segunda-feira, 21 de janeiro de 2019


NO TEMPO DE PESSOAS “IMPORTANTES” COMO NÓS

50 Anos da História de Alcobaça Contada através de Pessoas


Rosa, Luís Manuel Guerra da Silva, nasceu a 12 de junho de 1954.
Filho único de Luís da Silva Rosa e de Amélia Ferreira Guerra da Silva Rosa, residentes em Alcobaça, nasceu na Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa, uma vez que a mãe sofria de anemia crónica e tinha 39 anos na altura do parto, que foi por cirurgia cesárea.
Luís Guerra-Rosa, como gosta de assinar, entrou para a escola primária na cidade de Panjim, em Goa, no antigo Estado Português da Índia, porque o pai na altura era subgerente na sede local do Banco Nacional Ultramarino (BNU). Com a ocupação de Goa em dezembro de 1961, pela União Indiana, os pais regressaram a Portugal. Durante o ano letivo 1962/1963 ainda chegou a ser aluno do professor Elias Cravo em Alcobaça, mas, completou a 4ª. Classe em 1964 na cidade de Tomar, pois o pai passou a trabalhar na agência do BNU nessa cidade.
Concluiu o Terceiro Ciclo (antigo sétimo ano, alínea f), no Liceu Nacional de Santarém, em 1971, com a classificação final de dezasseis valores. Com 17 anos pretendia estudar para ser engenheiro nuclear pois na altura era uma atividade que se anunciava bem remunerada e enquadrada nos propósitos de instalação de uma central nuclear no nosso país, mas cedo se desiludiu pois, não estando interessado em emigrar, o 25 de abril de 1974 alterou-lhe por completo os desígnios, e nuclear não, obrigado.
Por isso, enveredou pela engenharia metalúrgica uma vez que, sob a égide dos Governos provisórios, que se seguiram ao 25 de abril, passou-se a falar do Plano Siderúrgico Nacional. Pelo contacto com os seus professores no Instituto Superior Técnico, em Lisboa, ficou fascinado pela siderurgia existente no Seixal, que, sem qualquer dúvida, constituía uma das realizações industriais mais importantes em Portugal à data. Projetada em 1973, e com arranque da produção industrial em 1976, a SN, já nacionalizada na sequência do 11 de março de 1975, foi aumentada com um outro estabelecimento localizado em São Pedro Fins, concelho da Maia. Quando Luís Guerra Rosa concluiu a sua licenciatura em Engenharia Metalúrgica, pelo Instituto Superior Técnico, em 1977, ainda fez quase tudo para ser engenheiro da SN, mas no momento em que foi admitido, depois de fazer os exames psicotécnicos, pediu desculpa e recusou porque já se percebia que o Plano Siderúrgico Nacional não reunia muito apoio para prosseguir.
Assim, optou por ficar no Instituto Superior Técnico, como assistente. Não ficou muito longe da energia nuclear, pois realizou grande parte do seu trabalho prático para obtenção do doutoramento no Laboratório de Física e Engenharia Nucleares em Sacavém, onde ainda hoje funciona o Reator Português de Investigação. A sua dissertação de doutoramento, sobre fadiga de aços-carbono, foi apresentada em 1985 e discutida em fevereiro de 1986. Mais tarde, em 2004, obteria o título académico de agregado em Engenharia dos Materiais, também pelo Instituto Superior Técnico.
Entre outras atividades, sempre ligadas à investigação, ensino e gestão, foi diretor do Departamento de Materiais do IMP - Instituto de Materiais e Tecnologias de Produção do I.N.E.T.I., em Lisboa (entre 1993 e 1995); e presidente do Departamento de Engenharia de Materiais do I.S.T. (nos períodos de 1998 a 2000, e 2004 a 2008).
Luís Guerra-Rosa tem uma extensa produção científica e técnica, como engenheiro e cientista. O seu currículo é referido em Who is Who in the World, das publicações Marquis, desde 2005, e tem realizado trabalho em vários contextos internacionais. Mas, não gosta de afastar-se das suas raízes. Já voltou a Goa para visitar a sua primeira escola. Gosto muito de viajar e, claro, de todo o território de Portugal, especialmente se for visitado tendo como base a cidade de Alcobaça, onde passo grande parte do tempo, embora continue a exercer funções na universidade em Lisboa.
Segundo o próprio, sempre procurou ter intervenção cívica a todos os níveis. Nas eleições autárquicas de 2005 integrou como independente a lista do Partido Socialista que concorreu para a Câmara Municipal de Alcobaça. Por substituição, chegou a exercer o papel de vereador (da oposição) em duas reuniões de câmara em 2007. Em 2008, com o propósito de poder ter mais alguma intervenção, tornou-se militante do Partido Socialista.
Confidencia aos amigos que, quando era adolescente, como não teve possibilidade de conviver com os avós, considera o médico José de Moura Neves (deputado pelo Partido Republicano Nacionalista pelo círculo de Alcobaça em 1925-1926) e que era um amigo da família, a figura tutelar que na prática exerceu o papel de seu avô e o formatou na infância e juventude.
Rosa, Luís Guerra, nasceu em 1939 em Aljubarrota, tem uma diversificada atividade que passa pela docência universitária e por funções de gestão numa empresa de telecomunicações.
Luís Rosa é autor de ficção, poesia e teatro, tendo publicado Depois da Guerra, O Dr. Brilhante, Finitude e Poemas de Amar e Pensar Um Pouco. Formado em Filosofia pela Universidade de Lisboa, defendeu a tese em Psicologia Industrial.
Gestor e filósofo, é autor de Sociologia da Empresa e Cultura Empresarial.
Fez a estreia na ficção em 2002 com O Claustro do Silêncio, obra galardoada com o Prémio Virgílio Ferreira que constituiu uma revelação. Luís Rosa surgiu, como um mestre na arte de recriar o tempo histórico no universo próprio, que apela a todos os sentidos e a que as mentalidades da época conferem realidade. Do fragor das batalhas, aos ecos dos claustros do Mosteiro de Alcobaça, passa-se ao conturbado contexto do final das Invasões Francesas e da extinção do império cisterciense.
-Em 2004, no livro, O Terramoto de Lisboa e a Invenção do Mundo, o leitor volta a confrontar-se com a intensidade narrativa e a expressão a um tempo impetuosa e lírica. Nas margens revoltas de uma época conturbada, o século XVIII português, vive um homem que inventa, entre a liberdade onírica e a matemática da concretização, um novo mundo, uma nova Lisboa, nascida dos escombros da catástrofe. Eugénio dos Santos (natural de Aljubarrota), foi o arquiteto responsável pela reconstrução de Lisboa após o terramoto de 1755. Figura de proa do governo de Marquês de Pombal alterou, para sempre, a fisionomia da capital em traços que anunciavam já o advento de um novo urbanismo.
-Depois de O Terramoto de Lisboa e a Invenção do Mundo, apresentou em dezembro de 2005 O amor infinito de Pedro e Inês, que conduz o leitor a uma das mais trágicas paixões que a memória coletiva portuguesa jamais esqueceu e continua a despertar curiosidade.
Nesta obra, Luís Rosa recriou um ambiente de emoções, intrigas, sofrimento, amor, desejo e morte, vividos com intensidade, e que estabelecem uma relação de grande proximidade com o leitor, como se fizesse parte da história.
A loucura bateu-me a porta numa manhã de janeiro. Dia 7 do mês. No ano que tem doiscincos, 1355. Terminação aziaga. Foi nesse dia que morreu Inês. É assim que começa a história de Pedro e Inês, por Luís Rosa.
O Amor Infinito de Pedro e Inês, remete o leitor para o reinado de D. Pedro I,  marcado pelos acontecimentos que precederam a subida ao trono. Luís Rosa, demonstra-o ao contar a história do amor impossível que D. Pedro vivera enquanto Infante de Portugal e que ultrapassou as fronteiras do tempo e da morte, cimentado, fortalecido com a justiça que Pedro, já Rei, levava a todos os cantos do reino, sedento do sangue derramado dos sequazes de Inês de Castro.
-Luís Rosa, não tem dúvidas que a cerimónia do beija-mão, na coroação de Inês de Castro, é uma lenda, invenção. 
Também defende que a tampa do túmulo do caixão, que representa Inês de Castro viva, foi feita para estar ao alto. Reparem que D. Pedro tem as mãos ao peito, símbolo da morte, Já Inês segura com uma mão o colar e com a outra umas luvas.
-Em 2006, Luís Rosa voltou com um interessante romance, pela riqueza da personalidade que evoca Manuel Maria Barbosa du Bocage. Um homem tumultuado, onde coabitam o sublime e  o prosaico, um espírito minado por inquietações vorazes que só na poesia e no amor se apazigua. É essa duplicidade do poeta e da época em que viveu que o autor soube captar e deixar impressa na obra que aborda um génio irremediavelmente embriagado com a sensualidade, o amor e a vida, um homem que privava com nobres, escritores, filósofos e mulheres da rua.
Este livro, insere-se no âmbito do segundo centenário da morte de Bocage a que o país não deu o relevo devido. E acrescenta é um romance que recoloca o poeta no lugar que lhe é devido na cultura portuguesa e traz à leitura todas as facetas deste grande vulto.
-Em 2008, com O Dia de Aljubarrota, Luís Rosa deu a conhecer a sua verdade de uma das épocas mais conturbadas e decisivas da história portuguesa.
Assiste-se ao relato que Antão Vasques, o homem que comandou a ala esquerda da Batalha de Aljubarrota, vai fazendo, anos mais tarde, ao jovem cronista Fernão Lopes. O relato de um tempo de mudança e de grandes feitos, tumultuado por paixões exacerbadas e conflituosas, por teias de motivações e interesses e pelos enredos de um destino imponderável.
-Com a publicação em 2009 de Memória dos Dias sem Fim, Luís Rosa rasga novos horizontes, simultaneamente mais vastos e profundos, reveladores da própria dimensão humana. É a realidade da guerra em toda a sua desconformidade e falta de sentido, capaz de denunciar as muitas faces ocultas do homem, desnudando-o e mostrando-o como realmente é – sofredor, idealista, solidário, cruel. Mas, patentes nestas páginas de grande intensidade psicológica e sociológica, estão também outras realidades - as culturas, comportamentos e mentalidades da sociedade guineense que permeiam o quotidiano da guerra, a solidariedade que a crueza das circunstâncias comuns faz surgir entre negros e brancos, ou ainda a amizade incondicional que nasce espontaneamente entre irmãos de armas. O sentimento intenso do absurdo da guerra narrado por quem o viveu na primeira pessoa, a manifestação de um homem oculto que se expressa na luta pela sobrevivência no horizonte intenso dos dias sem fim.
Rosa, Maria Lúcia Sineiro, nasceu em 1933 em Alcobaça.
Aprendeu costura com Virgínia Reis que, por sua vez, tinha sido ensinada pela Mestra Segismunda (Virgínia Marques de Oliveira), na escola entre o Canto do Zé Martelo e a Rua da Estrada.
Durante dezenas de anos, Maria Lúcia foi modista de alta-costura e em Alcobaça trabalhou para uma seleta clientela de noivas e não só, usando para aquelas preferencialmente vistosos tecidos, se necessário bordados a pérolas, para subirem as escadarias fronteiras ao Mosteiro e percorrerem, de braço dado com o pai, sob olhares muito atentos (por vezes invejosos dos convidados) os 100 metros da Nave, até dizerem o sim frente ao altar-mor. A elegância, o comprimento, enfim a confeção do vestido da noiva, tornavam-se motivo de comentário nos cabeleireiros, que se estendia pela semana seguinte.
Maria Lúcia tem manifestado sem reservas o seu interesse pelas coisas e gentes de Alcobaça, expresso na coleção de recortes, objetos e fotografias que guarda zelosa e devidamente organizado e gosta de mostrar.
Reformada (das clientes), faz apenas coisas para casa, aprecia falar, reviver o que faz com vivacidade, dos seus tempos de glória, e mostrar as fotas das suas noivas.
-Já lá vão mais de sessenta anos que António Rosa e Maria Lúcia Sineiro, disseram o sim. Foi por conta dos Escuteiros da Igreja Baptista de Leiria que o casal se conheceu e apaixonou. Natural de Leiria, Toninho, como é tratado pela mulher, veio a um acampamento a Alcobaça e deu de caras com o amor da sua vida. Foi o começo de um amor, como parece haver poucos.
Rosa, Nicole, graciosa menina de 13 anos, conquistou o título de Rainha da Chita, do Concelho de Alcobaça2002, num concurso que juntou várias centenas de espetadores no largo fronteiriço à Associação Desportiva e Cultural de Coz.
A jovem e esbelta Nicole, natural de Coz, arrebatou ainda os prémios de Miss Simpatia (atribuído pela organização) e de Miss Fotogenia (atribuído pelo jornal Região de Cister).
Ana Sofia Boita (representante da ADEPART, de Turquel) foi eleita 1ª Dama de Honra, enquanto Tânia Pereira conquistou o título de 2ª Dama de Honra.
Adriana Sousa, de cinco anos, foi eleita Princesinha de Chita, do Concelho de Alcobaça, prémio instituído pela primeira vez.
Tarefa difícil teve o júri presidido por Alcina Gonçalves, vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Alcobaça, para pontuar a originalidade dos modelos, os adornos e a graciosidade das candidatas.
Rosa, Nuno Manuel Lopes, nasceu em 3 de fevereiro de 1969, em Turquel.
Com 46 anos, tem 23 anos de serviço como professor no Externato Cooperativo da Benedita, aí exercendo o cargo de Diretor Pedagógico, desde 1 de janeiro de 2014.
Em entrevista ao Região de Cister (25 de maio de 2016) declarou que o meu trabalho é de continuação com o que vinha a ser feito. O ECB não estava bem nem mal, em termos económicos estava com dificuldades e teve de ser feita uma reestruturação, continuamos a fazê-la, não é um processo terminado, infelizmente. Continuamos a ter um défice. Em termos pedagógicos mantemos uma linha contínua com o que era feito no tempo de Alfredo Lopes (ex-diretor pedagógico). Além da formação curricular, continuamos a ser uma e sc ola de projetos, que s ão a alma desta instituição. Além das disciplinas normais, os alunos têm a oportunidade de desenvolver outros interesses, a possibilidade de despertar sensibilidades e até vocações noutras áreas como o teatro, a música ou a solidariedade. Questionado sobre se hoje em dia a educação é mais ou menos rentável entende que nunca vimos a educação do ponto de vista da rentabilidade. Mas, de facto, anteriormente conseguia-se fazer outro tipo de manifestações culturais, por exemplo. Do ponto de vista do ensino é normal que se houver mais recursos o serviço pode ter mais qualidade. O nosso esforço principal é fazer o melhor para os nossos alunos com aquilo que temos.
Frequentou o ECB como aluno do 7.º ao 12.º ano, após o que, em 1987, ingressou no Instituto Superior Técnico, tendo concluído a Licenciatura em Engenharia Mecânica em 1992, ano em que regressou ao ECB como professor de Matemática e Informática. Em 1999 terminou a profissionalização em serviço no Grupo de Matemática do Ensino Secundário, realizada na Escola Superior de Educação de Leiria. Em 2011 concluiu o 1.º ano do Mestrado em Gestão Escolar, no Centro de Estudos Superiores da Universidade de Coimbra, em Alcobaça.
Ao longo da carreira, exerceu vários cargos e funções no ECB, concretamente a partir de 1996 como responsável pelo programa ENES no Secretariado de Exames, de Coordenador das Instalações e do Equipamento Informático. Em 1999, foi nomeado Coordenador de Informática e em 2004 passou a fazer parte da Comissão de Horários do ECB. De outubro de 1997 a setembro de 1998, lecionou as Cadeiras de CAD I e CAD II, na Escola Superior de Tecnologias, Gestão, Arte e Design de Caldas da Rainha e, de setembro de 1999 a Setembro de 2002, Matemática na Escola Técnica Empresarial do Oeste, em Caldas da Rainha, sempre em regime de acumulação. Desde de 1997 possui o estatuto de Formador em Novas Tecnologias, atribuído pelo Conselho CientíficoPedagógico da Formação Contínua de Professores, tendo dinamizado diversas ações e oficinas de formação acreditadas, num total superior a 1000 horas ao serviço do CFAE dos Concelhos de Alcobaça e Nazaré e do Centro de Formação da Batalha.
-É casado, tem três filhos, um rapaz e duas gémeas, sendo junto da família que passa grande parte do tempo de lazer. Gosta de ler, ouvir música, ver filmes e documentários.
Tem como outros interesses, as novas tecnologias, a Matemática, as Ciências, a História e a Pedagogia. Adora resolver problemas, viajar e conhecer culturas.
-O Externato Cooperativo da Benedita completou a 12 de outubro de 2016, 52 anos desde a  criação e assinalou-os com a celebração da bênção dos estudantes, na Igreja Paroquial da Benedita.
O diretor pedagógico, sublinhou o conjunto de atividades e projetos que distinguem o ECB e vincam a sua identidade.

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