NO
TEMPO DE PESSOAS “IMPORTANTES” COMO NÓS
50
Anos da História de Alcobaça Contada através de Pessoas
Natividade, Joaquim Vieira, (1899-1968) foi figura cimeira entre os
silvicultores europeus do século XX.
Nascido em Alcobaça, Natividade foi o terceiro de quatro
filhos de Manuel Vieira Natividade e D. Maria da Ajuda Garcez. Formou-se no
Instituto Superior de Agronomia de Lisboa, em Engenharia Agrónoma (1922) e
Engenharia Silvícola (1929). Em Londres e em Coimbra especializou-se em
genética e citologia tendo, mais tarde, fundado e dirigido o Departamento de
Pomologia da Estação Agronómica Nacional, o Centro Nacional de Estudos e
Fomento da Fruticultura e a Estação de Experimentação Florestal. Entre 1930 e
1950, Natividade foi diretor da Estação Experimental do Sobreiro, em Alcobaça.
O seu trabalho assumiu um papel fulcral na construção e consolidação da
investigação florestal, em Portugal. Ficou também conhecido pelos seus
trabalhos na área da fruticultura tendo publicado mais de uma centena de
estudos científicos. Em Fevereiro de 1968, inaugurou a Estação Nacional de
Fruticultura, em Alcobaça, tendo falecido em novembro seguinte.
Foi casado com Irene Sá (Natividade).
-Em
Outubro de 1937, foi criado, em Alcobaça, o Departamento de Pomologia da
Estação Agronómica Nacional, sob a chefia do Professor Joaquim Vieira
Natividade. Inicialmente constituído pela Secção de Pomologia passou, em 1938,
a abranger as Secções de Olivicultura e de Viticultura que se mantiveram,
exclusivamente em Alcobaça, até 1944. Em 7 de Maio de 1962, o Despacho da
Secretaria de Estado da Agricultura, do Ministério da Economia, criou, em
Alcobaça, o Centro Nacional de Estudos e de Fomento da Fruticultura sendo o seu
primeiro Diretor o Professor Joaquim Vieira Natividade. O CNEFF era constituído
pelo Departamento de Pomologia da EAN e pelo Núcleo de Assistência Técnica à
Fruticultura. Nessa data, o Departamento de Pomologia era composto pelas
Secções de Pomologia, Ampelografia, Viticultura e Horticultura. Em 1966, O
Departamento de Pomologia passou a ocupar-se exclusivamente da Pomologia tendo
as restantes Secções sido integradas no Departamento de Melhoramento de
Plantas, em Oeiras. O Decreto Regulamentar 44/81, de 6 de Outubro, transformou
o CNEFF na Estação Nacional de Fruticultura de Vieira Natividade (ENFVN), em
reconhecimento dos incontestáveis e
notáveis serviços prestados pelo Prof. J. Vieira Natividade, à causa da
fruticultura. Mantém as suas instalações na Quinta do Olival Fechado, em
Alcobaça. A Estação Nacional de Fruticultura Vieira Natividade passou a incluir
os Departamentos de Biologia e Nutrição de Fruteiras, de Pomóideas e
Prunóideas, de Citricultura e de Olivicultura, tendo sido integrada no
Instituto Nacional de Investigação Agrária, passando a constituir um dos seus
Serviços Operativos. Com as reestruturações seguintes, veio a ENFVN a
constituir sempre um dos serviços operativos do INIA e dos institutos que lhe
foram sucedendo: INIAER, INIA e INIAP. Com a criação do Instituto Nacional de
Recursos Biológicos, foi extinta tendo sido criado em 2008 o Centro de Atividades
de Fruticultura.
-A
Câmara Municipal de Lisboa homenageou a 1 de março de 1996 Joaquim Vieira
Natividade, atribuindo o seu nome a uma rua da cidade. O ato oficial contou com
a presença de destacadas individualidades da Câmara de Lisboa, os órgãos
autárquicos de Alcobaça, bem como os familiares do homenageado.
Reconhecendo-lhe
o mérito, a Câmara Municipal de Alcobaça atribuiu o seu nome a uma avenida.
-A Granja de Cister,
inaugurada a 5 de julho de 2014, tem promovido o que de bom se faz e produz no
concelho de Alcobaça.
No dia 7 de julho de 2014 realizou-se a reedição de dois
livros de Joaquim Vieira Natividade, em homenagem ao investigador agronómico
alcobacense e pai ideológico da Cooperativa Agrícola de Alcobaça: Os Monges Agrónomos do Mosteiro de Alcobaça,
e Associações Agrícolas – Palavras ditas
no dia das Associações Agrícolas.
O (re)lançamento destes livros, editados pela C.A.A. com o
objetivo de manter a tradição e a memória
coletiva da nossa história, contou com a presença de Manuel Castelhano,
Presidente da Cooperativa Agrícola de Alcobaça/CAA, Paulo Inácio, Presidente da
Câmara Municipal de Alcobaça, António Eduardo Natividade, sobrinho de Vieira
Natividade, e os autores dos prefácios dos livros, Fleming de Oliveira e António
Valério Maduro.
O presidente da Direção da C.A.A. recordou que foi de certo
modo graças ao discurso proferido por Joaquim Vieira Natividade em 1931, na
Sede do Sindicato de Agricultores da Região de Alcobaça e Nazaré, defendendo as
vantagens do cooperativismo que, um ano mais tarde, nasceu a C.A.A.. Para
Manuel Castelhano, Joaquim Vieira Natividade é o pai ideológico desta cooperativa.
Franco, honesto,
frontal e com um respeito profundo pelo trabalho dos outros, qualquer um, desde
que fosse honesto, é assim que António Eduardo Natividade recorda o tio, que foi uma autêntica lição de vida em todos os
aspetos, pelos valores morais ou éticos que nos transmitiu, ou seja um homem com um H grande, respeitador, que nos transmitiu o gosto
pelas artes e literatura e que tinha
um grande amor à investigação.
Fleming de Oliveira, que prefaciou e fixou o texto do livro,
com imagens Os Monges Agrónomos do
Mosteiro de Alcobaça, destacou a importância de reeditar este livro porque desmistifica um erro grosseiro de que os
monges de Alcobaça eram uns grosseirões e que só se dedicavam aos prazeres da
mesa. Para o ex-deputado, não pode
haver história nacional sem se compreender a história local pelo que é pena que não haja nenhuma disciplina
dedicada à história local, o que ajudaria
a manter e a avivar a nossa memória.
António Maduro, autor do prefácio de Associações Agrícolas – Palavras ditas no dia das Associações
Agrícolas, lembrou que o movimento associativo não foi só de
desenvolvimento da agricultura foi também de educação das pessoas. Para o
historiador, o texto lido por Joaquim Vieira Natividade na altura, mostrava-o
como um homem divulgador e crente de que
o movimento associativo seria o motor, a alavanca para o futuro.
A finalizar, Paulo Inácio destacou um homem que personifica o brilhantismo da função pública na altura do
Estado Novo e que era um cientista,
um académico com uma aposta clara política no associativismo. O autarca
falou do legado deixado por Joaquim Vieira Natividade no concelho em
particular, na Estação Fruteira e na Mata do Vimeiro.
-A
dimensão do grande cientista do século XX, Joaquim Vieira Natividade, foi
evocada numa exposição temporária organizada pela Câmara Municipal de Alcobaça
e o Pólo de Alcobaça do Instituto Nacional de Investigação Agrária e
Veterinária.
A exposição temporária Elogio a JV Natividade – O Homem e o
cientista do século XX, patente na Estação Nacional de Fruticultura Vieira
Natividade, comissariada por Alberto Guerreiro e Rui Sousa, foi inaugurada pelo
Presidente da Câmara Municipal de Alcobaça e pelo Secretário de Estado da
Alimentação e da Investigação Agroalimentar, passando a funcionar em horário
regular entre 11 de setembro e 1 de novembro de 2015.
Pretendeu-se
dar a conhecer, no próprio local de trabalho, uma das personalidades maiores de
Alcobaça, sendo proposto um percurso documental e material que contextualiza a
vida profissional do virtuoso engenheiro agrónomo e silvicultor, cuja
intervenção cívica, cultural e relevância científica merecem o devido
reconhecimento dado o seu papel na consolidação da investigação aplicada ao
desenvolvimento do domínio frutícola e florestal português.
Decorrente
da parceria com o Mosteiro de Alcobaça, o visitante teve a oportunidade de
vislumbrar, para além de espólio do INIAV, uma vasta coleção de objetos
pertencentes ao legado da Casa Museu Vieira Natividade, contextualizando a
herança familiar inspiradora de Manuel Vieira Natividade até se centrar na sua
essência no enredo maior da vida e obra de um homem de cultura e de ciência que
foi Joaquim Vieira Natividade.
Iniciou os estudos musicais
na Academia
de Música de Santa Cecília e prosseguiu-os no Conservatório
Nacional de Lisboa,
onde foi aluno de Melina
Rebelo (Piano), Constança
Capdeville
(Composição) e Macario Santiago
Kastner
(Musicologia e Interpretação de Música Antiga).É licenciado em História, pela Universidade de Lisboa desde 1980, e doutorado em 1990 em Musicologia, pela Universidade do Texas (Austin), que frequentou como Fulbright Scholar e bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian. Nessa universidade estrangeira trabalhou com os Professores Robert Snow, Gérard Béhague, Douglass Green, Michael Tusa e Elliot Antokoletz.
-Rui
Nery veio no dia 17 de março de 2010 proferir uma conferência no Armazém das
Artes, sobre a História do Fado, especialmente dedicada a professores do Ensino
Secundário, embora aberta ao público em geral.
Esta
iniciativa, inseriu-se na série de conferências Combates pela Cultura e teve o apoio da CMA.
Neto,
Augusto Branco Pereira,
foi mais conhecido como Augusto da
Vestiaria.
JERO
sobre este cromo, escreveu no jornal
Região de Cister que, fomos colegas no
colégio do Dr. Cabrita na década de 50. Tinha então a alcunha de Bigodes de
Arame Farpado. Depois de alguns anos de distanciamento por circunstâncias
normais da vida, recorda-me de o voltar a encontrar nos Correios de Alcobaça.
Tenho a ideia que cumpria com normalidade as suas funções, embora já constassem
algumas estórias da sua irreverência congénita. O Augusto começava a dar nas
vistas por causa de amores mal sucedidos e de perguntas que toda a gente
gostaria de fazer, mas era arriscado fazer. Custou-lhe (na) cara uma pergunta
sobre um pai incógnito… Levou uma estalada no 1º. andar que o fez parar só no
rés-do-chão! Fazia serenatas, declamava versos em alta voz – por vezes fora de
horas – e deixou o seu trabalho nos CTT.
Pedia boleia para o Algarve mas se o
dono do carro fosse para o Porto não hesitava, ia para o Norte e depois logo se
via! À sua maneira e pela sua excentricidade, o Augusto da Vestiaria marcou uma
época. Quem é que não sabe uma estória a seu respeito? Uma colega de turma do
amor de sua vida, recordou-me que em determinada altura, o Augusto ofereceu à
sua amada um bilhete de lotaria… Foi uma excitação até andar à roda – não saiu
nada.
Além dos amores não correspondidos com
a Mary, recordo anos mais tarde a sua declaração num boletim de voto “Eu gosto
é de gajas boas” correu de boca em boca. Numa fase de descrédito em relação a
muitos dos nossos políticos, é um voto a ter (muito) em conta!
E era maluco! Infelizmente também já
não está entre nós. Paz à sua alma.
-AugustoPereira
Netop da Vestiaria, nasceu a 9 de novembro de 1942 e faleceu a 27
de agosto de 1991 em cujo cemitério foi
sepultado..
Neto, Manuel
Contreiras, nasceu a 7 de abril de 1938 (embora no registo conste 7 de
maio), em Aldeia dos Fernandes/Almodôvar.
A
infância decorreu no seio de uma família numerosa, tendo na sua aldeia
frequentado a Escola Primária até à 4ª. Classe.
Começou
a trabalhar entre o período da infância e da adolescência, por volta dos doze
ou treze anos em casa dos pais, comerciantes. O pai conjugava a vida comercial
com a agricultura, pelo que o ajudava nas lides comerciais e agrícolas.
A mãe
era o pilar da família, pois além de dona de casa, mãe de oito filhos e de um
enteado, que tratava e amava como fosse do seu sangue, tomava conta do comércio
e de tudo o que fosse relacionado com a vida do lar.
A
vida da aldeia ficava aquém dos seus horizontes, pelo que por volta dos 15
anos, foi para Beja trabalhar como aprendiz de padeiro.
A
conselho médico, voltou às origens, mas logo que se recompôs, regressou à
cidade, para a área da restauração, onde permaneceu até cumprir serviço militar
como soldado recruta, no Regimento de Artilharia Ligeira nº. 3, de Évora.
Após
cumprido o serviço militar obrigatório, resolveu requerer a inserção na vida
militar, por encontrar aí uma saída profissional.
Em
Lisboa, e com meios de transporte ao alcance da bolsa, pois já tinha um pré e
prémio de especialidade, resolveu ir estudar.
Matriculou-se
no Externato Crisfal, porém teve de prescindir das aulas após alguns meses,
porque mudou de serviço e não tinha horários compatíveis.
Logo
que foi possível voltou a estudar e fez o Ciclo Preparatório, depois o Curso
Liceal, mas como foi mobilizado para o África não o concluiu, ficando sem
equivalência. Fez três comissões de serviço, duas na Guiné e uma em Moçambique.
Por essa razão, quando veio morar para Alcobaça, reiniciou na respetiva Escola
Secundária o Curso Geral de Administração e Comércio noturno, que conclui no
ano de l990.
Ao
longo da carreira militar, desempenhou funções na área administrativa e
operacional em unidades da Força Aérea, tanto na Metrópole como no Ultramar. A
vida militar criou-lhe, no seu dizer, uma
postura de rigor e seriedade que o influenciou na maneira de ser e de estar
perante a sociedade, para todo o sempre.
Frequentou
cursos de formação militar, que lhe proporcionaram subir na carreira e no
âmbito civil cursos, como Artes, História de Alcobaça e Seminários. Não consegue estar parado (mesmo em
sentido literal) como facilmente se apercebe,
quem o conhece.
Em
2010, voltou à escola e completou várias ações de formação. Fez parte da Escola
de Música do Centro Cénico da Cela, como elemento do Coral e Rancho Folclórico,
Grupo de Cavaquinhos da Usalcoa.
Faz
parte do Grupo Coral e Litúrgico da Igreja de Santa Maria de Alcobaça,
Orquestra Típica e Coral de Alcobaça, Grupo de Cavaquinhos Os Farra e Grupo
Coral Os Cantibaça.
Frequentou
várias disciplinas na Universidade Sénior de Alcobaça.
Há
dezasseis anos que presta serviço no Núcleo da Liga dos Combatente de Alcobaça,
quer como membro da Direção e/ou como mero voluntário.
Neto, Maria da Piedade Oliveira Bento Ferreira Pereira, nasceu a 17 de dezembro de 1953 na
Vestiaria, onde viveu até aos 9 anos, tendo frequentado o Centro Paroquial e a
Escola Primária.
Por
motivos profissionais, os seus pais mudaram residência para a Fervença e lá
concluiu a Escolaridade Básica. Prosseguindo os estudos na Escola Técnica de
Alcobaça, decidiu tirar o curso de Professora na Escola do Magistério Primário,
de Leiria. A carreira profissional desenvolveu-se na Maiorga, Valado de Frades,
Alcobaça e Évora de Alcobaça, onde cumpriu o maior número de anos como
Professora, o que implicou que esta terra se tornasse muito especial para si.
Ensinou centenas de crianças e criou laços de profunda amizade com elas e
famílias. Professora gira, transmitia
uma lufada de ar fresco, na forma de se relacionar e tinha uma relação informal
com os seus meninos, capacidade de
comunicação, mas sabia delimitar os espaços.
Foi
Diretora de Escola durante mais de duas décadas e membro do Conselho Consultivo
de Ação Social Escolar, junto da Câmara Municipal. Em 1989 integrou o corpo de
locutores da Rádio Cister, de Alcobaça. Sendo Professora, o início marcou-se
por programas infantis. O gosto pela Rádio, adensou-se e nunca mais parou.
Seguiu-se o programa Clave de Sol, cuja temática era a música clássica, os
grandes compositores, épocas, biografia e a respetiva obra, o qual esteve em
antena, uma hora por semana durante 10 anos. Seguiram-se rubricas e crónicas
diárias como Meia de Almoço e Nosso tempo. Passou à área jornalística com
notícias e entrevistas nos programas Mesa Redonda, Factos e Argumentos
e, nos últimos anos o Publicamente. Tem milhares de horas aos microfones
da Rádio Cister e nos seus programas, já entrevistou centenas de convidados de
todas as áreas. Fez reportagens, programas ao vivo, entrevistas a candidatos políticos,
debates e noites especiais. Apresentou espetáculos como desfiles de moda,
eleições de misses, variedades, galas,
noites de fados e sessões solenes. Foi membro de vários júris, apresentou
livros de autores (muito concretamente os de Fleming de Oliveira) e exerceu
cargos na Rádio Cister, Direção de programas, Assembleia Geral e Direção. Da
sua profissão de Professora encontra-se aposentada, mas não da Rádio. Na
presente data, para além do Publicamente, por onde passam semanalmente as mais
variadas personalidades, modera aos domingos uma hora de debate em Um
olhar sobre a semana, com um painel fixo de comentadores.
Casada,
tem um filho e um neto.
Ser Professora foi um privilégio, o
trabalho radiofónico na Rádio Cister é uma paixão.
-Piedade
Neto, define-se como pessoa corajosa,
afável, amiga do meu amigo, de convicções claras pelas quais luta, sendo
capaz de fazer frente aquilo com que não concorda. Esclarece que até já sofri na pele por causa disso, que não se deixa abater com facilidade e
vai à luta, pois sou progressista, porque
o mundo evolui, mas há aspetos que considero intemporais e de que não abdico.
Nunca me filiei em partidos políticos, embora tenha tido convites, pois não
aprecio a disciplina partidária, gosto de pensar pela minha cabeça.
Avó, diz
que gostaria de poder dedicar mais tempo ao neto, e reconhece que não sendo apreciadora de cozinha e de
atividades domésticas, no mais, é uma normal e eficaz dona de casa.
-Depois
de grandes obras de remodelação, foi (re)inaugurada a Escola Primária de Évora
de Alcobaça, com a presença do Presidente da Câmara, vereadora Alcina
Gonçalves, do Presidente da Junta de Freguesia (e demais elementos de executivo
local), a diretora da escola Piedade Neto e suas colegas Maria da Luz e Isabel
Nascimento, a diretora da pré-escola, Elizabete Marques da Delegação Escolar,
elementos da Comissão de Pais, as auxiliares, o Padre Fernando de Cima, muitos
alunos, familiares e público. Gonçalves Sapinho e Joaquim Pego, cortaram a fita
simbólica da entrada principal. Seguidamente o Padre Fernando de Cima benzeu
duas carrinhas para serviço da escola, uma reparada e outra nova, bem como do
edifício, pedindo a bênção de Deus, para
as crianças que o vão utilizar. O Presidente da Junta descerrou uma lápide,
coberta com a Bandeira Nacional.
Nos
discursos, G. Sapinho, destacou a ação de Piedade Neto, que tem dado muita semente nesta terra, e a sua preocupação com esta obra que passa
a constituir um excelente património.
Piedade
Neto, aproveitou para pedir mobiliário
para equipar a escola.
No
fim, Gonçalves Sapinho agradeceu a placa que disse que muito o sensibilizou.
Sobre Piedade Neto, leia-se ainda
Fleming de Oliveira em No Tempo de Salazar, Caetano e Outros e No Tempo de
Soares, Cunhal e Outros.
-O 25º aniversário das atuais instalações da Escola Básica
2,3 de Frei Estêvão Martins foi comemorado na noite de 17 de Maio de 2006, no
Cineteatro de Alcobaça. Na primeira parte, atuaram alunos da escola de Alcobaça
e, na segunda parte, o Coral do Orfeão de Leiria e a Orquestra Típica de
Alcobaça. Estiveram presentes na cerimónia o presidente da Assembleia Municipal
de Alcobaça, Paulo Inácio, e a vereadora da Educação, Alcina Gonçalves. A
apresentação esteve a cargo de Piedade Neto.
-Piedade
Neto na rádio Cister entrevistou figuras públicas – todos os políticos da
região – deputados, escritores artistas e muita gente menos conhecida que teve
(finalmente) a oportunidade de ter voz e deixar recados ou passar para fora
estados de alma.
Faz esse trabalho sempre com respeito e
igual consideração para todos os que aceitam o convite. Todos os entrevistados
são iguais para si. Poderá eventualmente apertar um pouco mais os políticos,
porque são entrevistados com responsabilidades diferentes junto da opinião
pública.
Confessa
que o que gosta mais de fazer em rádio, são
debates com políticos e noites de eleições. A adrenalina sobre até níveis
altíssimos e é particularmente estimulante fazer rádio em condições que são,
por vezes, de grande tensão.
Felizmente
quase tudo correu bem ao longo dos anos de rádio. Houve alguns convidados que
faltaram em cima da hora, outro que perdeu a voz durante o programa mas taparam-se os furos com música e
seguiu-se com otimismo para o programa da semana seguinte.
-A
Professora Piedade Neto aposentou-se. Deixou de exercer o professorado.É a Vida.
Esteve
na escola de Évora durante quase três décadas, ao serviço dos Eborenses que lhe
ficaram com uma dívida de gratidão, pelo amor, carinho e dedicação que
transmitiu às crianças, ensinamentos, da sua cultura e da sua dedicação. As
crianças sempre gostaram muito dela e ficaram com muitas boas recordações.
A
Professora Piedade Neto, foi homenageada no dia 27 de maio de 2006 com um
jantar no salão de festas da Junta de Freguesia de Évora.
Estiveram
presentes o Padre Fernando de Cima, o presidente da Câmara Municipal de
Alcobaça, Gonçalves Sapinho, acompanhado pelo secretário e tesoureiro,
familiares da Profª Piedade Neto, colegas de trabalho, pais de alunos e filhos
que ela educou e amigos.
Usou
da palavra o presidente da Junta que realçou a gratidão e enalteceu a permanência da homenageada, o seu zelo
como professora e a colaboração com que sempre trataram dos assuntos da escola.
Gonçalves
Sapinho salientou as qualidades e a forma
de comunicar desta Grande Senhora, a colaboração na comunicação social que
valorizou o desempenho nas suas funções.
Gabriela
Fernandes, interveio como mãe das alunas que educou e antiga colega.
Falou
ainda a vice-presidente do 1º Ciclo, Prof.ª Elizabete Rosa, que já há alguns
anos também ali deu aulas.
Houve
um momento de poesia, foram lidos dois poemas, o primeiro por Joana Bernardes,
o segundo por Odete Pereira. As crianças também lhe demonstraram carinho e
amizade, lendo escritos cheios de ternura.
Por fim,
Piedade Neto exprimiu o agradecimento aos
lidaram de perto consigo.
Após quase três décadas a trabalhar
naquela que será sempre a escola da minha vida, chegou a hora da despedida. O
tempo é implacável, não perdoa, e a minha Aposentação aí está. Agora que findo
o meu trabalho Docente queria deixar a todos um grande abraço de despedida e
amizade.
Ficam aqueles agradecimentos especiais
a todos os meus colegas que comigo trabalharam nessa Escola, Educadoras,
membros do A.T.L. e Associação de Pais, Junta de Freguesia, ao amigo sempre
pronto Cláudio Susano, à nossa dedicada Tarefeira D. Joana Bernardes e às
cuidadosas motoristas das carrinhas Sandra e Manuela.
A todos os meus queridos Alunos, Pais e
Familiares agradeço o apoio, a compreensão, o carinho e o respeito com que
sempre me trataram. Foi bom conhecê-los! Espero eu que o meu trabalho convosco
tenha contribuído para uma maior valorização pessoal e cultural e para uma boa
preparação da vida futura onde imperem os valores da Educação e da Cidadania que
sempre vos transmiti.
É já com uma lágrima ao canto do olho
que me despeço de todos os Eborenses a quem agradeço o bom acolhimento e a
simpatia que me demonstraram ao longo de todos estes anos.
Até sempre meus Amigos!
Nobre, António José
dos Santos, O Rotary Clube de Alcobaça assinalou o
seu primeiro aniversário da refundação no dia 26 de junho de 1993, durante um
jantar que teve lugar num restaurante da vila, e durante o qual, conjuntamente
com os clubes de Santarém, Lisboa e Benfica e Caldas da Rainha, se assistiu
também à mudança de Presidente.
Antero
Cerol, foi o Presidente responsável pelo trabalho de arranque do clube em
Alcobaça e durante quase meio ano e meio projetou e dinamizou-o até à sua admissão no Rotary Clube
Internacional.
Durante
o jantar, Antero Cerol emblemou António
Nobre como seu sucessor, para o ano de rotário 1993/1994.
António
Nobre, passou a ter como Vice-presidentes Joaquim Matias Ferreira, presidente
indicado para 1994/1995, e Nuno Moura, enquanto José Manuel Patrício foi o
Secretário, Maria Helena Gerardo, a Tesoureira e Eduardo Vieira Coelho, o
Diretor de Protocolo.
Durante
o jantar, usaram da palavra vários Rotários.
Jaime
Ferreira, do Rotary Lisboa e Benfica, falou do encontro cisterciense, projetado
para ter lugar em Alcobaça, e que não foi possível realizar este ano de 1993,
mas ficou projetado para maio do ano seguinte.
Carlos
Sequeira, do Rotary, Clube de Caldas, a quem coube a tarefa de reformular o
Rotary Clube de Alcobaça, referiu-se a essa reformulação, sendo por isso, e por
deferência, o sócio nº 1 do Clube de Alcobaça.
Mário
Carvalho, Advogado e membro do Rotary Clube de Caldas, lembrou o antigo clube
existente em Alcobaça e a conferência que proferiu no Café/Restaurante
Bau.
Outros
oradores usaram da palavra num salutar encontro
de manifestações de companheirismo.
-No
dia 17 de maio de 1993, o Rotary Clube de Alcobaça promoveu um dos seus
habituais encontros, desta vez com a presença do Comandante dos Bombeiros
Voluntários de Alcobaça, Fernando Coelho, que também foi homenageado pelos préstimos
exemplares à comunidade.
A
homenagem teve lugar no decorrer de um jantar oferecido pelo Rotary Clube de
Alcobaça em São Martinho do Porto, durante o qual Fernando Coelho foi convidado a fazer uma
palestra sobre os perigos que diariamente
as pessoas correm nas suas próprias casas.
Nobre,
José Eugénio,
Secretário de Estado das
Obras Públicas e vogal da Comissão Política Nacional do PSD, presidida por Mota
Pinto, visitou o concelho de Alcobaça em 11 de fevereiro de 1984 a convite do
Presidente da Câmara Rui Coelho, para tomar contacto com obras em curso e
problemas pendentes.
Fleming
de Oliveira acompanhou o visitante, com quem tinha relações pessoais, desde o
tempo da Assembleia da República.
Nogueira, Joaquim
Fernando, nasceu em
Matosinhos a 26 de março de 1950.Militante do PSD, foi membro dos Governos de Cavaco Silva, sendo Ministro Adjunto do Primeiro Ministro, dos Assuntos Parlamentares, da Presidência, da Justiça e da Defesa. Em 1995, assumiu a Presidência da Comissão Política do PSD, demitindo-se em 1996 em consequência da derrota nas eleições de 1995 frente a António Guterres. A partir daí abandonou a intervenção político-partidária ativa.
Nogueira, Maria Júlia, nasceu em 6 de julho de 1905, em
Carvalhal de Aljubarrota, aonde viviam os pais.
No dia 6 de
julho de 2005, Maria Júlia festejou 100 anos de idade, sendo a primeira utente
do Lar da Santa Casa da Misericórdia de Alcobaça, a festejar os 100 anos na
instituição.
Segundo a
diretora do Lar, Maria da Luz Caneiro, sem
sorte, sem meios, sem carinho, sem autoestima, não se faz 100 anos. O
segredo para a longevidade de Maria Júlia Nogueira, passou pela soma de muito
pequenas coisas que se poderiam resumir, simplesmente, ao gosto de viver e à autoestima,
sempre em alta.
No dia 6 de
julho de 2005, foi de manhã ao cabeleireiro (Maria Júlia gostava de dizer que
sempre se preocupou em apresentar-se bem e sentir-se bonita), depois à missa e
ao 12h estava a falar para a TVI. A direção da Santa Casa da Misericórdia
fez-lhe várias surpresas e ofereceu um lanche melhorado aos utentes e
familiares. Os meninos do Jardim Escola João de Deus vieram cantar os parabéns
à aniversariante. Maria Júlia nunca teve filhos, mas foi sempre muito dedicada
aos sobrinhos. Também nunca aprendeu a ler nem a escrever, porque no seu tempo
de menina teve de ajudar os pais nos trabalhos do campo e os estudos ficaram
para trás.
Nos tempos
livres de dona de casa, Maria Júlia gostava de fazer renda, pelo que tinha a
casa cheia de naperons.
-Não se
apurou a data do falecimento.
Nogueira, Mário de
Oliveira, nasceu em Tomar, a 11 em janeiro de 1958.
Filho único, morava no centro da cidade, junto à Ponte do
Camelo, sobre o Rio Nabão, que dividia as freguesias e as bandas rivais
Filarmónica Gualdim Pais e a Sociedade Filarmónica Nabantina. Depois de ter
apoiado os GDUP (Grupos Dinamizadores
de Unidade Popular, frente que juntou UDP, MES, FSP e PRP) e a primeira
candidatura presidencial de Otelo, acabaria por aderir à União dos Estudantes Comunistas em 1977, tendo participado no
congresso no pavilhão Carlos Lopes, onde o principal orador foi o Cunhal dos pequeninos, a alcunha de Pina
Moura. Apesar de nunca ter integrado os órgãos do PCP, foi cabeça de lista da
CDU em Coimbra nas legislativas de 1999 e de 2005. Ainda foi deputado municipal
e mandatário nacional da candidatura presidencial de Jerónimo de Sousa.
-Secretário-geral
da FENPROF, criticou duramente o
modelo de formação de professores e voltou a visar o governo e o sistema de
avaliação de docentes que, na sua opinião, se encontra moribundo durante um
debate no dia 25 de fevereiro de 2009, na ESDICA,
no âmbito da Escola Aberta. Nogueira frisou que falta coragem para enfrentar os lobbies da governação e hipocrisia,
pois na equipa ministerial há pessoas
mais teimosas que aqueles animaizinhos com orelhas e rabo compridos.
No
debate participou um representante da Confederação Nacional das Associações de
Pais que solicitou um diálogo sensato entre professores e Ministério da
Educação para resolver o diferendo.
-Henrique
Raposo, escreveu no Expresso, de 18 de junho de 2013, que um professor dá aulas e Mário Nogueira não dá aulas há
mais de 20 anos. Parece mentira, mas este senhor está num perpétuo horário zero
há duas décadas. A sua "carreira" docente conta com 32 anos de
serviço, mas, na verdade, o Glorioso Líder da Fenprof só deu aulas nos
primeiros 10 anos de vida profissional. Os últimos 22 anos foram dedicados ao
sindicalismo profissional. Não, Mário Nogueira não é professor, é sindicalista.
O que me leva a uma pergunta óbvia: como é que alguém que não dá aulas há vinte
anos pode representar com realismo as pessoas que dão aulas todos os
dias? E esta comédia sindical não se fica por aqui. Por artes burocráticas impenetráveis, Mário Nogueira tem sido avaliado como professor: recebeu o "Bom" correspondente à classificação de 7,9 obtida no agrupamento de escolas da Pedrulha, Coimbra (Correio da Manhã, Dezembro 2011). Mais uma vez, um camião de perguntas bate à porta: se não dá aulas, como é que este indivíduo pode ser avaliado como professor? Como é que se opera este milagre da lógica? Entre outras coisas, parece que conferências e artigos de jornal contam para a avaliação de Mário Nogueira. Fazer propaganda da Fenprof, ora essa, é igual ao confronto diário com turmas de vinte e tal garotos. Justo, justíssimo, justérrimo.
Se não é professor, quem
é afinal Mário Nogueira? Na minha modesta opinião de contribuinte assaltado por
horários zero e afins, Mário Nogueira é o verdadeiro ministro da educação. A
cadeira do ministério vai mudando de dono, mas Mário Nogueira está lá sempre.
Os governos sucedem-se, mas a Fenprof está lá sempre. E, com menor ou maior
intensidade, as políticas educativas são determinadas pela Fenprof e não pelos
governos democraticamente eleitos. A força das eleições nunca chega à tal
escola pública, que é autogerida há décadas pela Fenprof. Curiosamente, TVs e
jornais nunca fazem fogo sobre este sindicato. O poder da educação está ali,
mas as redações só sabem queimar ministros atrás de ministros. Nunca ouvi ou li
uma entrevista a Mário Nogueira. Só vi e ouvi tempos de antena.
Quem é Mário Nogueira?
Um dos inimputáveis do
regime.
Nuñez, Raul Piñeiro, mais conhecido como o Espanhol, nascido a 25 de fevereiro de
1922 em Sabajanes, concelho de Mondariz, província de Pontevedra, Galiza, veio
para Portugal com 10 anos de idade, ficando a viver em Lisboa.
Casou
com a alcobacense, Maria Celeste de Sousa Silvestre, pois começou a vir em trabalho
todas as semanas a Alcobaça. Embora conhecendo Portugal de norte a sul,
Alcobaça era para ele a sua terra preferida, onde se radicou definitivamente e
na qual arranjou boas amizades.
Nos
últimos meses de vida, decidiu não ser sepultado na Galiza, optando pelo
cemitério de Prazeres de Aljubarrota, ao invés de 99,9 % dos galegos que fazem
questão de regressar às origens.
Faleceu
em outubro de 1997.
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