quinta-feira, 15 de setembro de 2011

FLORBELA ESPANCA Uma abordagem à sua vida e obra


(IV)
A vida é sempre a mesma para todos: rede de ilusões e desenganos. O quadro é único, a moldura é que é diferente.
-Quem disser que pode amar alguém durante a vida inteira é porque mente.
-É pensando nos homens que eu perdoo aos tigres as garras que dilaceram.
-A ironia é a expressão mais perfeita do pensamento.
-Há uma primavera em cada vida: é preciso cantá-la assim florida, pois se Deus nos deu voz, foi para cantar! E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada que seja a minha noite uma alvorada, que me saiba perder...para me encontrar....
-Se penetrássemos o sentido da vida seríamos menos miseráveis.
-Eu não sou boa nem quero sê-lo, contento-me em desprezar quase todos, odiar alguns, estimar raros e amar um.
-Sou talvez a visão que alguém sonhou/Alguém que veio ao mundo prá me ver/E que nunca na vida me encontrou/Não és sequer a razão de meu viver, pois que tu és já toda a minha vida.
-Sou uma cética que crê em tudo, uma desiludida cheia de ilusões, uma revoltada que aceita, sorridente, todo o mal da vida, uma indiferente a transbordar de ternura.
-Tão pobres somos que as mesmas palavras nos servem para exprimir a mentira e a verdade
-Há uma primavera em cada vida: é preciso cantá-la assim florida, pois se Deus nos deu voz, foi para cantar! E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada que seja a minha noite uma alvorada, que me saiba perder...para me encontrar....
-Estou cansada, cada vez mais incompreendida e insatisfeita comigo, com a vida e com os outros. Diz-me, porque não nasci igual aos outros, sem dúvidas, sem desejos de impossível? E é isso que me traz sempre desvairada, incompatível com a vida que toda a gente vive.
-...Quem nos deu asas para andar de rastos?
Quem nos deu olhos para ver os astros
Sem nos dar braços para os alcançar?!...
-Quem me dera encontrar o verso puro,
O verso altivo e forte, estranho e duro,
Que dissesse a chorar isto que sinto!
(CONTINUA)

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