NO
TEMPO DE PESSOAS “IMPORTANTES” COMO NÓS
50
Anos da História de Alcobaça Contada através de Pessoas
Cavém,
Domiciano Barrocal Gomes, nasceu em Vila
Real de Santo António,
a 21 de Dezembro de 1932 e faleceu em Alcobaça, a 2 de janeiro de 2005.
Jogou no Benfica, de 1956 a 1970, onde conquistou vários títulos de campeão nacional e a Taça
de Portugal.
Atuou inicialmente, como extremo-esquerdo, depois como médio,
e finalmente, como defesa-direito. Foi bicampeão europeu pelo Benfica, em 1961
e 1962 e jogou nas finais de 1963 e 1965 (que o Benfica perdeu), 18 vezes
internacional, tendo marcado 5 golos pela Seleção Nacional. Apesar de terem
sido raros os golos, Cavém marcou o golo decisivo na final de Taça dos Campeões
Europeus de 1961-1962 contra o Real Madrid, ainda sem contar com Eusébio. Cavém, em 1970, em fim de carreira
veio trabalhar, como jogador-treinador no Ginásio Clube de Alcobaça, ao tempo
presidido por Luís Domingos Lopes. Depois ficou aqui a viver, relativamente esquecido
e triste, fumando um cigarrito, frequentando o Snack-bar Gafa, até que um dia
morreu, envelhecido e só.
-O futebol é um desporto violento?
-De
acordo com Cavém (leia-se Fleming de Oliveira em No Tempo de Salazar, Caetano e Outros) o futebol é hoje em dia menos
agressivo que outrora. No meu tempo, havia talvez jogadores mais maldosos, mas
hoje as normas da FIFA, vão no sentido de dar maior proteção aos atletas.
Sempre admirei um jogador viril, mas nunca um jogador violento. A virilidade
fazia parte do meu jogo.
-A
atual preparação física tem alguma coisa a ver com isso?
-Acho que sim, a velocidade é um fator
importante para perceber a agressividade e até a violência no futebol. A
velocidade implica um maior contacto físico e por consequência mais lesões.
Tenho a convicção, repito, que o futebol de hoje não é mais agressivo, no
sentido negativo da expressão, que o de outrora. Claro que é difícil
estabelecer comparações com o futebol de há 20 ou 30 anos, no tempo em que
jogava.
-O
futebol deixou-lhe marcas?
-Claro, não se vê muito na cara, mas
deixou-me principalmente muitas saudades de qwue nunca me recompus.
Faleceu
com 73 anos.
O
antigo jogador de futebol morreu na cidade que escolheu para viver, depois de
ter deixado o clube da Luz.
Terminada
a carreira de treinador no Ginásio, Cavém trabalhou para a Câmara Municipal de
Alcobaça, como encarregado do Pavilhão Gimnodesportivo sendo presença assídua
nos jogos do clube. Assistiu ao seu apogeu quando em 1980/1981 o GCA disputou a
1ª Divisão, e também ao declínio quando caiu aos distritais uma década depois. Cavém
viveu os últimos anos com dificuldades materiais, em parte ultrapassadas por um
subsídio que a autarquia lhe destinava. Para contornar a burocracia, a Câmara
canalizava uma verba para o Ginásio, que depois era entregue ao antigo atleta..
Foi
criança muito brincalhona e agitada,
ligada sentimentalmente aos bombeiros de Alcobaça.
Fui praticamente criado no meio dos
bombeiros de Alcobaça,
e quando era pequeno fugia para o quartel
dos bombeiros sempre que podia, visto que moro perto.
Antes
da idade necessária para ingressar no corpo dos bombeiros, foi a sua mascote
durante algum temo. Aos cinco anos deu entrada na Fanfarra, apesar de não ter jeito para a música.
Quando
completou os 14 anos, ingressou no corpo ativo dos Bombeiros de Alcobaça, onde
ainda hoje se mantém.
Quando
solicitado a definir um bombeiro, Mário Cerol é perentório é preciso ter um gosto especial e uma sensibilidade suficiente para
partilhar os momentos difíceis dos outros
Fez
o curso de Direito, mas não exerce atividade jurídica, pois é Comandante dos
Bombeiros Voluntários de Alcobaça a tempo inteiro, desde 12 de março de 2004.
Frequentou
com aproveitamento inúmeros cursos de formação, tanto em Portugal como no
estrangeiro, como Curso de Quadros de Liderança (organização e liderança, gestão operacional e prática de combate a
incêndios).
É
bombeiro desde os 4 anos.
-Muitas caras lavadas em
lágrimas, bandeira a meia haste e várias pessoas à procura de notícias dos
Bombeiros de Alcobaça, que sofreram um acidente no combate ao incêndio em S.
Pedro do Sul.
Era este o ambiente que se viveu no quartel dos Bombeiros
Voluntários de Alcobaça, onde duas folhas, afixadas na porta exterior, davam
conta como a notícia de última hora, a morte de João Vítor Pombo da Silva
Domingues, bombeiro (nasc. a 27 de fevereiro de 1968-fal. a 9 agosto de 2010) e
que há mais de 20 estava na corporação.
Esta é a notícia que
nunca esperamos dar, desabafou José Conde, o segundo comandante dos Bombeiros
Voluntários de Alcobaça, que acrescentou não
se lembrar de uma tragédia destas. Já tivemos dois acidentes graves, em que temos a
lamentar uma morte, mas não foi de ninguém dos bombeiros, afirmou.
Mário Cerol, reuniu os homens que estavam no quartel e
comunicou o sucedido. Os homens largaram tudo o que estavam a fazer e começaram
a chorar,
Paulo Inácio, disse que os bombeiros e o concelho estão de luto pela morte deste soldado da paz
que era uma referência da corporação.
Paulo Inácio salientou que o falecimento do bombeiro ocorreu no teatro de operações, socorrendo e
ajudando outros locais que precisavam da nossa ajuda, como nós às vezes
precisamos da deles.
A viatura onde seguia o bombeiro integrava uma coluna de seis
carros com 22 homens do distrito de Leiria - das corporações de Peniche,
Batalha, Alcobaça, Juncal e Maceira - que estava a ajudar, ao combate ao
incêndio de São Pedro do Sul.
O acidente que
vitimou o bombeiro de Alcobaça, e onde seguiam mais quatro elementos da
corporação, ocorreu pelas 15:30, na localidade de Candal, informou a
Autoridade Nacional de Proteção Civil.
O despiste da viatura provocou ferimentos, sem gravidade,
noutro elemento, um funcionário do Instituto
Nacional de Emergência Médica, de 25 anos.
Leia-se aqui João
Vítor Pombo da Silva Domingues.
-A
inauguração do edifício para instalar o Museu
dos Bombeiros Voluntários de Alcobaça,
foi a prenda do 126.º aniversário da corporação, no dia 1 de maio de 2014.
Para
Mário Cerol, a inauguração do edifício
representa um concretizar de um sonho, honrando o passado, dignificando o
presente e projetando o futuro.
Jaime
Soares, presidente da Liga dos Bombeiros,
aproveitou a presença do Secretário de Estado da Administração Interna para
lançar o repto ao Governo de mais esforços. Hoje
que se faz história em Alcobaça, faço o apelo para uma lei de financiamento
para garantir a estabilidade destas instituições.
Em
resposta, João Pinho de Almeida garantiu que se pretende reconhecer o profissionalismo aos voluntários com ações concretas,
nomeadamente com formação, seguros e melhores condições para o combate aos
incêndios. Paulo Inácio, presidente da Câmara de Alcobaça, explicou que a autarquia dá 20 mil euros mensais aos
Bombeiros de Alcobaça, considerando que é
preciso cada vez mais institucionalizar a sociedade.
Os
Bombeiros Voluntários de Alcobaça apresentaram, no dia 29 de abril de 2015, o
livro comemorativo do seu 125º. aniversário.
Leonor
Carvalho e Susana Leão foram as historiadoras encarregues da elaboração do
historial da corporação, a mais antiga do distrito de Leiria, fundada por
Manuel Vieira Natividade, seu primeiro comandante, em 1888.
O
presidente a direção, Antero de Campos, recordou que o lançamento do livro 125 Anos de História e Memória - Bombeiros
Voluntários de Alcobaça, é o segundo grande objetivo concretizado pela
direção a que preside, depois da inauguração do Museu dos Bombeiros, em 2014.
Mário
Cerol, recordou que os Bombeiros de
Alcobaça nasceram por vontade da população e que a forte ligação com a
comunidade se mantém até aos dias de hoje
-Os
Bombeiros Voluntários de Alcobaça assinalaram, no feriado de 1 de maio de 2015,
o 127.º aniversário da fundação. A instituição aproveitou a ocasião para
promover dois elementos do corpo ao cargo de subchefe. João Saraiva foi eleito
pela corporação como bombeiro do ano.
Professor catedrático e
presidente do Conselho Científico da Católica
Lisbon School of Business & Economics, obteve na mesma
faculdade a licenciatura e o doutoramento em
Economia.
Possui ainda um mestrado em Economia pela Universidade Nova de Lisboa e
um mestrado em Investigação Operacional e Engenharia de Sistemas pelo Instituto Superior Técnico.
Foi assessor económico do Primeiro-ministro entre 1991 e 1995, em 1990
foi assessor do Ministro das Finanças e, de 1990 a 1991 e
de 1995 a 1997,
técnico superior do Banco
de Portugal. Autor de mais de trinta livros e de múltiplos artigos
científicos, é também colaborador na imprensa,
assinando uma coluna no Diário de Notícias.
J. Cesar das Neves esteve
presente no Centro Social Paroquial de Alfeizerão, no dia 13 de novembro de
2009, convidado para debater temas sociais, expressos na Encíclica do Papa Bento XVI A Caridade na Verdade, a convite do Instituto Diocesano de Formação Cristã.
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