NO
TEMPO DE PESSOAS “IMPORTANTES” COMO NÓS
50
Anos da História de Alcobaça Contada através de Pessoas
Guerra,
Iris Cristina da Silva Cardoso Lucas Ramos,
nasceu em São Tomé e
Príncipe, a 13 de fevereiro de 1973, filha de João Manuel Nazário Lucas e Maria
Luísa da Silva Cardoso Lucas.
Segunda
a própria, veio para a Metrópole aos 2 anos de idade para ser educada pela avó
paterna em Tões, Lamego e no Colégio Académico em Vila Real.
Assim,
Iris nasceu de uma matriz multicultural e
integrativa, fazendo o destino com
que o lado materno e paterno se encontrassem em África. O bisavô materno,
Germano Cardoso, abastado agricultor em Lamego, foi no final dos anos de 1920
para São Tomé e Príncipe, onde adquiriu duas roças para produção de cacau e
café. Levou consigo um sonho e o filho mais velho, António Cardoso. O mesmo
aconteceu mais tarde com os pais, depois do regresso da Mãe, de férias, a S.
Tomé e desta ter sido eleita Miss, à revelia do avô. O pai já lá estava depois
de aos doze anos, ter seguido o mesmo destino, com os avós paternos.
Esta
é uma história com o pano de fundo de África, em que a paixão e o amor por África e Portugal, ajudou a criar pontes pelo
lado da coragem, empreendedorismo, determinação e na qual pela audácia,
permitiu desafiar algumas regras culturais e sociais da época.
Iris cresceu com três irmãos, Ana,
Cláudia e João, ligados por uma corrente inseparável, amados e educados nos
valores do respeito, trabalho e entreajuda.
Frequentou
o Jardim-Escola João de Deus, tal como os irmãos mais novos, fez o liceu em
Alcobaça, com alguns dos amigos e professores que continuam a ser referência na
sua história de vida.
Cedo escolhi estudar em Coimbra e conseguindo
conciliar as exigências da vida académica coimbrã, terminei em 1996 a
licenciatura em Psicologia. É Psicóloga Clínica pela Universidade de Coimbra e
Psicoterapeuta pela Associação de Terapias Comportamental e Cognitiva /APTCC,
Lisboa.
Iris
tem desenvolvido a prática profissional na área da Psicoterapia e Saúde Mental
Comunitária, inicialmente em contexto prisional/Estabelecimento Prisional de
Lisboa, hospitalar /Equipa Comunitária de Cascais do Hospital de São Francisco
Xavier/ e mais tarde, na área da Deficiência/CEERIA.
Mantém
prática clínica em contexto privado desde 1997, em Alcobaça e Lisboa e
supervisiona, há vários anos, a prática clínica de outros colegas.
É
Presidente da Direção Regional do Centro da Ordem dos Psicólogos Portugueses
desde outubro de 2012, com sede em Coimbra.
Integra
a equipa do Mecanismo Nacional de Prevenção Contra a Tortura/ Estabelecimentos
prisionais e serviços de internamento de psiquiatria e o Grupo Nacional contra
a Violência sobre os profissionais de Saúde. Coordena a Equipa de Saúde Mental
Comunitária Pomar de Braços, em Alcobaça. É formadora e desenvolve palestras e
conferências relacionadas com psicoterapia, processos de mudança, promoção da
saúde mental, necessidades emocionais e competências de regulação emocional.
É
casada com António Guerra (antereoir referenciado) desde 1998 e mãe de Maria e
António, sendo esta a melhor experiência
e desafio da vida.
Guerra,
Joaquim, nasceu a 22 de
novembro de 1911 na Quinta de Vale de Ventos, onde os pais eram rendeiros, numa
família da Benedita (Casal Gregório e Pedra Redonda), sendo o terceiro entre
dez irmãos.
Frequentou a Escola Primária da Benedita. Por insistência do
primo Cónego Manuel Luís, do endireita de Turquel, Sr. Gomes e outros, os pais
enviaram-no aos 14 anos para um colégio interno na Figueira da Foz, aonde
concluiu o 5º. ano do liceu. O 6º. e 7º. anos foram efetuados no Liceu de
Santarém e os preparatórios em Lisboa na Escola Politécnica e no Porto, sendo
que os cinco anos do Curso de Medicina o ligaram para sempre a Coimbra. Gostou
do ambiente académico, jogou futebol na Associação Académica, até que um
entorse no joelho, o incapacitou para a competição, tendo ficado todavia muito
amigo do guarda-redes Tibério Antunes, futuro diretor da Maternidade Alfredo da
Costa e do avançado Isabelinha, futuro oftalmologista em Santarém. Praticou
toureio a cavalo nas festas da Queima das Fitas.
Quis dedicar-se à cirurgia, mas o pai cortou a fraca mesada,
pelo que teve de iniciar a sua atividade de médico João Semana em Turquel no
verão de 1940. Em dezembro de 1944, casou-se com Irene Isaura Alves Pereira
Guerra nascida em Lisboa, mas com raízes paternas há muitos séculos em Turquel.
Além do consultório em Turquel e Benedita, também teve um em Rio Maior em
meados da década de 1950. A atividade dos consultórios era estendida aos
domicílios nas freguesias de Turquel, Évora, Benedita, Vimeiro, Santa Catarina,
Alcobertas ou Alvorninha, em lugares em que o acesso só era possível a pé ou a
cavalo, muitas vezes em noites de chuva e vento agreste.
Joaquim Guerra contava que, em situações de urgência, efetuou
transfusões de sangue apenas com uma seringa, agulha, ampolas de citrato de
sódio, um tacho e colher. Hospitais do Estado só havia em Lisboa, Porto e
Coimbra. Sem ambulâncias, nem alcatrão nas estradas, os Hospitais da
Misericórdia funcionavam rudimentarmente em concelhos como Alcobaça, tendo
contabilizado mais de 4.000 partos, com resultados bons. Com a década de
1960, chegou a Portugal a especialização, o início das Carreiras Médicas, pelo
que resolveu dedicar-se à Estomatologia, sem abandonar a clínica médica,
abrindo consultório em Alcobaça e encerrando o da Benedita.
Sempre manifestou preocupação com o desenvolvimento de
Turquel e melhoria das condições económicas e socioculturais da sua população e
considerava que aquela localidade se deveria desenvolver para nascente em
direção ao Carvalhal, tendo promovido com esse fim a abertura de uma estrada em
meados da década de 1950, quando esteve à frente de obras da Igreja Paroquial e
de casa de famílias carenciadas.
O desporto, como escola de valores na educação, constituiu um
objetivo que se enquadrava na sua personalidade, pelo que na década de 1950
promoveu o futebol. São discutíveis os
meios que utilizou, que têm de ser analisados de acordo com a época e as
condições que dispunha, na opinião da própria família.
Ao iniciar-se a década de 1960, desenvolveu-se em Turquel a
prática do hóquei em patins, que logo apoiou, custeando o primeiro rinque, material e deslocações. Dedicou-se ao
Hóquei Clube de Turquel até ao fim da vida, com entusiasmo e paixão. Com alguns
interregnos, foi Presidente da Direção muitos anos, até resignar aos 83 anos,
em 1994.
Esteve na Direção do Ginásio Clube de Alcobaça, no período
que percorreu o caminho da 3ª. Divisão até à porta da 1ª. divisão nacional.
O Hóquei Clube de Turquel, fruto do trabalho intenso de
centenas de pessoas, tem-se evidenciado, para além dos múltiplos e conhecidos
êxitos desportivos, pela defesa de valores humanos.
Em 1998, frequentou um curso de pós-graduação de ortodontia,
na Universidade.
Pode-se dizer que morreu
de pé, lutou pelo que sempre defendeu até a morte o encontrar, aos 95 anos.
Deixou, segundo a família uma
memória de vontade férrea, determinação e capacidade de trabalho na defesa dos
seus princípios religiosos e morais.
-A
Câmara Municipal de Alcobaça, por proposta do Vereador da Cultura José Pedrosa,
deliberou atribuir a Medalha de Prata do Município ao Dr. Joaquim Guerra como reconhecimento por tudo quanto fez em
prol do desporto, concretamente na modalidade desportiva que o apaixonou, o
Hóquei em Patins.
A
proposta, coincidiu com a homenagem que Hóquei Clube de Turquel promoveu a
Joaquim Guerra. A proposta de Medalha de Prata do Município, mereceu a
aprovação unânime dos vereadores.
-Paulo Portas cantou os parabéns a Joaquim Guerra, quando fez
90 anos.
Paulo Portas, na qualidade de líder do CDS/Partido Popular e
a deputada pelo Distrito de Leiria Celeste Cardona, estiveram em visita a
Turquel para apoiar a candidatura da lista independente liderada por Luís d’Avó
Ribeiro, à Junta de Freguesia de Turquel.
O deputado chegou ao Largo do Pelourinho, onde foi recebido
por alguns turquelenses que cumprimentou, seguindo-se de imediato um discurso
circunstancial em que confessou ser um apaixonado por hóquei em patins, pois sempre que pode não perde um jogo.
Um dos momentos imprevistos do dia, foi o pedido para que se
cantassem os parabéns ao Dr. Joaquim Guerra, que fazia nesse dia 90 anos, o que
foi aceite e correspondido.
Seguiu-se uma breve visita à vila e contactos com a
população, para que os visitantes tomassem conta das realidades e necessidades
locais. Foi visitado o bazar e sala de chá a funcionar no centro da vila para
apuramento de fundos para a construção de um Lar de Idosos.
-Teve
lugar em Turquel, a festa de homenagem ao Dr. Joaquim Guerra, um homem que
dedicou a vida ao trabalho, à comunidade, ao desporto, e em particular ao
Hóquei em Patins.
A
homenagem foi uma iniciativa do Hóquei Clube de Turquel, em conjunto com a
população, e uma das frases mais ouvidas durante o dia foi, justa e merecida, aliás repetida durante
a cerimónia, que começou com a celebração da missa pelas 11h no interior do
Pavilhão, repleto de centenas de pessoas.
Seguiu-se
a homenagem, e o descerramento na parte frontal do pavilhão do lado nascente de
um busto do Dr. Guerra, obra do escultor António Delgado. Este momento foi
presenciado por muito povo anónimo, atletas do clube, dirigentes desportivos do
clube e de outros clubes convidados, autarcas e colegas de profissão,
representantes da Associação de Patinagem de Leiria, Associação de Patinagem do
Ribatejo, Associação de Patinagem de Aveiro, Federação Portuguesa de Patinagem,
Hóquei Clube de Barcelos, Valongo, Sporting de Tomar, AACD, Cister Sport de
Alcobaça, Beneditense, e outros, que embora não estando presentes fizeram chegar
as suas mensagens.
Foi
notória a presença de jogadores que envergaram a camisola do HCT, enquanto o
Dr. Guerra foi dirigente, e lhe quiseram manifestar o reconhecimento, como
Artur Pereira, Tó-Jó, oui o Marinho.
Guerra,
Maria da Visitação, mais
conhecida por Ti Visita, nasceu a 1
de julho de 1908, e com 102 anos foi a pessoa mais idosa da Benedita se não
mesmo do concelho de Alcobaça.
Viúva
de José da Silva, a sua prole contava 6 filhos, 15 netos e 15 bisnetos. Aos 102
anos, encontrava-se acamada, mas bem-disposta, conversadora e muito lúcida.
Aquando da festa do seu 102º Aniversário, teve um sorriso rasgado e uma palavra
amiga para as muitas visitas.
É
viúva, do médico Joaquim Guerra..
Médica
conceituada a trabalhar no Centro de Saúde de Alcobaça, foi a primeira
presidente da Comissão Concelhia do CDS de Alcobaça em 1989, acumulando os
cargos de membro do Conselho Nacional e do Movimento de Mulheres do partido. Pertenceu
à Assembleia Municipal de Alcobaça tendo feito algumas intervenções tendo como
base o seu amor a Alcobaça e a filosofia democrata cristã.
Guerra,
Miguel Martinho Ferreira, nasceu a 19 de dezembro de 1935, no lugar da Pedra
Redonda/Benedita, tendo sido o 7º., e último filho de Maria do Rosário Ferreira
e de José Coelho Guerra.
José
Coelho Guerra, foi um homem muito respeitado e de valores sólidos tendo
transmitido ao benjamim da família esta
forma generosa, humilde e alegre de estar na vida.
Miguel
Guerra, como recordam as filhas, lembrava-lhes que fazer o bem é um imperativo na vida do ser humano, dando o exemplo de seu pai que mandou
construir uma casa para albergar mendigos, na qual ceavam e pernoitavam.
De
1942 a 1945 fez a Instrução Primária na Escola de Freires e, seguindo os passos
do irmão, Pároco José Guerra, ingressou no Seminário de Almada. O seminarista
Miguel Guerra destacou-se pela boa disposição e maneiras francas, que lhe
asseguraram amigos para a vida.
Todavia,
a Direção do Seminário percebeu que a vida eclesiástica não se coadunava com
Miguel Guerra, pelo que foi convidado a
abandonar o Seminário de Almada.
Em
1950, regressou à Pedra Redonda, e passou a frequentar o Externato de Alcobaça,
para onde se deslocava diariamente de bicicleta até completar o antigo 5º. ano
do liceu.
Cumpriu
o Serviço Militar no Sete /Leiria, reunido-se
anualmente com os companheiros, até aos últimos anos de vida.
Em
1958, casou na Benedita e foi pai de duas filhas, que lhe deram quatro netos.
Filho
de agricultor e foi esta a profissão que Miguel Guerra escolheu, ligando-se à
fruticultura durante a vida, possuindo
enorme orgulho nas suas terras e colheitas.
Em
1974, após o 25 de Abril, iniciou vida política. Em 20 de janeiro de 1976 foi
empossado Presidente da Comissão Administrativa da Câmara de Alcobaça, cargo
que exerceu até às primeiras eleições autárquicas, em 12 de dezembro de 1976,
nas quais sem maioria absoluta foi eleito Presidente da Câmara de Alcobaça em
lista do PS (vencendo a lista do PPD encabeçada por Fleming de Oliveira, que
assumiu as funções de seu substituto legal) funções que exerceu até 16 de
dezembro de 1979.
Em
1977, foi eleito Presidente da Direção dos Bombeiros Voluntários de Alcobaça e
em1979 Presidente da Assembleia Geral. Em 1982, após ter perdido as eleições
para Presidente da Câmara, ocupou o lugar de vereador, e em 17 de dezembro de
1989 voltou a ser eleito Presidente até 14 de dezembro de 1997.
Os
seus mandatos ficaram marcados pela elevação de Alcobaça a cidade, construção
de diversos Centros de Saúde, sedes de Junta de Freguesia, infra estruturas de
saneamento básico e redes de águas e infra estruturas rodoviárias e melhoria
das condições de ensino, desporto e cultura.
Quando
abandonou a vida política dedicou-se às propriedades, que continuou a explorar,
e à família.
-Faleceu
no dia 9 de dezembro de 2012, na Benedita.
Centenas
de pessoas estiveram presentes no último adeus a Miguel Guerra, o único autarca
socialista a presidir à Câmara de Alcobaça e primeiro presidente daquela
autarquia, eleito após o 25 de Abril.
Miguel
Guerra, morreu aos 76 anos na sua casa, na Benedita. As cerimónias fúnebres
realizaram-se no dia seguinte e na Igreja Paroquial da Benedita, praticamente
cheia, compareceram muitos autarcas locais e protagonistas da vida política
alcobacense nas últimas décadas, antigos companheiros e adversários políticos.
Miguel
Guerra, tinha na agricultura a sua principal ocupação e interesse. Foi eleito
presidente da Câmara de Alcobaça pela primeira vez em 1976, mantendo-se no
cargo até 1979, altura em que a Aliança Democrática venceu as eleições
autárquicas. O socialista regressou à Câmara de Alcobaça em 1986, presidindo à
autarquia até 1997, quando perdeu as eleições para Gonçalves Sapinho.
Os
seus mandatos ficaram marcados pela elevação de Alcobaça a cidade, pelas
inaugurações de Centros de Saúde, pelo arranque de sedes de juntas de
Freguesia, entre outras obras. Foi também durante a sua liderança municipal que
foi criado o Cistermúsica.
Miguel
Guerra, era irmão do cónego José Guerra, pároco das Caldas da Rainha, já
falecido.
-Jero diz que os ex-seminaristas do tempo eram quase todos da Benedita e sabiam
Português que se fartava. Lembro-me do Miguel Guerra, do João Guerra e do
Guerra Madaleno. Estes jovens deslocavam-se todos os dias da Benedita para
Alcobaça de bicicleta. E no fim das aulas regressavam a casa de bicicleta!
Trinta quilómetros por dia. Alguns viraram figuras públicas, mas o Miguel
Guerra, que foi presidente da Câmara de Alcobaça, foi ao longo da vida sempre o
mesmo: um homem simples e bom que deixou saudades junto da população do
concelho que serviu. E que os amigos não esquecem.
-O PS foi o mais votado nas eleições
autárquicas de 1976, conquistando a presidência de 115 câmaras municipais
(Alcobaça, com Miguel Guerra), incluindo as principais cidades do país. Apesar
de ter tido menos nove por cento dos votos, o PSD conquistou o mesmo número de
presidências, com predominância nos pequenos concelhos do interior-norte e
centro. Os comunistas, através da Aliança Popular Unitária (APU), foram a
terceira força mais votada, dominando o Alentejo e a então chamada cintura vermelha de Lisboa e totalizando
37 câmaras. Seguiu-se o CDS, com 36 presidências, e o PPM com uma.
-Nas eleições autárquicas de 1989, Miguel Guerra e o PS
venceram as eleições em Alcobaça, o PSD caiu para 114 presidências de câmara
(uma em coligação com o CDS), tendo sido ultrapassado pela primeira vez pelo
PS, que conquistou 120 (três em coligação com o CDS e uma com a CDU). Foi a
primeira derrota do PSD no tempo de
Cavaco Silva, que deixou fugir também para os socialistas a presidência da
Associação Nacional de Municípios Portugueses. Os comunistas continuaram a
dominar o Alentejo e a cintura de Lisboa, com 50 câmaras, enquanto o CDS se
quedou pelas 20 presidências. A UDP chegou à presidência, com um sacerdote, da
Câmara de Machico, na Madeira.
-Miguel Guerra viria a perder as eleições para Gonçalves
Sapinho (PSD) em 1997. PS e PSD reeditaram o empate das primeiras eleições, com
127 presidências de câmara cada, mas ainda com ligeira vantagem para os
socialistas, que mantiveram Lisboa, em coligação com a CDU e a UDP. A coligação
comunista, CDU, começou a perder terreno no Alentejo e recuou para as 41
presidências de câmara. Mas a maior queda é do CDS, que segurou apenas a
presidência em oito municípios. O PPM voltou à presidência do único município
que antes deteve: Ribeira de Pena.
Guerra,
Paulo Ribeiro de Almeida, nasceu na Benedita, em 11 de março de 1920, filho de José
Ribeiro de Almeida e de Ana Ferreira Guerra de Almeida.
Concluiu
o curso de Engenheira Agronómica no Instituto Superior de Agronomia, em Lisboa,
em 1942, com a especialização em solos e cartografia.
Cumpriu
o Serviço Militar na Arma de Artilharia, tendo atingido o posto de Tenente.
Trabalhou
em Portugal no Ministério da Agricultura e muito ativamente na campanha contra
o escaravelho da batata.
Investigador,
cientista distinto em ciências do solo, em 1948, foi para o Sul de Angola
dedicar-se à Agrologia (ciência que trata do conhecimento dos terrenos nas suas
relações com a agricultura) e em 1953 chefiou a Brigada Agrológica dos Caminhos
de Ferro de Moçâmedes. Nesta Brigada resultaram, além das publicações das
cartas de solos entre Serpa Pinto e a fronteira Leste (Rodésia) na escala 1:100.000,
estudos de pormenor (1:28.000) em manchas selecionadas superiormente, como o
reconhecimento pedológico da região de Sá da Bandeira /Humpata /Chibia e a do
Huíla, tornando-se também conhecedor profundo das Terras do Fim do Mundo
(Luiana/Angola).
Em
1958 regressou à Metrópole e entrou para os quadros da FAO (Organização das
Nações Unidas para a Agricultura e Desenvolvimento) exercendo, a partir de
então, atividade na Rodésia do Norte, Venezuela, Argentina, Costa Rica, México,
S. Salvador, Chile e também na República de Santo Domingo.
Em
1983 trabalhou no Instituto Universitário dos Açores.
É
autor de publicações técnicas como Cultura da oliveira no maciço jurássico de
Aire e Candeeiros; Azeite/Lagar/Equipamento (1944); Reconhecimento geral
agrícola, florestal e pecuário das zonas de influência do caminho de ferro de
Moçâmedes entre Serpa Pinto e a fronteira Leste (traçados Norte e Sul) .
-Faleceu
em 30 de maio de 2000.
Guerra,
Pedro Mateus, nasceu
a 22 de novembro de 1951, em Pedra Redonda/Benedita, sendo o mais velho de 4 irmãos.
Ficando
órfão de pai aos 9 anos, foi estudar
para o Seminário de Santarém durante 4 anos, de onde saiu aos 14 anos, para
ajudar no sustento da família. Trabalhou
4 anos nos Cogumelos das Grutas de Turquel, foi madeireiro, taqueiro, criador
de gado e empregado de escritório,
sendo empresário por conta própria na
área da construção, desde 1980.
Aos
18 anos ingressou no Externato Cooperativo da Benedita para estudar à noite,
tendo sido finalista do curso formação de serralheiros e do curso liceal.
Cumpriu
serviço militar nas Caldas da Rainha, Sacavém e como furriel fez a última
comissão do Exército Português, em Moçambique.
Foi
Presidente do INSE desde 2011 a 2015, cumpriu mandatos nos seus orgãos sociais
em anos anteriores, Presidente da Mesa da Associação Norte da Vila da Benedita.
Desde
1985 até 2015, tem ocupado cargos nos órgãos da ABCD, de Secretário a
Presidente da Mesa da Assembleia Geral.
Deputado
Municipal desde 1997, foi eleito em listas do PSD, sendo seu líder de bancada.
Participou
nas primeiras eleições autárquicas após 25 de Abril de 1974 na Benedita, sendo
várias vezes Membro da Assembleia de Freguesia e uma vez Presidente.
Comerciante
no ramo de materiais de construção, negócios na vinha, pecuária e rações é,
desde há 23 épocas, Presidente do Hóquei Clube de Turquel. Este sobrinho do Dr.
Joaquim Guerra, ao longo dos vários mandatos na Direção do HCT, obteve na época
de 2010/2011 a vitória na Super Taça Feminina 2011/2012 o campeonato nacional
feminino.
Os
pais eram naturais da Pedra Redonda, e é sócio do HCT desde maio de 1966,
quando começou a praticar hóquei, desporto que sempre o entusiasmou. Praticou a
modalidade até aos 20 anos e depois passou a dedicar-se mais atentamente aos
assuntos profissionais, sem deixar de a acompanhar. Quando o tio, Dr. Joaquim
Guerra, pediu a demissão da Direção, foi convidado a assumir a presidência,
cujo mandato é de um ano. Todavia, com excepção de um ano, tem-se mantido no
lugar.
Tiago
Guerra, aos 10 anos trabalhava para
uma empresa de um tio, de apanha (numas grutas) e comercialização de cogumelos,
que hoje já não existe. Era uma empresa que chegou a ter em armazém cerca de
10.000 caixas de cogumelos e recolhia em média 400 quilos por dia. Depois foi
estudar para o ECB, em horário noturno.
Conta
que, durante anos, conduziu uma camioneta
sem carta.
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