NO
TEMPO DE PESSOAS “IMPORTANTES” COMO NÓS
50
Anos da História de Alcobaça Contada através de Pessoas
Barbosa, Acácio da
Silva, natural
de Vestiaria, nasceu a 6 de junho de 1938 e foi residente em Monte de
Bois/Bárrio, onde era bastante estimado e respeitado.
Empregado
de escritório, exerceu vários mandatos como tesoureiro da Junta de Freguesia de
Bárrio. Acácio Barbosa iniciou a vida autárquica em 1994 como Tesoureiro da
Junta e desempenhou essa função em todos os mandatos e perfeita colaboração com
Orlando Marques (Presidente) até falecer.
Tendo
em conta, a forma como trabalhava, pleno de empenho e seriedade, não tem sido
fácil encontrar quem o substitua. Não
sendo natural da freguesia do Bárrio, dedicou-se à causa pública da freguesia,
com total entrega e dedicação.
Acácio
Barbosa foi sempre considerado pessoa de mérito e como Tesoureiro estava sempre
atento às contas, que tinham de bater
certo. Quando, por vezes, havia algum desencontro de opiniões com o
Presidente da Junta ou com outro colega do Executivo, elas resolviam-se
facilmente e acabavam por ter um final
feliz.
Faleceu
a 28 de fevereiro de 2015.
-Era
pai do infra referenciado.
Barbosa, José Acácio, nascido a 4 de dezembro de 1963, em
Casais da Vestiaria, é Advogado, Licenciado em Direito pela Universidade de
Coimbra, com Pós-graduação em Contencioso Administrativo/Universidade Católica
e Mestre em Direito, pela Universidade Clássica de Lisboa.
Foi
Presidente da Assembleia Magna da Associação Académica de Coimbra em 1986,
Presidente da Delegação da Ordem dos Advogados da Comarca de Alcobaça de 1994 a 1999, membro de júri
de provas orais para agregação à Ordem dos Advogados, Presidente da Comissão
Concelhia do PS/Alcobaça em 1999, Membro da Comissão Política Distrital do PS,
membro da Assembleia Municipal de Alcobaça, Vereador da Câmara Municipal
Alcobaça, eleito em lista do PS (de que é militante), entre 2009 e 2013.
Acácio
Barbosa, jogou futebol no Ginásio Clube de Alcobaça até aos 18 anos, como
médio-centro, embora fosse mais vocacionado para o estudo da Lei que pelo chuto
da bola, coo se veio a demonstrar….
-É um
amante da leitura e escolhe Eça de Queirós, como um dos autores de eleição.
Barbosa, Pedro Gomes, é Professor Associado com Agregação,
da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, Diretor do Instituto de
Estudos Regionais e do Municipalismo Alexandre Herculano. Coordenador da Área
de História Medieval do Departamento de História, Professor Diretor de Estudos
do Mestrado em História Regional Medieval e do Mestrado em História Regional e
Local.
Foi
Diretor do Plano Arqueológico de Alcobaça, cuja História estudou e conhece bem.
A Villa Romana de Parreitas, situada nas colinas do Bárrio e
debruçada sobre a antiga Lagoa da Pederneira, é testemunho de uma ocupação
humana que decorre entre os séculos I e IV, sendo herdeira de uma tradição que
remonta ao Calcolítico.
Referenciada
por Manuel Vieira Natividade, a Villa tornou-se objeto de escavação e estudo sistemáticos a
partir de 1980, sob a direção do Professor Doutor Pedro Gomes Barbosa, autor de
inúmeras publicações na área de Historia Medieval, História de Cister
(Alcobaça) e História Rural Medieval.
Pedro
Barbosa foi o grande responsável pelo início das escavações, depois de ter sido
devidamente consolidado a ideia de que havia debaixo da terra inúmeros
vestígios, provavelmente romanos. Assim, a Junta de Freguesia decidiu comprar
um terreno, que aliás custou 80 contos, para dar origem a escavações. A Câmara
alertada para este assunto, através do Pelouro da Cultura, contactou Pedro
Barbosa para efetuar escavações ao Bárrio, o que este fez durante alguns anos,
muito especialmente no Verão. Consigo vinha uma equipa de 15 a 20 pessoas (em
geral estudantes), que se alojavam em casas particulares, atribuindo a Câmara
um subsídio para a respetiva alimentação e outras despesas.
Algumas
peças encontradas, como moedas e cerâmica, foram levadas para Lisboa para serem
restauradas, limpas e recuperadas e depois devolvidas ao Núcleo Museológico do
Bárrio. A Junta de Freguesia interessada neste projeto, foi a Lisboa ver o
trabalho que estava a ser desenvolvido. A partir de certa altura e depois do
Professor Pedro Barbosa ter passado a direção das escavações para outro
arqueólogo, que não lhe imprimindo o mesmo ritmo, vieram aos poucos a abrandar,
até terminarem.
No
Bárrio, calcula-se que há muito material por descobrir. Bastante ligado a estas
escavações, foi João Aníbal Subtil Correia, que dado o gosto pela arqueologia e
já havia feito, por sua conta, pesquisas interessantes.
-Foi
lançado, no âmbito da II Feira Agrícola de Alcobaça, no dia 23 de março de
2006, o livro Seiva Sagrada - a
Agricultura na Região de Alcobaça - Notas Históricas, de Pedro Gomes
Barbosa e Maria da Luz Moreira, no Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça. Maria
da Luz Moreira, é professora universitária e há cerca de 20 anos que se dedica
ao estudo do concelho da Batalha, tendo alargado esse estudo a Leiria, e com a
elaboração deste livro, ao concelho de Alcobaça, no período entre os séculos
XVIII e XX.
Na
cerimónia de lançamento, Pedro Barbosa explicou que a frequente vinda a Alcobaça levou-me a querer estudar a cidade. Foi um trabalho que me deu muito gosto fazer
já que tive de ir pegar em antigos papéis que não pegava há muito tempo.
A
Professora Maria da Luz Moreira salientou as dificuldades no percurso de
elaboração deste livro, um desafio
enfrentado por todos aqueles que são responsáveis pela obra que hoje se
apresenta. O grande objetivo deste
livro é mostrar como Alcobaça nasceu com os ensinamentos dos monges,
referiu a professora durante o seu discurso.
Caraterizado
como uma obra brilhante, Pedro
Calado, presidente da AARA reforçou a ideia referindo que quando fazemos qualquer coisa na Associação gostamos que esse trabalho
seja o mais perfeito possível e neste caso acho que o objetivo foi alcançado.
Este é um livro para os agricultores,
explicou Pedro Calado, que aproveitou para homenagear José Manuel Casqueiro, pelo seu trabalho e pela sua dedicação em
prol do associativismo, já que foi uma pessoa que esteve sempre do lado dos
agricultores nos momentos mais dramáticos da história da agricultura
portuguesa.
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