NO
TEMPO DE PESSOAS “IMPORTANTES” COMO NÓS
50
Anos da História de Alcobaça Contada através de Pessoas
Godinho,
Jorge de Carvalho, nasceu a 31 de agosto
de 1941 na maternidade Alfredo da Costa/Lisboa.
Fez
licenciatura em Silvicultura no Instituto Superior de Agronomia, a qual
terminada lhe permitiu trabalhar no Centro de Estudos do Castanheiro/Alcobaça a
convite do Eng.º. Columbano Taveira Fernandes, sobre o castanheiro e a nogueira
com especial incidência no aspeto patológico e, em particular, sobre a doença
da tinta. Para estes trabalhos, havia vários campos experimentais no Concelho
de Alcobaça, Castelo de Vide, Guarda e Distrito de Viseu.
De 1
de outubro de 1973 a 30 de junho de 1974, fez em França /Montpellier, dois
estágios com a duração de cerca de 5 meses cada.
Jorge
Godinho, veio para Alcobaça como Engenheiro Tarefeiro, tendo em 1975 passado a
Engenheiro de 3ª. classe.
Em
fins de dezembro de 1979 tendo o Centro de Estudos do Castanheiro sido extinto
transitou para Estação Nacional Fruticultura de Vieira Natividade, onde
permaneceu até se reformar em 31 de julho de 2003. Na ENFVN, foi colocado no
departamento de Frutos Secos, onde colaborou em projetos e prestou assistência
a técnicos e agricultores.
Em
1982, foi promovido a Engenheiro de 2ª. classe, em 1988 a Engenheiro de 1ª.- classe e, finalmente em
1993 a Engenheiro Assessor em todos os
casos sempre por meio de concurso.
Reformado,
com vida pacata, frequenta a Universidade Sénior de Alcobaça.
Considera-se
religioso e praticante q.b., embora
pertença a Irmandade, Apostolado da Oração e frequente serões da Opus Dei, em
Alcobaça.
-É um
benfiquista assumido, vê todos os jogos que a TV transmite, mas não frequenta o
estádio.
Gomes Pereira, António, nasceu na Castanheira/Coz, em 31 de
maio de 1932, no seio de família humilde.
Não frequentou a Escola Primária, tendo
efetuado apenas a quarta classe, quando foi prestar Serviço Militar em Leiria.
Terminado este, foi trabalhar na agricultura e posteriormente em madeiras,
comprando pinhais e eucaliptais, com António Mateus, de Picamilho.
Estabeleceu-se por conta própria como madeireiro, até se dedicar à construção
civil durante cerca de 30 anos.
Mais tarde fez uma sociedade com a
filha Helena, sociedade que hoje em dia se dedica fundamentalmente a
administrar os prédios que possui.
-Encontra-se reformado.
Gomes
Pereira, José António, nasceu na Quinta dos
Capuchos, Évora de Alcobaça, é Engenheiro Agrónomo, pelo Instituto Superior de
Agronomia, onde foi monitor da Cadeira de Horticultura e Arboricultura.
Ocupou
grande parte da vida profissional na investigação agronómica na ENFVN/Estação
Nacional de Fruticultura de Vieira Natividade, em Alcobaça, participou em cerca
de 90 Congressos, Colóquios e Seminários nesse âmbito, proferiu lições de
especialização em Frutos Secos em todos os estabelecimentos de
ensino superior agrário nacionais e publicou 40 trabalhos
técnico-científicos em especial nessa área da fruticultura, com especial
ênfase para o melhoramento genético da nogueira e para a seleção clonal do
castanheiro.
Foi responsável pelo Departamento de Frutos Secos da ENFVN,
coordenador das ações de investigação da UE, desenvolvidas no Instituto
Nacional de Investigação Agrária, sobre Frutos Secos e Damasqueiro (1990/1994)
e coordenador da FAO do Subgrupo Castanheiro para a área Sul da Europa, Médio
Oriente e Norte de África (1991/1996).
Em 1999 ingressou na Direção Regional de Agricultura (DRARO /
DRAPLVT) onde foi Chefe de Divisão de Infraestruturas Rurais, Hidráulica,
Engenharia Agrícola e Ambiente, Chefe de Divisão de Ambiente e da
Biodiversidade, Diretor de Serviços de Valorização Ambiental e Apoio à
Sustentabilidade.
Foi ainda Presidente
da Direção da Associação dos Agricultores da Região de Alcobaça, de 1986 a 1991
e da Assembleia Geral da mesma associação de 1991 a 1999, Presidente da Direção
da Cooperativa Agrícola de Alcobaça de 1991 a 1997 e Presidente do Conselho
Consultivo das Frutas e Legumes da CAP, de 1993 a 1997.
Com
raízes de gerações na atividade agrícola familiar na região, intensificou e
especializou, desde 2002, a atividade vitivinícola na Quinta dos Capuchos,
orientada para produção de vinhos de qualidade, reconhecidos nos mais
importantes certames internacionais, onde, de 2012 a 2016 foram galardoados
com medalhas de ouro (Concurso Mundial de Bruxelas), medalhas de prata
(Concurso Mundial de Bruxelas e Concurso Internacional de Londres), e de
bronze (Concurso Internacional de Londres).
Os
vinhos produzidos em Alcobaça viveram em 2016 mais uma vez dias de sucesso.
Depois de o Montes Branco 2014, da Adega Cooperativa, e o Memória Reserva
Branco 2014, da Quinta dos Capuchos, terem sido premiados, no dia 6 de maio de
2016, com medalhas de ouro no Concurso Mundial de Bruxelas, o Montes Tinto Colheita
Selecionada, da Adega de Alcobaça, conquistou uma medalha de prata no Concurso
Vinhos de Portugal 2016 e o Memória Reserva 2012, da Quinta dos Capuchos,
obteve uma recomendação no Internacional Wine Challenge, em Londres.
Nos
dias 23 a 30 de outubro de 2016, Alcobaça e os seus sabores tradicionais
estiveram representados na Lx Factory, em Lisboa, no Mercado Lx Rural.
À
semelhança do evento Vinhos da Região de Lisboa, que teve lugar em junho e
julho de 2016, Alcobaça foi à capital mostrar as suas potencialidades
turísticas e económicas e junto, dos potenciais turistas/visitantes,
as marcas identitárias de ginja, vinhos, chita, doces, queijos, maçã,
entre outros produtos.
A
OestCIM e os doze Municípios do Oeste, da qual Alcobaça faz parte, participarão
em 48 mercados do LX Rural, até junho de 2017, com o objetivo de promover a
marca Oeste Portugal e os produtores da Região Oeste. O mercado
realizou-se na LX Factory, em Alcântara,
Lisboa.
Viveu e cresceu na Freguesia de Bárrio,
tendo frequentado o ensino secundário em Alcobaça.
Em 1998 aos 18 anos ingressou no curso
de Direito na Universidade Clássica de Lisboa, tendo tido a oportunidade de
aprender Direito com os distintos
Professores Marcelo Rebelo de Sousa, Jorge Miranda, António Sousa Franco,
entre outros, e aí se licenciou em 2003 na vertente Jurídico-Económicas.
Realizou um breve curso de gestão e
administração de pequenas empresas, ministrado pelo ISLA e a Associação
Nacional de Jovens Empresários.
Ingressou na Ordem dos Advogados
exercendo advocacia há 11 anos (2016).
Posteriormente fez pós graduação em
Fiscalidade e colaborou com o Serviço de Finanças de Caldas da Rainha.
Tornou-se membro da Assembleia de
Freguesia de Bárrio onde permaneceu durante 8 anos.
Foi Presidente da Assembleia da
URBA/União Recreativa do Bárrio.
É Técnica Superior de Higiene e
Segurança no Trabalho.
É Advogada, Presidente de Junta da
Freguesia do Bárrio desde 2013, esposa e mãe.
Sucedeu a Presidentes da Junta de
Freguesia (após 25 de abril de 1974) como, João Marques Soares de Figueiredo,
de 15 de novembro de 1971 a 13 de janeiro de 1975, Álvaro Marques António
(Presidente da I Comissão Administrativa) de 18 de janeiro de 1975 a 3 de
janeiro de 1977, José Aníbal Soares de Sousa, de 4 de janeiro e 1977 a 26 de
janeiro de 1983, Joaquim Veigas Alexandre de 27 de janeiro de 1983 a 6 de
janeiro de 1986, José Resende Amador, de 7 de janeiro de 1986 a 14 de janeiro
de 1995 e a Orlando Marques Pereira, de 14 de janeiro a 2013.
Adoro
viagens, conhecer o mundo, as gentes, a novidade e a diferença. Gosto
de movimento, da vida citadina e do mar, mas não gosto de estar só. A Vida é para ser vivida com a família e amigos,
com um sorriso sempre presente e uma mão estendida.
-As eleições
autárquicas do dia 29 de setembro de 2013 consagraram seis novos presidentes de
Junta de Freguesia, entre as 13 autarquias do concelho de Alcobaça. Foram os
casos da União de Freguesias de Alcobaça e Vestiaria e das freguesias de
Alfeizerão, Bárrio, Benedita, Maiorga e Turquel.
Filipa Gomes, do
Bárrio (independente), admitiu que é um
voto de confiança que merece o meu empenho e dedicação.
-A Junta de Freguesia do Bárrio
promoveu o projeto Barrienses pelo Mundo,
a pensar em todos os que partiram da sua terra. Barrienses pelo Mundo pretende ser um projeto de partilha de
experiências da sua ida e do local que os recebeu, partilha de memórias da sua
terra, mas também um projeto que dará a conhecer o Bárrio além-fronteiras e que
captará as atenções para o que de melhor a freguesia terá para oferece,
explicou Filipa Gomes. É um convite ao
conhecimento da nossa terra, à captação de turismo, dinamização económica e o
criar raízes para um futuro promissor, acrescentou a presidente da
Junta.
Filipa Gomes lançou o convite, façam parte da nossa História, publiquem a
vossa História, partilhem connosco as memórias.
-Inês Ferreira, da freguesia de Évora
de Alcobaça, foi eleita Miss Chita 2015,
no Baile de Chita que decorreu, a 9 de maio 2015, no Bárrio. O evento,
organizado pela Junta de Freguesia e que decorreu na URBA, reuniu candidatas de
sete freguesias do concelho de Alcobaça, Bárrio, Alcobaça-Vestiaria, Cela,
Évora, Aljubarrota e Pataias-Martingança e Maiorga. O júri premiou, diversas categorias. O melhor vestido foi
para Ana Grave (Aljubarrota), o traje mais original para Ana Fernandes
(Alcobaça-Vestiaria), Catarina Pereira foi eleita Miss Bárrio, enquanto Natacha Cipriano (Pataias-Martingança) foi
distinguida como Miss Freguesia.
Vitorina Rocha (Maiorga) ganhou o prémio Miss
Postura. Na categoria de princesas
(até aos 12 anos), foi vencedora Laura Baltazar (4 anos), seguida de Carolina
Durão (1 ano) e Inês Durão (6 anos).
Assistiram ao Baile de Chita cerca de
duas centenas de pessoas, ficando a promessa de que o evento se irá repetir,
desta feita na freguesia de Pataias-Martingança, em data a confirmar.
A Orquestra Juvenil da Freguesia do
Bárrio animou musicalmente a noite, que terminou com um baile.
-Qualifico
o meu mandato como uma tendência para desenvolver e ajudar socialmente e
culturalmente a freguesia e as pessoas e não tanto a melhoria como eu gostava,
das infraestruturas. Como não tenho dinheiro, tive de enveredar por outros
projetos que achava que a freguesia merecia e não tinha e desta forma
conseguimos cativar a população a gostar mais do seu Bárrio.
Quanto à situação financeira da Junta
quando tomou posse e agora, diz que a
considero igual, apenas com uma diferença, com o protocolo que se assinou com a
Câmara relativamente à delegação de competências, a Junta agora tem mais verba.
Mas não chega, tendo em conta as novas competências.
Acrescenta que a sua relação
com a Câmara tem sido boa mas gostava que fosse mais eficaz. Por vezes (lastima), o Bárrio sente-se um bocadinho esquecido
no investimento financeiro municipal.
Gomes,
Mariana, natural de São Martinho do Porto, foi
uma das concorrentes ao programa Peso
Pesado Teen, transmitido pela SIC aos domingos à noite, no qual
participaram 18 concorrentes.
Mariana
Gomes, esteve durante três meses no concurso e pesava 140,6 quilos quando o
programa teve início e durante aquele período perdeu cerca de 24% do peso
inicial, terminando o concurso com 106,6 quilos.
Estudante
de Gestão e Produção de Pastelaria em Caldas da Rainha, Mariana suspendeu a
matrícula para participar no concurso.
Gomes,
Nélio José dos Santos, natural da Marinha Grande,
nasceu a 12 de janeiro de 1978 e reside em Paredes da Vitória. Licenciado em
Proteção Civil pelo Instituto Politécnico de Leiria, é Técnico Superior de
Proteção Civil, no Quadro Privativo da Câmara Municipal de Alcobaça, onde
ingressou 15 de março de 2000, com a categoria de Assistente Administrativo.
Ascendeu
à categoria de Técnico em 2003, sendo que, em 2008, após a conclusão da
Licenciatura, ingressou na categoria de Técnico Superior, sempre ligado ao
Serviço Municipal de Proteção Civil, onde evoluiu na carreira, nos
conhecimentos e na experiência da Proteção e Socorro, funções que exerce
atualmente.
É
Comandante dos Bombeiros Voluntários de Pataias, desde junho de 2006,
Instituição onde ingressou em 1988, na categoria de Infante, com 10 anos de
idade. Com o tempo ascendeu a Cadete, a Estagiário e aos 18 anos
foi promovido a Bombeiro de 3ª classe, após ter frequentado o Curso de Formação
Inicial de Bombeiro.
Em
Setembro do ano de 2000, foi nomeado para a Estrutura de Comando do Corpo de
Bombeiros de Pataias na categoria de Adjunto de Comando, e em junho de 2004 dentro
da Estrutura de Comando do Corpo de Bombeiros de Pataias ascendeu à categoria
de 2º. Comandante, funções que exerceu até ser nomeado Comandante do Corpo de
Bombeiros de Pataias, em Junho de 2006.
Católico,
social-democrata, acredita que é no trabalho em equipa e na partilha de
informação que se consegue superar os desafios e, desta forma, obter uma
sociedade mais justa e equitativa, em todos o seus diferentes estados.
Gosta de ler um bom livro, onde a
ficção se misture com dados históricos e científicos, de uma refeição
acompanhado dos verdadeiros amigos, de uma conversa premiada pela cordialidade,
respeito e sabedoria, onde se possa juntar o saber e a experiência dos mais
velhos, com a dinâmica e irreverência dos mais novos, de viajar onde se possam
fundir a história, a cultura, a gastronomia e novas culturas e enfim de ver um
bom jogo de futebol, gosto que surgiu desde pequeno, onde até aos 17 anos
praticou futebol federado nas camadas jovens do Clube Desportivo Pataiense e no
Atlético Clube Marinhense.
Gomes,
Saúl António, é natural de Leiria e Professor Associado com Agregação do
Departamento de História, Arqueologia e Artes da Faculdade de Letras da
Universidade de Coimbra.
Com
um currículo vasto, Doutorou-se em História, na especialidade de História
Medieval, pela Universidade de Coimbra, em 2000, defendendo a dissertação
intitulada In Limine Conscriptionis, Documentos, Chancelaria e Cultura no
Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra (Séculos XII a XIV).
Tem
vindo a reger na FLUC, várias disciplinas. Colaborou até 1999 com a
Universidade Católica Portuguesa/Pólo de Leiria, lecionando Cultura Portuguesa
do Curso de Língua Portuguesa e Línguas Estrangeiras Aplicadas. Foi Professor
Formador na Área de História do Ramo de Formação Educacional da Faculdade de
Letras de Coimbra no sexénio de 2002/2007 e Presidente da Área de História do
Ramo de Formação Educacional da mesma Faculdade nos anos letivos de 2004 a
2006, Secretário-Geral da Sociedade Portuguesa de Estudos Medievais entre 2003
e 2013, Vice-Presidente do Conselho Científico da Faculdade de Letras da
Universidade de Coimbra, entre 2006 e 2009, Diretor do Curso de História da
FLUC no biénio de 2009-2011, Subdiretor do Departamento de História da
Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, para o biénio de 2009-2011, e
Subdiretor da FLUC entre Julho de 2011 e Julho de 2013.
Tem
participado em inúmeras Comissões Científicas e Congressos, inclusivamente em
Alcobaça, orientado Doutoramentos, Pós-Doutoramentos e Mestrados, efetuado
incontáveis Conferências e Comunicações dentro e fora de Portugal, nomeadamente
no Brasil, Espanha, França, Inglaterra e Itália e coordenado projetos de
investigação, gestão e coordenação editoriais.
É
filiado em várias sociedades científicas tendo recebido prémios, um deles
atribuído à sua obra, em coautoria com Cristina Maria André de Pina e Sousa, Intimidade e Encanto — O Mosteiro
Cisterciense de Santa Maria de Coz (Alcobaça).
Publicou
mais de duas centenas e meia de estudos.
Conhece
bem a História de Cister, em Alcobaça, de que é estudioso reputado.
-Os
autores de Intimidade e Encanto-O
Mosteiro Cisterciense de Santa Maria de Coz, Saúl António Gomes e Cristina
Pina e Sousa, foram homenageados pela população de Coz, no dia 29 de Junho de
2006.
O livro
foi lançado em 1998, e já se encontrava esgotada a primeira edição, de 3 mil
exemplares.
Estiveram
presentes na sessão, o presidente da Câmara Municipal de Alcobaça, Gonçalves
Sapinho, Maria Helena da Cruz Coelho, em representação do Conselho Diretivo da
Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, o padre José, pároco de Coz, e
Álvaro Santo, presidente da Junta de Freguesia.
Gonçalves
Sapinho, lembrou que a ideia da homenagem
partiu de dois habitantes da freguesia, Júlio Cipriano e José Pedro Machado,
regozijando-se que tenha sido a sociedade civil a tomar a iniciativa. José
Pedro Machado era, o detentor da chave do monumento.
Maria
Helena da Cruz Coelho, manifestou satisfação por poder estar nesta homenagem,
pois a sua tese de licenciatura foi sobre
um mosteiro cisterciense, o Mosteiro de Arouca.
Saúl
Gomes, lembrou que teve uma trisavó, de
nome Valentina, que viveu e foi sepultada em Coz.
Instado
a pronunciar-se sobre o estado de conservação do Mosteiro de Coz, Saúl Gomes considerou estar a igreja num estado
razoável, embora sujeita a perdas de mobiliário, que foi retirado. O
historiador lembrou que monumentos com
esta grandiosidade (no caso concreto nunca foi classificado como Monumento
Nacional), têm de estar permanentemente a ser cuidados e restaurados e que uma
das formas de preservar o património é utilizá-lo para as funções para que foi
projetado.
No
entanto, advertiu que a parte conventual
está num estado extremamente deteriorado e precisa de uma intervenção complexa,
que envolve os proprietários e as instituições públicas. O Mosteiro de Coz é um
caso com relevância internacional, não é um caso pequenino e precisa de um
investimento muito avultado por parte dos poderes públicos. É preciso voltar a dar ao monumento a
dignidade que tinha há 200 anos atrás.
Apesar
disso, Saúl Gomes acrescentou que há
muitas coisas que se podem fazer, pouco a pouco, como recuperar o antigo
património móvel do Mosteiro, que foi comprado e vendido para igrejas e
paróquias vizinhas e que era importante e interessante que retornasse ao
Mosteiro. Isso, eventualmente, será uma
utopia, mas uma utopia que envolve um projeto e uma ideia para o Mosteiro.
No
que respeita aos restauros já realizados, o docente da Universidade de Coimbra
informou que foram realizadas as pinturas
e a recuperação do cadeiral, mas há outras coisas importantes, como os altares
em talha dourada, que precisam de um restauro mais profundo e repor peças que
foram levantadas para limpeza e não restituídas.
Outra
questão prende-se com o antigo órgão do Mosteiro de Coz, que se encontra
inativo na I0greja do Sítio, Nazaré. Embora reconhecendo não ser possível pedir
a simples devolução do órgão à Confraria da Nazaré, Saúl Gomes considerou ser viável esse retorno, através de uma
negociação.
O
historiador lembrou que não é a única
peça que lá está, pois existe parte do antigo cadeiral e outras peças.
-Saúl
Gomes, proferiu no Café Tertúlia, no dia 28 de outubro de 2006 uma conferência
sob o título Amores de D. Pedro,
integrada no curso Inês de Castro, organizado pela Sociedade Histórica da Independência de Portugal, coordenado por
Jorge P. Sampaio.
-Saúl
Gomes, em dezembro de 2009, numa palestra realizada para alunos e professores
do Externato Cooperativo da Benedita defendeu que a doação do imenso território de Alcobaça àquele que viria a ser São
Bernardo, foi uma dádiva de Portugal à Europa já que permitiu a construção de
um dos maiores mosteiros europeus. Saúl Gomes defendeu que a oferta do território que deu origem aos
Contos de Alcobaça, foi uma contrapartida pela conquista de Lisboa, rejeitando a lenda que oferta se referiu a
uma promessa pela conquista de Santarém aos Mouros. Neste sentido terá
havido um acordo entre D. Afonso Henriques e o jovem Bernardo de Claraval, que tinha grande influência junto da
Igreja Católica e que Alcobaça foi o prémio pela conquista de Lisboa. Uma
palavra de Bernardo era palavra sagrada, um acordo entre Afonso Henriques e Bernardo fez com que Alcobaça
tivesse ajudado a cimentar Portugal.
-Depois
de a Assembleia da República ter aprovado uma proposta no sentido de reconhecer
os Jerónimos como Panteão Nacional, e a Câmara da Batalha reclamar o mesmo
estatuto para o Mosteiro de Santa Maria da Vitória, Saul António Gomes propôs o
alargamento desse reconhecimento ao Mosteiro de Alcobaça. De facto, Batalha e Alcobaça já são panteões régios e
dinásticos. Não há razões para não existir equidade sobre estes lugares de
memória, aos quais acrescento também o Convento de São Vicente de Fora, em
Lisboa, alega o historiador, para quem o reconhecimento destes monumentos,
como panteões nacionais, é uma questão de
dignidade protocolar, de sentido de
estado, orgulho nacional e de respeito pela memória dos nossos antepassados.
Era bom que o País ficasse uniformizado
nessa matéria, acrescentou. O presidente da Câmara de Alcobaça subscreveu
as palavras do historiador, uma vez que faz
sentido que o reconhecimento do estatuto de Panteão Nacional seja uniforme para
todos.
-Saúl
Gomes e o Professor José Meco juntaram-se, no dia 9 de Abril de 2016, no
Mosteiro de Alcobaça, para mais um Ciclo
de Conferências sobre Estudos Monásticos Alcobacenses, que desta vez se
focou na Administração e reformas na Abadia de Alcobaça nos séculos XV e XVI e
na Azulejaria no Mosteiro.
Saul
Gomes, propôs uma reflexão acerca da vida alcobacense, não só no campo
espiritual e institucional, mas também na sua organização administrativa e
gestão dominial. Durante a apresentação, procurou delinear e problematizar os
significados das linhas de força da história da abadia cisterciense.
José
Meco, docente da Escola Superior de Artes
Decorativas - Fundação Ricardo do Espírito Santo Silva, expôs as artes da
azulejaria no Mosteiro. Através de imagens, mostrou alguns recantos do
monumento onde restam revestimentos em azulejo, alguns deles em mau estado, que
continuam a contar a história da arte decorativa de tempos passados. Um
excelente exemplo de conservação e de obra adequada à época, pertence aos
azulejos que revestem a chaminé da cozinha do Mosteiro cuja montagem revela brio, enquanto a execução é extremamente cuidada
no aspeto, textura e brilho, sublinhou.
-Os Forais Manuelinos afirmaram e reforçaram o exercício dos
direitos autárquicos de Alcobaça, Alfeizerão, Aljubarrota, Alpedriz, Cela, Coz,
Évora de Alcobaça, Maiorga, Paredes da Vitória, S. Martinho do Porto e Turquel.
Todos eles datam de 1 de outubro de 1514, exceto o de
Alpedriz, que é de 20 de março de 1515.
A Câmara Municipal de Alcobaça recuperou, no passado, o Foral
de Turquel e o Foral da Cela, tendo adquirido em 2015 o Foral de Alpedriz. Os
Forais Novos ou Manuelinos foram, um dos acontecimentos mais importantes da
história destas localidades, uma vez que constituíram uma verdadeira base
jurídica legitimadora da ação de cada município, dando-lhe mais autonomia no
domínio político e administrativo, acrescentando-lhe também a garantia do
usufruto de direitos e de privilégios dos seus habitantes. As suas gentes
ficavam, assim, mais protegidas pelo poder régio de eventuais abusos do
senhorio abacial alcobacense. Os Forais Manuelinos regulamentavam, em geral, a
vida económica das populações, fixando os impostos devidos e uniformizando os
padrões dos pesos e medidas. Afirmavam, ainda, as liberdades, as isenções e os
privilégios de foro social e jurídico dos vizinhos de cada concelho. No âmbito
das comemorações que se iniciaram em 2014, na Maiorga, houve várias iniciativas
promovidas pelo Município de Alcobaça, Juntas de Freguesia e escolas do
concelho, que incluiram uma dramatização alusiva à outorga dos forais por D.
Manuel I, preparada pelos professores de História dos Agrupamentos de Cister,
S. Martinho e Externato Cooperativo da Benedita.
-Passados
500 Anos da Outorga dos Forais do
Concelho de Alcobaça por D. Manuel I, a Câmara Municipal de Alcobaça, com
coordenação científica de Saúl António Gomes, editou um livro que retrata o processo mais longo e abundante da
história da concessão de forais do País. Palavras do historiador durante a
apresentação do livro, que decorreu no dia 22 de setembro de 2016, no Mosteiro
de Coz, no âmbito das Jornadas Europeias do Património, e encerrando as
comemorações da efeméride no concelho. Alcobaça
protagoniza o mais longo processo dos forais na história do municipalismo
português, frisou Saúl António Gomes, considerando ser compensador dar um importantíssimo capítulo que faltava à história
do concelho. Recordando que a Abadia de Alcobaça foi o maior senhor feudal de Portugal, o professor contou que nos terrenos vizinhos dos coutos de Alcobaça
pagava-se um oitavo de imposto, enquanto a Abadia cobrava um quarto e, no
entanto, devido à fertilidade dos solos, as pessoas preferiam mudar-se para
esta região. Para o historiador, que considera os pelourinhos do concelho
os mais bonitos do País, o livro é documental, mas conta muitas novidades
etnográficas que os alcobacenses vão gostar de saber.
Para
Inês Silva, os ganhos desta obra e destas
comemorações não se podem contabilizar.
O
Presidente da Câmara notou que, com a
publicação desta obra (cujo preço de
venda ao público é inferior ao de custo), a
autarquia cumpre o seu desígnio de
contribuir para tornar perene um período essencial da história de Portugal,
pois só compreendendo a nossa história poderemos evoluir como povo e como Nação.
Na
verdade Saúl Gomes concluiu um grande desafio da sua vida, ao publicar o livro 500 anos da Outorga dos Forais do Concelho
de Alcobaça por D. Manuel I. O historiador já tinha colaborado com o Região
de Cister, assumindo a coordenação científica da publicação dos forais
manuelinos.
-As Jornadas Europeias do Património,
organizadas pela Direção Geral do
Património Cultural, foram agendadas para os dias 23 a 25 de setembro de
2016, e assinaladas nos concelhos de Alcobaça e Nazaré, com mais de duas
dezenas de eventos, sempre com entrada livre.
Visitas,
jogos tradicionais, rotas e itinerários culturais, lançamento de publicações,
sessões de leitura, exposições, espetáculos, recriação e encenações históricas,
ateliers lúdicos, oficinas pedagógicas e workshops, fizeram parte do programa
deste ano.
Na
Nazaré, foi programado um percurso sobre a Praia dos Pescadores, que passaou
por locais como as igrejas de Santo António e de Nossa Senhora dos Aflitos, a
Capitania, o Centro Cultural e o Porto de Abrigo, terminando na Lota da Nazaré.
O Museu Joaquim Manso foi um local de passagem obrigatória.
Em
Alcobaça, as jornadas passaram pelo Centro de Bem Estar de Coz que participou
nas Jornadas, com a realização de uma oficina viva de introdução à técnica
artesanal de fabrico das ceiras e esteiras.
O
Mosteiro de Alcobaça foi o local de excelência destas jornadas, com a
organização de onze eventos.
A
Câmara de Alcobaça organizou, no dia 24 pelas 10:30 horas, uma visita ao
percurso pedonal Rota do Amor,
envolvendo pontos emblemáticos da cidade.
Sem comentários:
Enviar um comentário