segunda-feira, 3 de outubro de 2011
(VI) -A VIDA NA SOCIEDADE CIVIL DE ALCOBAÇA, POR ALTURAS DE 1974. -NESSE TEMPO DO TUDO POSSÍVEL
-Populares limpam as ruas e a escola de Cós.
-Luísa Bazenga, uma estouvada ativista, ataca os
Bombeiros.
-Notas falsas em S. Martinho do Porto.
-Os Vigilantes da Revolução.
-O Clube Alcobacense tem nova direcção, que inicia funções
com um número de palhaços.
-Há que sanear os caciques, sejam padres ou não.
-O saneamento correto, segundo Otelo.
-D. António Ribeiro visita Alcobaça.
-Os funcionários judiciais de Alcobaça, desenvolvem
atividades político-sindicais.
-António Rainho, fica comovido e sobressaltado num café
em Amarante, com as notícias que lê no jornal.
-A Feira de S. Bernardo realiza-se à moda antiga para manter acesa a chama, apesar dos temos de revolução.
-O Gen. Carmona fica com a cabeça e um braço de fora, na arrecadação do quartel de Caldas da Rainha.
-O 70, com dois sacos cheios de notas e um Pastor Alemão
de guarda.
-Lurdes Costa Ribeiro e o negócio da pedra.
-Há dois Arco da Memória, a definir os limites dos Coutos de
Alcobaça.
-Luís da Graça, empresário de sucesso e homem bom.
-Casais da Vestiaria, não quer Comissão de Moradores, com
pena de Damásio Campos.
Lurdes Costa Ribeiro é mulher que sempre se destacou, pela vitalidade, vontade de servir e elevada noção do valor do serviço comunitário.
Foi a primeira Presidente de Junta de Freguesia do Concelho de Alcobaça, para cujo lugar, em Turquel foi eleita, em 1979. Depois de ter estado emigrada com o marido vários anos na Alemanha, regressou a Portugal em 1973, pouco depois deste ter falecido e com um filho de 18, tendo sido sócia da Solancis, até 1992. A família do marido fazia pressão para que voltassem a Portugal, trabalhar naquela empresa, em franco crescimento que já era, como ainda é, uma referência, não só no concelho de Alcobaça, mas no país, na área da exploração da pedra da Ataíja e Moleanos, bem como do vidraço, cuja produção em grande parte se destina à exportação. Em 1992 a Solancis, que integrava duas empresas, dividiu-se ficando Lurdes Costa e o filho com a que se dedica à Construção Civil.
Por alturas do mês de Julho de 1975, um conhecido e antigo fornecedor de componentes de máquinas para corte de pedra, estabelecido no Alentejo, na zona de Borba, foi à Solancis saber das necessidades, mas apresentando-se com um braço ao peito, engessado, e alguns hematomas faciais. Contactando com Lurdes Costa, que tinha a seu cargo as relações com o exterior, esta perguntou-lhe que acidente é que ele tinha sofrido, ao que respondeu que ao passar em Rio Maior, e o pessoal de sabendo que era alentejano, mas desconhecendo os seus princípios e propósitos, provocou-o e agrediu-o, com tal violência, de que resultou a fratura de um braço e os hematomas. Todavia, este alentejano nada tinha de comunista ou simpatizante e até dizia que se dava muito bem com os fascistas, pois eram quem lhe pagavam a tempo e horas e o ajudavam a viver a vida, com decência.
Na empresa de Lurdes Costa Ribeiro, salvo um pequeno incidente, rapidamente sanado com o despedimento célere de alguns contestatários que reivindicavam de forma abusiva e exagerada aumento de salários e diminuição das horas de trabalho, não houve mais nenhuma contestação laboral e os sindicatos não tiveram oportunidade para intervirem.
Relativamente à Solancis, é justo trazer ao conhecimento geral que os seus verdadeiros pais, foram os antepassados dos actuais sócios que iniciaram a exploração da pedra na Serra dos Candeeiros, numa pedreira denominada Vale da Louceira, sendo o seu primeiro exportador José Oliveira Delgado, na década de 1900. A exploração consistia no arranque da pedra e sua transformação, em pias, no próprio local. Essas pias, além de outras utilizações, tinham como função principal guardar o azeite, da azeitona que o lavrador apanhava e mandava transformar. Serviam as pias ainda para guardar e salgar porco, que se matava pela altura dos Santos e era governo para o ano inteiro. Do equipamento inicial constavam apenas alavancas e serrotes e especialmente a força do braço de dois trabalhadores, que ganhavam 7$50 por dia.
Pias e cantarias abasteciam as terras limítrofes de Alvorninha, Santa Catarina, Vimeiro, Cela, Alfeizerão, Bárrio, Famalicão e Nazaré, sendo o transporte feito por carro de bois. O serviço era moroso, necessitando de um dia para percorrer 30km. A partir de 1920, Silvino Oliveira Delgado, após herdar desenvolveu a actividade do pai, e já munido com macaca e mais tarde com compressor, dedicou-se ao trabalho de fazer cantarias e campas para cemitérios. A herança passaria doravante de pais para filhos, já que desde cedo o pai, os ia iniciando na arte e desenvolvendo o gosto pelo trabalho da pedra.
O filho mais velho, Manuel Costa Oliveira Delgado, em 1951, e com 17 anos de idade, assumiu a responsabilidade de fornecer à firma Marques da Cruz, de Leiria, o trabalho de pedra para o Campo do Benfica, o Estádio da Luz. O entusiasmo adquirido levou a Solancis a comprar um terreno no Casal do Carvalho-Benedita, para montar uma oficina e assim se constituiu em 1969, a Solancis-Sociedade Exportadora de Pedreiras, Ldª, dada a necessidade de satisfazer a procura de lancis e cantarias de calcário, vidraços e semi-rijos da Ataíja e Moleanos.
Inicialmente as suas pedreiras tinham estrutura produtiva insatisfatória, que se suspendia nos períodos de maior actividade agrícola. Por outro lado, eram manifestas as carências de equipamentos. Os blocos eram arrastados com alavancas, macacas e crapoud.
No curriculum da empresa consta o trabalho de reconstrução de um Arco da Memória, em 1981.
O projeto foi do arquitecto Joaquim Pereira. A iniciativa do restauro, pois encontrava-se em ruínas, ficou a dever-se ao padre Manuel Vitorino da Silva Fernandes, pároco dos Vidais. Nos trabalhos foram aplicadas cerca de 90 toneladas de blocos cortados e emparelhados na Solancis.
No cimo da Serra dos Candeeiros, existe um arco de volta perfeita que foi construído pelos Frades de Alcobaça para assinalar a divisão administrativa dos coutos. Segundo alguns autores, o arco data do século XVI e serviu para o Mosteiro assinalar os limites das suas terras. Há quem defenda que terá sido mandado erguer por Frei Bernardo de Brito.
Esse arco veio a ficar conhecido por Arco da Memória e está localizado no limite dos Concelhos de Alcobaça e Porto de Mós, mais precisamente, numa sub-área da freguesia do Arrimal chamada Memória.
Conforme uma conhecida lenda, D. Afonso Henriques, quando ia a caminho da conquista de Santarém, em 1147, jurou, do alto da Serra de Albardos-Serra dos Candeeiros, que caso o conseguisse doaria a Bernardo de Claraval, todos aos terrenos avistados na direcção do mar. O lugar onde o rei teria feito esse juramento é onde se encontra o Arco da Memória.
De acordo com alguns autores, menos esclarecidos, no topo do Arco da Memória havia uma estátua, representando D. Afonso Henriques, ladeada por duas pirâmides. Mas, estão a fazer confusão com outro arco, um pouco maior nas suas dimensões, também chamado Arco da Memória e que fica situado numa povoação chamada Arco da Memória, pertencente à freguesia de Vidais, no Concelho de Caldas da Rainha.
Os habitantes da freguesia de Vidais chamavam ao seu arco, O Rei da Memória, porque a meio do cano do arco ostentava os seguintes dizeres: O Santo Rei D. Afonso Henriques, fundador de Alcobaça.
Também não podemos esquecer mais uma vez que a lenda diz que D. Afonso Henriques terá prometido mandar erguer um mosteiro em homenagem a Santa Maria, nas terras concedidas a Bernardo de Claraval, caso conseguisse conquistar Santarém aos mouros.
No local da promessa feita pelo rei, ao cimo da Rua de Cister, da actual povoação designada por Arco da Memória, foi levantada uma estátua de D. Afonso Henriques e mais tarde um arco, o Arco da Memória. No seu cimo aplanado, foi colocada a estátua do nosso primeiro rei. Assim, o Arco da Memória permaneceu até aos dias em que a fúria republicana, destruiu o monumento, a 12 de Janeiro de 1911. A destruição do Arco da Memória, encimado com estátua de D. Afonso Henriques, coincidiu com a construção da estrada municipal que liga a Benedita a Caldas da Rainha, via Alvorninha, pelo que quase todas as pedras do monumento que se encontravam espalhadas encosta abaixo foram partidas pelos cantoneiros e utilizadas para a construção da estrada. A estátua de D. Afonso Henriques fora vandalizada e ficou ao abandono. Mais tarde, foi salva por um habitante local, Joaquim Martins, que a guardou, enterrou e participou o feito às autoridades das Caldas da Rainha. Esse morador, mais tarde, foi encarregado de transportar a estátua para Caldas da Rainha. Ao chegar à cidade, o homem foi multado pois, ia no seu carro de bois, sentado em cima da estátua, o que foi considerado falta de respeito por um símbolo nacional. Diz-se que o homem pagou pela multa, três vezes mais do que veio a receber do frete. Posteriormente, a estátua foi levada para Leiria pelo Eng. Afonso Zúquete, que dirigia as obras de solidificação do Castelo. Atualmente, a estátua está situada no mirante da Avenida Ernesto Korrodi, no sopé do monte onde assenta o Castelo de Leiria. Inicialmente a estátua esteve no claustro do edifício dos antigos Paços Episcopais, na ocasião quartel do RAL 4, onde se aloja a PSP, até ser transferida para o local em que se encontra. No dia 28 de Junho de 1981, foi inaugurada a reconstrução do Arco com o contributo da população e de várias entidades públicas e privadas, como a Solancis. Desde essa altura, tem havido esforço para que a estátua de D. Afonso Henriques volte a ocupar o seu lugar, no cimo do novo Arco da Memória, na Freguesia de Vidais.
O Arco da Memória, sito na Serra dos Candeeiros, serviu como marco assinalando o limite dos coutos, a entrada de quem vinha fazer os seus negócios ou mesmo de quem vinha à procura de refúgio nas terras dos frades. Sobre este assunto, na nossa obra NO TEMPO DE SALAZAR, CAETANO E OUTROS. Alcobaça e Portugal, escrevemos a propósito de uma visita de D. Miguel a Alcobaça, que a maior parte dessa viagem à Região do Oeste, em Agosto de 1830, decorreu nos coutos de Alcobaça, que continuavam a ser palco de conflitos acesos entre os frades e os aldeões, por razão do pagamento dos direitos senhoriais. O Marquês de Fronteira, recordou nas suas memórias que, em 1824 os rendeiros dos frades tinham-se rebelado, largando fogo às medas de trigo que pertenciam à comunidade e que o Abade Geral do Mosteiro se vira obrigado a chamar a tropa que estava em Leiria. No caso de Aljubarrota, o conflito traduzia-se na questão dos limites da doação de D. Afonso Henriques e arrastou-se desde os finais da Idade Média. Terá sido depois do jantar, durante uma conversa havida na varanda do seu quarto, que a questão foi apresentada ao Rei. O Esmoler-Mor, Frei António da Silva que fora Abade Geral dos Coutos de Alcobaça, durante o vintismo, aproveitou a ocasião para dizer ao Rei que nessa época os povos dos coutos, principalmente os de Aljubarrota, aproveitando-se da rebelião que as Cortes causaram, tinham arruinado o Arco Memória, onde fez voto o Sr. D. Afonso I, e que pedia a S.M. o mandasse reedificar. Ora (independentemente da data de construção), o Arco da Memória assinalava o limite norte dos Coutos e era o símbolo material dos poderes do Mosteiro, cuja contestação o Abade circunscrevia ao período liberal. D. Miguel terá concordado com a sugestão, propondo que no Arco a reconstruir, se fizesse uma inscrição que o ligaria física e simbolicamente a Afonso Henriques: El Rei D. Afonso I o mandou fazer e D. Miguel I reedificar.
A réplica do Arco da Memória, na freguesia de Vidais, tem o mesmo efeito no imaginário do povo local, leva-o a ouvir falar de lendas e de sérios registos históricos do seu passado. Mas, além de ser o lugar que assinalava os territórios do Mosteiro de Alcobaça, de ser o sítio onde os republicanos mostraram o seu repúdio para com os símbolos da monarquia, de ser o ponto que transporta os habitantes locais para o mundo das lendas e para o mundo dos factos históricos, marca ainda a legítima vontade de um povo querer ter junto a si o património que lhe pertence e com o qual ele fortemente se identifica.
Este Arco da Memória é um dos marcos limites dos coutos do Mosteiro de Alcobaça, alinhando a Norte com o Arco da Memória existente na Serra dos Candeeiros e a Poente com a foz do rio Vau, em Salir do Porto.
No dia 25 de Maio de 2008, foi inaugurado na Ataíja de Cima, o Monumento ao Cabouqueiro, estátua grande, pujante de força e solidez, como forma de prestar homenagem a uma profissão, que se conta entre as mais antigas da região de Alcobaça, que é ainda um pilar da economia, tal o número de empresas, unidades de extracção de pedra existentes e pessoas que nelas trabalham.
O acontecimento foi aproveitado para homenagear Luís da Graça, empresário e benemérito, que conseguiu, conciliar as facetas de empresário empreendedor e de sucesso com a de cidadão solidário e simples, dada a sua natureza de homem de fé. Luís da Graça dispõe de onze pedreiras, das quais se encontram oito em plena laboração e as restantes de reserva, sendo o seu produto o vidraço da Ataíja, o Moleanos e o Porto de Mós, designação regional que atingiu prestígio mesmo internacional.
Luís da Graça, no pós 25 de Abril, nunca se arrogou de antifascista, progressista, nem de quaisquer louros que não merecesse. Não sendo militante do PPD, colaborava de vez em quando nalgumas suas iniciativas, aparecia na sede e esteve presente em muitos momentos difíceis, não propriamente em defesa da nova democracia, pois nunca recusou manifestar o apreço por certas facetas do Estado Novo e Salazar, mas no combate à perversão totalitária de esquerda que ameaçava o país.
Em 1975, após muitos e aguerridos confrontos verbais e físicos entre a população de Caldas da Rainha, foi chamado intervir, o Quartel para apear a estátua do Gen. Carmona que tinha 4 a 5 metros de altura, feita em bronze, pesava umas toneladas e se encontrava no Borlão, na Praça (conhecida dos 3 poderes-Tribunal, Câmara e Igreja) em frente ao Tribunal Judicial, que fora inaugurada numa luzida cerimónia por Américo Tomás. Para tal, deslocou-se uma Berliet-Tramagal com guincho e um Unimog, que transportava o pessoal, veículo conduzido pelo montense, soldado António Moiteiro, o 70, que mais uma vez se ofereceu para o serviço. A estátua, desaparafusada do pedestal, foi colocada pelo guincho em cima da Berliet, e levada para o Quartel, a fim de ser arrecadada, se possível, bem longe da vista do público. Acontece porém, que quando se pretendeu guardar a estátua numa arrecadação, junto à prisão e, supostamente, bem longe do olhar do público, que não deveria ser contaminado, chegou-se à conclusão que, afinal, ela não cabia lá, pelo que ficou com a cabeça e um braço de fora, através de uma janela, para forte embaraço do Comando e espanto divertido de quem a via.
O 70, como motorista de confiança do CA do Quartel de Caldas da Rainha, fazia os mais variados serviços, muitas vezes voluntariamente. Uma ocasião, foi num jeep do Comando buscar ao banco dois sacos de lona, cheios de notas, para fazer pagamentos a um empreiteiro, colocados no banco de trás, e dispondo como única segurança, a presença de um corpulento, idoso e bondoso pastor alemão do Quartel.
No dia 28 de Agosto de 1975, cerca das 22h, na sede da Filarmónica Vestiariense Monsenhor José Cacela, reuniram-se 47 pessoas, que acorreram ao apelo de um panfleto anónimo, dias antes distribuído pela freguesia:
Ao povo, da Freguesia da Vestiaria.
Convida-se toda a população desta Freguesia a participar numa reunião que terá lugar na sede da Filarmónica, no próximo dia 28, pelas 21h30, a fim de se eleger uma Comissão de Moradores, a qual terá por finalidade velar pelos interesses da nossa terra.
Vestiaria, 19 de Agosto de 1975.
Carlos Alberto Duarte, então operário na COFTA, tomou a iniciativa de presidir à sessão, e convidou para a Mesa, Manuel José dos Santos Campos, José Fernando Cardoso, António Damásio de Campos e Joaquim Paulino de Sousa, dando início aos trabalhos. Manuel José Campos foi o primeiro a usar da palavra, e como as coisas deveriam decorrer em profunda e inequívoca legalidade propôs que a Assembleia se pronunciasse sobre a legalidade do panfleto, que não estava assinado, nem continha referências sobre a origem. Perante isto, Carlos Alberto Duarte, e antes de pôr o assunto à discussão ou mesmo deliberação, informou os presentes que a ideia do panfleto fora sua, e que o facto de o não ter assinado, se justificava apenas pela circunstância de não querer sobressair na iniciativa, perante os conterrâneos.
Mesmo assim, esta convocatória foi posta à votação, para se saber se haveria ou não de considerar-se legal, tendo sido aprovada por 27 votos a favor, contra 4, sendo os restantes de abstenção.
Manuel José Campos, salientando que a Mesa não fora eleita, nem a sua constituição aprovada pela Assembleia, propôs que se pusesse à discussão e à votação, se esta concordava com a composição, o que foi aprovado por unanimidade. O auto-assumido Presidente da Mesa, depois de ouvir entre os presentes algumas observações sussurradas de que a Mesa haveria também de ser constituída por elementos femininos (estamos ou não em Democracia?), convidou Ilda Casimira Marques, que aceitou juntar-se, o que a Assembleia rectificou muito alegre e democraticamente, por unanimidade e com palmas.
Carlos A. Duarte referiu que o número de presentes, 47, não era suficientemente representativo do querer dos residentes da Freguesia, não chegava nem de perto a 1/3 do seu total, pelo que requereu que se começasse por aí o debate.
Perante esta iniciativa, foi proposto constituir uma Pró-Comissão a fim de trabalhar para a realização de uma nova Assembleia representativa da população, a realizar logo que possível no mesmo local, que ficou constituída pelos seguintes vestiarienses, voluntários, Joaquim Paulino de Sousa, António Damásio de Campos, Carlos Alberto Duarte, Manuel José dos Santos Campos, José Fernando Cardoso e Ilda Casimira Marques, decidiu fazer uma convocatória escrita, que foi distribuída pela freguesia, para a quarta-feira seguinte, dia 3 de Setembro, pelas 21h30, na sede da Filarmónica.
Entretanto, também de forma anónima, mas cuja procedência desta vez nunca se apurou, foi distribuído pela Freguesia um panfleto em que alguns residentes, nos casais da Vestiaria, comunicam a toda a população da Freguesia da Vestiaria, que não precisam de Comissão de Moradores, porque nós estamos todos unidos, e isso é um facto.
A reunião, marcada para o dia 3 de Setembro, não chegou a realizar-se, tendo possivelmente sido desmobilizador o segundo panfleto, dadas as conhecidas e antigas rivalidades entre os Casais e a Sede da Freguesia.
António Damásio Campos, que nunca foi um ativista político, entendia a constituição de uma Comissão de Moradores da Vestiaria poderia ter tido real utilidade, de modo a suprir a falta de interesse e capacidade, frequentemente demonstrada, pelos sucessivos executivos da Freguesia da Vestearia.
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