do Desporto, perante cerca de 400 pessoas inaugurou no dia 1 de outubro de 2006, o Pavilhão Gimnodesportivo da Burinhosa. Tratou-se de uma obra particular, do Centro de Cultura, Recreio e Desporto da Burinhosa, mas com finalidade pública.
Era um sonho com 20 anos, afirmou Sérgio Soares, Presidente da Direção do CCRD. Trata-se de um dos bons equipamentos do concelho, enalteceu Gonçalves Sapinho que elogiou a parceria público-privada que permitiu a viabilização desta obra. Laurentino Dias salientou que este pavilhão serve para todas as idades, mas essencialmente ara criar hábitos desportivos na juventude.
Após a inauguração e almoço oferecido à população, a parte da tarde foi animada por vários grupos de folclore.
-A noite do sábado, dia 4 de novembro de 2006, foi talvez inesquecível para os 52 ciclistas e para as duas dezenas de ex-dirigentes, treinadores e jornalistas que marcaram o último meio século do ciclismo português, alvo de uma homenagem pelo Alcobaça Clube de Ciclismo.
A semana do ciclismo terminou com um jantar no Mosteiro, abrilhantado pela presença de muitos antigos campeões e velhas glórias da modalidade que disputa com o futebol o estatuto de maior popularidade.
Leia-se aqui Timóteo de Matos.
 -A Pousada da Juventude de Alfeizerão – São Martinho do Porto, reabriu no dia 7 de agosto de 2007, remodelada, melhorada e ampliada, apresentando 70 camas, um aumento de 16 face aos quatro anos anteriores, quando fechou para obras.
Apesar de estar a funcionar desde julho passado, a fita foi cortada pelo Secretário de Estado da Juventude e do Desporto, Laurentino Dias.
As obras da Pousada, uma das 45 existentes no continente, são consequência da parceria entre a Câmara Municipal de Alcobaça e Governo. Embora a remodelação seja da Administração Central, os custos de funcionamento serão também assumidos pela autarquia, que terá direito a algumas camas. A novidade, avançada por Laurentino Dias é que o município doravante poderá dispor de alojamento em qualquer Pousada de Portugal, não cingindo os seus direitos à de Alfeizerão. Dê aos jovens a oportunidade de viajarem e de conhecerem o país inteiro, desafiou o governante.
Dias, José Carreira Gomes, nasceu a 11 de dezembro de 1947, tendo estudado até à 4ª. classe.
Casado com Maria de Lurdes Franquinho, tem dois filhos.
Foi barbeiro no Zé do Laço na Rua 16 de outubro/Alcobaça, em frente à Loja Camilo.
Frequentou Escola da Marinha Mercante e um Curso de Hotelaria.
Trabalhou na Marinha Mercante de 1966 a 1998 em Paquetes como o Infante D. Henrique (restaurado), Funchal, e Vasco da Gama.
Foi responsável pela secção de futebol do Centro Cénico da Cela entre 1977 e 1979, sendo Presidente do C.C. da Cela desde outubro de 1998.
-O Centro Cénio e de Bem Estar Social da Cela detém um vasto império, construído com sacrifícios e apoios. Ocupa o segundo lugar do ranking das empresas empregadoras da Freguesia da Cela, dedicando-se ao bem-estar social dos idosos e crianças.
Questionado como surgiu a sua ligação a este grandioso projeto de solidariedade social, José Dias diz que desde a fundação do CCC que me encontro ligado à associação. Como andei embarcado muitos anos, a minha ligação era menos estreita do que o é atualmente. No entanto, esta associação é, para mim, tal como para muitas pessoas que a viram nascer e crescer, um forte motivo de orgulho. E é por esse orgulho e vontade, que a associação continue a crescer, que me encontro, atualmente, ligada a ela, como presidente da direção. Entende que, enquanto presidente da direção, o seu mandato começou bem tem corrido bem e inteirei-me, facilmente, dos mecanismos de funcionamento desta associação. No entanto, penso que poucas são as pessoas que imaginem o trabalho que dá gerir o Centro Cénico da Cela. Mas penso que o mais difícil já foi feito. No futuro, há que prosseguir e dar continuidade a este projeto.
-O CCC celebrou o seu 27º aniversário no dia 6 de outubro de 2000.
Para assinalar a data, foi servido um jantar a mais de 200 sócios, amigos e simpatizantes. Seguiu-se uma passagem de modelos, que agradou ao vasto público, onde muitas crianças e jovens desfilaram com a moda Outono/inverno.
À meia-noite as 27 velas de um enorme bolo de aniversário foram apagadas pelos presentes.
-No dia 6 de outubro de 2010, o Centro Cénico da Cela teve sala cheia para a comemoração do seu 40º aniversário. São 40 anos de luta mas que os corpos dirigentes desta casa, ao fim desse tempo, fizeram uma obra que todos devem sentir orgulho nela, disse José Dias.
Para assinalar a data, realizou-se um almoço convívio em que estiveram presentes 300 pessoas. Não havia lugar para mais, informou o presidente.
Durante a tarde, atuaram a Orquestra Ligeira e Juvenil da Freguesia do Bárrio, a Orquestra Juvenil da Cela e a Escola de Música do CCC.
Nesta festa, compareceu Orlando Pereira, antigo Presidente da Junta de Freguesia do Bárrio, que aproveitou a presença do presidente da Câmara Municipal de Alcobaça, para lhe pedir que adormeça e acorde todos os dias a pensar nos nossos jovens, porque eles são o futuro.
-No âmbito do Ano Nacional do Livro e da Leitura, o CCC promoveu no domingo, 29 de outubro de 2000, mais um encontro com um escritor a fim de tentar incutir hábitos de leitura aos celenses.
Esta iniciativa, que teve lugar na mediateca do CCC, contou com a presença de João Lázaro, autor do livro Mulheres a flor da Pele, também encenador e ator de teatro e psicólogo.
Durante cerca de uma hora e diante uma plateia composta por algumas dezenas de pessoas, João Lázaro apresentou o seu livro, e explicou como ele aconteceu. Quando tinha dez anos, apercebi-me que inventar histórias deveria ser a coisa mais fantástica que pudesse existir, garantiu, despertando desta forma, para a vontade de escrever um livro.
Este desejo foi acalentado durante anos e, depois de ultrapassada a barreira dos 40 anos, João Lázaro concretizou-o.
Mulheres a flor da Pele, é dividido por duas partes distintas.
Na primeira parte, o autor apresentou o caso de um divórcio, sendo a mulher a figura principal, enquanto que na segunda, retratou seis histórias de homens que fogem de mulheres.
Revelando-se um excelente comunicador, João Lázaro respondeu às questões colocadas, para além de desvendar superficialmente o conteúdo de Mulheres a flor da Pele.
Esta iniciativa contou com a atuação do grupo 4 CÊS, que completou a tarde cultural com a interpretação de bonitos trechos musicais.
-O Centro Cénico da Cela inaugurou no dia 6 de outubro de 2012, o novo Lar residencial de Idosos, com capacidade para 48 utentes.
O investimento de 1,6 milhões de euros, realizados na totalidade pelo CCC, com o apoio de amigos e familiares da instituição, irá criar 15 postos de trabalho. O CCC espera apoio da autarquia de Alcobaça, que poderá ser de 150 mil euros, e que a Segurança Social possa efetuar novo protocolo de apoio à instituição, que com esta obra vem dar resposta à procura existente no concelho para este tipo de instituições.
Estiveram presentes, a diretora regional da Segurança Social, o presidente da Câmara Municipal de Alcobaça, o presidente do CCC, o presidente da Junta de Freguesia da Cela, o presidente da Assembleia Municipal de Alcobaça, além de outras entidades e muitos populares. 
-A Escola de Música do Centro Cénico da Cela, assinalou, no sábado dia 24 de junho de 2015, o 16.º aniversário de atividade, com um jantar-concerto.
A iniciativa reuniu músicos, professores, pais, dirigentes e sócios da instituição, lotando por completo o salão multiusos do Centro Cénico.
Durante o jantar-concerto foi possível assistir à estreia em palco de crianças, entre os 4 e os 7 anos de idade e às atuações dos restantes alunos desta escola de música, que tem formado músicos ao longo das últimas décadas.
Paulo Mateus, presidente da Junta de Freguesia da Cela, considerou que a escola de música está no caminho cero, enaltecendo o excelente trabalho que o professor Nuno Montez desempenha na instituição.
O vereador Carlos Bonifácio, também deixou votos de sucesso e continuação.
-O auditório do Centro Cénico da Cela recebeu, na manhã de sábado dia 21 de fevereiro de 2016, uma ação de sensibilização para prevenir acidentes com tratores.
Na audiência, estiveram pressentes mais de uma centena de agricultores de várias freguesias do concelho de Alcobaça.
Alcobaça é o concelho da zona Oeste com mais acidentes com máquinas agrícolas, que em 2015, roubaram a vida a quatro pessoas. Daí que Paulo Inácio, tenha mostrado vontade em arranjar soluções para o problema.
De acordo com Sérgio Gomes, comandante operacional distrital da Autoridade Nacional de Proteção Civil, a taxa de mortalidade em acidentes agrícolas é elevadíssima e, por isso, destaco o trabalho da ação de sensibilização para prevenir acidentes. 
Leia-se aqui Rogério Raimundo.
Dinis, Vera Lúcia, com o pseudónimo (literário) Brigite Salvado, nasceu em Abril de 1980, numa manhã de chuva intensa.
Foi criança e adolescente na pequena aldeia junto à serra dos Candeeiros onde, com os pais e irmão mais novo, cresceu ao ritmo das estações e dos ciclos da natureza.
Desde cedo, sentiu um gosto pelos livros, que não existiam em casa e que na escola eram escassos. A biblioteca itinerante da Gulbenkian visitava, de tempos a tempos, a vila de Benedita e Vera fazia oito quilómetros para ir de bicicleta buscar os livros com que alimentava o seu principiante universo (recorda-se ainda hoje, com exatidão da emoção que sentiu ao ler o Menino de Bronze, de Sophia de Melo Breyner). Vera foi crescendo e, nos dias que se sobrepunham, a vontade de escrever acompanhava a de ler, em igual intensidade. Tinha 10 anos quando viu um texto seu publicado no Pórtico, jornal local da vila, onde estudava.
Um ano antes, o professor da quarta classe entregara-lhe um livro que ganhara num concurso de texto livre, com a seguinte dedicatória Para a Vera, que um dia escrevas também o teu livro. Este sonho tornava-se cada mais nítido. Mas aos 16 anos foi aconselhada a seguir a razão em detrimento do coração e prosseguiu os estudos para a área das Ciências, em vez de Humanidades, para onde o seu perfil indiciava predisposição. Contudo, isto não a impediu de continuar a evidenciar o gosto pela palavra e língua portuguesa, tendo participado em concursos literários escolares.
Os anos sucedem-se e em 1998 foi estudar para Lisboa, cidade pela qual nutre uma cumplicidade inexplicável desde o primeiro momento. A experiência de estudar longe de casa, permitiu-lhe amadurecer, mas também contactar com pessoas muito diferentes. É a heterogeneidade maior que existe numa cidade como Lisboa, que a fez amar lá viver e lhe permitiu descobrir a vantagem da diferença. Durante esse tempo, escreveu o primeiro livro, um romance A dois passos de ti, que nunca saiu/sairá da gaveta.
Em 2002, já licenciada, regressou a casa para começar a trabalhar em Leiria. A escrita é adormecida, embora nunca totalmente, para se focar na sua área profissional. Casou-se em 2005 e continuou a residir na sua aldeia, onde possui a tranquilidade e conforto de uma casa do campo, com a harmónica proximidade à natureza. De facto, os elementos ligados à natureza mais tarde revelar-se-ão muito influentes no seu processo criativo - o vento e a visão da serra, a chuva e o cheiro a terra molhada, o aroma do pinheiro e do alecrim, a floresta e o conceito de refúgio absoluto. Quando pegava numa caneta sentada na sombra de uma árvore, imaginava lugares que sabia não existirem na realidade, mesmo nunca tendo viajado. A sensação de escrever sincronizava-a, equilibrava o seu mundo interior, pois era o momento em que materializa os seus pensamentos, tornando-os palavras escritas e ao fazê-lo era como se expurgasse toda a inquietação que carregava. Tal como nessa altura, ainda considera que a sua maior arma contra os males do mundo é a imaginação: as infindáveis possibilidades de alterar os fins espectáveis das histórias ou os cenários das mesmas.
O tempo, com a sua força imensurável, fez com que crescesse como mulher, através das muitas experiências profissionais e pessoais, mas particularmente a de ser mãe. A sua permanente vontade de viver de forma apaixonada e de se entregar em tudo o que faz revelou-se profundamente na maternidade, proporcionando-lhe um novo sentir.
Tudo se propiciou para que em 2013, Vera desse à luz o primeiro livro – Vai e Vem. Poesia impetuosa, com alguns lugares comuna serviu de alavanca à experiência ao tornar público como alega o seu mundo interior, processo que lhe exigiu a par de responsabilidade, uma sobredose de coragem.
Este acontecimento repetiu-se no ano seguinte com Água Doce, de verso livre e com uma linha condutora identificada. Nestes dois trabalhos, Vera escolheu o pseudónimo Brigite Salvado para os assinar.
O que o futuro trará a Vera em matéria de escrita, tal como em qualquer campo, não é possível adivinhar, no entanto enquanto viver o que escrever certamente não há-de ser poesia ao metro.
-Vera Dinis, apresentou, no dia 26 de novembro de 2016, o livro de poesia Brigite No País das Armadilhas, no Centro Cultural Gonçalves Sapinho, na Benedita.

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