MOLEIROS E MOINHOS
FLeming
de OLiveira
Abílio
Lourenço, de 92 anos trabalhou como homem da farinha com o pai até aos 20 anos
e depois por conta própria.
Os
moinhos estão em extinção. Agora são tudo máquinas e ninguém
quer trabalhar nisto. Até os supermercados fazem pão e a toda a hora, como
reconhece. No seu antigo moinho de vento na zona do Bombarral, Abílio Lourenço
mostra aos turistas como se fazia pão à moda do antigamente, como 10 kg de
milho eram suficientes para moer durante uma hora.
Amassar
e levedar o pão demora outra hora, ficando o pão pronto com mais 45 minutos de
cozedura num forno a lenha, explica.
A
profissão de moleiro, inicialmente moinhos de água, é uma das mais antigas e
surgiu em várias partes do mundo, tendo sido essencial para o desenvolvimento da
agricultura – embora tenha sido anterior ao seu surgimento – remontando a
épocas dos caçadores-coletores. Hoje já não há moleiros, nem moinhos a laborar.
O moinho de vento de Abílio Lourenço tem a forma usual em Portugal, composto
por uma estrutura cilíndrica construída em pedra, com cúpula cónica de madeira –
capelo – e 4 velas de pano, segundo dizem os estudiosos cuja origem se pode
associar ao velame das embarcações.
Tendo este tipo de atividade caiu em desuso, muitos moinhos foram demolidos, estão em ruínas ou, são conservados como atração turística. Lourenço já recebeu propostas de venda, mas tem recusado por razões afetivas.
Ana
Maria Magalhães (Fleming de Oliveira) herdou uma propriedade em Porto do
Carro-Maceira, denominada Morena, onde a partir de uma nascente, a água era
canalizada para um moinho, que um bisavô seu explorou.
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