terça-feira, 25 de outubro de 2011
O CÉU NÃO PODE ESPERAR
Fleming de OLiveira
É comum pessoas falharem objetivos, pois ao atingirem determinado ponto, acreditam que chegaram ao limite.
Em relação a minha situação anterior, estou muito bem, cheguei onde queria.
Esta conclusão é processada no subconsciente, quando se atingem posições melhores do que o esperado.
Devido a esse tipo de pensamento, muitas pessoas deixam de ganhar o mundo. A capacidade do ser humano é infinita e encontramos essa prova em muitas pessoas insuspeitas. Quantos começaram a vida partir do nada e chegaram aos cargos mais cobiçados. Esses podem ter como especial, apenas o fato de acreditarem, sempre, poder ir mais longe.
Lamentavelmente, há os que pensando o céu como limite, são de má índole, visam atingir o máximo de poder para se sentirem superiores aos demais. Dessa forma, querem potencializar sua capacidade, não por um sonho, mas por pura vaidade.
A acomodação é um fator que leva as pessoas a deixarem de progredir, o que pode acarretar um arrependimento posterior (mas já nada ha a sanar), tanto mais que o mercado exige um estudo constante e persistente. Pois, enquanto muitos se estão a preparar, outros continuam acomodados. Num futuro não muito distante, os acomodados serão definitivamente os desempregados (hoje ainda não é assim…), enquanto os que estão em constante preparo, dominarão o mundo.
Por isso acredite, caro leitor, que tem capacidade para ir mais longe do que lhe vaticinaram. Todos tem um potencial infinito, pelo que não devem que coisas pequenas inutilizem as capacidades maiores. O progresso é a melhor maneira de alguém se manter vivo e com vontade de viver.
Pensando bem, talvez não seja tão maravilhoso pertencer à espécie humana.*
Todos os dias milhares de crianças morrem de causas evitáveis, como a fome. Governos dispendem milhões em armas de destruição. Aliás, é até possível que a espécie humana se venha auto-destruir, um dia. Somos atingidos por novas doenças mortais, doenças que afetam a qualidade de vida, pelo que não obstante a Ciência todos, inevitávelmente, vamos envelhecer e morrer. No fundo, talvez não sejamos tão bons, como pensamos merecer ser.
Acredito que é possível melhorar a vida e a sociedade em vez de rezar, que a evolução individual e da humanidade vista como um todo, se vai basear cada vez mais na tecnologia, um auto-aperfeiçoamento e uma evolução através de uma utilização racional que a Ciência oferece. Acredito e desejo na evolução coletiva ou individual através de meios tecnológicos, ainda que conjunturalmente em direcão desconhecida ou até temida. Enfim, um processo de utilização racional, sensata e inteligente da tecnologia para proveito próprio.
Imagine, caro leitor, o que seria deixar de envelhecer, ter o dobro da inteligência e memória!
Imagine, caro leitor, o que seria viver num mundo, não constantemente devastado por doenças ou guerras!
Estes objectivos são inatingíveis no futuro?
Quando me refiro a futuro, estou a pensar naquele que muitos de nós, ou nossos netos, ainda vão viver. Não tendo sido criado, nem educado, para compreender e coabitar com certas tecnologias e a melhor forma de as utilizar, tenho dificuldade acrescida em antecipar e compreender as grandes revoluções tecnológicas das próximas décadas, de forma a permitir uma utilização racional que as leve ao progresso da Humanidade.
Neste sentido, sinto-me inepto para prever até que ponto uma tecnologia vai ser útil ou destruidora. Mas assim que ela se desenvolve, bem sei que não pode mais ser esquecida ou apagada. Pelo contrário, destacados ambientalistas, teólogos, filósofos, cientistas ou investidores, defendem que compreender os avanços tecnológicos é melhor do que tentar destruí-los.
A minha conceção de futuro começa com uma melhoria individual que, consequentemente, leva a uma melhoria da Humanidade como um todo. Algumas pessoas poderão querer apenas deixar de envelhecer, enquanto outras pretendem também aumentar a inteligência.
A liberdade individual é um dos princípios éticos em que a generalidade dos ocidentais (europeus) concordam. Se houver pessoas que não querem usufruir das tecnologias, ninguém as pode contrariar. Se pretenderem libertar-se das correntes que limitam o ser humano, não podem outrossim obrigar alguém a esse progresso.
Sei quem defenda princípios de economia e política ultra-liberal, sob a forma de uma ordem espontânea, na qual a humanidade evolui melhor, sem um planeamento centralizado ou ordens constantes. Mas acresecento que não concordo com o princípio de ordem espontânea, apesar de ser um defensor da liberdade individual.
Uma pessoa tem de procurar novos objetivos e novas fronteiras. Devemos tentar ser melhores do que somos, remodelar as nossas capacidades. A evolução da espécie humana já não é, nem pode ser casa vez mais, um processo natural.
A civilização é um protesto contra a natureza; o progresso exige que nós assumamos o controle da evolução. Por isso é que o céu é o limite.
Uma espécie que, como a nossa, pode conquistar o céu, não se pode contentar com a Terra.
*
Fleming de Oliveira
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário