NO
TEMPO DE PESSOAS “IMPORTANTES” COMO NÓS
50
Anos da História de Alcobaça Contada através de Pessoas
-Borges,
(Padre) Manuel Francisco, depois de ter exercido o seu apostolado ao longo de 18
anos em Caldas da Rainha, Alfeizerão e Famalicão da Nazaré, onde fez obra,
deixou as paróquias de Alfeizerão e Famalicão em finais de 1974, por ter sido
nomeado pároco de Nª Srª de Marvila (Santarém) em 19 de janeiro de 1975.
A
29 de junho de 2006, comemorou os 50 anos da sua ordenação sacerdotal, mas as
cerimónias apenas se realizaram na semana seguinte, com Missa celebrada pelo
próprio padre Borges, na Igreja de Marvila (Santarém) repleta de fiéis, entre
os quais, muitos que se deslocaram de Famalicão da Nazaré e Alfeizerão. Após a
cerimónia religiosa, seguiu-se um almoço convívio com a presença de
representantes do Governador Civil e da Câmara Municipal, Juntas de Freguesia
de Marvila e Alfeizerão, além de outras entidades. Nas suas palavras, Francisco
Borges, não obstante os seus 75 anos, não esqueceu Caldas da Rainha, Famalicão
e Alfeizerão, e referiu que a vida não
tem grande valor e acaba depressa, mas enquanto puder, não sozinho, mas com o
apoio de todos vós, quero continuar a trabalhar com alegria e o dom que Deus me
deu, no sentido de recuperar o património religioso, algo degradado e
abandonado. A Igreja não deve ficar na sacristia, mas de vir para a rua.
-Búzio,
(Padre) Joaquim José, natural de Lagos, foi colocado na Paróquia do Bárrio,
depois de ter estado vários anos na Alemanha a prestar assistência religiosa a
comunidades portuguesas.
Quando
regressou a Portugal, pediu para ser colocado numa freguesia pequena e pacata, tendo sido o Bárrio a escolhida, sem
que nada soubesse ou conhecesse do local.
Quando
veio pela primeira vez ao Bárrio, ficou tão agradado que acabou por decidir
logo ali ficar, a partir de 1987, o que veio a acontecer durante cerca de 12
anos.
O
Padre Búzio acabou por ser uma personalidade de referência na freguesia do
Bárrio pois, entre o mais, foi o grande impulsionador do Centro Social e
Paroquial, da remodelação da Igreja Nova, da construção da Capela de Pedralhos
e da Casa Mortuária.
Em
testamento, deixou uma quantia em dinheiro para ser distribuída pelas
instituições da Freguesia. Orlando Marques Pereira conta que foi ele quem, em
primeira mão, leu o testamento ao Povo, embora não tenha sido o executor.
O
Padre Búzio faleceu no Bárrio, encontra-se sepultado no cemitério de Pinhal
Fanheiro e deixou excelentes recordações pelo trato, capacidade de execução,
enfim, por ser tido por muita gente como um Homem Grande.
Orlando
Marques Pereira, antigo e carismático Presidente da Junta, trabalhou durante
anos diariamente com o Padre Búzio, criando uma profunda relação de confiança e
amizade. Havia mesmo quem dissesse que no Bárrio havia uma dupla imbatível, o Presidente da Junta (Orlando Pereira) e o Padre
(Búzio). Pessoa muito determinada, por
vezes demasiadamente individualista, segundo alguns, o que lhe acarretou
incompreensões, tem um busto junto ao Centro Social, mandado executar e pago
pelo Povo.
Homem dinâmico,
exemplar na sua relação com o seu povo, amou esta Freguesia e com ele levou
este povo que jamais o esquecerá. Sempre respondeu presente e esta freguesia
muito lhe deve. Dele se pode afirmar que tinha a integridade de um nobre, a
sabedoria de um rei e a humildade de um servo.
O
Padre Búzio, aquando da gravação do primeiro CD da Orquestra Ligeira Juvenil da
Junta de Freguesia do Bárrio, mereceu uma homenagem em que se refere o homem dinâmico, exemplar na sua relação
com o seu povo, amou esta freguesia e com ele levou este povo que jamais o
esquecerá. Sempre respondeu presente esta orquestra muito lhe deve. Dele se
pode afirmar que tinha a integridade de um nobre, a sabedoria de um rei e a
humildade de um servo. Que Deus o proteja. Quando se tenta falar de algo que se
ama todas as palavras parecem insuficientes, continuará a ser um ídolo e uma
referência que jamais esqueceremos.
No
Domingo, dia 8 de setembro de 1996, foi assinalado na paróquia do Bárrio, o
aniversário do Padre Joaquim Búzio.
A
iniciativa constou de um jantar no Centro Social, onde estiveram presentes o
Governador Civil de Leiria, Júlio Henriques, o presidente da Câmara Municipal
de Alcobaça, Miguel Guerra e quase todos os vereadores, o presidente da Câmara
Municipal de Torres Novas, de onde o padre Búzio era natural, os presidentes
das Juntas de Freguesia de Turquel, Benedita e Prazeres de Aljubarrota e a
Junta de Freguesia da Cela, que se quis associar à homenagem, comparecendo no
jantar com alguns dos seus elementos.
Compareceram
cerca de 300 pessoas, número que simboliza o apreço dos habitantes pelo seu
pároco, e para animar a noite atuaram os fadistas Joaquim Romão e Edite Isabel
e o cançonetista Fernando Pedro, num serão agradável e no qual a população
manifestou uma vez mais o reconhecimento ao seu pároco. Muitas prendas chegaram
ao Padre Búzio.
A
festa de aniversário foi antecedida da celebração da missa, presidida pelo próprio
padre Búzio, seguindo-se a bênção da nova capela mortuária do Bárrio que a
partir de então ficou ao serviço da freguesia, que há muito esperava este
melhoramento. A obra, construída pela Igreja, contou com o apoio da Câmara e
Junta de Freguesia local e permitirá à população velar os seus mortos num
espaço apropriado.
- Faleceu a 30 de setembro de 1999.
Este
sacerdote, viria a contribuir de forma relevante para o desenvolvimento da localidade,
nomeadamente da Banda Filarmónica.
Republicano,
José Cacella foi perseguido pelo regime monárquico, pelo que teve de se
refugiar no Brasil, deixando na Vestiaria um rasto de saudade e de tristeza,
tanto mais que foram 40 anos sem notícias.
Um
surto de epidemias no Brasil obrigou o padre a fazer outra grande viagem, desta
vez para os Estados Unidos da América, onde criou uma tipografia que publicava
o jornal A Luta, aliás por si dirigido. Quis o destino que um vestiariense,
embarcado na Marinha Mercante, nos anos de 1940 viesse a encontrar num
expositor de rua, aquela publicação. João Dias, nas suas memórias regista que
esse vestiariense se apressou a contatar José Cacella, que se mostrou feliz por
ter notícias da antiga paróquia e logo quis saber novidades da Banda.
Quatro
décadas depois de ter saído da Vestiaria, o padre voltava a dar noticias aos
fiéis e, na primeira carta que escreveu prometeu visitar a terra e enviou
alguns dólares para auxílio da Filarmónica.
A
7 de maio de 1949, José Cacella fez a primeira visita após essa tão prolongada
ausência.
Na
despedida, foi-lhe pedido que leve no
coração a gratidão de um povo que vive naquele planalto abençoado por Nossa
Senhora da Ajuda e que jamais o esquecerá e em contrapartida ficou a
promessa de voltar no ano seguinte.
O
pedido foi cumprido e, um ano e tal depois, José Cacella estava acarinhar os
paroquianos da Vestiaria, desta feita com uma missa no altar de Nossa Senhora
da Ajuda. Nesse dia, entregou à Direção da Banda Filarmónica um cheque no valor
de setenta mil escudos (verba avultada em 1951), que serviu para ajudar a
construção da sede da Banda, a mesma que ainda existe e de onde têm saído
dezenas de artistas, com projeção nacional e internacional.
Porém,
os donativos do Padre Cacella não se ficaram por ali, já que também o altar da
capela de Santo António dos Casais da Vestiaria foi reconstruído com os
valiosos dólares. Além disso, o padre anunciou a intenção de construir um
Centro Social, cuja obra se iniciou meses depois. Em 1953, José Cacella voltou
para inaugurar as duas obras que financiou. No ano seguinte, a Vestiaria
recebeu a luz elétrica, sendo metade do investimento foi feito por ele.
Na
última visita do padre à localidade ocorrida em 1957, foi-lhe feita uma grande
receção, e este mais uma vez entregou dinheiro, para compra de instrumentos
para a Banda. O padre tinha ainda a intenção de construir uma colónia balnear e
um parque desportivo, mas essas obras já não teve a oportunidade de erguer.
-Faleceu
em 1975.
-Caetano, (Padre) Manuel Vicente, foi pároco da
Benedita, de 1930 a 1937. Nasceu no seio duma família profundamente cristã, na freguesia da Serra, concelho Tomar, numa
povoação que ficou submersa pelas águas da albufeira do Castelo de Bode. Foi
durante muitos anos pároco da freguesia de Lapas, concelho de Torres Novas. Foi
perseguido nos primeiros tempos da República. Depois de ter estado na Benedita,
foi capelão duma escola penal nos arredores de Sintra e trabalhou na paróquia
de Santo Condestável, em Lisboa.
-Mais
tarde fixou-se em Tomar onde veio a falecer em 1978, com 92 anos de idade.
-Cavaco,
(Padre) Miguel, natural de Barrancos, foi ordenado sacerdote, com outros
seis presbíteros, pelo Cardeal-Patriarca D. Manuel Clemente, no dia 26 de junho
de 2016, no Mosteiro dos Jerónimos.
Tem
colaborado com a Paróquia da Benedita, desde 23 de outubro de 2015 e ali
celebrou a sua Missa Nova, na tarde do dia dia 9 de julho de 2016.
Na minha história
vocacional, há um conjunto de fatores que se sobrepõem e que concorrem para a
chamada que o Senhor me faz a cada dia, declarou o diácono Miguel Cavaco,
sublinhando a importância da pertença a
uma comunidade neocatecumenal, onde tem percorrido
um caminho de redescobrimento do seu
batismo.
Tendo
estudado nos Seminários de Santarém, Almada e Olivais, foi ordenado sacerdote
em 15 de agosto de 1958, na Sé Patriarcal de Lisboa, Professor de Latim e
Português no Seminário de Santarém, entre 1958 e 1966, Pároco de Moscavide de
1966 a 1981, e substituiu na Benedita o Pároco Tiago Delgado Tomás, em 18 de
outubro de 1981. Foi um dos grandes dinamizadores da construção da Santa Casa
da Misericórdia da Benedita, da Capela do Santíssimo, da Capela Mortuária, bem
como dos incentivadores da criação do Museu de Arte Sacra, da Benedita,
inaugurado a 6 de junho de 1998. Mandou colocar um painel de azulejo ao fundo
do Altar-mor da Igreja da Benedita, denominado Retábulo, da autoria do padre e
pintor José dos Santos Marcos. Membro do Conselho Pastoral da Diocese de
Lisboa. Vigário na Vigararia de Alcobaça-Nazaré e membro do Conselho
Presbiteral em Moscavide, frequentou o Instituto Pastoral em Madrid, foi membro
do Secretariado Nacional dos Congressos Europeus e Nacionais de Paróquias e
Provedor da Santa Casa da Misericórdia.
Entre
1981 e 2002, serviu como Pároco da Benedita. Nesse período, foi também Pároco
de Alvorninha, durante 9 meses, de S. Martinho do Porto durante 7 ou 8 meses,
de Turquel, por duas vezes e também do Vimeiro. Foi Pároco de Turquel e Vimeiro
de 2002 a 2006.
O Padre Cosme foi homenageado pela população da Benedita, no
dia 8 de setembro de 2002, à qual esteve ligado durante 21 anos. O programa
incluiu Missa Solene pelo Cardeal Patriarca D. José Policarpo e um almoço
convívio oferecido pela população no Centro de Recursos do ECB.
No
período que acumulou com Alvorninha, foi importante a colaboração do Pe.
Fernando Manuel. Igualmente importante foi a colaboração dos dois coadjutores
que o Cardeal D. António Ribeiro colocou na Benedita, primeiro o Pe. Mário Rui
e a seguir o Pe. Diamantino Faustino.
O
Padre Francisco Cosme, foi Pároco no Vimeiro e Alcobaça, a partir de 2006.
Cumpre-se, hoje, uma
aspiração com mais de 20 anos, afirmou Gonçalves Sapinho,
durante a cerimónia de inauguração do novo Quartel da GNR da Benedita,
realizada no dia 24 de março de 2000. A cerimónia contou com a presença do
Ministro-adjunto e da Administração Interna, Fernando Gomes, de Carlos André,
Governador Civil de Leiria, vários presidentes de Junta de Freguesia do
concelho de Alcobaça, e centenas de beneditenses, entre os quais inúmeras
crianças.
Esta aspiração é justa,
porque a Benedita é uma freguesia que tem feito a pulso a caminhada do
progresso e do desenvolvimento, considerou Gonçalves
Sapinho, acrescentando que, esta
freguesia não esperou pelo Estado, nem pelas autarquias, metendo mãos à obra e
resolvendo os problemas coletivos.
Gonçalves Sapinho tentou dar uma visão daquilo que julgamos serem as carências ou os problemas do
concelho no que se refere às forças de segurança.
O Ministro ouviu e prometeu resolver problemas.
Depois de benzidas as instalações pelo Padre Francisco Come,
foi descerrada uma placa comemorativa, no interior do novo e moderno quartel,
pelo ministro. Fernando Gomes aproveitou para responder às solicitações de
Gonçalves Sapinho. Segundo o ministro, todas
as instalações das forças de segurança que se encontram inadequadas irão ser
recuperadas, contudo não é de um dia para o outro que se resolvem os problemas. O
ministro teceu rasgados elogios ao novo quartel da Benedita, considerando que, é um posto digno e moderno, que visa
contribuir para a melhoria da imagem das forças de segurança.
No
dia 15 de Agosto (dia de Nª Srª da Assunção) de 2008, completou 50 anos da
ordenação, pelo que pretendeu comemorar as respetivas Bodas de Ouro. Segundo o
Padre Cosme, havendo em princípio vários locais indicados para a comemoração da
efeméride, o coração falou mais alto
e foi no Ramalhal que se fez a cerimónia.
-Costa,
(Padre) José Salgueiro da, nasceu na Moita/Alcobaça a 15 de agosto de 1943, tendo aí
vivido até aos 19 anos e dividido os estudos entre a Marinha Grande e Fátima.
Aos
21 anos rumou a Itália para frequentar o Curso de Filosofia e para Londres
onde, durante quatro anos, estudou a fundo Teologia e fez um ano de Noviciado.
Ordenado Padre em 1973 em Londres, ali permaneceu mais 9 anos como Capelão ao
serviço dos emigrantes portugueses no Reino Unido. Esteve em Moçambique durante
sete anos em plena Guerra Civil, tendo realizado muitas missões na província de
Niassa. Apesar do clima de terror que se
vivia, tal não o intimidou, embora tenha vindo a sair para ir aos Estados
Unidos, pois foi requisitado para os subúrbios de Nova Iorque, como visitador
de paróquias americanas, angariando fundos para missões e pregações.
Onze
anos depois de ter chegado a solo norte-americano, o chamamento de África foi
irresistível, pelo que regressou a Moçambique e viveu 5 anos em Maputo. Em
Moçambique continua a desempenhar funções de ecónomo regional e administrador
das missões da Congregação da Consolata.
Hoje
em dia, sempre que vem de férias está na Martingança para rezar missa e visitar
amigos.
-Cristóvão,
(Padre) Ricardo Manuel Alves, em 18 de setembro de
1980 nasceu na Freguesia de São Pedro e Santiago/Torres Vedras, filho de
Joaquim Manuel Cristóvão Gancho e Madalena do Nascimento Alves Malheiro
Cristóvão, irmão de Célia Maria Alves Cristóvão.
Na
Igreja de Nossa Senhora do Amparo de Silveira, foi batizado a 25 de dezembro de
1980 e, em 22 de maio de 1988, recebeu o sacramento da Primeira Comunhão, ambos
pelas mãos do Padre Francisco Maria Pitinha. A 29 de maio de 1994, celebrou a
sua Profissão de Fé. Tendo crescido numa
família de tradição católica, desde cedo se sentiu atraído pelo serviço a Deus
e aos outros, quer como membro dos serventes do altar, quer nas variadas
atividades comunitárias.
Foi
nomeado Pároco do Santíssimo Sacramento de Alcobaça e de Nossa Senhora da
Ajuda, no concelho de Alcobaça, a 16 de julho de 2014, por D. Manuel Clemente,
Cardeal Patriarca. O dia 7 de setembro de 2014 ficou marcado pela entrada
solene de Padre Ricardo Cristóvão, como pároco de Alcobaça e Vestiaria. A
eucaristia foi presidida por D. José Traquina, bispo auxiliar de Lisboa, e
assistida por centenas de pessoas de Alcobaça, Silveira, Torres Vedras, terra
natal do pároco, e também de Belas, paróquia que recebeu o Padre Ricardo
Cristóvão durante oito anos. Antes de chegar a Alcobaça dedicou-se a um ano de
estudos em Itália, nomeadamente em Núrsia e Roma. À Eucaristia seguiu-se um
lanche partilhado, na Ala Sul do Mosteiro, para acolher o novo pároco. O padre
Ricardo Cristóvão sucedeu ao padre Carlos Jorge, que se despediu dos
paroquianos de Alcobaça no dia 31 de agosto de 2014, e que passou para a
paróquia de Nossa Senhora da Conceição da Amadora, no dia 20 de agosto.
Eleito
como membro do Conselho Presbiteral, foi nomeado desde 6 de novembro de 2014.
Encontra-se
nomeado Assistente Espiritual e Religioso para o Hospital de Alcobaça, desde 30
de abril de 2015.
A
Igreja do Mosteiro de Alcobaça encheu-se, no domingo à tarde, 14 de setembro de
2014, para receber o novo padre das Paróquias de Alcobaça e Vestiaria, durante
a eucaristia presidida por D. José Traquina. Este, após dar as boas vindas ao
Pároco Ricardo Cristóvão, falou na
capacidade de perdoar e de seguir o exemplo de Jesus, para que haja caridade e
melhoria. É o amor de Deus que salva o mundo, não o ódio, afirmou o bispo
auxiliar de Lisboa, salientando que as pessoas devem ser capazes de perdoar e
reconhecer imperfeições. O primeiro olhar não deve ser de condenação, mas de
ajuda.
Palavras
que o novo pároco acolheu com ânimo. Não
tenho grandes virtudes, sou um pecador e tenho defeitos, mas depois fiquei
feliz com a homilia de D. José Traquina na qual fala da capacidade de perdoar
de Deus para connosco e, por isso, entre nós testemunhou o padre Ricardo
Cristóvão. A existência e a presença de sacerdotes no serviço do povo de Deus é
uma ação do próprio Jesus, que fundou a Igreja Católica sobre o fundamento dos
Apóstolos, de quem os padres são os primeiros colaboradores. Um padre não se representa
a si mesmo, não vive para si mesmo, não se pertence a si mesmo, mas, como
muitos vão fazendo a experiência, é um mistério e uma interrogação constante
para todos aqueles com quem se cruza. Quer numa pequena aldeia, como a
Vestiaria, quer por entre as avenidas de uma cidade, espero poder continuar a
lembrar aos homens deste mundo que esta não é a pátria definitiva! Que o nosso
empenho neste mundo só vale a pena se o fizermos com os olhos postos em Deus,
de onde vimos e para onde vamos.
-Em
Alcobaça, as celebrações do Corpo de Deus decorreram no domingo dia 7 de junho
de 2015, com a missa às 11h00, seguindo-se, pelas 14h00, adoração do Santíssimo
Sacramento, com as crianças que receberam a Primeira Comunhão. Às 17h00, a
procissão saiu às ruas da cidade, terminando com a bênção no Largo do Mosteiro.
Centenas de pessoas passaram pelas ruas de Alcobaça.
Foi uma bonita
manifestação de Fé e é importante que esta tradição se mantenha, não fosse
Jesus no Santíssimo Sacramento o protetor da paróquia de Alcobaça, disse o Padre Ricardo
Cristóvão.
Este ano recuperou-se
a tradição dos anjinhos, afirmou Delfina do Carmo, da organização da procissão do
Corpo de Deus desde 2001. Foram cerca de 30 os que responderam ao convite do
Padre Ricardo Cristóvão. Delfina do Carmo lembrou a primeira vez que a
procissão voltou a sair à rua depois de anos de interregno. O Padre Fernando de Cima e o meu pai, Mário
Luís do Carmo, é que retomaram, em 2001, a procissão, tendo nesse ano saído com
as crianças da Profissão de Fé, recordou.
De sublinhar o empenho
e dedicação do Padre Ricardo, que se envolveu fortemente na organização, salientou a
maestrina do Coro de Santa Maria.
Nas
paróquias da Cela, Bárrio e Famalicão, as celebrações realizaram-se também a 7
de junho, às 15h00.
Também
a 7 de junho, nas paróquias de Évora e do Vimeiro, a celebração da missa teve
lugar às 10h00, seguindo-se a tradicional procissão.
-Por inerência, o
Padre Ricardo Cristóvão é o Administrador do jornal O Alcoa, um jornal da
Igreja que tem uma dupla missão, segundo esclareceu a diretora, Ana Caldeira.
A missão do jornal O
Alcoa, o seu primeiro intuito, é a evangelização. Esta missão é secundada pela
vontade de promover o desenvolvimento da terra, não só entendido como
crescimento económico, mas integral, global, em termos sociais, culturais, e
também o desenvolvimento da pessoa humana. Procuramos servir a Igreja do ponto
de vista da evangelização e servir a terra para o seu desenvolvimento. Este é
um jornal da Igreja, de serviço à Igreja! Embora esteja ligado à paróquia de
Alcobaça, o jornal assume esta missão de evangelização de toda a região.
Chegado
à paróquia de Alcobaça assumiu que não conhecia muito bem o jornal O Alcoa, mas
frisou que o conceito de jornal regional
é algo que lhe é muito próximo. Sou natural de Torres Vedras, terra que tem
também um jornal regional da Igreja, o Badaladas. E o facto de ter crescido com
um jornal regional católico ajudou-me, com O Alcoa, a estar em casa. Porque
continuo a ter esta forma de acompanhar a vida da terra, neste caso com mais
responsabilidades.
-O
sino de S. Bernardo, do Mosteiro de Alcobaça, voltou a ouvir-se no primeiro
quarto de hora de 2015.
A
iniciativa pertenceu ao Pároco de Alcobaça e Vestiaria que, juntamente com o
diretor do monumento, subiu à torre antes da meia-noite do último dia do ano e
juntos tocaram o maior sino. A ideia foi
pôr a tocar os sinos para aquilo que deviam ser utilizados, explicou o
padre Ricardo Cristóvão. O pároco de Alcobaça e da Vestiaria tinha por hábito
tocar o sino noutras Igrejas, mas apenas tinha de carregar num botão, aqui foi uma tarefa mais complicada. O
padre Ricardo Cristóvão não escondeu o desejo de se criar a tradição de se ouvir as badaladas nos primeiros minutos do ano
novo, mas de preferência com mais ajuda, disse a brincar.
Quem
teve uma passagem de ano diferente foi Jorge Pereira de Sampaio, diretor do
monumento, que diz não ter recordação dos
sinos do Mosteiro de Alcobaça tocarem para dar as boas vindas ao novo ano. Foi
um réveillon fora do habitual e um gesto que representa a boa relação que
existe entre a Direção do Mosteiro e a Paróquia de Alcobaça, adiantou.
O
último dia do ano de 2014 tinha ficado marcado com uma missa especial, no final
da tarde, em se ouviu um Te Deum
cantado pelo próprio Padre Ricardo Cristóvão, em conjunto com o Coro de Santa Maria, liderado por
Delfina do Carmo Moitas.
-Diouf,
(Padre) François Mbagnick, natural do Senegal, é pároco de Vimeiro, mas os
paroquianos deram-lhe o nome do atual Papa:
Francisco
Em
muito pouco tempo, o padre Francisco parece ter conquistado o coração da
população do Vimeiro, crentes e não crentes não ficam indiferentes à passagem
do padre africano, de cerca de dois metros de altura, que nunca se esquece de
esboçar um sorriso a todos com quem se cruza. Entre as crianças das escolas e
da catequese, é vê-las gritar, alto e bom som, o nome padre Francisco cada vez
que o pároco se aproxima. Todas querem ir para o colo do sacerdote e ver como é
a vista de cima.
Na
chegada a Portugal, no dia 11 de fevereiro de 2008, o padre François Mbagnick
Diouf encontrou na língua uma barreira que rapidamente foi ultrapassada. Hoje,
diz, fala oito línguas, incluindo a de Camões. No seu país de origem, o
Senegal, a língua oficial é o francês. No
Senegal, há pouco mais de 15 etnias e cada uma tem a sua língua. Eu sou da
etnia serer e a referência que posso dar desta etnia é Léopold Sédar Senghor,
que foi presidente do país durante 20 anos, entre 1960 e 1980, e que era serer.
É uma etnia aberta à fé cristã, porque
Senghor era católico, num país maioritariamente muçulmano. O primeiro
presidente do Senegal era católico e isso significa muito, descreve. Num
país onde 90% da população é muçulmana, somente 5% é cristã, sobretudo
católica. O Senegal tem sete dioceses e,
atualmente, todos os Bispos são senegaleses
Filho
de pais muçulmanos, este sacerdote sublinha que no Senegal isso não é uma coisa rara. Quarto entre oito irmãos
(quatro rapazes e quatro raparigas), o padre Francisco é filho de pais
muçulmanos, mas os avós eram católicos. Foi precisamente a avó paterna que lhe
deu a conhecer Jesus Cristo.
-Feytor
Pinto, (Padre) Vítor Francisco Xavier, nasceu a 6 de março de
1932, e foi ordenado sacerdote em 10 de julho de 1975.
Veio
a Alcobaça a convite do Clube Rotário, realizar no Refeitório do Mosteiro no
dia 15 de setembro de 2009 uma reflexão, antecedida de jantar, subordinada ao
tema Para Onde Caminha a Sociedade Portuguesa.
-Ferreira,
(Padre) Rui Nunes, foi pároco de Turquel entre janeiro de 1974 e novembro de
1976, antecedendo o Padre Oleandro Meneses (novembro de 1976 e fevereiro de
1992). Foi posterior ao Padre Tiago Delgado Tomás e do seu auxiliar Padre
Maximino Salvador (outubro de 1971 a dezembro de 1973).
-Falecido
em abril de 2003, foi celebrada missa em sua memória no dia 7 de maio, na igreja
paroquial de Turquel, pelo Bispo de Viseu, de onde era natural e foi sepultado.
-Fialho,
(Padre) António, um prior muito mimado
pelos fiéis das paróquias que lhe são confiadas, como se
autocaracterizou, celebrou as suas Bodas de Ouro Sacerdotais, no domingo 24 de
agosto de 2014, com várias centenas de olhares atentos e felizes. O pároco das
freguesias de Bárrio, Cela e Famalicão, com uma
vida fecunda e dedicada ao serviço e exemplo luminoso de fidelidade,
segundo a descrição dos paroquianos presentes, foi homenageado numa cerimónia
campal presidida por D. Nuno Brás, bispo auxiliar do Patriarcado de Lisboa, e
organizada pelas três paróquias que lhe são confiadas, no Campo de Futebol do
Pinhal Fanheiro.
-Franco,
(Padre) Hélder Veríssimo, que foi pároco de
Alcobaça e Vestiaria faleceu em 16 de agosto de 2005, com 72 anos e após 47 de
sacerdócio.
Foi
diretor do Externato Frei Luís de Sousa, em Almada, e Secretário Diocesano do
Ensino Religioso, bem como Vigário de Alcobaça – Nazaré.
-Gonçalves,
(Padre) Joaquim Vieira, natural de Vale de Sumo/Santa Catarina da Serra, nasceu a
26 de fevereiro de 1969 e foi ordenado sacerdote em 15 de junho de 1997.
Antes
de ir para Alfeizerão, fez parte da equipa sacerdotal da paróquia de
Algueirão/Mem Martins. Passou a ser, a partir de 8 de setembro de 2007, com 37
anos o pároco de Alfeizerão e São Martinho do Porto, tendo tomado posse no dia
9, sendo que o seu antecessor Pe. António Marques se manteve pelas duas
paróquias como Pe. Emérito.
O
padre Joaquim Vieira Gonçalves ao chegar a Alfeizerão e deparou-se com uma
igreja escura e triste. Havia uma
necessidade muito grande de transformação desta igreja As últimas obras
profundas tinham sido há 40 anos, com o padre Borges, e até aos dias de hoje a
igreja nunca mais sofreu obras de conservação, justificou, lembrando que
quando chegou chovia dentro da igreja.
Após
obras de restauro, conservação e embelezamento da igreja paroquial de São João
Baptista de Alfeizerão, o sentimento do padre Joaquim passou a ser outro pois temos agora uma igreja bela, um espaço com
beleza, que nos leve ao belo!
Foi
responsável pelas Paróquias da Vestiaria, Cela e Bárrio entre 1959 e 1962 e
professor de Religião e Moral uma escola de Alcobaça, bem como Capelão Militar
no Quartel da Trafaria quando naquela localidade foi colocado como Pároco. Foi
ordenado Presbítero na Sé de Lisboa em 26 de junho de 1954.
O
Padre Francisco Graça foi objeto de uma expressiva homenagem no dia 8 de
novembro de 2004, pelo que a Igreja da Vestiaria revelou-se pequena paraacolher
tantos fiéis.
Depois
de um primeiro momento preenchido com cânticos, deu-se início a Santa Missa
presidida pelo Padre Francisco de Jesus Graça, acompanhado pelo Pároco da
Vestiaria Padre Vasco de Oliveira, e pelo Diácono Américo Silva.
O
Padre Graça, no uso da palavra, enalteceu as pessoas da Vestiaria, assim como o
Coro da Igreja, que classificou de muito
bom, lembrou Monsenhor José Cacella e o Padre João de Sousa, os quais muito fizeram em prol da Vestiaria, sem
esquecer um pedido apoio ao Pároco, Vasco de Oliveira.
Seguiu-se
a oferta de prendas ao Padre Graça, como por exemplo o seu retrato pintado a
óleo por Joaquim Marecos.
No
Centro Social e Paroquial Nossa Senhora da Ajuda, com mesas compostas para um
menu farto, tiveram lugar palavras de agradecimento, como as de Francisco
Vitorino André em nome da Paróquia que, com muita emoção, agradeceu ao Padre
Graça e a todos os presentes, seguindo-se as de Dr.ª Conceição Castelhano e as
das Professoras Elizabete Marques e Piedade Neto, as quais fizeram recordar os
tempos vividos quando crianças, junto do homenageado.
Seguiu-se
no uso da palavra o Padre Graça, que recordou o tempo até 1962 e enalteceu o
progresso desenvolvido nesta terra, desde estradas, ruas, Centro de Dia, sede
da Junta de Freguesia, campo polidesportivo e melhoramentos no Centro Social
Paroquial Nossa Senhora da Ajuda.
Dou Graças a Deus
porque nunca cobicei coisa nenhuma, nem qualquer lugar. Apetece-me dizer como o
Salmo: Não ambiciono grandezas nem coisas superiores a mim. Antes fico
sossegado e tranquilo como criança ao colo da mãe, afirmou o Padre
Graça.
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