NO
TEMPO DE PESSOAS “IMPORTANTES” COMO NÓS
50
Anos da História de Alcobaça Contada através de Pessoas
Cabral, Alcindo, e Carla Gonçalves, pais do pequeno David, que faleceu no
início de 2010, na sequência de maus tratos, começaram a ser julgados no dia 20
de novembro de 2011, no Tribunal de Alcobaça.
O
pai, que negou as agressões, estava acusado de homicídio qualificado e a mãe de
omissão de auxílio.
Quando,
em abril de 2010, o primeiro bombeiro chegou ao apartamento onde Alcindo Cabral
e Carla Gonçalves viviam com o filho de seis meses, o bebé já não apresentava
sinais vitais. Tinha sangue no nariz e vários hematomas, sendo os mais
evidentes na zona dos olhos.
Os
bombeiros tinham sido chamados para socorrer uma criança que teria caído de um carrinho de bebé, num
apartamento a escassos metros do quartel.
A
mesma versão foi dada aos profissionais de saúde do Hospital de Alcobaça, onde
foi declarado o óbito. As duas médicas da Unidade de Saúde, que o atenderam,
não ficaram satisfeitas com a explicação e alertaram a OSO que, por sua vez,
chamou os Inspetores da Polícia Judiciária.
O arguido
garantiu ao coletivo de juízes, presidido pelo Magistrado Alfredo Candeias, que
não agrediu o filho e que este caiu do carrinho, tendo ele apenas feito
respiração boca-a-boca, quando viu o bebé pálido e sem respirar. Telefonou à
irmã, Elisana Cabral, que, chegada ao apartamento, se deparou com o bebé com
apenas uma fralda vestida, deitado no sofá sobre uma toalha com manchas de
sangue. Elisana declarou ao tribunal que o bebé ainda respirava.
A par
das marcas de agressão no bebé, foram encontrados diversos vestígios de sangue
em vários locais, como a casa de banho, o berço, a sala e o chão. Num contentor
do lixo na rua, os inspetores encontraram um saco com toalhetes ensanguentados.
A roupa que o bebé vestia quando a mãe saiu para trabalhar, tinha sido lavada e
estava a secar no estendal.
Carla
Gonçalves, não estava em casa quando o filho foi agredido até à morte, mas
testemunhou ou teve conhecimento de outros episódios de violência, como disse
ao tribunal. Garantiu não os ter denunciado por medo.
David
nasceu a 27 de outubro de 2009. Em dezembro, o pai ter-lhe-á dado várias
palmadas nas pernas. Em fevereiro, terá sido uma chapada na cara. Em março,
terá atirado o bebé de forma violenta para o sofá, depois de o sacudir, o que
lhe provocou inchaços e hematomas. Ainda antes de abril, Alcindo terá desferido
uma dentada na face do filho.
-Perante
um ato selvático e brutal, Alcindo
Cabral foi condenado na segunda-feira de 21 de janeiro de 2011, a 25 anos de
prisão, isdto é, a pena máxima prevista pelo Código Penal Português.
O
homem recebeu 24 anos de prisão por homicídio qualificado, 4 anos por um crime
de violência doméstica, três anos e meio por outro crime de violência. Feitas
as contas, e em cúmulo jurídico, foi condenado a 25 anos de cadeia e recolheu
ao Estabelecimento Prisional de Leiria, onde se encontrava em prisão preventiva
desde que, em Abril de 2010, o bebé David Alexandre, morreu vítima de diversas
agressões físicas.
David
estava em casa com o pai, a 5 de abril de 2010, depois da mãe ter saído para
trabalhar. Entre as 7 e as 10 horas daquela manhã, o bebé, que completaria seis
meses de idade no final desse mês, foi espancado ao murro até perder a vida.
Matar alguém com as próprias mãos é o
cúmulo da violência,
disse o juiz presidente do coletivo, Alfredo Candeias, aquando da leitura do
acórdão.
O
magistrado sublinhou o distanciamento
emocional do arguido relativamente aos factos e lembrou como Alcindo Cabral
se referia a David, nunca dizendo que era seu filho e preferindo afirmar aquela criança. O juiz não teve dúvidas:
Atuou com intenção de matar. Este tipo de crimes exige da sociedade uma
resposta adequada, considerou Alfredo Candeias, que explicou que entre os
aspetos que pesaram na decisão do coletivo está o facto de o arguido só ter
chamado alguém quando o bebé já estava morto. Aliás, os bombeiros foram
alertados horas depois do crime, quando o pequeno David já não apresentava
sinais vitais.
-Carla
Gonçalves, 21 anos, a mãe do bebé, não estava em casa quando o filho foi
assassinado. Mas como David foi vítima de outros atos de violência antes de
morrer, o tribunal entendeu que ela poderia ter pedido ajuda, apesar da
violência a que foi sujeita e das ameaças de que foi alvo. Assim, embora tenha
sido absolvida do crime de omissão de auxílio, Carla Gonçalves foi condenada a
2 anos e seis meses por violência doméstica, por omissão. A pena foi-lhe suspensa.
Cabral, Manuel de Herédia Caldeira, nasceu em Lisboa, a 28 de Abril de 1968.É um discreto Ministro da Economia (governo de António Costa), desde 26 de novembro de 2015 responsável por políticas na área da capitalização e reestruturação empresarial (programa Capitalizar), e políticas na área da inovação e do empreendedorismo (como os programas Indústria 4.0 e Startup Portugal), responsável pelo lançamento da estratégia de turismo para a próxima década, que inclui programas como o Portugal Destino Wi-Fi, Algarve 365, e o programa Revive, de recuperação de património histórico para o turismo. Na área da energia foi responsável pelo alargamento da tarifa social de 80 mil para mais de 600 mil beneficiários.
A
nova unidade de produção de microalgas foi inaugurada, no dia 24 de outubro de
2016, na Cibra/Pataias, pelo Ministro da
Economia, Manuel Caldeira Cabral. O grupo já investiu cerca de 15 milhões de
euros, num projeto que se iniciou há quase uma década. O objetivo é capturar o
dióxido de carbono ali emitido e transformá-lo num negócio rentável nas áreas
alimentares, industriais e farmacêuticas.
Caetano,
José Manuel Mateus, filho
de Maria do Rosário Mateus Caetano, natural de Ribafria, Benedita e de José
Caetano, natural da Mata da Loba, Juncal, nasceu em 28 de março de 1960.
Aos 4
anos, ingressou no Jardim Escola João de Deus, aos 9 na Escola Primária e aos
10 na Escola Técnica para fazer o ciclo, ainda a funcionar na Ala Sul do
Mosteiro.
Frequentou
a Escola Técnica, até aos 17 anos, tendo concluído do 7º ano dos liceus, apenas
algumas disciplinas.
Em
1978, ingressou na Crisal, na secção de Lapidação, e foi requisitado pela
Cooperativa de Consumo da Crisal, onde esteve alguns anos. De regresso à
fábrica, passou pelas secções Escritório e Informática, de onde viria a sair em
1991.
A
partir do final da década de 1970, começou a trabalhar aos fins-de-semana, à
noite, na Discoteca Princess, como
ajudante de Bar, Barmen e Porteiro.
O
gosto pela música havia começado muito antes, através da escuta de rádio, e a adoração pelos discos cresceu com as
festas de garagem, principalmente na Cave
do Manel, mini clube privado.
Em
1980 foi convidado para ingressar na Discoteca
Viamar ,em Alfeizerão, donde sairia em 1982 para substituir o Tó Cruz na
cabine da Discoteca Sunset, Fervença.
Saiu
em 1994, depois de cumprir um verão na Discoteca
o Moinho, Castanheira, sendo convidado para assumir o comando da cabine da Discoteca Eurosol, Leira, embora nos
anos finais da sua existência, mas uma das grandes discotecas de Portugal,
graças ao conforto, equipamento de som, luzes e imagem.
Seguiu-se
a cabine do Bar do Naice, e daí a Discoteca QR, em Alcobaça, agora na
condição de sócio, com Gualberto Branco Marques e José Bernardes, quando
esta era uma das mais bonitas de
Portugal. Foi uma aventura que durou 3 anos.
Em
2006 abriu em Alcobaça, o Keitas Bar,
um pequeno bar que funcionou durante 4 anos e que a crise não perdoou.
O bichinho pela música e pela rádio, vem
desde pequeno e, em 1985, desafiado por Rui Custódio num final de tarde de
sábado em Évora de Alcobaça, efetuou a primeira emissão pirata da Rádio Cister, oficializada em 1985 como Rádio. Pertence
aos quadros desta Rádio desde 1994 e integra a direção da Cooperativa.
Caldeira,
Ana Maria Balbino,
é natural do concelho de Alcobaça, aí
nasceu a 27 de julho de 1970, efetuou os primeiros estudos e vive.
Tem ligação à paróquia e já
tinha trabalhado como jornalista num jornal de Alcobaça, entre 1998 e 1999.
Começou em 2010 por colaborar em O Alcoa com artigos de opinião, e no ano
seguinte foi convidada pelo pároco de Alcobaça, Padre Carlos Jorge
(administrador por inerência), atualmente na paróquia da Amadora, para assumir
funções de direção naquele jornal (diretora desde 23 de março de 2011), em
substituição de Mário Vazão. Ana Caldeira salienta que, em 2011, o jornal O Alcoa tinha alguma necessidade de reformulação e renovação. Teria que haver uma atualização. Havia a consciência de que teria de ser feita uma intervenção no jornal a nível da produção dos conteúdos jornalísticos e do grafismo. No fim desse ano 2011, na edição em que comemorámos o 66º aniversário, o jornal surgiu remodelado, conta, sublinhando o papel do então pároco de Alcobaça, O padre Carlos Jorge foi um dos grandes impulsionadores da reformulação do jornal, quer gráfica, quer na profissionalização, quer nas obras das instalações, quer na criação do site. A base do atual logotipo do jornal foi desenhada por ele.
-Ana Caldeira, é licenciada em Relações Internacionais, com especializações em Turismo. Leciona na ESDICA.
Sem comentários:
Enviar um comentário