quarta-feira, 5 de abril de 2017

-O HINO E A MOEDA COM A I REPÚBLICA-

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A Portuguesa foi composta sob os efeitos da comoção nacional decorrente do Ultimato, cantada pelos revolucionários de 31 de janeiro de 189.
Aquando da implantação da República irrompeu de novo e espontaneamente entoada pelo povo que acorreu às ruas de Lisboa pelo que naturalmente a Assembleia Constituinte a proclamou como Hino Nacional.

Em junho de 1911, o Real deu lugar ao Escudo/ouro, unidade monetária com o valor nominal de 1000 réis que se encontrava dividida em 100 centavos o qual passou a ser base do sistema monetário nos territórios portugueses, salvo no Estado da Índia.
A nova moeda continuava, ao fim de algum tempo, a causar confusão/perturbação popular, o que dava azo a que alguns oportunistas procedessem a emissão e passagem de notas falsas, ainda que de qualidade inferior, como aconteceu em outubro de 1914, em Alcobaça.
Segundo as declarações prestadas pelos próprios aquando detidos pela polícia em Alcobaça, apurou-se que se haviam deslocado de Lisboa, um tal rapaz que se chamava Palaz de Lencastre, carpinteiro de 20 anos e um outro Manuel dos Santos, vendedor ambulante, de 72. Desembarcando na estação de Valado de Frades de manhã, começaram logo a sua faina fraudulenta.
Porquê em Alcobaça?
O Manuel dos Santos, tinha saído há muitos anos da Vestiaria, de onde era natural, quando foi prestar serviço militar. O Palaz era seu conhecido de há pouco tempo e reputado pela habilidade manual que desenvolveu na Casa Pia, aonde o Manuel dos Santos o encontrou.

Em Alcobaça, havia pessoas aflitas, por causa da troca de antigas notas de 5$000 e 20$000 reis. Segundo responsáveis do Centro Republicano, que sugeriam aos mais velhos uma deslocação à sua sede para lhes serem prestados esclarecimentos, não havia razões para receio, pois os possuidores de notas de qualquer daqueles valores, podiam estar descansados, já que não lhes iria faltar tempo para as permutarem por novas, tanto mais que o prazo das notas de 20$000 reis foi prorrogado até 5 de Outubro de 1911, sem prejuízo de sempre se poderem trocar numa agência ou correspondência do Banco de Portugal. A mais próxima era em Leiria, pelo que o estabelecimento do Zé Militar facilitava a troca a quem lá fizesse aquisições de géneros alimentares. O mesmo acontecia com as notas de 5$000 reis, para cuja troca não havia dificuldade no mesmo estabelecimento, pelo menos enquanto o Governo reconhecer que há razão para continuar a prolongar o prazo.

A escrituração do Estado principiou a ser feita de acordo com o escudo, no dia 1 de julho de 1913. Não seria apenas na contabilidade pública que, doravante, se iriam usar escudos e centavos, pois que os documentos particulares só valeriam em Juízo ou nas repartições públicas, se escriturados de harmonia com a nova moeda. A moeda de 5 reis ou meio centavo, iria subsistir durante algum tempo nas transações particulares. Nas contas do Estado, iria efetuar-se arredondamento em centavos, para mais, sempre que se trate de receita ou, na despesa, a fração de 5 ou menos.

Em janeiro de 1915, deixaram de ter curso legal no continente, ilhas não incluídas, as moedas de 500 reis/D. Pedro V, pelo que os seus possuidores com dificuldade em as trocar nas repartições oficiais, podiam faze-lo no Zé Militar, ainda que da mesma forma referida.


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