quinta-feira, 17 de janeiro de 2019




NO TEMPO DE PESSOAS “IMPORTANTES” COMO NÓS
50 Anos da História de Alcobaça Contada através de Pessoas



Félix, Nuno, residente em São Martinho do Porto, demitiu-se, no dia 28 de outubro de 2016, de chefe de gabinete do Secretário de Estado da Juventude e do Desporto.
A demissão, aconteceu na sequência de duas licenciaturas que Nuno Félix teria declarado, mas que são falsas, as licenciaturas em Ciências da Comunicação, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, e em Direito, na Universidade Autónoma de Lisboa. Em resposta à polémica, Nuno Félix afirmou nunca ter confirmado que era licenciado em Ciências da Comunicação e Direito. Sobre o facto de ter saído um despacho em Diário da República que dava conta dos títulos de licenciado, Nuno Félix esclareceu que quando se apercebeu do erro sugeriu uma proposta de alteração, mas por já terem passado 60 dias sobre a produção de efeitos do despacho, a alteração seguiria fora do prazo legal.
Nuno Félix, ficou famoso quando trouxe da Áustria por sua conta e risco a primeira família síria para Portugal (em circunstâncias, aliás, nunca bem esclarecidas), durante uns tempos instalada em São Martinho do Porto.
Criou a fama de tentar aproveitar as oportunidades.
Fernandes, Adalberto Campos, nasceu em Lisboa em 1958, Ministro da Saúde desde 2015, esteve em São Martinho do Porto para a inauguração da nova extensão da Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados Litoral.
O Ministro da Saúde, respondeu afirmativamente ao repto lançado pelo Presidente da Câmara Municipal, Paulo Inácio, relativo à necessidade de obras de reforço e melhoria de algumas unidades de saúde do concelho de Alcobaça.
Na inauguração da unidade, ocorrida a 3 de junho de 2016, Paulo Inácio alertou para a necessidade do Ministério constituir um corpo médico estável em todas as unidades de saúde.
Adalberto Campos Fernandes, garantiu que Alcobaça pode contar consigo e com o Ministério da Saúde para realizar as obras que forem necessárias e para estabilizar as equipas médicas.
Fernandes, José de Almeida, comerciante estabelecido no Vimeiro/Alcobaça, faleceu em 2009, com 81 anos.
Foi Presidente da Comissão Administrativa da Junta de Freguesia do Vimeiro, entre 1975 e 1976.
Era sobrinho e afilhado do recordado prof. José Almeida Fernandes, de quem foi colaborador próximo.
Fernandes Marques, Joaquim, nascido a 11 de janeiro de 1946, Secretário de Estado do Trabalho, do Ministro Luís Morales, do Governo Balsemão, deslocou-se a 13 de março de 1982, à Benedita a fim de visitar algumas empresas.
Acompanhou a visita o Deputado Fleming de Oliveira, que integrava a Comissão Parlamentar do Trabalho e que o havia convidado, dadas as relações que mantinham.
Fernandes, Laurinda Maria Alves Nunes, mais conhecida como Laurinda Alves, nasceu em Lisboa a 1 de dezembro de 1961 e é uma jornalista, e escritora.
Licenciou-se em Comunicação Social na Universidade Nova, de Lisboa e começou a fazer jornalismo quando tinha 20 anos, primeiro como estagiária no departamento da Eurovisão da RTP, depois como coordenadora do Servicio Iberoamericano de Notícias, na TVE/Madrid e, durante os 12 anos seguintes como repórter da RTP, tendo sido distinguida com o Prémio Gazeta do Clube de Jornalistas, pelo trabalho de investigação sobre o assassinato de Humberto Delgado.
Em 2000, foi condecorada pelo Presidente da República, Jorge Sampaio, com o grau de Comendador da Ordem de Mérito, pela contribuição para o debate e defesa das questões educativas.
Em 2008 encabeçou a lista de candidatos ao Parlamento Europeu do recém-criado e efémero Movimento Esperança Portugal. Foi casada com Miguel Sousa Tavares, com quem tem um filho.
Laurinda Alves esteve em Alcobaça no dia 4 de junho de 2009 em campanha eleitoral para o Parlamento Europeu. Este partido M.E.P. foi a primeira vez e única que concorreu a eleições.
Fernandes, Vasco da Gama, nasceu em São Vicente/Cabo Verde a 4 de novembro de 1908, terminou o Ensino Secundário no Liceu Passos Manuel, em Lisboa e matriculou-se em 1926 na Faculdade de Direito de Lisboa. Começou, desde novo, a sentir-se atraído para a política, a que não foram alheios seu pai, embora afastado de qualquer atividade naquele domínio, era um republicano histórico, e o amigo Narciso Machado, filho mais novo de Bernardino Machado. Na Faculdade de Direito, foi influenciado, segundo dizia, pelas lições de grandes mestres, que ensinavam o amor às liberdades públicas e a defesa dos princípios fundamentais da democracia.
A extinção da Faculdade de Direito, de Lisboa, em 1928, originou uma greve académica, à qual imediatamente aderiu e dinamizou. Iniciou atividade intensa que em último termo pretendia uma sublevação contra a ditadura do 28 de maio. Foi preso, pela primeira vez, no Aljube, na sequência do protesto contra a deportação do Advogado Heliodoro Caldeira. No seguimento da revolta da Madeira, em 4 de abril de 1931, voltou a ser preso e encarcerado na Penitenciária de Lisboa, seguindo-se a fixação de residência compulsiva em Setúbal. Prosseguindo contatos clandestinos, foi preso em Setúbal nos calabouços da Polícia de Segurança Pública e em seguida levado para Peniche, onde encontrou amigos e republicanos revolucionários, civis e militares. Aderiu à revolução de 26 de agosto de 1931, sendo, na sequência do seu fracasso, presos e transportados para Lisboa alguns dos detidos em Peniche, o que, para evitar a prisão, o levou a evadir-se, exilando-se em Valença de Alcântara/Espanha (de onde enviava artigos depois publicados em livro), onde se encontravam outros que ali se refugiaram na sequência daquela revolução. Regressou clandestinamente a Lisboa nas vésperas de ser pai, e depois de amnistiado, prosseguiu o curso na Faculdade de Direito e deu aulas. Concluída a licenciatura, optou pelo exercício da advocacia. Por influência de amigos de Alcobaça, pretendeu tomar de trespasse o colégio local. Chamado a cumprir serviço militar em Mafra, veio a ser preso na Trafaria, na sequência de litígio, relacionado com a fundação da Legião Portuguesa. Uma vez em liberdade, foi-lhe fixada residência em Alcobaça, onde não foi autorizado a assumir a direção do colégio, nem ser seu professor, por não ter prestado a declaração escrita imposta pelo regime de que cessara as atividades políticas de oposição.
Vasco da Gama Fernandes, teve escritório de Advogado num primeiro andar da Rua 16 de Outubro/Alcobaça, quase na esquina com a Rua Alexandre Herculano, aonde o colega Amílcar Magalhães, ia de vez em quando, por meras razões profissionais. Amílcar P. Magalhães, não era propriamente um amigo de Vasco da Gama Fernandes, muito menos correligionário, mas eram colegas, que se respeitavam. Quando Vasco da Gama Fernandes publicava um livro, oferecia um exemplar com dedicatória a Amílcar P. Magalhães, que a família deste ainda guarda. Este, com quem trabalhou muitas vezes, contava que, por alturas de 1936, quando ambos já advogavam, Vasco da Gama foi defender uma mulher de Alpedriz, acusada de infanticídio. A mulher foi condenada apenas em 120 dias de prisão, mas foi notável, talentosa, a defesa que Vasco da Gama produziu. Todavia, o Dr. Amílcar Magalhães recordava também de Vasco da Gama Fernandes, uma causa que respeitava a uma mulher dos Montes, de nome Maria Carreira, acusada de agressão. O numeroso público, maioritariamente dos Montes, que assistiu com alguma paixão à audiência (nas antigas instalações na ala norte do Mosteiro), não apreciou as referências, tidas por injustas, feitas a esta localidade e seus habitantes.
Ossos do ofício, comentava sabiamente o Dr. Amílcar Magalhães.
Em Alcobaça, a par da advocacia, que decorria com sucesso, também teve escritórios om escritórios em Leiria e Porto de Mós, frequentava os meios intelectuais e os da oposição. Deixando Alcobaça, radicou-se em Leiria, onde desenvolveu grande atividade profissional, e colaborou em iniciativas culturais.
-A sua ação política, caraterizou-se pela luta que desenvolveu, antes e depois do 25 de abril, a favor da República, das liberdades públicas, do socialismo em liberdade, da democracia, da tolerância, da cultura e da justiça social. Manifestou-se sistemática e persistentemente contra as arbitrariedades e totalitarismos, proferindo conferências, promovendo sessões comemorativas, participando em programas de rádio e televisão ou colaborando nos jornais, escrevendo centenas de artigos e crónicas, desempenhando funções em várias associações cívicas e políticas.
Pertenceu ao grupo dos fundadores do Partido Socialista, na clandestinidade. Foi eleito, por Leiria, pelo Partido Socialista, Deputado à Assembleia Constituinte de 1976, de que foi Vice-Presidente, o primeiro Presidente da Assembleia da República depois do 25 de Abril, tendo-o sido por unanimidade de todos os partidos, e reeleito para segundo mandato.
Já Presidente da Assembleia da República, aceitou encabeçar a lista do PS à Assembleia Municipal de Alcobaça e embora as listas do PPD e CDS tivessem em conjunto mais votos do que a soma das restantes, conseguiu ser eleito contra Gonçalves Sapinho, após manipulação/compra de um voto. Todavia, Vasco da Gama Fernandes em breve veio a pedir a demissão e a Assembleia Municipal de Alcobaça elegeu, com naturalidade e sem surpresa, Gonçalves Sapinho que cumpriu o mandato até ao fim.
Tornou-se Deputado Independente, por dissidência do Partido Socialista. Aderiu à Frente Republicana e Socialista, foi fundador do Partido Renovador Democrático (inspirado por Ramalho Eanes), eleito Deputado, por este partido, nas legislativas de 1985 e 1987. Apoiou Salgado Zenha nas eleições presidenciais contra Mário Soares.
-Membro da Maçonaria, Vasco da Gama Fernandes, faleceu em Lisboa, em 9 de agosto de 1991.
Leia-se Fleming de Oliveira in No Tempo de Soares, Cunhal e Outros.
Ferrari, Jean Dominique, nasceu em França, filho de pais italianos e vive em Serra dos Mangues/S. Martinho do Porto.
Aos quarenta e sete anos, resolveu mudar o seu percurso profissional para a cerâmica, no que significou também uma escolha de vida, tal como a sua vinda para Portugal, em 1999.
Começou a sua formação numa escola de Belas Artes em França, onde conheceu e estudou com um oleiro, monge beneditino dispensado da Ordem, que pertencia à Escola de Frei Daniel de Montmollin, internacionalmente reconhecido pelo trabalho de cerâmica, nas técnicas de cozedura e vidrados de alta temperatura.
As linhas mestras de Jean Ferrari, são a autenticidade das matérias-primas e o fogo.
Hoje em dia, trabalha alternadamente em Portugal e França, com a sua esposa Diane Todd Ferrari, oleira e ceramista.
Foi o criador e mentor da Associação de Cerâmica Contemporânea Criativa, Coletivo 3Cês, sediada em Alcobaça, tendo promovido o desde 2003, o evento da Mostra Coletiva de Cerâmica Contemporânea de Autor, em S. Martinho do Porto, evento e associação únicos do género em Portugal.
Dominique Ferrari conhece Portugal há mais de três décadas e apesar de ser admirador de cerâmica, chegou à região de Alcobaça, sem conhecer a tradição do setor. Depois de se inteirar das raízes da cerâmica na história do concelho, Jean Ferrari pretendeu dinamizar um setor que acredita não ter o peso e a representação que merece. Para contornar o problema, o francês criou, em 2006, a Associação de Cerâmica Contemporânea Criativa e tem trabalhado para dar a conhecer a arte. Antes de fundar a associação, já Jean Ferrari organizava uma mostra de cerâmica em São Martinho do Porto. O ceramista diz que pretende levar a associação a um nível superior e, para isso, está a tentar encontrar uma sede onde possa desenvolver as atividades. Esse espaço poderia ser em Alcobaça, eventualmente numa propriedade cedida pela União de Freguesias de Alcobaça e Vestiaria. O objetivo da Associação de Cerâmica Contemporânea Criativa passaria por dinamizar o setor e sensibilizar o público para esta arte. Para isso, o ceramista diz que pretende organizar um concurso nacional de cerâmica para incentivar a criação artística de peças de cerâmica. Além disso, Jean Ferrari equaciona a organização de mostras e eventos regulares e até a instalação de uma oficina (permanente) no Jardim do Amor.
Uma das características que mais lhe agrada na região é a diversidade e qualidade de fontes de barro, um material fantástico para se trabalhar.
Ferreira, Amadeu, nasceu a 9 de novembro de 1950, na Fervença, filho único de um casal de operários fabris.
Com uma infância tranquila, começou por frequentar a escola primária do Valado dos Frades, mas por motivos profissionais dos pais, concluiu a primária em Alcobaça.
Amadeu Ferreira, foi estudante mediano, mas a música era a sua paixão. Quando começou a frequentar a Escola Técnica, formou um grupo de garagem. Conseguindo conciliar a música com os estudos, terminou o curso comercial, na Escola D. Afonso Henriques.
Com 15 anos, tentou entrar (mas não conseguiu) para a Orquestra Típica e Coral de Alcobaça, onde queria tocar viola, apesar da mãe ter metido algumas cunhas. Quando em 1971 a Orquestra Típica estava a gravar um disco no Mosteiro, assistiu a gravação completa do LP. Todos os dias ia para lá, de maneira que já sabia todas as canções de cor e salteado, mas com grande pena minha não fazia parte do elenco.
Mas a vontade de integrar a Orquestra era tanta, que passado pouco tempo foi chamado para integrar o grupo coral, o que aconteceu mesmo nas vésperas de eu ir cumprir o serviço militar e quando regressou ao fim de quatro anos a Orquestra tinha acabado.
Fundado em 6 de Fevereiro de 1997 por José Tempero, o Grupo Majoretes de Alcobaça  perfez centenas de atuações, em Portugal, e estrangeiro (Espanha e França).
Amadeu Ferreira foi durante anos o presidente deste grupo, cuja originalidade estatutária consistia no facto de todos os seus membros, serem executantes.
Ferreira, Dário de Jesus, de 50 anos, solicitador de execução com escritório em Turquel, foi assassinado no dia 6 de setembro de 2013 por Abílio Costa, de 55 anos, ex empreiteiro de Rebelos, Alcobaça, que já tinha tido com ele vários desentendimentos, com um tiro de caçadeira na cabeça. Dário Ferreira, a vítima, tinha ido de outras vezes a casa do homicida, cumprir penhoras, entre as quais o mobiliário da habitação, devido às dívidas que o ex empreiteiro tinha. O homem entregou-se às autoridades, cerca das 2h45, quase doze horas após se ter barricado em casa, depois de assassinar o solicitador que, com dois guardas da GNR, se dirigia a sua casa desta vez para a demolição de um muro construído ilegalmente. Dário Ferreira ia acompanhado por três dos filhos, dois deles menores, que assistiram à morte do pai, em plena rua.
Abílio Costa foi negando a autoria do crime, dizendo que não sabia de nada e que só chegara a casa já de noite, tal como fizera, da janela da habitação, momentos antes de se entregar, mas acabou por admitir tudo ao ser confrontado com a caçadeira (encontrada em casa) e o cartucho disparado. Em casa havia mais duas caçadeiras, que foram apreendidas. O homicida tinha desde 2005 caducada a licença de uso e porte de arma.
Abílio Costa, mantinha uma quezília antiga e grave com os sogros. Desde que a mulher faleceu, os sogros terão entendido que o Abílio não tinha direito a fazer muros na fazenda que pertencia aos netos (filhos do casal).
Os agentes de execução perante este trágico acontecimento manifestaram receio do agravamento das condições de trabalho e do risco de vida e exigiram medidas para prevenir situações como as que vitimaram, Dário Ferreira. A preocupação foi expressa por José Carlos Resende, presidente da Câmara dos Solicitadores, no funeral de Dário Ferreira, que juntou centenas de colegas, amigos e familiares em Turquel. No funeral de Dário Ferreira, que deixou órfãos 12 filhos (6 menores), estiveram muitos colegas, agentes de execução e funcionários judiciais. Na cerimónia, foi rezada uma oração para que os solicitadores e acompanhantes sejam protegidos, disse Carlos Marques, pároco de Turquel.
Levado a julgamento no Tribunal de Alcobaça, Abílio Costa foi condenado por homicídio qualificado, detenção de armas e munições proibidas, na pena de 20 anos de prisão, numa indemnização de 630.000 euros e na coima de 400 euros por não ter licença de porte de arma.
Ferreira, Eusébio da Silva,  mais conhecido apenas por Eusébio e com a alcunha de Pantera Negra ou Rei (King), nasceu em Lourenço Marques, 25 de janeiro de 1942 e faleceu em Lisboa a 5 de janeiro de 2014. 
É considerado um dos melhores futebolistas de todos os tempos pela Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol, bem como por especialistas e fãs (não apenas portugueses).
Eusébio ajudou a Seleção Nacional Portuguesa a alcançar o terceiro lugar no Campeonato do Mundo de 1966, jogou pelo Sport Lisboa e Benfica 15 dos seus 22 anos como futebolista, sendo associado principalmente ao clube português, e o melhor marcador de sempre da equipa. No Benfica ganhou 11 Campeonatos Nacionais, 5 Taças de Portugal, 1 Taça dos Campeões Europeus,  ajudou a alcançar mais três finais da Taça dos Campeões Europeus. Foi o maior marcador da Taça dos Campeões Europeus em 1965, 1966 e 1968. Ganhou ainda a Bola de Prata sete vezes. Foi o primeiro jogador a ganhar a Bota de Ouro, em 1968, façanha que  repetiu em 1973.
-Desde que se retirou, Eusébio foi um embaixador de futebol nacional e é um dos rostos mais conhecidos do desporto, muitas vezes elogiado pelo fair-play e humildade.
-Eusébio e António Veloso, estiveram em Alcobaça na sexta-feira dia 4 de setembro de 1997, para uma visita que os levou a passar pela Câmara Municipal, pela Escola Secundária D. Inês de Castro e que terminou num jantar nas Tasquinhas do Vimeiro.
Atendendo a um convite de Manuel Constantino, um emigrante do Vimeiro com ligações à Casa do Benfica, em Aubergenville, nos Estados Unidos, as duas glórias do Benfica, foram recebidas nessa sexta-feira em frente ao edifício da Câmara Municipal pelo Presidente da autarquia e benfiquista assumido, Miguel Guerra, por outra velha glória do Benfica, residente em Alcobaça, Cavém e por algumas crianças, que procuravam uma recordação do Rei, uma foto ou autógrafo.
Os ex-futebolistas foram depois recebidos nos Paços do Concelho onde receberam lembranças e assinaram o Livro de Honra, a que se seguiu uma sessão de autógrafos e oferta de camisolas às crianças presentes.
Ferreira, Joaquim António, vulgo Joaquim Fazendeiro (alcunha que herdou do pai), nasceu em 1907, em Casal da Coita/Santa Catarina.
Pouco depois de casar estabeleceu-se por conta própria no Casal do Leirião, com oficina na casa onde vivia.
Ao domingo (cfr. João Luís Pereira Maurício, in Sapateiros da Benedita e a sua História) ia a feiras e mercados, nomeadamente no Cartaxo, Santarém, Manique do Intendente ou Alcoentre, vendendo e trazendo encomendas.
Era pessoa simples, de fino trato, estimado e respeitado. Em 1949 fez um anexo na casa onde morava continuando a atividade profissional até emigrar para os EUA em 1968, com 61 anos.
Reformou-se com 72 anos e faleceu com 82, em 1999.
Ferreira, Paulo da Trindade, nasceu em Casal Gregório/Benedita em 7 de abril de 1938.
Ingressou no Seminário de Santarém, frequentou o de Almada e cursou Teologia e Filosofia no Seminário dos Olivais.
A 15 e 18 de agosto de 1963 (tempo de Concílio Vaticano II), respetivamente foi ordenado Presbítero na Sé Patriarcal de Lisboa e celebrou Missa Nova na Paróquia da Benedita.
Anos mais tarde, abandonou o sacerdócio, formou-se em Filosofia, com a disciplina complementar de Pedagogia, na Universidade de Poitiers e Villataneus /França.
Foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian e da Unesco, Professor Universitário, Presidente do Conselho de Administração do Centro de Formação de Jornalistas de Lisboa, responsável e coordenador do Projeto ONUDI/Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial que abrangeu Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e S. Tomé, nas áreas de produção de cartão.
Em 1984, desenvolveu para o Banco Mundial na Guiné-Bissau um projeto de formação para Quadros, em 1988, foi consultor da União Europeia para o projeto ALPHA, em 1989 Presidente do Conselho de Administração do Centro de Formação de Jornalismo de Lisboa.
Publicou obras sobre temas da sua especialidade.
Ferreira, Thierry Fonseca, nasceu a 27 de janeiro de 1970, em Le Plessis Trévise (França), filho de pais portugueses, ambos naturais de Évora de Alcobaça, onde aliás se encontra o seu atelier.
Artista plástico há 20 anos, licenciou-se em Artes Plásticas na Escola Superior de Arte e Design de Caldas da Rainha, em 2009, e encontra-se a terminar o mestrado na mesma instituição. Do curriculum destacam-se os seguintes prémios: Em 2015, uma menção honrosa no VII simpósio internacional de Teerão; em 2014, o 1º prémio da bienal internacional de escultura de Chaco, em Resistência na Argentina; em 2012, o 2º prémio de escultura em Jingpo Town International Sculpture Art Festival, China; em 2008, o 1º Prémio de Escultura da Bienal de Artes Plásticas de Ansião; em 2005, o 1º Prémio de Escultura Artur Bual, na Amadora; em 2004, uma Menção Honrosa no III Prémio Baviera Artes Plásticas, em Vila Nova de Cerveira; e em 2003, uma Menção Honrosa na VII edição do Prémio D. Fernando II, Sintra. Realizou ainda um conjunto de esculturas públicas em Portugal, França, Brasil, Argentina, Hungria, China e Palestina.
A sua pesquisa e trabalho artísticos centram-se na prática da escultura, do desenho/escultura e da fotografia. A investigação concentra-se em questões ligadas à organização do espaço como problemática estética. Thierry Ferreira pretende, através das suas obras, mostrar imagens do mundo a ser construído, que se divide em dois núcleos.
Além da atividade artística que lhe toma grande parte do tempo, Thierry Ferreira gosta de estar com a família, amigos, fazer caminhadas, quer nas praias quer nas serras da região.
Também pratica o que qualifica de ócio criativo.
-Catarina Lira Pereira e Thierry Ferreira, foram os vencedores do I Concurso de Pintura e Escultura promovido pela Câmara Municipal da Amadora.
Estes dois jovens artistas do concelho de Alcobaça receberam o prémio no dia 5 de Fevereiro, na Galeria Artur Bual, na Amadora.
Ferreira Leite, Maria Manuela Dias, nasceu em Lisboa a 3 de dezembro de 1940.
Entrou na política pela mão de Cavaco Silva, seu colega na Fundação Calouste Gulbenkian. No VI Governo Constitucional, chefiado por Sá Carneiro, assumiu funções como chefe de gabinete do Ministro das Finanças e Plano (Cavaco Silva), até 1981. Seria também Cavaco Silva a nomeá-la Secretária de Estado do Orçamento do XI Governo em 1990. Em 1991 foi chamada para o XII Governo, como Secretária de Estado Adjunta e do Orçamento, até 1993, e como Ministra da Educação, até 1995.
Foi membro do Conselho de Estado, entre 2006 e 2008, e Professora Catedrática convidada do Instituto Superior de Gestão, onde foi corresponsável pelos Serões de Política Económica e pela pós-graduação em Gestão Pública, entre 2005 e 2008.
Entre 2008 e 2010, foi a primeira portuguesa a chefiar um partido político, quando se tornou presidente da Comissão Política Nacional do PSD.
Manuela Ferreira Leite, numa ação de campanha eleitoral para as eleições de 1989, fez em 16 de setembro uma arruada pelo centro de Alcobaça, acompanhada por Paulo Inácio. Ferreira Leite brindou com uma ginjinha por iniciativa do Presidente da Câmara, Gonçalves Sapinho. Também a acompanhavam, a ex-ministra da Saúde, Leonor Beleza, Paulo Mota Pinto e Marques Guedes, membros da direção do PSD e os candidatos a deputados Teresa Morais, Paulo Baptista Santos, José Leitão e Maria da Conceição Pereira. 
-Ferreira Leite, esteve presente no Seminário Empreendorismo e Inovação do Oeste que se realizou nos dias 20 e 21 de outubro de 2006, no cineteatro de Alcobaça.
-Manuela Ferreira Leite, veio no domingo dia 4 de outubro de 2009 a um jantar realizado no Mercoalcobaça que reuniu mais de 1000 presenças a apoiar a candidatura de Paulo Inácio. Ferreira Leite elogiou a candidatura do PSD em Alcobaça e aproveitou a ocasião para homenagear Gonçalves Sapinho dizendo muito obrigado pelo brilhantismo com que esteve à frente da Câmara, conseguindo, assim, uma das maiores ovações da noite.
Ferreira Santos, Isabel Maria Granada, nascida a 23 de fevereiro de 1961, no Hospital de Alcobaça, é casada, com dois filhos e um neto e reside na freguesia da Cela.
Nas suas próprias palavras, nasci no seio de uma família pequena em número, mas grande em união e amor, não foi por ter sido filha única, neta única e sobrinha única que me tornei egoísta ou fechada porque fui educada com um sentido de partilha, solidariedade e com valores ético cristãos muito fortes.
Frequentou a devido tempo o Jardim-Escola João de Deus, a Escola Primária de Alcobaça e o Externato Alcobacense. Terminado em 1979 o Curso Geral dos Liceus na Escola Secundária de Alcobaça, foi para Lisboa frequentar o Ano Propedêutico, no Colégio Almada Negreiros, que terminou em 1980.
No ano seguinte, iniciou Enfermagem Geral, em Leiria, terminando em 1984, e alguns anos mais tarde em 2001/2002 fez Licenciatura em Enfermagem, em Leiria também.
Iniciou atividade profissional, em abril de 1984 no Hospital de Alcobaça, onde tem exercido funções em quase todos os serviços. Ao longo de todos estes anos, participou e integrou vários grupos de trabalho, para implementação da Metodologia Cientifica em Enfermagem.
De 1999 a 2003, desempenhou funções como Presidente da Assembleia da Casa do Pessoal do Hospital Bernardino Lopes de Oliveira e de 2007 até à integração no Centro  Hospitalar Oeste Norte participou na Comissão para a qualidade global do Hospital,  sendo nesse âmbito que em 2009 esta comissão criou a Loja Social Mão Amiga, com vista a responder às necessidades de munícipes em dificuldade, permitindo acesso gratuito a alguns bens de primeira necessidade.
Gosta de referir que, desde cedo me interessei pelo Homem e a sua essência, o que me leva a buscar e questionar muita coisa. Por tudo isto, com dezoito anos de idade tornei-me membro, pelo batismo, da Igreja Batista de Alcobaça. E é aqui que começo um longo percurso na Fé Cristã, conhecendo a Cristo, a Sua Palavra e o valor que todo o Homem tem perante Ele. É nesta Igreja em Alcobaça que em 1994 se abrem as portas ao chamado Café Convívio, Centro de atendimento a toxicodependentes do qual fui responsável por um período de seis anos. Este trabalho, era uma parceria com o Desafio Jovem, organização cristã, sem fins lucrativos, sob a tutela do Serviço de Prevenção, Tratamento a Toxicodependentes, agregado aos Ministérios da Saúde e da Justiça. A Igreja Baptista continua a trabalhar com esta instituição, mas atualmente noutros moldes.
De 2001 a 2014, fez parte da Direção da Fundação Vida Nova (com valências de berçário, creche, jardim e atividades de tempos livres), pertença da Igreja Batista, como vogal, tesoureira, vice-presidente e presidente.
Em 2001, concorreu em lista da CDU (como independente), à eleição para Assembleia Municipal de Alcobaça, tendo feito parte desse órgão até outubro de 2013. Em 2005 e até 2013, foi eleita pela Assembleia Municipal para pertencer à Comissão Alargada da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens. 
De 2005 a 2006, colaborou como docente da Escola Superior de Saúde de Leiria, na orientação de alunos de enfermagem, em contexto de estágio.
-Em fevereiro de 2012 e na qualidade de membro da Assembleia Municipal, convocou uma reunião para o dia 1 de março no Cineteatro João d’Oliva Monteiro, dando início a uma luta pelo não encerramento do Hospital Bernardino Lopes de Oliveira. Nessa reunião, foi redigida uma petição e posteriormente elaborado um documento, com o objetivo de mostrar as incongruências da proposta da ARLVT. Com uma petição de 3.960 assinaturas apresentada e discutida na Assembleia da República, conseguiu-se que o Hospital passasse a integrar o Centro Hospitalar de Leiria.
Solicitada para se definir como pessoa, respondeu amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a mim mesmo. E é assim que eu tento caminhar na vida e na sociedade onde estou inserida.

Sem comentários: