quarta-feira, 13 de dezembro de 2023

AMÉRICO DE OLIVEIRA, MACHADO DOS SANTOS E A REPÚBLICA

Américo d’Oliveira, natural de Alcobaça, filho de Bernardino Lopes d’Oliveira, colocou um anúncio no “Semana Alcobacense”, de 1 de janeiro de 1900, declarando pretender vender o que aqui tinha.

O pai, viúvo, foi viver para Braga, com as duas filhas e ele para Lisboa. Revolucionário por natureza, propagandista da República, maçon e provavelmente carbonário, teve ação relevante no dia 4 de outubro, na Rotunda ao lado de Machado dos Santos que, ao admitir o eventual falhanço do golpe, o incentivou permanecendo ao seu lado até à vitória. As coisas não corriam aparentemente bem aos sublevados que se tinham concentrado na Rotunda, e perante a ausência dos principais dirigentes republicanos, bem como os boatos que começavam a fervilhar, alguns consideravam que se deveria levantar o acampamento.

Um grupo de correligionários, ofereceu-lhe no dia 21 de Janeiro de 1911, no “Grande Hotel de Inglaterra”/Lisboa, um banquete de homenagem pelos serviços prestados à República, aquando do movimento que a implantou. Diversos brindes foram proferidos, tendo o Ministro António José de Almeida, frisado que era um dos mais heroicos combatentes da Revolução, ao qual a História haverá de fazer inteira justiça.

O semanário lisboeta “Colonial”, querendo prestar-lhe homenagem, inseriu o retrato num dos seus números, fazendo-o acompanhar de um artigo a salientar a coragem e determinação no decorrer do dia 4 de outubro de 1910. 

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