segunda-feira, 14 de janeiro de 2019





NO TEMPO DE PESSOAS “IMPORTANTES” COMO NÓS
50 Anos da História de Alcobaça Contada através de Pessoas



Bagão Félix, António José de Castro, nasceu em Ílhavo, a 9 de abril de 1948.
Foi mais que uma vez chamado a funções governativas, tendo ocupado, como independente, os cargos de secretário de Estado da Segurança Social dos VI, VII e VIII Governos Constitucionais, de secretário de Estado do Emprego e Formação Profissional do XI Governo, ministro da Segurança Social e do Trabalho no XV Governo, ministro das Finanças e da Administração Pública no XVI Governo. Foi deputado à Assembleia da República, eleito pelo Círculo de Aveiro, membro da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa e da sua Comissão de Assuntos Sociais e Saúde, de 1983 a 1985. Membro do Conselho de Estado (2011-2016).
A 12 de Fevereiro de 2016 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique e feito Membro do Conselho das Ordens Nacionais a 9 de Junho de 2016.
A 24 de Junho de 2016 recebeu o doutoramento Honoris Causa pela Universidade Lusíada de Lisboa.
-Bagão Félix esteve presente na inauguração da Creche e Jardim Infantil da Maiorga. 
Balinha, Armanda Maria Santos da, nasceu na Martingança a 23 de dezembro de 1967.
Já em criança, demonstrou vocação para a escrita e gosto pela leitura. Aos sete anos começou a escrever quadras soltas e aos 24 e na sequência da paixão pela escrita, frequentou um curso de jornalismo ministrado pelo Cenjor.
Ao mesmo tempo, começou a publicar reportagens no extinto Jornal de Pataias, ao qual esteve ligada durante 15 anos. Foi jornalista da Rádio de Cister, do Região de Cister e do extinto A Semana. No ano de 2010, fundou o jornal Pataias À Letra e em 2011, editou em 13 de março de 2012 o seu primeiro livro de poesia Almas Selvagens, compilação de poemas escritos ao longo de três décadas.
Quatro anos depois, fundou o mensário Maceira À Letra. No início de 2016 avançou para a edição de revistas, fundando a + Êxito Magazine, de âmbito distrital, que conta histórias da vida de empresários de sucesso.
Baltasar, Armando Ferreira, disse, uma vez, que gostaria de poder ter trabalhado até aos 80 anos e quase o conseguiu, pois que no Dia de Reis, de 2008, celebrou o 80º aniversário, dois meses depois de ter encerrado as portas da sua Alfaiataria da Moda, a última do género existente na Benedita.
Ao fim de 65 anos de serviço à comunidade, Armando Baltasar necessitava de descanso, apesar de externamente não o reconhecer. Contava que deixei trabalho por fazer e havia clientes que me perguntavam quando é que ia voltar.
A Alfaiataria da Moda, na Avenida da Igreja, abriu portas no ano da inauguração da Igreja Nova da Benedita.
Armando Baltasar, esteve envolvido na fundação do ECB, da ABCD e foi um dos responsáveis pela independência dos Bombeiros da Benedita, relativamente aos de Alcobaça.
Durante cerca de 20 anos, foi Regedor e Juiz de Paz e contava que, quando os casais entravam em litígio, tentava acalmá-los até fazerem as pazes.
-Armando Ferreira Baltazar, ofereceu em outubro de 2015 à paróquia, a coleção de fotografias que tirou, aquando da inauguração da Igreja Nova, em 1955, ou seja mais de uma centena, que  ficaram à disposição dos Beneditenses que pretendam conhecer melhor um momento marcante da história da vila. Armando Baltazar, herdou do pai (um republicano que fugiu de Lisboa para a província e se fixou na Benedita), a paixão pela fotografia.
Fotógrafo amador, possui um espólio documental valioso e uma casa cheia de recordações, entre máquinas fotográficas, rádios, e máquinas de costura, uma vez que foi alfaiate, como se referiu.
-O estabelecimento comercial chegou a empregar 14 pessoas e a fazer 20 fatos por semana, recorda Baltazar o único sócio fundador ainda vivo do Externato Cooperativo.
-A atividade cívica levou-o a ser Regedor durante duas décadas e cabo de ordem durante o Estado Novo.
Ser regedor era uma função que me apaixonava, pois trabalhava para a terra. Era uma autoridade local, tinha muita responsabilidade. O mais difícil foi dar a notícia aos familiares das mortes de militares da Benedita no Ultramar. Era uma missão penosa, contou ao Região de Cister. Armando Baltazar, que foi também correspondente do Diário Popular e chegou a ter uma fotografia na capa do jornal por causa de um salvamento de uma menina. Foi um caso curioso, porque a menina em causa tinha o sonho de ter uma boneca e no dia seguinte à publicação da semana chegaram-me dezenas de bonecas para ela, revelou.  Nas paredes da casa que construiu e onde vive, em plena Avenida da Igreja, são exibidas fotografias que ajudam a conhecer e explicar a história da Benedita, mas também da visita da rainha Isabel II, a Alcobaça.

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