terça-feira, 22 de janeiro de 2019


NO TEMPO DE PESSOAS “IMPORTANTES” COMO NÓS

50 Anos da História de Alcobaça Contada através de Pessoas


Subtil, Daniel Lourenço, nasceu a 8 de outubro de 1974 na Nazaré e reside no Vimeiro.
Fez estudos até ao 9º. ano de escolaridade, em Alcobaça.
É empresário por conta própria na área da construção civil (Sociedade Unipessoal), dedicando-se sobretudo a obras particulares, como a construção de vivendas, armazéns, muros e estruturas/edificações afins e Presidente da Junta de Freguesia do Vimeiro desde outubro de 2009, cargo que, segundo diz, exerço com todo o empenho e dedicação que me é possível, sem ser a tempo inteiro.
Os elementos da sua equipa são os mesmos, em ambos os mandatos: Rui Joaquim Rodrigues (Secretário) e Liliana Batista de Sousa (Tesoureiro).
Daniel Subtil nas eleições de 2009 ganhou com maioria absoluta, contra listas de independentes e do PS, que ficou abaixo daqueles.
-A Junta de Freguesia do Vimeiro esteve a preparar o projeto de requalificação da praça central da sede de freguesia. Temos de fazer alguma coisa pela terra e oferecer algo de diferente à população e a quem nos visita. Não podemos parar no tempo e esperar que as coisas aconteçam sozinhas, anunciou Daniel Subtil.
O autarca anunciou que o projeto de requalificação urbana já começou a ser desenhado. Há várias ideias que têm de ser trabalhadas, para depois passarem ao papel.. 
Em frente às instalações da autarquia foram adquiridos terrenos e demolidas habitações e o executivo prosseguiu na negociação de uma parcela de terreno em falta, no mesmo local. 
Daniel Subtil referiu que será construído um novo parque infantil, porque o atual está desatualizado. O projeto contempla ainda um pequeno Mercado Semanal, no qual os produtores da freguesia poderão colocar os seus produtos à venda aos domingos, e vários espaços ajardinados. Serão demolidos os pisos e colocados outros materiais nos passeios. Muito do que temos está completamente ultrapassado e a necessitar de trabalhos de recuperação. Face a estas necessidades, é preferível apresentarmos um projeto com qualidade do que andarmos a remendar o que existe,
Entretanto, a autarquia deu início a abertura de ruas na sede de freguesia, nomeadamente a que fará ligação entre a Santa Casa de Misericórdia e o campo de futebol.
-O lançamento da 1ª. Pedra da Extensão de Saúde do Vimeiro, realizou-se no dia 23 de fevereiro de 2012.
Estiveram presentes o presidente da Câmara Municipal de Alcobaça (Paulo Inácio), o presidente da ARSLVT (Luís Cunha Ribeiro), o presidente da Junta de Freguesia o Vimeiro (Daniel Subtil), o Presidente da Assembleia Municipal de Alcobaça (Luís Castelhano), autarcas da região, vereadores e população.
O presidente da Junta de Freguesia do Vimeiro agradeceu à população o esforço para que fosse possível adquirir o terreno, onde vai ser construída a Extensão de Saúde de Saúde. Daniel Subtil salientou, ainda, que este é um investimento para servir melhor a população.
Paulo Inácio garantiu que a obra irá iniciar-se brevemente, esperando mesmo que esteja que esteja concluída até ao final do ano, pois não há bem mais importante do que a saúde, nomeadamente no caso do Vimeiro, onde a maioria da população é idosa. Mais referiu que é importante haver uma política de proximidade e com as populações.
Luís Cunha Ribeiro, (re)lembrou que esta obra não é um favor, é uma obrigação para  com quem paga impostos.Ainda  referiu que temos pouco dinheiro pelo que temos que fazer o melhor possível com o que temos.   Em relação ao fato de haver pessoas que se levantam às 5 ou 6 horas da manhã para poder ter uma consulta médica, Luís Cunha Ribeiro referiu que enquanto for presidente da ARS, LVT quero acabar com isso porque considero indigno e inaceitável ir às 6h da manhã para um centro tratar de saúde. O responsável garantiu também que iremos pôr as pessoas e instrumentos mentos necessários e dar-lhes o que precisam para que quem quiser ir ao médico o faça a horas dignas. Luís Cunha Ribeiro, afirmou à margem do lançamento da 1ª pedra do Centro de Saúde do Vimeiro, em Alcobaça, que nunca foi intenção da ARS encerrar o hospital, mas reorganizar os cuidados de saúde. A ARS está a fazer um levantamento dos problemas da Região Oeste, estudo que deverá estar concluído dentro de duas a três semanas.
-Daniel Subtil contou que em 8 de janeiro de 2015 assaltantes entraram por uma porta lateral do edifício da Junta, para o local onde funciona o posto dos CTT, e furtaram dois computadores portáteis, programas informáticos, perto de 200 euros em dinheiro e alguns selos.
Além do material roubado, os assaltantes deixaram, ainda, um rasto de estragos avultados, pois para se infiltrarem no edifício partiram duas portas e janelas.
Ainda de acordo com o autarca, ninguém se apercebeu do assalto, apesar do edifício ter vizinhos. Esta é a segunda vez que a sede da autarquia é assaltada, embora da primeira os assaltantes não tenham levado bens, dado que foram detetados por vizinhos.
-No dia 5 de fevereiro de 2015, teve lugar a inauguração oficial do novo edifício da Extensão de Saúde do Vimeiro.
A cerimónia contou com a presença do Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde, Fernando Leal da Costa, o Vice-Presidente do Conselho Diretivo da ARSLVT, Luís Pisco, a Diretora Executiva do ACES Oeste Norte, Ana Maria Pisco, o Presidente da Câmara de Alcobaça, Paulo Inácio, o Presidente da Junta de Freguesia do Vimeiro, Daniel Subtil e Isabel Dasmasceno, representante do Programa Mais Centro. Esteve igualmente presente o Bispo Auxiliar do Patriarcado de Lisboa, D. Joaquim Mendes, que deu benzeu as instalações.
Daniel Subtil reclamou mais médicos para garantir a rentabilização do espaço.
Fernando Leal da Costa referiu que precisamos de mais médicos para rentabilizar a extensão e para que seja dada a resposta desejada aos utentes, afirmou Daniel Subtil relembrando a luta pela construção do equipamento.
Paulo Inácio salientou que, por vezes, é importante o Governo sair do Terreiro do Paço e conhecer outras realidades para ver como se conseguem construir projetos de entusiasmo e esperança.
Fernando Leal da Costa elogiando a construção acrescentou que o Governo está preocupado em melhorar a saúde dos portugueses e aumentar o número de médicos.
-As Juntas de Freguesia de Alfeizerão, Cela e Vimeiro uniram-se em janeiro de 2015, para criar uma associação que vai gerir alguns equipamentos das três autarquias e partilhar serviços. A parceria, a que se juntou a Câmara de Alcobaça, foi estabelecida no dia 12, na sede da Junta de Freguesia de Alfeizerão.
Subtil, José Miguel Marques, nasceu em 1949, numa terra de boas pessoas, bons ares e boas vistas, na freguesia do Bárrio.
Filho de Madalena Marques e de João Miguel Subtil, uma família de agricultores, aprendeu desde criança o gosto pela terra, pelas plantas e pelos animais, e principalmente, os valores familiares da partilha, da honestidade e do trabalho dedicado. Com seus irmãos viveu os primeiros anos na aldeia e frequentou aí a escola primária.
Após dois anos de estudo no Colégio do Doutor Cabrita, em Alcobaça, e por influência do ambiente cristão onde vivia, ingressou no Seminário, tendo passado por Santarém, Almada e Olivais. Sete anos que marcaram a sua cultura humanista, o gosto pela leitura, escrita, música e disciplina pessoal. O seu espírito crítico e universalista e o pensamento livre levaram-no a sair do Seminário no ano de 1969, mesmo sabendo que o passo seguinte seria o serviço militar obrigatório e a guerra colonial.
Os mais de três anos vividos na tropa e na guerra em Moçambique, mais propriamente no Lunho, distrito do Niassa, foram tempos de amargura e violência sem sentido, que deixaram marcas. No meio de feridos e rebentamentos, aos soldados, desenraizados a milhares de quilómetros da família e amigos, quase não sobravam sentidos para apreciar os sons, as cores e os perfumes das paisagens em África.
Não restaram dúvidas sobre a estupidez e a injustiça daquela guerra e a política insensata que a mantinha. De bom, os camaradas de guerra construíram aí, entre si, laços perenes de amizade, respeito e solidariedade.
Regressou no final de 1973. Trabalhava na fábrica de Fiação e Tecidos de Alcobaça quando aconteceu o 25 de Abril de 1974. A alegria, o entusiasmo e a participação cívica transbordavam em cada canto, ao mesmo tempo que crescia a esperança numa vida livre e feliz.
Decidido a completar a formação académica, estudou primeiro Filosofia e Psicologia. Por fim, escolheu História tendo concluído a licenciatura na Faculdade de Letras de Lisboa, no início da década de 80.
Profissionalmente, após breve passagem por uma instituição bancária em Leiria, ingressou no ensino, lecionando em várias escolas e localidades do país, antes de chegar às escolas de Alcobaça. Foram 32 anos, de experiências ricas e variadas, sempre a aprender e a ensinar jovens e menos jovens, de diversas origens e com diferentes caminhos. Pensando sempre em fazer diferente e melhor, presidiu a Conselhos Diretivos e Pedagógicos em três escolas, S. Martinho do Porto, Secundária de Alcobaça -hoje Dona Inês de Castro- e Secundária D. Pedro I. Essas experiências de gestão tiveram resultados positivos, graças ao trabalho de equipa e à colaboração de muitos intervenientes: professores, alunos, pais, auxiliares de educação e comunidade.
Na vida social, o seu espírito crítico e interventivo levaram-no a militar primeiro no MDP/CDE e depois no PCP, tendo sido representante eleito da CDU na Assembleia Municipal de Alcobaça, durante 14 anos. Sempre motivado pela perspetiva de fazer com que as decisões políticas fossem benéficas para a comunidade. Assim ensina a História, política é tudo o que respeita a polis– a comunidade. Foi um trabalho, por vezes solitário, enriquecedor e desafiante. Apesar das discordâncias, forjou novos amigos.
Como canta o poeta, a formiga no carreiro vai em sentido contrário, quer na atividade profissional, quer na participação cívica, nunca teve receio de colocar questões incómodas, tomar posições críticas e assumir responsabilidades.
Paralelamente, foi construindo a sua família com a Maria Alice e as filhas Rita e Inês. Com ela tem partilhado o melhor e o menos bom da vida.
As limitações físicas alteraram o seu ritmo e atividade, levando-o a aposentar-se. Nos últimos anos tem tido mais tempo para o voluntariado e para trabalhar naquilo que mais o apaixona: a dignidade e respeito pela vida humana e a nossa casa comum, a Terra.
A criança de outros tempos e o homem de hoje estão agora mais despertos e atentos para sentir o mundo à sua volta e, sobretudo, para apreciar a vida em toda a sua beleza.
-Na vida profissional (Professor de História na Escola Secundária D. Pedro I), deixou marca de respeito por parte de alunos e estima dos colegas. No dia 13 de julho de 2006, cerca de 90 pessoas juntaram-se na Quinta das Carrascas para um jantar de homenagem, assinalando a sua passagem à reforma. A festa contou com uma apresentação multimédia, que fez uma retrospetiva da vida de José M. Subtil, pontuada por testemunhos dos que com ele mais privaram.
Particularmente emotivo foi o testemunho de José Ferreira Belo, amigo e colega. Houve uma curiosa encenação de personagens históricas, representadas por alunos e colegas, que fizeram desfilar figuras como Frei Estevão Martins, D. Pedro, D. Inês, D. Constança, a Padeira de Aljubarrota, o Marquês de Pombal, a Maria da Fonte e Salvador Dali.
Suplicy, Marta Teresa Smith de Vasconcellos, nasceu em São Paulo, a 18 de março de 1945.
Filiada no Partido do Movimento Democrático Brasileiro/PMDB, serviu como Senadora pelo Estado de São Paulo. 
Marta Suplicy, fora filiada no Partido dos Trabalhadores (PT),  de 1981 a 2015, deputada federal, Prefeita de São Paulo, Ministra do Turismo, no segundo governo de Lula da Silva e Ministra da Cultura, do primeiro governo Dilma Roussef. Em 12 de setembro de 2012, foi nomeada Ministra da Cultura, substituindo Ana de Hollanda.
Ainda pelo PT, eleita senadora, tornou-se a primeira vice-presidente mulher do Senado Federal. Em setembro de 2015, depois de 34 anos de militância, filiou-se ao PMDB.
-Marta Suplicy, esteve presente na inauguração da exposição OBRANOME, patente no Mosteiro de Alcobaça, até ao final de julho de 2013.
Acompanhada por António Grassi, comissário do Ano do Brasil em Portugal e conhecido ator de novelas, a governante brasileira fez questão de visitar o monumento património da humanidade.
Comissariada por Wagner Barja, a exposição OBRANOME é uma mostra coletiva de poesia visual em língua portuguesa, que contou com peças de alguns dos mais reconhecidos artistas plásticos do país irmão.
O curador explicou que OBRANOME, não tem separação silábica e significa que a obra e o nome estão imbricados e há uma convergência entre a palavra e a imagem. É importante que esta mostra tenha sido exposta em Alcobaça, um local onde houve dos primeiros estudos da lógica e as línguas latinas – incluindo o Português, frisou Wagner Barja.
A Ministra a Cultura do Brasil salientou que as relações culturais entre os dois países se estreitam com a globalização e admitiu ter ficado impressionada com a visita ao Mosteiro pois não imaginava que era tão impactante, que a parede despida fosse tão forte. É de uma força extraordinária, uma beleza.


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