NO
TEMPO DE PESSOAS “IMPORTANTES” COMO NÓS
50
Anos da História de Alcobaça Contada através de Pessoas
Carvalho,
Maria Leonor Domingues Antunes Ferreira de, nasceu
na Amadora a 10 de abril de 1966, tendo vindo para Alcobaça em setembro de
1993, para lecionar a disciplina de História.
Fez
Licenciatura em História na Faculdade de Letras de Lisboa em 1988 e
profissionalização na docência de História para o Ensino Básico (3º. ciclo) e
Secundário.
Tem
dedicado os estudos à História e Património de Alcobaça com Mestrado em
Museologia, em 2003 na Universidade Lusófona, com a dissertação A Central
Elétrica da Companhia Fiação e Tecidos de Alcobaça – Um testemunho ímpar da
industrialização e urbanização da vila e da região.
Fez
Doutoramento em Educação, Universidade Lusófona, 2011, com a Tese Estudar
História com os pés na terra: Uma perspetiva museológica aplicada ao ensino da
História no 3º ciclo do ensino básico – O caso de Alcobaça.
É
autora de Fios que Teceram a cidade:
História da Companhia Fiação e Tecidos de Alcobaça (1875-1998), lançado, no
dia 19 de junho de 2008, no âmbito da Feira do Livro e da Leitura, que decorreu
de 19 a 22 de junho, na Praça D. Afonso Henriques.
A
autora pretendeu com o livro, analisar Companhia de Fiação e Tecidos de
Alcobaça em três vertentes, a evolução, o carácter de escola e família e a
eletrificação da fábrica e da vila de Alcobaça.
Estiveram
presentes na cerimónia de apresentação do livro, Gonçalves Sapinho, Alcina
Gonçalves, Hermínio Rodrigues, José Vinagre e Rogério Raimundo (estes do
executivo da CMA), Rosa Domingues (presidente da Junta de Freguesia da
Maiorga), além de professores e amigos da autora.
Gonçalves
Sapinho, considerou que o livro recorda
uma parte da história do concelho e desafiou a autora a não parar de
escrever.
Maria
Rosa Domingues agradeceu à autora ter-se debruçado sobre a nossa
fábrica, que permitiu, em tempos, a
passagem da Maiorga de freguesia agrícola para uma freguesia industrializada.
O objetivo
foi contar e preservar a história da maior fábrica que existiu na freguesia da
Maiorga, não deixar esquecer o carácter inovador sobre o aspeto social (creche
para os filhos das funcionárias), cultural (banda de música) e económico (contributo
para o desenvolvimento económico da região).
Leonor
Carvalho não conviveu com a realidade e vida afetiva da fábrica, mas foi sentindo, a cada passo, a
importância da mesma na vida dos alcobacences e o poder que teve no desenvolvimento
económico e sociocultural não só da freguesia, mas do concelho. Ouvi histórias de antigos funcionários e tive
o apoio especial de Francisco Ramos Oliveira André e Mário Fadigas.
-Leonor Carvalho colaborou regularmente
no A Voz de Alcobaça, entre 2005 e 2007, com o apontamento Crónica dos Dias e pontualmente, com o jornal
digital Tinta Fresca e com o Armazém das Artes, nas comemorações
do Centenário de Implantação da República.
Foi
ainda responsável por ações de formação,
relacionadas com aspetos da vida e prática docentes, desenvolvidas no Centro de Formação de Professores de
Alcobaça e Nazaré.
-Leonor
Carvalho e Susana Leão apresentaram, no Museu
de Os Bombeiros Voluntários de Alcobaça, no dia 29 de abril de 2016, o
livro que conta os 125 anos de histórias e memórias da corporação. É
uma obra de comemoração que nasce da boa vontade das pessoas e que conta com a
participação de inúmeros alcobacenses, sublinhou Mário Cerol, Comandante
dos Bombeiros Voluntários de Alcobaça. Antero de Campos, Presidente da Direção,
ressalvou a participação da comunidade na construção da obra, deixando-lhe um
agradecimento, bem como a todos os bombeiros que o são e aos que já o
foram. Por sua vez Leonor Carvalho comentou que é muito difícil
contar a história de uma associação que não faz coisas para ficar na história.
-Os
meus gostos e interesses estão muito relacionados com a leitura, o estudo, a
investigação e o ensino da História, o Património e a Identidade das
comunidades.
Quando
cheguei a Alcobaça, em 1993, para ensinar História com todo o meu entusiasmo de
jovem professora, logo fiquei cativa das paisagens, dos doces, do património.
Mas talvez o que mais me tenha surpreendido e encantado tenha sido o conceito
alargado de História que encontrei inscrito numa laje do Rossio: Homenagem aos
homens que das pedras fizeram o Mosteiro. C.M.A., 1989.
Naqueles
anos Alcobaça ainda não era cidade e a Praça do Rossio tinha um rosto mais
antigo. Perto da laje pontuavam na calçada os símbolos de cantaria deixados nas
pedras do Mosteiro pelos pedreiros sem nome nem rosto na História, mas
homenageados em Alcobaça pelas suas gentes.
Fiz
de Alcobaça a minha casa e assumi como uma demanda minha procurar aqueles que,
embora anónimos para a História, a vão firmemente construindo, todos os dias,
com vidas idênticas às nossas, só que no passado, fazendo-se passagem para o
presente. Como nós o seremos para o futuro.
Foi
essa a linha de investigação seguida nos Fios que Teceram a Cidade (sobre a
Fábrica Fiação e Tecidos) e mais recentemente em relação àqueles que dão a Vida
por outras Vidas (sobre os Bombeiros Voluntários).
E
é sobre essa identidade, de que todos comungamos, que também quero construir um
Ensino da História que não vem só nos livros, está nas ruas e nas pedras, está
nas rugas dos mais idosos e na esperança do sorriso das crianças. Uma História
a que todos pertencemos.
Após
ter concluído a escola primária, começou a trabalhar aos 12 anos, a dar
serventia durante 2 anos, passando
depois a pedreiro.
Com
18 anos emigrou para França (durante 30 meses), onde tirou a carta de condução
e trabalhou a arranjar estradas e passeios, sendo chefe de uma equipa nos
últimos 6 meses.
Regressou
a Portugal para cumprir o serviço militar, tendo sido mobilizado para
Moçambique (25 meses), na zona norte do Niassa, onde recebeu um Louvor, por
exercer bem a arma que lhe estava destinada em operações especiais, o morteiro.
De volta à Batalha, conheci a minha
esposa e casei em 20 de abril de 1975, no Mosteiro da Batalha. Durante o tempo
de namoro construí a minha casa.
Em
Julho de 1975, iniciou atividade de pintor de construção civil, com 3
empregados, a qual durou até inícios de 1981.
-Por
alturas de maio de 1981, criou uma empresa de mobiliário juntamente com o
sogro, João da cruz Metódio, tendo sido sócio-gerente durante 30 meses.
No ano de 1984 fundei a minha própria
empresa de fabrico de mobiliário, que dirijo até hoje, onde já tive cerca de
100 empregados, tendo hoje, e devido à queda comercial, 35 empregados, onde
cerca de 90% da fabricação é para o mercado nacional.
Assumindo-se como católico, desde
1984 tem feito parte de vários movimentos religiosos da Paróquia.
Em 2002 fui convidado a ser
presidente da direção da Associação de Bem-Estar e Ocupação de Tempos Livres de
Pataias, tendo aceite este convite com alguma preocupação devido ao
desconhecimento do funcionamento da associação, mas sinto que foi um chamamento
de Deus para esta causa social. Encontrei um edifício com cerca de 800 m2, com
4 valências e com cerca de 30 funcionários, tendo, desde então, ajudado a
instituição a crescer, aumentado o edifício para cerca de 2500 m2, aumentado as
valências para 7 e aumentando o número de funcionários, que neste momento são
cerca de 76, onde se presta serviço a 160 clientes, sendo sempre cumpridas
todas as normas legais, estando a instituição com um saldo positivo. Termino o
meu mandato em finais de 2017.
Na minha vida diária, estou sempre
ocupado, distribuindo as minhas horas pela gestão da empresa de mobiliário,
pela gestão da Associação de Bem-Estar e Ocupação de Tempos Livres de Pataias, colaborando com as
atividades na Paróquia, e partilhando e convivendo com as pessoas locais.
-Durante
ano de 2009 obteve equivalência ao 9º.
ano de escolaridade.
Castelhano, Catarina
Antunes Félix, fez Licenciatura em Serviço Social
pelo Instituto Superior do Serviço Social de Lisboa e desde 2014 desempenha
funções enquanto Técnica Superior do Serviço Social responsável pela
coordenação do Centro de Acolhimento de Emergência Social da Santa
Casa da Misericórdia de Alfeizerão. Após 2015 é responsável
pela implementação da Universidade Sénior de Alfeizerão, dinamizada
pela mesma Instituição.
Efetuou estágios, profissional e académico, em várias
instituições e trabalhou em part-time no Centro de Estudos do Serviço Social e
Sociologia da Universidade Católica Portuguesa, aí tendo desenvolvido
funções de Inquiridora, bem como no Centro de Estudos e Sondagens de Opinião,
da mesma Universidade. Para além disto, efetuou cursos de formação e
conferências dentro da sua especialidade.
Em
termos político-partidários, tem desempenhado funções, tanto na JSD, como no
PSD, seja ao nível concelhio como distrital e participou em conferências e
formações, tendo sido aluna da Universidade de Verão do PSD em 2009.
Aprecio utilizar os tempos disponíveis
com os amigos, família e viajar.
É
filha do conceituado advogado da Benedita, Luís Félix Castelhano, infra
referenciado.
-A
Comissão Concelhia de Alcobaça do PSD, apresentou no dia 27 de junho de 2013,
sob o slogan Um Concelho para Todos,
os candidatos do partido à Assembleia Municipal (Luís Castelhano), à Câmara
Municipal (Paulo Inácio), e às juntas de Freguesia do concelho, bem como, o
Mandatário Concelhio da campanha autárquica às eleições de 29 de setembro de
2013, o empresário Manuel Pimentel Castelhano, Presidente da Cooperativa
Agrícola de Alcobaça.
A
apresentação realizou-se no Hotel Real Abadia, onde estiveram presentes, além
dos candidatos, João Paulo Costa, presidente da Concelhia de Alcobaça do PSD,
Catarina Castelhano, presidente da secção da JSD de Alcobaça, presidentes de
Junta e os que não poderam voltar a candidatar-se por limitação de mandato,
entre outros.
Licenciado
em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, além de
Advogado também tem sido Professor. É pai de Catarina Castelhano
Foi
Membro e depois Presidente da Assembleia de Freguesia de Benedita, Vereador da
Câmara Municipal de Alcobaça, Membro do Conselho Diretivo Nacional da
Associação Nacional de Freguesias, Membro e atualmente Presidente da Assembleia
Municipal de Alcobaça, em segundo mandato.
É
sócio e colaborador de várias associações a quem presta apoio jurídico,
Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Associação Humanitária dos Bombeiros
Voluntários da Benedita, desde 1991 e Presidente do Conselho Fiscal da Fundação
Maria e Oliveira, Alcobaça (em segundo mandato).
Castelhano tem tido destacada intervenção política ao
nível concelhio e distrital através do PSD, pois foi Presidente da Comissão Política
Concelhia de Alcobaça/PSD, Presidente da Mesa do Plenário do PSD/Alcobaça,
Presidente do Conselho de Jurisdição Distrital do PSD/Leiria, Membro da
Comissão Política Nacional dos Autarcas Sociais Democratas e Conselheiro
Nacional do PSD.
Gosta de viajar, conhecer outros
povos e culturas, bem como ler, especialmente, assuntos relacionados com
economia e história.
-Sobre
a atividade profissional, intensa e considerada pelos colegas e clientes,
entende que ser Advogado, a exercer em
regime individual, numa terra como a Benedita, é exercer uma atividade
simultaneamente profissional e social.
Profissional, no sentido que é dela
que se retira o sustento e social, no sentido de que, se contribui para a
realização dos direitos dos que nos procuram, sejam clientes que pagam, ou
instituições sociais que esperam boa vontade.
Esta advocacia não enriquece, ao
contrário da advocacia que se faz nos grandes centros urbanos e principalmente
económicos e políticos e desde a década de 90, (período que em consequência da
proliferação das Universidades de Direito, aumentou o número de Advogados) e
2011, (ano em que Portugal entrou em crise económica/financeira), dificilmente
garante a subsistência dos Advogados.
Ser advogado hoje e nestas condições
é quase um ato de heroísmo.
Castelhano,
Manuel Ferreira,
nasceu a 21 de fevereiro de 1940 na Benedita, filho de um pedreiro que também
era o Sacristão da Paróquia, função esta que desempenhou desde os 21 anos até
falecer.
Castelhano fez a instrução
primária na Benedita, o Curso Liceal no Seminário de Santarém e depois como
trabalhador/estudante o Curso de Técnico Projetista, na Escola António Arroio,
em Lisboa. Trabalhou com o sogro na Carpintaria e Serração Mecânica da Benedita
de 1966 até 1992, onde além de sócio, desempenhou funções de gerente. Cumpriu como Furriel Miliciano serviço militar em Angola, com a especialidade de Enfermeiro, de 1963 a 1965, tendo sido louvado, não por ter uma excelente relação com o Comandante de Companhia (o que era verdade), mas pela cooperação que conseguiu estabelecer com os companheiros de armas e o trabalho na Ação Psicossocial.
Antes do 25 de abril fez parte da Junta de Freguesia da Benedita como Secretário, sendo Presidente António Marques.
Foi
o Governador Civil de Leiria, José Damasceno de Campos, que o convidou para
fazer parte da Junta de Freguesia. A esse convite, que o deixou admirado e honrado, respondeu
inicialmente que por um lado era muito
novo para essas andanças, já era Presidente da Direção do Externato, que o
ocupava muito tempo, era dirigente do futebol (Beneditense) além de, ter outras atividades no âmbito da
Paróquia. Castelhano acabou por aceitar, assumindo as funções de
Secretário, num executivo presidido por António da Silva Marques, Santeiro.
Castelhano salienta, que as suas atividades eram exercidas por puro gosto de
participar e colaborar, que tinha uma profissão e modo de vida pois, quando
regressou do Ultramar, foi trabalhar numa empresa de construção civil de natureza
familiar, como sócio e gerente. Sem pretender auto elogiar-se, como sublinha, reconhece que tinha um ascendente cultural sobre os colegas da
Junta, que lhe adivinha de um maior conhecimento do mundo e contacto com
governantes. Quando era
necessário fazer intervenções políticas de maior responsabilidade, como
discursos, o Presidente da Junta de Freguesia encarregava-o de o representar.
Nesses momentos, Castelhano nunca se
arrogou a louros que não lhe competiam, apresentando sempre o Presidente, como o
primeiro e principal responsável pela gestão dos assuntos da Freguesia.Em 1971, foi eleito Presidente da Direção do ECB, mandato que cumpriu até 1990, tendo continuado, todavia, nos seus corpos sociais.
-Manuel Castelhano sempre apreciou a intervenção pública, especialmente política, tendo sido depois do 25 de abril, um ativista do CDS no distrito de Leiria. Em 1980, concorreu à Assembleia da República numa lista da AD/CDS pelo Distrito de Leiria, indo durante algum tempo substituir um deputado do CDS. Foi por duas vezes, Vereador da CMA, sendo a primeira em 1976 (primeira Câmara eleita depois do 25 de abril) e a segunda em 1990 (ambas sendo Presidente Miguel Guerra), bem como membro da Assembleia Municipal. Hoje em dia não tendo atividade política, embora se mantenha atento aos valores da Democracia Cristã, frequenta a Universidade Sénior da Benedita.
Assumo responsabilidades na vida coletiva da minha Paróquia em quase todos os setores, sendo esta intervenção o meu verdadeiro passatempo.
-É sócio do Sporting, embora não muito frequentador do Estádio de Alvalade, tendo ocupado um lugar na Mesa da Assembleia Geral, no tempo do Presidente João Rocha.
É casado com Maria do Céu que, na Benedita, desenvolveu (até se reformar), uma notável ação na área da saúde, como enfermeira especializada em partos.
-Castelhano
foi em 1993 candidato à Presidência à Câmara Municipal de Alcobaça, pelo Movimento Partido da Terra/MPT.
Pai
de 3 filhos, a sua popularidade, segundo diz, granjeou-me prestígio pelo que me afirmo como
uma pessoa com muita raça para dar corpo ao projeto do novo partido/associação.
-O
Movimento Partido da Terra promoveu no sábado dia 27 de novembro de 1993, um
espetáculo de variedades no salão do restaurante O Aquário, no Cabeço de Deus em Alcobaça.
Participaram
Nuno da Câmara Pereira, Candidato do Partido à Câmara Municipal de Sintra, Mila
Ferreira e Isabel Wilman.
Este
espetáculo foi o ponto alto do Partido da Terra, em início de campanha e que no
final apresentou resultados muitíssimo
fracos, como foi reconhecido lealmente..
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