TEATRO DE REVISTA, CENSURA
E
ALGUNS EXEMPLOS
FLeming
de OLiveira
Pelo
crivo da censura, passaram os guiões de peças teatrais e de alguns espetáculos como
as Revistas.
Mesmo
os maiores dramaturgos portugueses, viram peças proibidas ou mutiladas. Em
1974, nem Gil Vicente passou incólume, tendo o autor da Barca do Inferno sido
cortado pela censura, que impediu que fosse levado à cena, por um grupo de
amadores de S. Pedro do Sul, um espetáculo com textos vicentinos. A
mulher do frade, a alcoviteira Brízida Vaz, de muitas intrigas, realizava feitiços
e bruxarias, tinha uma falsa religião, era muito dada aos homens e incentivava
raparigas a seguirem o seu caminho, queria entrar na Barca do Anjo argumentando
que tudo o que fez foi bem ou por bem, casou muitas moças, tinha sido
martirizada, havia convertido raparigas, e até as vendia aos padres da Sé. Mas o
Anjo, como o Diabo vedaram-lhe a entrada.
A PSP
do Porto, informou o Teatro Experimental do Porto, da apreensão a 18 de março
de 1972 dos cartazes publicitando A Casa de Bernarda Alba, de Lorca, pois
exibiam uma mulher nua da cintura para cima.
Nesse
ano, uma adaptação d’O Arco de Sant’Ana, de Almeida Garrett foi censurada,
pelo exame prévio do Porto com um Não mencionem que foi proibido. Podem
dizer, no entanto, que não chegará ao palco.
Outros
exemplos de censura:
- Aumento
do corte do cabelo - Cortar;
-
Comunicado da Junta de Energia Nuclear - Cortar a expressão os fusíveis
radioactivos;
- Na
tomada de posse do 2.º comandante da PSP de Lisboa, disse-se que ele já fez
três comissões de serviço no Ultramar, a primeira logo na eclosão da guerra.
Ora, não havendo guerra, não se pode dizer isso.
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