sexta-feira, 11 de janeiro de 2019


NO TEMPO DE PESSOAS “IMPORTANTES” COMO NÓS

50 Anos da História de Alcobaça Contada através de Pessoas


Afonso, João Belo, em setembro de 1975, João Belo, que viveu muitos anos nos Estados Unidos onde se naturalizou (tem dupla nacionalidade), vinha calmamente de Peniche para Alcobaça, no estafado FIAT 124.
Por volta de uma hora e meia, noite de lua cheia e céu limpo, perto do Restaurante O Cortiço, em Tornada, diz que vi de repente dois focos à frente do meu carro, verticais, de cima para baixo sobre a estrada, que me pareciam perseguir e pensando que fossem os faróis que tivessem caído pois estavam podres, apaguei a luz. Porém, os focos continuaram ligados. Parei o carro, abri a porta receosamente, e vi claramente que os focos não eram do carro, mas de alguma coisa que estava por perto a voar.
Por esta altura, vivia-se um grave momento de agitação política e social. Há pouco houvera o assalto à sede local do PCP, dias depois Álvaro Cunhal ia sendo apanhado à mão, junto ao Pavilhão Gimnodesportivo de Alcobaça. Não obstante João Belo ser cidadão norte-americano naturalizado, nunca deixou de ser português-alcobacense e como teve alguma intervenção nesses acontecimentos, pensou inicialmente que poderia estar a ser vítima de uma retaliação. Continuando o caminho, quando chegou ao lado da Casa do Pão-de-Ló, junto às bombas de gasolina GALP, viu dois rapazes de motorizada, parados, a olharem estupefactos para o ar. Parou o carro junto deles, saiu e apercebeu-se da presença de um objeto redondo, como um disco, de grandes e fantásticas dimensões que o vinha seguindo, aparentemente metálico e acinzentado, imobilizado aproximadamente no local correspondente ao da curva onde se situa atualmente a entrada para Alfeizerão, no sentido, Alcobaça/Caldas da Rainha, sob o viaduto da A8.
A certa altura, os fortes focos apagaram-se, enquanto que, luzes mais pequenas se acenderam, como as de uma janela de avião.
O aparelho assemelhava-se vagamente, se bem me apercebi, a dois pratos de sopa, virados um contra o outro, com janelas iluminadas na cercadura e com aberturas por baixo que pareciam as turbinas de um jato.
João Belo, não percebeu se alguém ocupava o aparelho, de onde não saía som algum
De repente, ao fim de um ou dois breves minutos o disco disparou em direção à encosta do lado nascente, sem barulho ou fumo e desapareceu sem deixar rasto.
Que tipo de propulsão utilizava? Não faço a mínima ideia.
Com os rapazes da motorizada, que ainda hoje não sabe quem eram, mas supõe que deveriam ser trabalhadores rurais da zona, comentou que estavam perante um disco voador. Mas eles estavam tão admirados, perplexos e até possivelmente receosos, que não lhe responderam. Depois do disco arrancar, quando se apercebeu que, afinal, não estava a ser nem observado, nem perseguido, aliviou a tensão e continuou o caminho, tentando encontrar mais vestígios da presença do aparelho. Meteu-se no carro e parou à frente na curva para o Casal Pardo, a olhar para o céu. Mas já nada mais viu.
Em 2008, João Belo foi procurado em casa em Alcobaça, por Manuel Silva Mateus, que de acordo com o cartão de apresentação, se intitula Psicólogo, Parapsicólogo, Terapeuta Holístico e Membro Qualificado da Federação Mundial de Parapsicologia e Ciências Afins e lhe disse estar a investigar e estudar este tipo de fenómenos e lhe  pediu que contasse a história, com vista a inseri-la numa série que passou, ao fim das tardes de domingo na RTP2, da autoria de Joaquim Fernandes-CTEG, intitulada Encontros Imediatos.
-Já em outubro de 1954, o Diário Popular havia publicado uma notícia sobre a presença de um charuto voador, sobre Alcobaça e S. Martinho do Porto. Cerca das 18h, do dia 17, observou-se sobre a vila de S. Marinho do Porto, um objeto esquisito, com a forma de um charuto, que se movia lentamente segundo uns, rapidamente de acordo com outros em direção ao norte. A essa hora, muitas centenas de pessoas testemunharam o facto, pois o charuto voador esteve visível, durante cerca de 10m. Entre essas pessoas, contavam-se Domingos Cabrita (Diretor do Externato Alcobacense e aqui referenciado), Sebastião Vazão de Almeida (Diretor do Posto de Alfândega da Nazaré e aqui referenciado), e o Professor Doutor José Carlos Nascimento e Silva (do Instituto Superior Técnico). O alcobacense Sebastião Vazão de Almeida, afirmou ter visto o objeto, que emitia reflexos avermelhados, ia a grande altura, mas era bem visível, apesar da velocidade que o animava. O testemunho do Dr. Vazão de Almeida (aqui rererenciado), por se tratar de um antigo aviador civil, possuidor de brevet, foi particularmente interessante. Afirmou ter a certeza que não se tratava de um avião de carreira ou de outro tipo, mesmo jacto. Não podia precisar quanto tempo demorou a passagem, bem como a distância que vai do ponto onde estava, até ao farol de S. Martinho do Porto, aonde o perdeu de vista.
Sobre  este assunto leia-se com mais detalhe No Tempo de Soares, Cunhal e Outros, de Fleming de Oliveira.

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