terça-feira, 27 de setembro de 2011

A FAVOR DA SINCERIDADE



Fleming de Oliveira

Não sei gostar pela metade.
Não sei fingir gostar de alguém por interesse, enganar pessoas para conseguir vantagens pessoais, engendrar situações mentirosas para prejudicar quem não gosta de mim. A falsidade é um dos males do século e abomino-a.
Não sei dizer que amo alguém, sem amar. Nem dizer que odeio alguém, sem odiar. Quando amo, é de verdade, e quando odeio vai até o fundo da minha alma. E, se por um acaso amei um dia uma pessoa que passei a odiar, arrependo me amargamente de não ter sabido escolher melhor as minhas companhias. Acho um erro colossal pessoas que tem esse tipo de postura. Demência, idiotice, burrice, estupidez e falta de caráter, e outros predicados.
Não se engane, assuma os seus sentimentos e atos e responsabilize se pelas atitudes!
Tenho pena de pessoas que não conseguem manter uma constância sentimental, que vivem sempre com altos e baixos, enganando-se e poluindo-se, enganando e poluindo pessoas boas e de bem, acreditando que todo mundo é idiota e que seus atos de mesquinhez nunca terão consequências.
Tenho pena de pessoas que dizem eu te amo para uma parede, para um pedaço de papel higiénico, para uma pessoa que se conheceu na semana passada e já se acredita que é o príncipe encantado.
Tenho pena de pessoas que acreditam nessa felicidade duradoura, que ver alguém dando-se mal é proveitoso, que massacrar dá prazer.
Se me alegro de alguma coisa nesta vida, é saber que tem volta, duas vezes mais para quem praticou.

Há três coisas que odeio concretamente: fazerem me de idiota, acharem que me estão a fazer de idiota e acharem que podem me fazer de idiota. Eu não sou idiota, suponho, tenho inteligência e maturidade suficientes para suportar que me digam que não gostam de mim, sem rasteiras, escândalo ou espernear. Cada um no seu galho e todos viverão felizes.
Prefiro sempre acreditar nas pessoas boas e orgulho me de nunca ter feito ninguém tropeçar nessa vida, de nada ter inventado para ver a desgraça dos outros, de nunca insistir sem motivos, de dizer odeio te de cara limpa e com sinceridade.
É uma enorme hipocrisia falar bonito com quem se odeia. É uma hipocrisia dizer bom dia, boa tarde ou boa noite para quem fala mal e quer que pelas costas você se dane.
Aprendi isso com a vida e assim suponho assegura me superioridade. Sou adulto o bastante para aceitar quem não goste de mim e seguir o meu caminho.
Não gosto e pronto. Não preciso de tratar mal, mas também não gasto sorrisos com quem não me ama, porque estaria sendo falso, comigo mesmo. E peço a Deus que quem não gosta de mim se mostre, se desmascare, porque na pior gentinha que existe, são as pessoas falsas e com essas não quero compartilhar, nem mesmo ar. Simplesmente declaro meus sentimentos e depois ignoro. Abstraio.
E eu sei que isto soou um pouco ele quer mandar no que penso, mas acho que muitas dores seriam evitadas se muitos pensassem um pouquinho assim.

Sem comentários: