NO
TEMPO DE PESSOAS “IMPORTANTES” COMO NÓS
50
Anos da História de Alcobaça Contada através de Pessoas
Bonifácio, Carlos Manuel, nasceu
em 25 de setembro de 1962, na Marinha Grande, tendo vindo trabalhar para
Alcobaça em 1990, para o Registo Predial e Comercial de Alcobaça.
É
Mestre em Estratégia, pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas,
da Universidade de Lisboa e licenciado em Gestão de Recursos Humanos, pelo
Instituto Superior D. Dinis, consultor, formador, Presidente da
Assembleia-Geral, do Alcobaça Clube de Ciclismo e antigo Presidente do Rotary
Clube de Alcobaça, foi ainda Presidente da Assembleia-Geral da Associação
Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Alcobaça.
Foi
dirigente do CNE/Corpo Nacional de Escutas, de 1984 a 1988, Diretor da Campanha
a Presidente da República, em 2001, no Distrito de Leiria, de Ferreira do
Amaral, dirigente de várias associações e membro do Conselho Fiscal da Fundação
Maria e Oliveira, de 1998 a 2001, Deputado da Assembleia Municipal de Alcobaça
de 1994 a 2001, Presidente da Comissão Municipal de Economia do Concelho de
Alcobaça de 2005 a 2009, Membro do júri do Prémio de Arquitetura Eugénio dos
Santos em 2008, palestrante em conferências realizadas em Portugal e no
estrangeiro.
Colabora
em órgãos de imprensa.
De
2002 a 2009, foi Vice-Presidente da Câmara Municipal de Alcobaça /Presidente
Gonçalves Sapinho, com os Pelouros de Planeamento e Gestão Urbanística,
Sistemas de Investigação Geográfica, Cadastro Imobiliários, Trânsito e Taxas e
Licenças (eleito em lista do PSD) e de 2002 a 2005, Administrador dos Serviços
Municipalizados de Alcobaça.
É
(presentemente-2016) vereador da Câmara Municipal de Alcobaça (eleito como
independente em lista do CDS/PP), embora se reclame social-democrata por
formação..
-Carlos
Bonifácio, é o autor do livro Afeganistão,
Campo de Batalha das Grandes Potências – A Participação Portuguesa, que
surgiu no âmbito da sua dissertação para a obtenção do grau de Mestre, em
Estratégia, no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, da
Universidade de Lisboa.
-Bonifácio,
revela que o poder local sempre lhe
despertou uma especial atenção, que pela sua natureza, por ser exercido junto
das populações é o que o atrai, ainda que tenha a consciência que nem sempre as
expectativas e os resultados são atingidos.
-Um
dos seus gostos, prende-se com a investigação que tem feito na área das
relações internacionais, e na compreensão da diversidade, histórica, cultural e
religiosa, baseada na complexidade que constitui a sociedade internacional, com
especial enfoque nas relações entre o Ocidente e o Oriente.
Borda de Oliveira, Artur, foi campeão nacional da Maratona, em 1985, em
representação do Penichense, com uma marca de 2h20m,17s.
Artur
Borda representou durante algumas épocas o Clube de Campismo de Alcobaça (1982,
1983 e 1984), equipa que seria desmantelada e transferida no ano seguinte e por
inteiro para o Penichense. A ida para o Penichense, em 1985 e o título de
campeão nacional da maratona por esse clube, teve como consequência a colocação
de uma cobertura de saibro na pista no Estádio Municipal de de Alcobaça, um
melhoramento que existia antes do tartan e que na altura foi muito bem visto.
Borda
foi catapultado para grandes competições, prestigiadas maratonas na Europa e na
América.
Lesões
nos tornozelos e tendão de Aquiles, vieram todavia a determinar o fim prematuro
da carreira..
Borges, Paulo
Ferreira, nasceu em Pataias em 1961.
Estudou Direito, tendo por essa altura colaborado com o DN
Jovem, onde publicou
alguns dos primeiros poemas. Foram-lhe atribuídos os prémios de Revelação de
Poesia Fernando Pessoa 2001, pelo livro A Água Materna dos Poentes, e de Revelação de Poesia da APE/IPLB
1999, pelo livro, Para
Tentear a Desmesura.
O poeta,
que apresentou a obra Do Tempo Sitiado, geopoemas s/d, que qualificou como um
itinerário afetivo do Oeste, no dia 17 de maio de 2008, em Pataias, onde nasceu
e viveu metade da vida, inspirou-se em lugares, como Paredes da Vitoria, Praia
da Consolação, Peniche, Nazaré ou Caldas da Rainha.
O
livro é o terceiro do autor, que recordou os cheiros da infância e juventude
vividas em Pataias.
Há todo um memorial que está enraizado, reconheceu Paulo Ferreira Borges, dizendo
assumir essas marcas na sua escrita.
Borges
Garcia, Eduíno,
de
acordo com António Valério Maduro que, com ele conviveu muito de perto e
trabalhou, no ano de 1946 ruma para o
continente para estudar Farmácia em Coimbra, acabando por se licenciar na
Universidade do Porto. Frequenta o curso de História e tira cursos de
Jornalismo, Inglês e Espanhol. Participa na renovação do movimento literário
açoriano, dedica-se à arqueologia e etnografia desenvolvendo, em particular,
variados estudos na região dos antigos coutos de Alcobaça. Foi membro da Associação
dos Arqueólogos Portugueses e da Associação Portuguesa de Museologia e como
profissional ocupou lugares de direção no Instituto Pasteur de Lisboa.
Borges Garcia constituiu
uma referência para alguns jovens de Alcobaça que, nos anos setenta (década de
1970) tiveram o privilégio de com ele conviver e criar sólida amizade. O 25 de
abril ainda amanhecia e o país parecia querer ganhar um novo fôlego. Foi
Leocádia Natividade que na sua própria casa teve a amabilidade de nos
apresentar ao investigador, que era amigo do Professor Joaquim Vieira
Natividade. Em breve calcorreávamos com a “Moby Dick”, nome fraterno para a
cansada carrinha Volkswagen que servia de casa ambulante, o Concelho de
Alcobaça de lés a lés.
A sua militância em prol
da cultura, das raízes e identidade, aliava-se a uma postura pedagógica de
proximidade. Longe de ser professoral, Borges Garcia pretendia transmitir-nos a
paixão pelo seu caminho. A constituição de uma equipa de trabalho com jovens
revela a sua abertura, o seu espírito cooperativo, o trabalho de sementeira que
julgava crucial para modificar as mentalidades e comportamentos face ao
património e à cultura coletiva.
Borges Garcia tinha por
esta altura reorientado o seu programa de pesquisa.
A arqueologia (da Igreja
Visigótica de S. Gião, das Anforetas, das Torres da Lagoa da Pederneira e do
Castelo de Alfeizerão) dava lugar definitivamente a outra paixão, a da cultura
popular das comunidades rurais, explorando a sua dimensão simbólica e material.
É verdade que de vez em quando olhava o solo e detetava um biface, uma tegula,
um peso de rede..., e que ensaiou a escavação da Igreja de Nossa Senhora da
Conceição na busca da primeira guarida dos monges cistercienses, mas a
arqueologia, como não se cansava de repetir, podia esperar.
A notável capacidade de
estabelecer relações e contactos, de se familiarizar com vários níveis de
cultura, permitiu-lhe um acesso fácil aos campos, franqueando o acesso às
comunidades mais fechadas. As memórias associadas à sua passagem em tantos
lugares resistem ao vendaval dos anos, como ainda há bem pouco tempo tive o
prazer de testemunhar no Poço das Vinhas.
A dispersão que tomava a
alma do bom doutor fazia-o interessar-se por múltiplas áreas e a investir em
experiências socioculturais diversificadas. O projeto de medicina popular
leva-o à Escola Técnica (atual Inês de Castro), envolvendo e cativando
professores e alunos, filma os trabalhos e os dias das comunidades rurais e
partilha estes registos com as populações provocando a reflexão dos próprios
atores sobre a sua vida e obra, estuda os ciclos agrários, as oficinas de
canastreiros, cesteiros e esteireiros, de navalhas, olaria, a gestão das águas,
os círios e festas populares.
A sua reflexão cimentada
na ação traduz-se nos seus textos literários e científicos, mas a investigação
não era um fim em si mesmo, a cultura tinha de ser reapropriada pelos seus
obreiros, tinha de ser dignificada. A eco museologia estava no seu espírito
como instrumento de valorização e interpretação em rede do património, recordo
a propósito as conversas travadas com Per-Uno Agren (que foi presidente do
ICOM). A revitalização e musealização dos espaços arquitetónicos e monumentais
leva-o a pensar o Mosteiro de Alcobaça. A museologia aberta ao território
revela o divórcio com o conceito de museu tradicional e mostra em que medida
tanto do que se pressupõe como novidade já foi objeto de reflexão. Participa na
criação da ADEPA, ciente que o espírito associativo e o cruzamento de ideias é
crucial para um progresso inteligente.
O fruto do seu labor
incansável encontra-se ainda na coleção arqueológica do Museu Joaquim Manso
(Nazaré), ou no Museu de Olaria de Barcelos que alberga a sua recolha de
cerâmica açoriana.
Humanista e patriota,
despojado o termo de fatiotas primárias, Borges Garcia será recordado não só
pelo que fez, mas pela pessoa que era.
Parece que ainda hoje
vamos subir para a Moby Dick a fim de, uma vez mais, nos deleitarmos com a
leitura do picnic de burguesas de Cesário.
Parte
do seu trabalho encontra-se no Museu Joaquim Manso, da Nazaré e no Museu de
Olaria, de Barcelos.
-Nasceu a 22 de fevereiro de 1922, em
Vila Franca do Campo/S. Miguel e faleceu, a 7 de janeiro de 1979, em Lisboa.
-Eduíno
Borges Garcia foi homenageado no dia 8 de fevereiro de 1997, em Alcobaça com
uma rua com o seu nome, junto ao mercado municipal, paralela à Rua Dr.
Brilhante.
A
homenagem constou do descerramento de uma placa toponímica com o seu nome, ao
que assistiram diversos convidados. A proposta surgiu por parte da ADEPA e a cerimónia contou com a presença
de Joaquim Pais de Brito, Diretor do
Museu Nacional de Etnologia, que falou sobre a obra de Borges Garcia.
Branco, Ana,
truculenta ativista, e com pouca
educação, foi cabeça de lista e candidata pelo BE às eleições autárquicas de
2009 em São Martinho do Porto, bem
como para a Assembleia Municipal, de Alcobaça.
No
seu manifesto eleitoral, propunha-se devolver
dignidade à freguesia promovendo a construção de locais onde os jovens podem estar com prazer.
Atrair turistas na época
baixa, foi outro dos
seus grandes (e simplistas) propósitos pois que acredita que isso se consegue com a criação de infraestruturas como
salas de congressos. Quanto ao restante concelho, dizia que está tudo abandonado e que nos dá uma
sensação de sujidade. Ana Branco quer uma freguesia bonita, que tem de estar organizada e limpa.
-A
reunião da Câmara Municipal de segunda-feira 14 de dezembro 2005, ficou marcada
pelos insultos, em tom de gritaria, por parte de Ana Branco.
Pela
segunda vez – a primeira tinha sido uma sessão da Assembleia Municipal - Ana
Branco conseguiu exaltar Gonçalves Sapinho que pediu a intervenção da PSP.
Ana
Branco interveio no tempo dedicado ao público, criticando as opções da
autarquia quanto a obras efetuadas em São Martinho do Porto, sugerindo que Junta
ou Câmara teriam mentido quanto ao abate de árvores.
Gonçalves
Sapinho considerou tratar-se de uma opinião pessoal, pelo que não ia esclarecer
a munícipe. Também não pedi nenhum
esclarecimento. Mas teria de mo dar se o tivesse pedido, respondeu grosseiramente
Ana Branco, que ouviu do autarca não, não
teria. Vou fazer de conta que a senhora não esteve cá.
Estou-me nas tintas para o que o senhor
diz, disse ainda de
forma igualmente grosseira a munícipe, considerando que o presidente da Câmara devia ter vergonha. Nesse momento
Gonçalves Sapinho pediu a intervenção da PSP, que se deslocou ao edifício, mas
não chegou a intervir no Salão Nobre.
Antes
de sair, Ana Branco ainda ouviu do autarca vá
legalizar a casa onde mora antes de vir para aqui.
-Ana
Branco, na sessão comemorativa do 25 de abril da Assembleia Municipal de
Alcobaça, realizada no ano de 2010, declarou que o que me dói é que existam alguns portugueses que de tão pequenos seres
que são, nos fazem sentir vergonha e fazem deste País um Portugal doente.
-Foi
à estalada que Ana Branco, resolveu
por sua vez uma discussão com Manuel Antunes Pereira, no decorrer de uma sessão
pública da Assembleia de Freguesia de S. Martinho do Porto. Segundo aquela,
tudo terá começado depois de ter solicitado que um documento que apresentou,
ficasse apenso à ata. São questões que
coloco há um ano em relação às quais não obtive resposta. Desta vez o
Presidente também não quis responder. Disse-me que estava armada em peixeira. Acrescentou,
que nesse momento se levantou, foi junto à mesa do executivo e ameaçou Antunes
Pereira com duas chapadas se voltasse a repetir aquilo que tinha dito e que
considerava uma ofensa. Foi para o seu lugar quando ouviu o Presidente da Junta
dizer que foi para Alcobaça fazer
peixeirada. Assim que o autarca acabou a frase, diz que nem se chegou a
sentar, regressou à mesa e deu uma chapada na cara do autarca. Ele levou a mão atrás, à cintura,
tresloucado, não sei para fazer o quê, se para tirar alguma coisa ou se com
alguma intenção, garantiu Ana Branco. O Presidente da Junta terá sido
travado pelo seu Secretário. Agentes da PSP foram chamados ao local e
identificaram ambos os intervenientes. Antunes Pereira apenas disse e sem
entrar em mais pormenores que após uma calorosa discussão foi agredido.
A
agressora, levada a tribunal, veio a ser condenada no T.J. de Alcobaça, no dia
17 de março de 2009, ao pagamento de uma indeminização de 750 euros a favor do
autarca e 90 dias de multa à taxa diária de seis euros.
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