quarta-feira, 21 de setembro de 2011

O TEMPO QUE CORRE


A minha fortuna chama-se tempo,
vinte e quatro horas bem contadas,
sono incluído em contratempo.
que tem de ser valorizadas.

Amigo, diz-me lá:
Quanto vale um segundo?
Interroga o atleta que se deixou passar por um passo.
Quanto vale um minuto?
Pergunta a quem perdeu o comboio.
Quanto vale uma hora?
Provoca o marido que espera a mulher do cabeleireiro.
Quanto vale um dia?
Consola quem o passou suspirando na fila para marcar uma consulta no SNS.
Quanto vale um mês?
Ajuda quem vive do salário mínimo nacional.
Quanto vale um ano?
Censura o estudante que não seguiu normal.

O ontem, meu amigo, passou à história,
amanhã é uma infinita incógnita,
o hoje uma dádiva finita,
por isso, se chama memória!

A vida é uma oportunidade,
agarra e aproveita-a.
A vida é beleza e mocidade,
vê e admira-a.
A vida é um sonho,
acorda e torna-o realidade.
A vida é um desafio,
enfrenta-o e vence.
A vida é um dever,
paga e cumpre sem fastio.
A vida é um jogo,
arrisca e ganha.
A vida é preciosa,
guarda e cuida dela.
A vida é uma riqueza,
goza e conserva-a.
A vida é amor,
vive e desfruta-a sem tristeza.
A vida é um mistério,
descobre e pensa.
A vida é um hino,
canta ainda que em solo.
A vida é uma luta,
aceita e agita o sino.
A vida é uma aventura,
coragem e destemor.
A vida é felicidade e ternura,
mereça-a que é ainda amor.




Fleming de Oliveira

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