NO
TEMPO DE PESSOAS “IMPORTANTES” COMO NÓS
50
Anos da História de Alcobaça Contada através de Pessoas
Vicente, Maria, é
nome que partilha com a avó. Está igualmente inserido no seu, entre o primeiro e o último nome, pelo que não é um pseudónimo, fazendo parte integrante da sua identidade. Nasceu em 1967 na Vestiaria, cursou e concluiu Línguas e Literaturas na Universidade Clássica de Lisboa, sendo desde 1983 Professora no Ensino Básico e Secundário. Nos últimos tempos, tem se dedicado à formação de adultos em contexto prisional.
Em criança sentiu vocação para o ensino e escrita e começou a escrever textos. No seu percurso de formação cultural teve mestras da vida e de sensibilização estética, professoras que a ensinaram e encorajaram a escrever. No dia-a-dia a leitura, atividade de prazer, conhecimento e estudo, constitui uma potencial oficina de escrita considerando esta como um impulso vital.
Vicente,
Silvestre Luís Rodrigues,
faleceu a 30 de setembro de 2003, vítima de acidente de viação.
Pessoa
muito conhecida e estimada, mesmo para além do seu meio social e de residência,
foi fundador e grande dinamizador da Bandinha da Alegria e de outros grupos
musicais que interpretavam principalmente música portuguesa com sucesso nas
festas populares.
Músico
e apreciador de coisas nacionais, foi um grande impulsionador da Banda
Filarmónica de Turquel.
Comece-se
por dizer que os seus membros fazem todos, e com muito gosto, parte da chamada
terceira idade. O grupo teve a sua origem em 5 irmãos Vicente, naturais de
Turquel, que se juntaram fundando o Conjunto Irmãos Vicente. Todos eles eram
músicos da Filarmónica de Turquel, que tinha sido criada pelo patriarca da
família. Começaram por animar os bailes da terra e localidades vizinhas e com o
decorrer dos anos outros músicos se lhe juntaram.
Mais
tarde, os filhos formados no Conservatório de Lisboa, juntaram-se aos pais e
alteraram o nome do grupo que passou a chamar-se Vicente Band. Mas a nostalgia dos Irmãos Vicente foi mais forte e
por isso o núcleo fundador, agora com mais alguns amigos vindos das bandas
filarmónicas da região, passou definitivamente a Bandinha da Alegria, convidada para animar a Expo98, acontecimentos
por todo o Portugal e mesmo para França, para emigrantes portugueses.
-A
Bandinha da Alegria, animou o certame
no dia da inauguração da Feira de S. Bernardo de 2002. Contudo o programa
recreativo, pouco benéfico para a cultura popular, não contou nesse ano com o
habitual Festival de Folclore e a atuação dos ranchos do concelho. A música tradicional da região, por naturais
do concelho, ficou de fora dando lugar a artistas nacionais pagos a peso de
ouro, muitos de qualidade duvidosa.
-A
TVI esteve frente ao Mosteiro de Alcobaça a fazer emissão em direto do programa
Olá Portugal, apresentado por Manuel
Luís Goucha, na manhã do dia 24 de setembro de 2002, onde se falou só de
Alcobaça. Um dos intervenientes em destaque foi a Bandinha da Alegria, cujos músicos são aplaudidos em todo o país.
Numa terra de fortes tradições musicais, nasceu este grupo peculiar que defende
com unhas e dentes a música popular portuguesa. Tocou três modas e teve a honra
de encerrar o programa televisivo emitido com êxito para todo o país. O seu dinamizador,
Silvestre Vicente, foi entrevistado. Manuel Luís Goucha gostou tanto que
convidou a Bandinha a voltar à TVI em
programa a realizar nos estúdios no Porto, no dia 2 de outubro seguinte.
-A
Bandinha da Alegria, já sem Silvestre
Vicente, foi convidada a participar na Praça da Alegria, da RTP1, no dia 11 de
março de 2004, programa emitido diariamente e de manhã a partir do Porto, com a
participação de alguns dos melhores apresentadores da televisão portuguesa,
como a bonita Sónia Araújo, Jorge Gabriel e Hélder Reis. Este programa recria
as típicas praças existentes na Ribeira do Porto e a música portuguesa encontra
um espaço privilegiado de divulgação.
-A
Bandinha da Alegria, atuou na RTP no
programa Praça da Alegria, conduzido
por Jorge Gabriel e Sónia Araújo. no dia 5 de janeiro de 2005, onde tocou um
número, pondo os assistentes a dançar durante alguns minutos. Finalizada a
bonita e ritmada melodia, Jorge Gabriel reuniu os músicos da Praça com os da
Bandinha para executarem em conjunto um número musical.
-No
dia 9 de janeiro de 2006, a Bandinha da
Alegria foi atuar de novo na Praça da
Alegria, abrindo o programa com um pasodoble,
pondo os assistentes em movimento a condizer com o alegre número. O conjunto
alcobacense encerrou a atuação com a popular melodia Ó Senhor de Matozinhos, tema conhecido da música tradicional
portuguesa.
-No
dia 18 de abril de 2008, a Bandinha da
Alegria, abriu o programa de a Praça da Alegria com música do seu variado
repertório, seguida de ginástica com todos os presentes no programa fazendo o
que o professor brasileiro indicava. O programa terminou ao fim da manhã com
outro tema musical da Bandinha.
Vieira, Alberto, natural da Maiorga, nasceu a 6 de
outubro de 1933 e faleceu a 22 de outubro de 2015, vítima de problemas de saúde
que o afetavam e se agravaram, causando-lhe bastante sofrimento.
-Membro empenhado na sua
paróquia, foi dirigente de várias coletividades dos concelhos de Alcobaça e da
Nazaré. -A nível jornalístico, além de correspondente de O Alcoa, por mais de cinco décadas, foi colaborador do Diário de Leiria, da Rádio Cister e da Rádio Benedita FM, correspondente em Alcobaça da Gazeta dos Desportos, quando o Ginásio disputou a 1.ª Divisão, em 1982/83.
-A. Vieira,
esteve ligado ao projeto da requalificação da antiga moagem de Leiria.
-Nos
últimos anos, foi representante em Portugal do comendador Armando Lopes,
empresário natural de Ourém, há décadas emigrado em França, responsável pela
construção do Edifício 2000 e promotor do projeto de requalificação do edifico
da antiga moagem de Leiria, cujas obras haviam começado recentemente. Estava
marcada para o dia 28 de outubro, a apresentação pública do empreendimento,
mas, a sessão foi cancelada devido ao falecimento.
-Alberto Vieira tinha 82
anos e residia há várias décadas em Valado dos Frades, onde casou,
constituiu família e foi sepultado. Praticou futebol na BIR e fez parte da
equipa que garantiu o apuramento para a 3.ª Divisão nacional, em 1958/59.Amante do desporto, acompanhou o Ginásio Clube de Alcobaça, clube do coração, durante várias décadas, fazendo relatos para a Cister FM e Benedita FM e assinando a página desportiva de O Alcoa. A ligação aos azuis compreendeu o desempenho de funções de dirigente, tendo sido presidente da Assembleia Geral. Também foi dirigente da Associação de Dadores de Sangue do Concelho da Nazaré.
Vieira, Carlos, uma das vozes mais conhecidas da Rádio Alfa/Paris, morreu no dia 9 de
março de 2013, em Portugal, onde se encontrava de férias, vítima de ataque
cardíaco fulminante. O funeral teve lugar em Valado de Frades, de onde era
originário.
-Carlos
Vieira aprendeu a arte da rádio com o pai, em Portugal, mas emigrou para França
na década de 1980. Primeiro começou por ser empregado bancário na região de
Bordeaux, antes de seguir para Paris onde foi trabalhar para uma empresa de
Armando Lopes, o patrão da Rádio Alfa,
ainda antes de este a ter comprado. Carlos Vieira estava praticamente todos os
dias na rádio, reservando para si apenas as quartas-feiras para passar com o
filho. Na semana anterior, despediu-se da antena, no programa Alô Paris que
animava todos os dias, das 14h00 às 17h00 e foi passar as férias escolares do
filho, em Portugal.
Carlos
Vieira era muito conhecido e estimado em Alcobaça e sempre que possível
divulgava a região aos microfones da estação parisiense, cujo auditório é
fundamentalmente de portugueses ou luso-descendentes.
Efetuou
programas em direto a partir de Paris conjuntamente com a Benedita FM e Rádio Cister.
Vieira, Fernando da Conceição, nasceu a 12 de janeiro de 1948 em
Alformegel/Almoster. Começou por correr em festas, tendo ingressado como
popular no Sporting Clube de Alverca, onde ganhou diversas provas. Passou em
seguida para o Benfica, tendo ainda representado a Âmbar. Foi campeão regional
de Rampa sendo a sua especialidade as provas clássicas como Porto/Lisboa e
Lisboa/Porto que venceu, Camisola Amarela em diversos prémios e ganhou alguns
circuitos. Participou na Volta a Espanha e em diversas Voltas a Portugal.
Obteve um quarto e um sexto lugar na Volta à África do Sul. Foi terceiro
classificado na Volta aos Açores. Fundador e posteriormente Presidente do
Alcobaça Clube de Ciclismo, foi um dos homenageados no dia 4 de novembro de
2006 no Mosteiro de Alcobaça na Grande Gala do Ciclismo.
Ex-ciclista
de alta competição e conhecedor da modalidade, Fernando Vieira ainda vibra com
os êxitos do ciclismo e sofre os problemas a fundo.
-Radicado
em Alcobaça desde 1974, tem a vida
repartida entre os automóveis que tem que vender por dever profissional e a
paixão pelo ciclismo.
Nasceu
a 1948 em Alforgemel, e ali fez os estudos primários. Aos 11 anos, teve a sua
primeira ocupação como guardador de rebanhos e dois anos depois foi aprender o
ofício de bate-chapas para Santarém. Deslocava-se de bicicleta perfazendo 40
quilómetros diários, que lhe deram preparação física e fizeram nascer o gosto
pelas bicicletas. Foi por essa altura que começou a participar nas corridas que
se faziam nas festas das aldeias vizinhas.
Apaixonado
pelo ciclismo o gosto aumentou quando anos depois, aos 500 escudos que tinha
amealhado juntou outros mil que lhe foram dados pelo pai e irmão e comprou a
primeira bicicleta. O serviço militar aos 19 anos levou-o para a Força Aérea em
Alverca, onde se inscreveu na equipa de ciclismo daquela localidade, revelando
capacidade. Um ano depois, ingressou no Benfica na categoria de amador, aí
permanecendo vários anos, participando em provas. Em 1973 abandonou o Benfica e
passou a correr pela Ambar. Em 1975 regressou ao Benfica onde ficou até 1977,
altura em que abandonou o ciclismo de alta competição.
A
partir daí, o seu contributo pelo desenvolvimento da modalidade revelou-se no
apoio à formação de várias equipas.
Alguns
circuitos da região de Alcobaça têm contado com a sua ajuda, nomeadamente o
Circuito (anual) de Ciclismo de S. Bernardo, integrado nas festas do concelho.
-Em
1970, durante um estágio, os ciclistas do Benfica, pernoitaram na extinta Pensão Primorosa, em Alcobaça. Ali
Fernando Vieira conheceu Margarida Areias com quem viria a casar em 1974,
fixando residência em Monte de Bois. Com duas filhas, tornou-se alcobacense por
adoção.
-É
proprietário de uma oficina de reparações automóveis, em Monte de Bois.
Vieira, Joaquim
Carvalho, nascido a 3 de junho de 1927, desde muito cedo se dedicou às causas públicas da sua terra, Cela
Velha. Abraçou de corpo e alma o folclore inventariando as danças e cantares
perpetuando-os para que não se perdessem. A par disso, soube de forma autodidata
desenvolver um notável trabalho de pesquisa e recolha de danças, cantigas, modinhas,
trajes, objetos, utensílios, tradições gastronómicas, que caracterizam a
povoação da Celha Velha e o seu quotidiano ao longo dos tempos. Legou-nos todo
esse trabalho, que ficou preservado no acervo daquilo que deveria ser um museu
popular e agrícola da Cela Velha, bem como na atividade do Rancho Folclórico e
Etnográfico “Papoilas do Campo”.
Pela sua mão, o Rancho da
Cela Velha levou e elevou o nome da Freguesia pelo País fora, conquistou o
estatuto de coletividade de utilidade pública e o melhor galardão de qualidade
que foi a sua admissão como membro da Federação Portuguesa do Folclore.
A sua notável dedicação fez
dele não só um dedicado dirigente do Rancho da Cela Velha, mas um notável
folclorista e um etnógrafo popular de inestimável valor.
Veio a falecer em 29 de Setembro de
1997, deixando na Cela Velha um valioso património com o qual enriquece o
prestígio da nossa freguesia.
Por conseguinte, entende a Freguesia,
através dos seus órgãos autárquicos (Junta e Assembleia de Freguesia),
homenagear um dos seus mais diletos e ilustres fregueses, através da atribuição
do seu nome a uma rua daquela localidade, hoje denominada Rua da Nazaré.
Um gesto simples, que nada mais
pretende senão honrar a sua memória que com simplicidade ergueu feitos
grandiosos.
Entregamos esta proposta a V. Exª
Presidente da Assembleia de Freguesia da Cela para consideração, aceitação e
posterior discussão e votação neste fórum.
(conforme
proposta de 10 de abril de 2008, subscrita por Dulce Alves/PSD, João Fã/PS,
Joaquim Olímpio/CDU e Joaquim Marques/independente, aprovada por unanimidade).
-Joaquim
Carvalho Vieira, faleceu ao final da
tarde do domingo 28 de setembro de 1997, com 70 anos de idade, deixando mais pobre o folclore da região de
Alcobaça e o Rancho Folclórico e Etnográfico Papoilas do Campo, da Cela
Velha. O funeral constituiu uma profunda manifestação de pesar na qual se
incorporaram centenas de pessoas, entre os componentes do Rancho Folclórico que
dirigiu, familiares, e muitos amigos e admiradores.
O
Executivo da Câmara de Alcobaça encerrou os trabalhos mais cedo para se
associar ao cortejo fúnebre, onde marcaram também presença ex-presidentes da
Câmara de Alcobaça como Rui Coelho, Joaquim Augusto de Carvalho, presidentes de
juntas de freguesia do concelho, a viúva de Humberto Delgado e filha Iva, Álvaro
Laborinho Lúcio, representantes de ranchos folclóricos e de outras
instituições.
Vieira, José Ribeiro, de
68 anos, faleceu no dia 20 de janeiro de 2012, após a luta mais difícil e inglória que travou ao longo da vida.
Um
problema de saúde interrompeu o percurso empresarial e cívico, iniciado há mais
de quatro décadas. Como considerou alguns meses antes, foi reformado pela natureza. Será ela que me mandará parar.
José
Ribeiro Vieira, era um insatisfeito por
natureza e terá sido essa característica que o levou até à Academia Militar
e ao Instituto Superior Técnico, numa época e num contexto em que não era muito
comum prolongar os estudos. Mais tarde, já na carreira militar com a patente de
Major e com um percurso seguro e tranquilo pela frente, decidiu lançar-se no imprevisível mundo empresarial, nomeadamente
na imprensa.
-Natural de Cortes,
freguesia rural de Leiria, Ribeiro Vieira era oriundo de uma família de
agricultores, pessoas simples, com algumas posses, mas de pouca instrução
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