terça-feira, 15 de janeiro de 2019

NO TEMPO DE PESSOAS “IMPORTANTES” COMO NÓS
50 Anos da História de Alcobaça Contada através de Pessoas

Carvalho, Joaquim Augusto de, natural de Ílhavo, veio para Alcobaça na década de 1930.
Foi cofundador da Crisal e Presidente do Clube Desportivo Comércio e Indústria de Alcobaça, no mandato camarário de Júlio Biel, Vereador e Presidente da Comissão Municipal de Turismo. Tomou posse como Presidente da Câmara de Alcobaça a 9 de outubro de 1953.
As visitas internacionais marcaram o seu mandato como a visita de Hailé Selassié, Imperador da Etiópia, da Princesa Margarida, de Inglaterra e da Rainha Isabel II, de Inglaterra. Esta última visita impulsionou uma importante transformação urbana da Praça Oliveira Salazar, de onde foi retirado o edifício do Jardim-Escola João de Deus, melhorando visualmente a Praça, ao mesmo tempo que promoveu obras de reintegração do Castelo de Alcobaça.  Regressada a Inglaterra, a Rainha Isabel II agraciou com o grau de Cavaleiro da Royal Victorian Order, Joaquim Augusto de Carvalho, depois de ter sido publicado no Diário do Governo a autorização por parte do Ministério do Interior.
Depois de deixar a Presidência da Câmara de Alcobaça em 1962, radicou-se na Nazaré, onde viveu até ao fim dos dias, dedicando-se a atividades turísticas.
Colaborou em atividades de beneficência e também associativas, tendo sido durante alguns anos Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Alcobaça.
Faleceu poucos dias antes de completar 96 anos e marcou a passagem pela C MA..
-Na reunião da Câmara Municipal de Alcobaça, que se seguiu ao seu falecimento, foi aprovado um voto de pesar.
Carvalho, José Manuel, nasceu a 25 de março de 1929, em Évora de Alcobaça, no seio de uma família humilde, sendo o segundo de três irmãos.
Tirou a 4ª. classe, mas sem nunca deixar de trabalhar no campo, vivia da agricultura e dos trabalhos que podia realizar nesta área. Trabalhou como pintor de construção civil, até assumir, conjuntamente com a esposa, uma pequena taberna e mercearia, que tinha sido de seus pais, em Figueiras do Entrudo, onde residia.
Fruto das necessidades e da evolução dos tempos, que afastaram as pessoas do pequeno comércio, procurou trabalho noutra área, como motorista. Mais tarde, viria a encerrar a taberna.
Presidente da Associação Recreativa Eborense, de 1967 a 1969, tinha o profun do desejo, de construir uma grande sede para a associação, o que todavia não conseguiu concretizar.
Apaixonado pela sua terra, pela freguesia (sem preferência partidária definida) veio a candidatar-se à liderança da Junta, José Manuel Carvalho, conquistou experiência autárquica nos sucessivos mandatos. No primeiro de 1980 a 1982, foi eleito nas listas da AD/PSD. Recandidatou-se a um novo mandato nas listas da AD/PSD e voltou a ser reeleito. No mandato seguinte, (anunciou pelo menos) querer descansar, mas regressou recandidatando-se a novo mandato, em lista do CDS e foi reeleito (todavia sem rutura com o PSD). Regressou ao PSD, recandidatando-se a quarto mandato e voltou a ser facilmente eleito.
Com 68 anos, reformado, tinha pela frente a gestão de uma extensa freguesia com 44 quilómetros de área, repartidos por 37 lugares.
As necessidades são muitas e embora considerasse o Plano de Atividades um proforma, ia tentando levar a água ao seu moinho por forma a que a Câmara executasse as obras e melhoramentos necessários. 
Considerava que, no Concelho de Alcobaça, a Freguesia de Évora era a mais difícil de gerir, dada à relação entre a grande extensão, e o reduzido número de eleitores, não tão elevado que permitisse um Presidente de Junta a tempo inteiro.
Das muitas obras, melhoramentos e apoios dos catorze anos à frente dos comandos da Junta de Freguesia, o seu maior orgulho foi, segundo a família, a construção do edifício sede da Junta de Freguesia, obra que, viria a ser inaugurada a 22 de dezembro de 1985.
Pessoa íntegra, humilde, sábia, pronta a dar um conselho e honrando os compromissos (sem compromissos político-partidários), segundo a família viveu sempre com orgulho e convicção de que fez o melhor possível e que sabia pela sua amada freguesia.
-Ondina Santos, 14 anos, representante da Associação Recreativa do Acipreste, foi eleita Miss Freguesia Évora de Alcobaça 1997, no sábado de 7 de novembro de 1997, num espetáculo que teve lugar à noite na sede da Junta de Freguesia e foi presenciado por um elevado número de pessoas que encheram por completo a sala.
A eleição da Miss Freguesia de Évora, foi confiada às coletividades dos lugares de Areeiro, Acipreste, Casal Pinheiro, Fonte Santa e Moleanos que corresponderam à solicitação da Junta e apresentaram um lote de vinte e uma candidatas, com idades compreendidas entre os 13 e os 21 anos.
As concorrentes efetuaram dois desfiles, um traje livre e outro em traje de noite, findo os quais o júri selecionou sete semifinalistas, das quais saiu Ondina Santos como vencedora e que assim irá representar a Freguesia de Évora no concurso para a eleição da Miss Concelho de Alcobaça97. A eleita recebeu a coroa de Miss Évora das mãos de Ana Lourenço, no meio de muita emoção a vencedora do concurso semelhante realizado em 1995.
Carvalho, José Ribeiro, Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Aljubarrota, mostrou-se descontente com comportamento do CRSSL/Centro Regional de Segurança Social de Leiria, uma vez que tendo um pedido de reunião com a diretora do serviço, não obteve resposta durante mais de um mês.
-A Santa Casa, a atravessar dificuldades financeiras e a sua Mesa Administrativa, decidiram na reunião de 6 de dezembro de 2013, encerrar o serviço de ambulâncias.
José Carvalho mostrou-se incomodado,  assegurando que a instituição tem capacidade para mais acordos com a Segurança Social, mas que esta, em vez de nos dar mais acordos, ainda acabou por tirar alguns dos que tínhamos. O provedor lembrou que a direção faz um trabalho de voluntariado, lamentando que o apoio que nos dão é virarem-nos as costas.
O Provedor entregou na Segurança Social um projeto para a criação de um espaço de Lar para 20 utentes, que não obteve qualquer resposta.
-José Ribeiro Carvalho, na qualidade de Provedor, com data de 24 de setembro de 2015, apresentou ao Bispo de Leiria-Fátima. o novo Compromisso da Irmandade da Santa Casa da Misericórdia de Aljubarrota, aprovado pela Assembleia Geral na sua sessão de 18 de setembro do ano corrente, solicitando a sua homologação.
Considerando que o presente Compromisso cumpre a legislação canónica e está conforme ao “Compromisso-modelo para as Irmandades da Misericórdia” aprovado pela Conferência Episcopal Portuguesa na sua Assembleia Plenária de 13 a 16 de abril de 2015;
Atendendo à solicitação acima mencionado, nos termos dos cânones 117 e 314 do código de direito canónico,
APROVO O NOVO COMPROMISSO
que consta de 41 artigos e está impresso em 38 páginas rubricadas por mim.
Leiria, 05 de outubro de 2015.
Pe. Jorge Manuel Faria Guarda
Vigário Geral
A Santa Casa da Misericórdia de Aljubarrota veio, todavia, a manter o serviço de transporte em ambulâncias.
A direção em abril de 2004, recuou na decisão de encerrar o serviço, mantendo a3 viaturas em funcionamento, servidas por dois profissionais.
Segundo José Carvalho, a necessidade da população obrigou a instituição a um novo esforço no sentido de manter os serviços.
As obras do Lar Residencial da Santa Casa da Misericórdia de Aljubarrota já arrancaram. Se tudo correr como o planeado, abriremos as portas daqui a dez meses, referiu José Carvalho, em dezembro de 2014.
O responsável adiantou que a abertura desta valência teve um custo de 700 mil euros, metade financiado pela instituição e o restante valor por fundos comunitários e  Câmara de Alcobaça. 
O Lar Residencial da Irmandade da Santa Casa da Misericórdia de Aljubarrota, terá capacidade para dar resposta a 20 utentes e, de acordo com José Carvalho, as solicitações já preenchem o número de camas existentes. Pretendemos de futuro alargar as instalações para darmos um maior apoio social à comunidade da freguesia que é muito envelhecida, adiantou o provedor, acrescentando que ainda temos uma área de 5 mil m2 disponível
O projeto do Lar Residencial foi redesenhado, pois que o anterior tinha capacidade para 60 utentes, mas, por ser muito dispendioso a administração da instituição teve que reequacionar as prioridades. O edifício do novo Lar Residencial da Misericórdia está dividido em dois pisos: o rés do chão para funcionar como garagem e o primeiro piso como residência. 
-Da sua história pouco de sabe. Apenas que nasceu em 1516 no centro da vila de Aljubarrota e que a Igreja da Misericórdia, nesse mesmo local, tinha o Hospital do Espírito Santo, que auxiliava a população. Quinhentos anos depois muita coisa mudou, o hospital já não existe e as instalações são diferentes. Mas o princípio continua a ser o mesmo, ajudar, referiu o Provedor.
O novo edifício, construído de raiz, com todas as condições e exigências técnicas, custou cerca de um milhão de euros, ultrapassando, em muito, os 700 mil euros previstos. Um valor que terá uma comparticipação de 158 mil euros da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e dez por cento, que estão prometidos pela Câmara Municipal de Alcobaça. Entretanto socorri-me de um financiamento da Caixa Agrícola, mas não é fácil quando não há dinheiro, sublinhou José Carvalho, adiantando ainda que, apesar das dificuldades, mais instalações serão construídas. O lar ainda não abriu e já tem as 20 vagas preenchidas, em breve vamos iniciar a segunda fase para albergar mais 20 utentes, revelou.
Com a presença do Ministro do Trabalho e Solidariedade, Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Presidente da União das Misericórdias Portuguesas, Diretora Regional da Segurança Social, Presidente da Câmara Municipal de Alcobaça, Presidente da Junta e Pároco da freguesia, utentes, funcionários e populares, esta inauguração  foi mais um marco importante na longa vida da instituição.
Haverá melhor forma de celebrar 500 anos?
-Foi inaugurado, em 28 de fevereiro de 2016, o Lar de São Nuno de Santa Maria, da Santa Casa da Misericórdia de Aljubarrota, que pretendeu dar resposta aos problemas de duas dezenas de idosos locais.
A ampliação das estruturas permitiu a criação de uma Estrutura Residencial para Pessoas Idosas, com capacidade para 19 utentes, numa primeira fase, e mais 19 na segunda fase do projeto, aprovado pela Segurança Social. Temos as vagas todas preenchidas. E, por isso, vamos avançar com mais 19 vagas, adiantou José Carvalho.
A obra, avaliada num milhão de euros, foi comparticipada pelo Fundo Rainha Dona Leonor, da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e da União das Misericórdias Portuguesas, no valor de 158 mil euros, e pela Câmara de Alcobaça que disponibilizou 100 mil euros, sendo o restante suportado pela instituição.  
Preocupámo-nos com o conforto das pessoas. A ideia é que os utentes se sintam como se tivessem em casa, sublinhou o responsável.
A nova valência permitiu a criação de 15 postos de trabalho, que se somam aos 14 já existentes.
Carvalho, Maria João Mendoça Lopo de, nasceu em Lisboa, a 15 de Maio de 1962, e licenciou-se em Línguas e Literaturas Modernas.
Esteve na Feira do Livro de São Martinho do Porto, no dia 27 de agosto de 2016, para apresentar a ficção Até que o Amor me Mate. As mulheres de Camões.
Trata-se de um romance histórico, que a levou a uma viagem épica, à semelhança da narrada por Camões, a três continentes para percorrer os seus passos e dar a conhecer o poeta através das sete mulheres que mais amou/ o amaram ao longo dos  55 anos de vida.
A autora viajou desde Constança, Lisboa, Ceuta, Melinde, Mombaça, Damão, Diu Goa e Macau, simulando a viagem de Camões, para recuperar uma história que mesmo passados 500 anos continua presente no imaginário coletivo nacional.
Maria João publicou vários livros infantis.
Seguiu-se o romance Adota-me, onde abordou a pobreza infantil nos subúrbios de Lisboa. Estreou-se no romance histórico com Marquesa de Alorna, seguido  de Padeira de Aljubarrota.
-No dia 2 de novembro de 2013, realizou-se na Sala do Capítulo no Mosteiro de Alcobaça a apresentação do livro, Padeira de Aljubarrota – Mulher de Armas e Heroína de Portugal.
A apresentação esteve a cargo de Alexandre Patrício Gouveia, Presidente da Fundação Batalha de Aljubarrota, seguindo-se uma visita ao Centro de Interpretação da Batalha de Aljubarrota.

MUITAS HISTÓRIAS CORRERAM SOBRE A HUMILDE MULHER QUE, EM 1385, NUMA ALDEIA PERTO DE ALCOBAÇA, PÔS A SUA EXTREMA FORÇA E VALENTIA AO SERVIÇO DA CAUSA NACIONAL, AJUDANDO ASSIM A ASSEGURAR A INDEPENDÊNCIA DO REINO, ENTÃO SERIAMENTE AMEAÇADA POR CASTELA. É NOS SEUS LENDÁRIOS FEITOS E PERIPÉCIAS, CONTADOS E ACRESCENTADOS AO LONGO DOS TEMPOS, QUE SE BASEIA ESTE ROMANCE, ONDE AS INTRIGAS DA CORTE E OS TÍMIDOS PASSOS DA RAINHA INFANTA D. BEATRIZ DE PORTUGAL SE CRUZAM COM OS CAMINHOS DA PRODIGIOSA PADEIRA DE ALJUBARROTA, BRITES DE ALMEIDA, SÍMBOLO MÁXIMO DA RESILIÊNCIA E BRAVURA DE TODO UM POVO.

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