terça-feira, 11 de outubro de 2011

ALCOBAÇA DE ONTEM, HOJE E SEMPRE

MAIORGA

25 DE JUNHO DE 2011



ALCOBAÇA

DE

ONTEM, HOJE E SEMPRE


Fleming de Oliveira e Luis Pessoa Gaspar Gabinete de Advogados Praça 25 de Abril, 66 1º
2460 Alcobaça






IMAGENS DE UM PASSADO REMOTO, MAS NÃO MUITO REMOTO.



FOTOS DE
ROCCHINI (sec. XIX)
DOMINGOS ALVÃO (cerc. de 1930)
E OUTROS (internet, José A. Cespo, J. Pedro Tavares e do autor)
A VILA,
O CONCELHO,
OS TEMPOS DA RURALIDADE,
O PATRIMÓNIO EDIFICADO,
O MOSTEIRO,
PESSOAS E ACONTECIMENTOS





Com a colaboração de:

J. Pedro Tavares















































































ROCCHINI

Francesco Rocchini era marceneiro, tendo aprendido fotografia com um discípulo de Daguerre, provavelmente o francês Corentin, tendo confeccionado “caixas” de fotografia.


A vista em perspectiva do Mosteiro, tirada do Castelo, é de 1856 a 1866, pois o Pelourinho ainda lá está, sendo talvez o registo fotográfico mais antigo do Conjunto Abacial.


O terreiro está livre, como hoje, com o Pelourinho e um caminho empedrado.


Ainda não há árvores e o Palácio Abacial tem os níveis originais.



Ao fundo, para lá da Ala Sul, notam-se contruções da zona do Colégio  da Conceição.


Data provável-1856-66.


A vista da fachada barroca, revela uma Ala Sul ainda pouco intervencionada, mas com arvoredo de porte alto a sul das naves.

As cotas do Rossio, estão ainda mais altas do que as atuais, situação sempre presente nas representações artísticas que nos chegaram dos séculos XVIII e XIX.


O alçado norte do corpo do Dormitório medieval, encimado pelo Rei Fundador, apresenta-se em avançado estado de ruína.


Numa das fotografias do claustro, entre 1856 e 1886, repare-se nas canas de feijão verde e o milheiral do carcereiro, que tinha autorização da Câmara Municipal para agricultar o claustro, desde que cuidasse do cano da água que conduzia ao fontanário na Praça Afonso Henriques-antiga Quadra Sexta, no relógio de sol sobre a edícula do Lavabo, mais alto que a cota actual de modo a ser lido do claustro.


Na falta das gárgulas mais modernas, nas janelas e tímpanos claustrais e, lá em cima, a Noviciaria ainda presente, como está nos registos de Emílio Biel, sendo Alvão quem, mais de meio século depois de Rocchini, registará o seu apeamento, nas acções de reintegração da DGEMN).

Na Livraria ficamos emudecidos.
Do tecto, só restam os quatro cantos esféricos.
Na Capela do Desterro enquanto o Anjo trata de dizer a S. José, em sonho, para partir, vê-se ao longe o obelisco e o seu Espelho de Água, ainda com os quatro plintos e estátuas, actualmente no Claustro do Cardeal, e o nível da terra um bom meio metro, abaixo do que se encontra hoje.















DOMINGOS do E. S. ALVÃO

Domingos do Espírito Santo Alvão (Porto,1872– Porto, 1946) foi um dos maiores fotógrafos portugueses do século XX.
Nascido no Campo da Regeneração (hoje Praça da República), no seio de uma família da nova burguesia, Domingos Alvão cedo demonstrou interesse pela fotografia.
Photo-Velo Club no n.º 120 da Rua de Santa Catarina, no Porto.
Foi neste mesmo local que, em 1903, veio a funcionar a Fotografia Alvão que, em 1926, deu lugar à firma Alvão e Cª. Lda.


Conheceu Emílio Biel de quem se tornou aprendiz e, depois de um breve estágio em Madrid, entrou como operador para o estabelecimento de Leopoldo Cyrne.

Dirigiu, no final do século XIX, a Escola Practica de Photographia do Photo-Velo Club no n.º 120 da Rua de Santa Catarina, no Porto.

Foi neste mesmo local que, em 1903, veio a funcionar a Fotografia Alvão que, em 1926, deu lugar à firma Alvão e Cª. Lda.


Apreciado por fazer a simbiose entre um quadro pictural e um documento etnográfico naturalista, Domingos Alvão foi galardoado com vários prémios entre 1914 e 1936, entre os quais se salienta a medalha de prata na Feira Internacional de Leipzig, em 1914, pela sua participação na representação portuguesa.

Nas suas imagens utiliza o grande plano como enquadramentos médios e aproximados, numa óptica de retratismo/documentarismo muito em voga na época.

De todo um vasto trabalho, tem destaque especial a obra Portugal, editada em 1934.


Nas suas imagens utiliza o grande plano como enquadramentos médios e aproximados, numa óptica de retratismo/documentarismo muito em voga na época.

Além de ter sido o fotógrafo oficial das grandes empresas e instituições e do próprio Estado, a sua obra foi vastamente editada em diversas publicações da época como a Ilustração Portugueza ou a Gazeta das Aldeias.


No ano seguinte, recebeu a comenda de Cavaleiro da Ordem Militar de Cristo.

De todo um vasto trabalho tem destaque especial, como referimos, a obra Portugal, editada em 1934.


As fotos de Domingos do E. S. Alvão estão, salvo poucas excepções, assinadas pelo seu próprio punho, Alvão-Porto.





Esta anterior foto, sobre os Claustros de D. Dinis, é muito antiga e da autoria de Emílio Biel , mestre de Alvão, como se referiu atrás.
































































































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