NO
TEMPO DE PESSOAS “IMPORTANTES” COMO NÓS
50
Anos da História de Alcobaça Contada através de Pessoas
Foi
cofundador da Crisal e Presidente do Clube Desportivo Comércio e Indústria de
Alcobaça, no mandato camarário de Júlio Biel, Vereador e Presidente da Comissão
Municipal de Turismo. Tomou posse como Presidente da Câmara de Alcobaça a 9 de
outubro de 1953.
As
visitas internacionais marcaram o seu mandato como a visita de Hailé Selassié,
Imperador da Etiópia, da Princesa Margarida, de Inglaterra e da Rainha Isabel
II, de Inglaterra. Esta última visita impulsionou uma importante transformação
urbana da Praça Oliveira Salazar, de onde foi retirado o edifício do
Jardim-Escola João de Deus, melhorando visualmente a Praça, ao mesmo tempo que
promoveu obras de reintegração do Castelo de Alcobaça. Regressada a
Inglaterra, a Rainha Isabel II agraciou com o grau de Cavaleiro da Royal
Victorian Order, Joaquim Augusto de Carvalho, depois de ter sido publicado no
Diário do Governo a autorização por parte do Ministério do Interior.
Depois
de deixar a Presidência da Câmara de Alcobaça em 1962, radicou-se na Nazaré,
onde viveu até ao fim dos dias, dedicando-se a atividades turísticas.
Colaborou
em atividades de beneficência e também associativas, tendo sido durante alguns
anos Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Alcobaça.
Faleceu
poucos dias antes de completar 96 anos e marcou a passagem pela C MA..
-Na
reunião da Câmara Municipal de Alcobaça, que se seguiu ao seu falecimento, foi
aprovado um voto de pesar.
Carvalho,
José Manuel, nasceu a 25 de março de 1929, em Évora de Alcobaça, no
seio de uma família humilde, sendo o segundo de três irmãos.
Tirou
a 4ª. classe, mas sem nunca deixar de trabalhar no campo, vivia da agricultura
e dos trabalhos que podia realizar nesta área. Trabalhou como pintor de
construção civil, até assumir, conjuntamente com a esposa, uma pequena taberna
e mercearia, que tinha sido de seus pais, em Figueiras do Entrudo, onde
residia.
Fruto
das necessidades e da evolução dos tempos, que afastaram as pessoas do pequeno
comércio, procurou trabalho noutra área, como motorista. Mais tarde, viria a
encerrar a taberna.
Presidente
da Associação Recreativa Eborense, de 1967 a 1969, tinha o profun do desejo, de
construir uma grande sede para a associação, o que todavia não conseguiu
concretizar.
Apaixonado
pela sua terra, pela freguesia (sem preferência partidária definida) veio a
candidatar-se à liderança da Junta, José Manuel Carvalho, conquistou experiência
autárquica nos sucessivos mandatos. No primeiro de 1980 a 1982, foi eleito nas
listas da AD/PSD. Recandidatou-se a um novo mandato nas listas da AD/PSD e
voltou a ser reeleito. No mandato seguinte, (anunciou pelo menos) querer descansar,
mas regressou recandidatando-se a novo mandato, em lista do CDS e foi reeleito
(todavia sem rutura com o PSD). Regressou ao PSD, recandidatando-se a quarto
mandato e voltou a ser facilmente eleito.
Com
68 anos, reformado, tinha pela frente a gestão de uma extensa freguesia com 44
quilómetros de área, repartidos por 37 lugares.
As necessidades são muitas e embora
considerasse o Plano de Atividades um proforma, ia tentando levar a água ao seu
moinho por forma a que a Câmara executasse as obras e melhoramentos
necessários.
Considerava
que, no Concelho de Alcobaça, a Freguesia de Évora era a mais difícil de gerir, dada à relação entre a grande extensão, e o
reduzido número de eleitores, não tão elevado que permitisse um Presidente de
Junta a tempo inteiro.
Das
muitas obras, melhoramentos e apoios dos catorze anos à frente dos comandos da
Junta de Freguesia, o seu maior orgulho foi, segundo a família, a construção do edifício sede da Junta de
Freguesia, obra que, viria a ser inaugurada a 22 de dezembro de 1985.
Pessoa íntegra, humilde, sábia,
pronta a dar um conselho e honrando os compromissos (sem compromissos
político-partidários), segundo
a família viveu sempre com orgulho e
convicção de que fez o melhor possível e que sabia pela sua amada freguesia.
-Ondina
Santos, 14 anos, representante da Associação Recreativa do Acipreste, foi
eleita Miss Freguesia Évora de Alcobaça
1997, no sábado de 7 de novembro de 1997, num espetáculo que teve lugar à
noite na sede da Junta de Freguesia e foi presenciado por um elevado número de
pessoas que encheram por completo a sala.
A
eleição da Miss Freguesia de Évora, foi confiada às coletividades dos lugares
de Areeiro, Acipreste, Casal Pinheiro, Fonte Santa e Moleanos que
corresponderam à solicitação da Junta e apresentaram um lote de vinte e uma
candidatas, com idades compreendidas entre os 13 e os 21 anos.
As
concorrentes efetuaram dois desfiles, um traje livre e outro em traje de noite,
findo os quais o júri selecionou sete semifinalistas, das quais saiu Ondina
Santos como vencedora e que assim irá representar a Freguesia de Évora no
concurso para a eleição da Miss Concelho
de Alcobaça97. A eleita recebeu a coroa de Miss Évora das mãos de Ana
Lourenço, no meio de muita emoção a vencedora do concurso semelhante realizado
em 1995.
Carvalho,
José Ribeiro, Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Aljubarrota, mostrou-se descontente com comportamento do CRSSL/Centro Regional de Segurança Social de Leiria, uma vez que tendo um pedido de reunião com a diretora do
serviço, não obteve resposta durante mais de um mês.
-A Santa Casa, a atravessar dificuldades financeiras e a sua
Mesa Administrativa, decidiram na reunião de 6 de dezembro de 2013, encerrar o
serviço de ambulâncias.
José
Carvalho mostrou-se incomodado, assegurando que a instituição tem capacidade para mais acordos com a Segurança Social,
mas que esta, em vez de nos dar mais
acordos, ainda acabou por tirar alguns dos que tínhamos. O provedor lembrou
que a direção faz um trabalho de voluntariado, lamentando que o apoio que nos
dão é virarem-nos as costas.
O
Provedor entregou na Segurança Social um projeto para a criação de um espaço de
Lar para 20 utentes, que não obteve qualquer resposta.
-José
Ribeiro Carvalho, na qualidade de Provedor, com data de 24 de setembro de 2015,
apresentou ao Bispo de Leiria-Fátima. o novo Compromisso da Irmandade da Santa Casa da Misericórdia de Aljubarrota,
aprovado pela Assembleia Geral na sua sessão de 18 de setembro do ano corrente,
solicitando a sua homologação.
Considerando que o presente
Compromisso cumpre a legislação canónica e está conforme ao “Compromisso-modelo
para as Irmandades da Misericórdia” aprovado pela Conferência Episcopal
Portuguesa na sua Assembleia Plenária de 13 a 16 de abril de 2015;
Atendendo à solicitação acima
mencionado, nos termos dos cânones 117 e 314 do código de direito canónico,
APROVO O NOVO
COMPROMISSO
que consta de 41 artigos e está
impresso em 38 páginas rubricadas por mim.
Leiria, 05 de outubro de 2015.
Pe. Jorge Manuel Faria Guarda
Vigário Geral
A
Santa Casa da Misericórdia de Aljubarrota veio, todavia, a manter o serviço de
transporte em ambulâncias.
A direção
em abril de 2004, recuou na decisão de encerrar o serviço, mantendo a3 viaturas
em funcionamento, servidas por dois profissionais.
Segundo
José Carvalho, a necessidade da população obrigou a instituição a um novo
esforço no sentido de manter os serviços.
As
obras do Lar Residencial da Santa Casa da Misericórdia de Aljubarrota já
arrancaram. Se tudo correr como o
planeado, abriremos as portas daqui a dez meses, referiu José Carvalho, em
dezembro de 2014.
O
responsável adiantou que a abertura desta
valência teve um custo de 700 mil euros, metade financiado pela instituição e o
restante valor por fundos comunitários e Câmara de Alcobaça.
O
Lar Residencial da Irmandade da Santa Casa da Misericórdia de
Aljubarrota, terá capacidade para dar resposta a 20 utentes e, de acordo
com José Carvalho, as solicitações já
preenchem o número de camas existentes. Pretendemos
de futuro alargar as instalações para darmos um maior apoio social à comunidade
da freguesia que é muito envelhecida, adiantou o provedor, acrescentando
que ainda temos uma área de 5 mil m2
disponível.
O
projeto do Lar Residencial foi redesenhado, pois que o anterior tinha
capacidade para 60 utentes, mas, por ser muito dispendioso a administração da
instituição teve que reequacionar as prioridades. O edifício do novo Lar
Residencial da Misericórdia está dividido em dois pisos: o rés do chão para
funcionar como garagem e o primeiro piso como residência.
-Da sua história pouco de sabe. Apenas
que nasceu em 1516 no centro da vila de Aljubarrota e que a Igreja da
Misericórdia, nesse mesmo local, tinha o Hospital do Espírito Santo, que
auxiliava a população. Quinhentos anos depois muita coisa mudou, o hospital já
não existe e as instalações são diferentes. Mas o princípio continua a ser o
mesmo, ajudar, referiu o Provedor.
O
novo edifício, construído de raiz, com todas as condições e exigências
técnicas, custou cerca de um milhão de euros, ultrapassando, em muito, os 700
mil euros previstos. Um valor que terá uma comparticipação de 158 mil euros da
Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e dez por cento, que estão prometidos pela
Câmara Municipal de Alcobaça. Entretanto
socorri-me de um financiamento da Caixa Agrícola, mas não é fácil quando não há
dinheiro, sublinhou José Carvalho, adiantando ainda que, apesar das dificuldades, mais instalações serão
construídas. O lar ainda não abriu e
já tem as 20 vagas preenchidas, em breve vamos iniciar a segunda fase para
albergar mais 20 utentes, revelou.
Com
a presença do Ministro do Trabalho e Solidariedade, Provedor da Santa Casa da
Misericórdia de Lisboa, Presidente da União das Misericórdias Portuguesas,
Diretora Regional da Segurança Social, Presidente da Câmara Municipal de
Alcobaça, Presidente da Junta e Pároco da freguesia, utentes, funcionários e populares,
esta inauguração foi mais um marco importante
na longa vida da instituição.
Haverá melhor forma de celebrar 500
anos?
-Foi
inaugurado, em 28 de fevereiro de 2016, o Lar de São Nuno de Santa Maria, da
Santa Casa da Misericórdia de Aljubarrota, que pretendeu dar resposta aos
problemas de duas dezenas de idosos locais.
A
ampliação das estruturas permitiu a criação de uma Estrutura Residencial para Pessoas Idosas, com capacidade para 19
utentes, numa primeira fase, e mais 19 na segunda fase do projeto, aprovado
pela Segurança Social. Temos as vagas
todas preenchidas. E, por isso, vamos avançar com mais 19 vagas, adiantou
José Carvalho.
A
obra, avaliada num milhão de euros, foi comparticipada pelo Fundo Rainha
Dona Leonor, da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e da União das
Misericórdias Portuguesas, no valor de 158 mil euros, e pela Câmara de Alcobaça
que disponibilizou 100 mil euros, sendo o restante suportado pela instituição.
Preocupámo-nos com o conforto das
pessoas. A ideia é que os utentes se sintam como se tivessem em casa, sublinhou o responsável.
A
nova valência permitiu a criação de 15 postos de trabalho, que se somam
aos 14 já existentes.
Carvalho,
Maria João Mendoça Lopo de,
nasceu em Lisboa, a 15 de Maio de 1962, e licenciou-se
em Línguas e Literaturas Modernas.
Esteve
na Feira do Livro de São Martinho do Porto, no dia 27 de agosto de 2016, para apresentar
a ficção Até que o Amor me Mate. As
mulheres de Camões.
Trata-se
de um romance histórico, que a levou a uma viagem épica, à semelhança da narrada por Camões, a três continentes para
percorrer os seus passos e dar a conhecer o poeta através das sete mulheres que
mais amou/ o amaram ao longo dos 55 anos
de vida.
A
autora viajou desde Constança, Lisboa, Ceuta, Melinde, Mombaça, Damão, Diu Goa
e Macau, simulando a viagem de Camões, para
recuperar uma história que mesmo passados 500 anos continua presente no
imaginário coletivo nacional.
Maria João publicou vários livros infantis.
Seguiu-se o romance Adota-me,
onde abordou a pobreza infantil nos subúrbios de Lisboa. Estreou-se no romance histórico com
Marquesa de Alorna, seguido de Padeira
de Aljubarrota.
-No
dia 2 de novembro de 2013, realizou-se na Sala do Capítulo no Mosteiro de
Alcobaça a apresentação do livro, Padeira de Aljubarrota – Mulher de Armas e Heroína de Portugal.
A
apresentação esteve a cargo de Alexandre Patrício Gouveia, Presidente da Fundação Batalha de Aljubarrota, seguindo-se uma
visita ao Centro de Interpretação da Batalha de Aljubarrota.
MUITAS
HISTÓRIAS CORRERAM SOBRE A HUMILDE MULHER QUE, EM 1385, NUMA ALDEIA PERTO DE
ALCOBAÇA, PÔS A SUA EXTREMA FORÇA E VALENTIA AO SERVIÇO DA CAUSA NACIONAL,
AJUDANDO ASSIM A ASSEGURAR A INDEPENDÊNCIA DO REINO, ENTÃO SERIAMENTE AMEAÇADA
POR CASTELA. É NOS SEUS LENDÁRIOS FEITOS E PERIPÉCIAS, CONTADOS E ACRESCENTADOS
AO LONGO DOS TEMPOS, QUE SE BASEIA ESTE ROMANCE, ONDE AS INTRIGAS DA CORTE E OS
TÍMIDOS PASSOS DA RAINHA INFANTA D. BEATRIZ DE PORTUGAL SE CRUZAM COM OS
CAMINHOS DA PRODIGIOSA PADEIRA DE ALJUBARROTA, BRITES DE ALMEIDA, SÍMBOLO
MÁXIMO DA RESILIÊNCIA E BRAVURA DE TODO UM POVO.
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