terça-feira, 15 de janeiro de 2019

NO TEMPO DE PESSOAS “IMPORTANTES” COMO NÓS

50 Anos da História de Alcobaça Contada através de Pessoas

Jogou no Benfica, de 1956 a 1970, onde conquistou vários títulos de campeão nacional e a Taça de Portugal.
Atuou inicialmente, como extremo-esquerdo, depois como médio, e finalmente, como defesa-direito. Foi bicampeão europeu pelo Benfica, em 1961 e 1962 e jogou nas finais de 1963 e 1965 (que o Benfica perdeu), 18 vezes internacional, tendo marcado 5 golos pela Seleção Nacional. Apesar de terem sido raros os golos, Cavém marcou o golo decisivo na final de Taça dos Campeões Europeus de 1961-1962 contra o Real Madrid, ainda sem contar com Eusébio. Cavém, em 1970, em fim de carreira veio trabalhar, como jogador-treinador no Ginásio Clube de Alcobaça, ao tempo presidido por Luís Domingos Lopes. Depois ficou aqui a viver, relativamente esquecido e triste, fumando um cigarrito, frequentando o Snack-bar Gafa, até que um dia morreu, envelhecido e só.
-O futebol é um desporto violento?
-De acordo com Cavém (leia-se Fleming de Oliveira em No Tempo de Salazar, Caetano e Outros) o futebol é hoje em dia menos agressivo que outrora. No meu tempo, havia talvez jogadores mais maldosos, mas hoje as normas da FIFA, vão no sentido de dar maior proteção aos atletas. Sempre admirei um jogador viril, mas nunca um jogador violento. A virilidade fazia parte do meu jogo.
-A atual preparação física tem alguma coisa a ver com isso?
-Acho que sim, a velocidade é um fator importante para perceber a agressividade e até a violência no futebol. A velocidade implica um maior contacto físico e por consequência mais lesões. Tenho a convicção, repito, que o futebol de hoje não é mais agressivo, no sentido negativo da expressão, que o de outrora. Claro que é difícil estabelecer comparações com o futebol de há 20 ou 30 anos, no tempo em que jogava.
-O futebol deixou-lhe marcas?
-Claro, não se vê muito na cara, mas deixou-me principalmente muitas saudades de qwue nunca me recompus.
Faleceu com 73 anos.
O antigo jogador de futebol morreu na cidade que escolheu para viver, depois de ter deixado o clube da Luz.
Terminada a carreira de treinador no Ginásio, Cavém trabalhou para a Câmara Municipal de Alcobaça, como encarregado do Pavilhão Gimnodesportivo sendo presença assídua nos jogos do clube. Assistiu ao seu apogeu quando em 1980/1981 o GCA disputou a 1ª Divisão, e também ao declínio quando caiu aos distritais uma década depois. Cavém viveu os últimos anos com dificuldades materiais, em parte ultrapassadas por um subsídio que a autarquia lhe destinava. Para contornar a burocracia, a Câmara canalizava uma verba para o Ginásio, que depois era entregue ao antigo atleta..
Cerol, Mário Jorge de Deus Gil Leal, nasceu em Alcobaça a 28 de julho de 1975.
Foi criança muito brincalhona e agitada, ligada sentimentalmente aos bombeiros de Alcobaça.
Fui praticamente criado no meio dos bombeiros de Alcobaça, e quando era pequeno fugia para o quartel dos bombeiros sempre que podia, visto que moro perto.
Antes da idade necessária para ingressar no corpo dos bombeiros, foi a sua mascote durante algum temo. Aos cinco anos deu entrada na Fanfarra, apesar de não ter jeito para a música.
Quando completou os 14 anos, ingressou no corpo ativo dos Bombeiros de Alcobaça, onde ainda hoje se mantém.
Quando solicitado a definir um bombeiro, Mário Cerol é perentório é preciso ter um gosto especial e uma sensibilidade suficiente para partilhar os momentos difíceis dos outros
Fez o curso de Direito, mas não exerce atividade jurídica, pois é Comandante dos Bombeiros Voluntários de Alcobaça a tempo inteiro, desde 12 de março de 2004.
Frequentou com aproveitamento inúmeros cursos de formação, tanto em Portugal como no estrangeiro, como Curso de Quadros de Liderança (organização e liderança, gestão operacional e prática de combate a incêndios).
É bombeiro desde os 4 anos.
-Muitas caras lavadas em lágrimas, bandeira a meia haste e várias pessoas à procura de notícias dos Bombeiros de Alcobaça, que sofreram um acidente no combate ao incêndio em S. Pedro do Sul.
Era este o ambiente que se viveu no quartel dos Bombeiros Voluntários de Alcobaça, onde duas folhas, afixadas na porta exterior, davam conta como a notícia de última hora, a morte de João Vítor Pombo da Silva Domingues, bombeiro (nasc. a 27 de fevereiro de 1968-fal. a 9 agosto de 2010) e que há mais de 20 estava na corporação. 
Esta é a notícia que nunca esperamos dar, desabafou José Conde, o segundo comandante dos Bombeiros Voluntários de Alcobaça, que acrescentou não se lembrar de uma tragédia destas. Já tivemos dois acidentes graves, em que temos a lamentar uma morte, mas não foi de ninguém dos bombeiros, afirmou.
Mário Cerol, reuniu os homens que estavam no quartel e comunicou o sucedido. Os homens largaram tudo o que estavam a fazer e começaram a chorar,
Paulo Inácio, disse que os bombeiros e o concelho estão de luto pela morte deste soldado da paz que era uma referência da corporação. 
Paulo Inácio salientou que o falecimento do bombeiro ocorreu no teatro de operações, socorrendo e ajudando outros locais que precisavam da nossa ajuda, como nós às vezes precisamos da deles. 
A viatura onde seguia o bombeiro integrava uma coluna de seis carros com 22 homens do distrito de Leiria - das corporações de Peniche, Batalha, Alcobaça, Juncal e Maceira - que estava a ajudar, ao combate ao incêndio de São Pedro do Sul. 
O acidente que vitimou o bombeiro de Alcobaça, e onde seguiam mais quatro elementos da corporação, ocorreu pelas 15:30, na localidade de Candal, informou a Autoridade Nacional de Proteção Civil.
O despiste da viatura provocou ferimentos, sem gravidade, noutro elemento, um funcionário do Instituto Nacional de Emergência Médica, de 25 anos. 
Leia-se aqui João Vítor Pombo da Silva Domingues.
-A inauguração do edifício para instalar o Museu dos Bombeiros Voluntários de Alcobaça, foi a prenda do 126.º aniversário da corporação, no dia 1 de maio de 2014.
Para Mário Cerol, a inauguração do edifício representa um concretizar de um sonho, honrando o passado, dignificando o presente e projetando o futuro.
Jaime Soares, presidente da Liga dos Bombeiros, aproveitou a presença do Secretário de Estado da Administração Interna para lançar o repto ao Governo de mais esforços. Hoje que se faz história em Alcobaça, faço o apelo para uma lei de financiamento para garantir a estabilidade destas instituições.
Em resposta, João Pinho de Almeida garantiu que se pretende reconhecer o profissionalismo aos voluntários com ações concretas, nomeadamente com formação, seguros e melhores condições para o combate aos incêndios. Paulo Inácio, presidente da Câmara de Alcobaça, explicou que a autarquia dá 20 mil euros mensais aos Bombeiros de Alcobaça, considerando que é preciso cada vez mais institucionalizar a sociedade.
Os Bombeiros Voluntários de Alcobaça apresentaram, no dia 29 de abril de 2015, o livro comemorativo do seu 125º. aniversário.
Leonor Carvalho e Susana Leão foram as historiadoras encarregues da elaboração do historial da corporação, a mais antiga do distrito de Leiria, fundada por Manuel Vieira Natividade, seu primeiro comandante, em 1888.
O presidente a direção, Antero de Campos, recordou que o lançamento do livro 125 Anos de História e Memória - Bombeiros Voluntários de Alcobaça, é o segundo grande objetivo concretizado pela direção a que preside, depois da inauguração do Museu dos Bombeiros, em 2014.
Mário Cerol, recordou que os Bombeiros de Alcobaça nasceram por vontade da população e que a forte ligação com a comunidade se mantém até aos dias de hoje
-Os Bombeiros Voluntários de Alcobaça assinalaram, no feriado de 1 de maio de 2015, o 127.º aniversário da fundação. A instituição aproveitou a ocasião para promover dois elementos do corpo ao cargo de subchefe. João Saraiva foi eleito pela corporação como bombeiro do ano.
César das Neves, João Luís Alves, nasceu em Lisboa em 1957.
Professor catedrático e presidente do Conselho Científico da Católica Lisbon School of Business & Economics, obteve na mesma faculdade a licenciatura e o doutoramento em Economia. Possui ainda um mestrado em Economia pela Universidade Nova de Lisboa e um mestrado em Investigação Operacional e Engenharia de Sistemas pelo Instituto Superior Técnico. Foi assessor económico do Primeiro-ministro entre 1991 e 1995, em 1990 foi assessor do Ministro das Finanças e, de 1990 a 1991 e de 1995 a 1997, técnico superior do Banco de Portugal. Autor de mais de trinta livros e de múltiplos artigos científicos, é também colaborador na imprensa, assinando uma coluna no Diário de Notícias.
J. Cesar das Neves esteve presente no Centro Social Paroquial de Alfeizerão, no dia 13 de novembro de 2009, convidado para debater temas sociais, expressos na Encíclica do Papa Bento XVI A Caridade na Verdade, a convite do Instituto Diocesano de Formação Cristã.  

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