terça-feira, 22 de janeiro de 2019


NO TEMPO DE PESSOAS “IMPORTANTES” COMO NÓS
50 Anos da História de Alcobaça Contada através de Pessoas
Silva, Francisco Gomes da, foi Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, sucedendo a Daniel Campelo (protagonista do evento parlamentar conhecido como o Queijo Limiano), num governo de Passos Coelho.
Nasceu em 1963 em Lisboa, e doutorou-se em Engenharia Agronómica no Instituto Superior de Agronomia/Universidade Técnica de Lisboa.
-Gomes da Silva e Assunção Cristas participaram no dia 10 de abril de 2014 numa ação de limpeza da Mata Nacional do Valado de Frades.
Silva, Inês Maria Lopes,  nasceu a 6 de setembro de 1970 na Benedita, onde reside, sendo casada, e mãe de dois filhos.
Professora, é autora e coautora de manuais escolares e livros pedagógico-didáticos, brochuras e livros de atividades para alunos do 3.º ciclo e ensino secundário.
Tem paixão pela literatura e cultura portuguesas, o que se traduziu na criação em Alcobaça do Festival  Books&Moviesfestival literário e de videoarte do Município de Alcobaça que traz à cidade, desde 2014, dezenas de escritores e personalidades relevantes do mundo cinematográfico e literário.
Publicou, em 2008, o romance A Casa das Heras, sobre o qual entende (muito modestamente?), que o escreveu com a ingenuidade dos 34 anos.
Sobre esta obra, o Professor Marcelo Rebelo de Sousa escreveu que tem Pontos muitos positivos: bom enredo, prosa fluente, atrativa, cheia de ritmos; frescura nas pessoas e nos factos; prolongação enervante na narrativa que de modo envolvente nos faz percorrer o texto num ápice.
D. José Policarpo entendeu que a forma literária é bela, com uma grande riqueza de imagens, algumas surpreendentemente sugestivas. A mensagem: é o dia de uma mulher que significa toda a vida de uma mulher (de todas as mulheres?). É uma mulher jovem, mal casada, mal-amada a quem negam o segredo da plenitude e da felicidade: a maternidade. É um hino à beleza da maternidade, ato criador como o que deu origem ao mundo. A maternidade não se resume à fecundação biológica: ela é criatividade, é alegria de criar, é contemplação artística, da obra moldada, de natureza circundante, das pessoas encontradas. A própria sensualidade feminina, apenas delicadamente sugerida, aparece como força criativa a gritar por uma expressão.
Inês Silva assevera que tem um gosto muito grande pela escrita, o que a tem feito escrever poesia, contos e narrativas infantojuvenis que guarda para si e que o seu grande sonho é poder dedicar-se à escrita a tempo inteiro.
Da sua autoria O Porquinho Malhado, conta de maneira interessante e sensível a história de um pai de família que viaja até Inglaterra à procura de uma raça suína especial, que iria libertar a sua família do risco da fome. O livro, editado pela Câmara Municipal, foi oferecido em junho de 2016 a cerca 2500 alunos do 1º ciclo do ensino básico, como forma de divulgar a terceira raça suína  autóctone portuguesa, que estava em vias de extinção em 2013.
Para a autora, esta história de ficção pretende fixar no imaginário dos mais novos uma realidade que muitos deles porventura desconhecem que é o facto de termos na nossa região uma espécie suína autóctone. Esta espécie tem características especiais que lhe dão um enorme potencial em termos de criação de mais um símbolo identitário do concelho.
O porco malhado tem condições para se posicionar como uma nova marca do concelho de Alcobaça e para isso é necessário sensibilizar as novas gerações para a sua existência. Trata-se de uma espécie que esteve em vias de extinção não fosse pela dedicação dos produtores que se dedicam a preservá-la. Este livro é também uma forma de reconhecimento pelo trabalho dos produtores do malhado de Alcobaça. Com este livro conseguimos associar a divulgação de um produto autóctone com desenvolvimento do gosto pela leitura da competência literária dos alunos do 1.º ciclo, reforçou Inês Silva.
Para além desta paixão, procura viajar, conhecer novos lugares e novas culturas. Fá-lo sempre que pode, pois considera-se uma eterna aprendiz do mundo.
Vê nos jovens a possibilidade de construir um mundo mais justo, daí a sua aposta na educação. Lançou várias ações educativas, no âmbito do serviço educativo do Município, dos quais se destaca o projeto Era uma vez… Monges, Cavaleiros e Reis - iniciativa que leva os alunos do 4º ano de três concelhos (Alcobaça, Batalha e Tomar) a visitar o Mosteiro de Alcobaça, o Mosteiro da Batalha e o Convento de Cristo, sendo-lhes oferecido um passaporte onde poderão registar a sua passagem por estes locais: temos o privilégio de viver e trabalhar numa região com fácil acesso a três monumentos que são Património da Humanidade. Será uma oportunidade de ouro para estes alunos poderem visitar estes edifícios, antes de terminar o primeiro ciclo de escolaridade, sublinhou Inês Silva.
-A suinicultura da EPADRC com 25 anos de existência, tem contribuído para o ensino e aprendizagem, formando técnicos qualificados. Produtora do Porco Malhado de Alcobaça, raça que se encontrava em risco severo de extinção, tem ajudado à manutenção e preservação desta raça autóctone que sustenta/apadrinha o nome de Alcobaça.
Silva, João Morais da, aos 65 anos, publicou o primeiro livro de poemas Jesus é Fonte de Luz.
A apresentação decorreu na sala do Capítulo do Mosteiro de Alcobaça.
Escrever um livro é tarefa desgastante, confessou João Morais da Silva.Tem total razão…
Jesus é Fonte de Luz, espelha a Fé do escritor mas, segundo o próprio, o livro não faz apologia da Igreja, nem da Religião. É uma obra com teor filosófico que recorre ao exemplo de Cristo como portador de valores que a sociedade está a esquecer de forma rápida e perigosa.
Ao longo da obra, João Morais da Silva serve-se de episódios da vida de Cristo para fazer um alerta ao comportamento social onde as pessoas não se ajudam. Eu gosto de ajudar as pessoas, afirmou o autor aquando do lançamento.
João Morais da Silva foi fundador da Associação Cultural e Desportiva dos Casais da Vestiaria e do Rancho Folclórico Flores do Baça.
Silva, Joaquim Elias da, de 67 anos, conceituado comerciante em Alcobaça, faleceu inesperada e repentinamente, em 1983.
Era o sócio nº1, do Ginásio Clube de Alcobaça.
Interessava-se muito pelo desporto, principalmente pelo seu Ginásio, tendo estado presente na conferência de Imprensa onde, pouco antes, fora apresentado o novo plantel do Clube, revelando a esperança de que este voltasse à 1.ª Divisão.
A morte não o deixou ver realizar essa esperança, que aliás não se  concretizou.
O Ginásio ficou mais pobre.
Silva, José António Leitão da, natural de Peniche, exerceu as funções de governador civil do Distrito de Leiria no período de 2002-2005, por nomeação do XV Governo Constitucional, liderado por Durão Barroso
A Associação Recreativa Desportiva Cultural Social do Casal Pardo, concretizou mais um marco da sua história ao ver inaugurada no dia 1 de novembro de 2002 a sala multiusos pelo Governador Civil, após um almoço-convívio servido na coletividade. Estiveram também presentes nesta cerimônia, o Vice-Presidente da Câmara de Alcobaça, a Presidente da Junta de Freguesia de Alfeizerão, o Pároco António Marques, professoras da Pré-Escola e Escola Primária, a Direção da Associação e muitos associados.
Abílio lnácio, Vice-Presidente da ARDCS, fez as honras da casa mostrando aos convidados as várias valências da Associação, que terminou com o ponto mais alto, ou seja a apresentação da sala multiusos. Este espaço é o antigo salão de festas, agora completamente remodelado, onde foram investidos cerca de 50 mil euros, conseguidos através de apoios do Governo, dos sócios e da população do Casal Pardo. Na altura, o Governador Civil descerrou uma lápide alusiva ao ato.
Seguindo o programa, António Agostinho Oliveira, presidente da direção, usou da palavra para agradecer às entidades oficiais as comparticipações recebidas, salientando as que vieram da Direção Geral das Autarquias Locais, da Comissão Coordenadora da Região de Lisboa e Vale do Tejo e da Junta de Freguesia, apesar dos seus poucos recursos. Outro grande investimento foi a construção do polidesportivo, que acolhe mensalmente oitocentos jogadores de futsal, de diversos pontos da nossa região, o que equivale a dizer que o recinto está todos os dias em atividade desde as 20 às 24 horas, disse António Oliveira.
Silva, José da, vulgo Zé-zôto, nasceu em 1905 no lugar de Candeeiros, numa típica família de aldeia.
Seu pai (cfr. João Luís Pereira Maurício, in Sapateiros da Benedita e a sua História), que trabalhava como sapateiro por conta própria e tinha boa clientela, faleceu cedo, durante a sua juventude, pelo que o negócio foi continuado pelo filho Zé-zôto, que se veio a estabelecer em Casal Gregório.
Pessoa de vincada personalidade, organizado e criativo, terá sido um dos primeiros comerciantes da Benedita a ter contabilidade organizada e um guarda-livros, que, ao sábado, se deslocava de Alcobaça à Benedita em bicicleta. Foi um dos primeiros beneditenses a dispor de telefone. O seu negócio desenvolveu-se a partir do fabrico manual que se estendeu à venda de solas, cabedais, mercearia, fazendas e miudezas.
Mas para Zé-zoto  a vida não era só negócio, pois também foi Regedor, missão nem sempre fácil com a II Guerra, dado o racionamento, como salientava.
Nesta tarefa colaboraram os 3 filhos, que sabiam ler e escrever. O racionamento teve inúmeras consequências, sendo a falta de matéria-prima, que não permitia trabalhar mais que uma semana por mês. Isto fomentou o contrabando a que a Benedita não foi alheia. Os bens essenciais e as matérias-primas, eram consideradas de interesse estratégico. A produção de calçado na Benedita, com oficinas de muito poucos empregados, foi seriamente afetada, pelo que houve assim que recorrer ao contrabando.
José da Silva abastecia-se diretamente em Alcanena, Vila Moreira, Monsanto, Guimarães, S. João da Madeira e Porto. Depois da II Guerra alguns dos principais clientes de José da Silva acabaram por falir, e Zé-zôto, emigrou para o Brasil, onde reorganizou a vida, pagou as dívidas e regressou à Benedita de cabeça erguida.
-Faleceu em 1997.
Silva, José Manuel Patrício Lemos da, nasceu em Alcobaça a 26 de março de 1944.
Estudou na Escola Técnica de Alcobaça, onde obteve o Curso Geral de Comércio. Foi empregado (paquete) na SIBAL – Sociedade Importadora de Bicicletas de Alcobaça, Ld.ª, Dactilógrafo no Laboratório de Celulose e na Secretaria do Asilo da Mendicidade de Lisboa.
Depois de cumprir o serviço militar, trabalhou na Secção de Exportação de Raúl da Bernarda & Filhos, Ld.ª, de 1970 a 1989. Em horário noturno, foi contabilista da Aljubal (Aljubarrota) entre 1974 e 1991 e também desempenhou funções de Administração na Fadecol, Aljubarrota entre 1989 e 2009.
Reformou-se em 1 de maio de 2009.                     
-Tem desempenhado variadas funções extraprofissionais, como na organização da Feira  de S. Bernardo, Ginásio Clube de Alcobaça, Rotary Clube, A.G. do CEERIA e A.G. da Santa Casa da Misericórdia.
Colaborou com os jornais O Alcoa, Jornal de Alcobaça, A Voz de Alcobaça e Centro Desportivo, de Coimbra.
Pertenceu às comissões organizadoras das Festas de Homenagem a Belo Marques (24/01/1987), a Maria de Lurdes Resende (29/04/1995), a António Sanches Branco (14/02/2004) e ao futebolista João de Matos Moura Lourenço (22/10/2011).
Silva, Leonor Gonçalves Neves Salgueiro, nasceu a 22 de março de 1957, em Santa Catarina da Serra/Leiria, filha de um agricultor e de uma doméstica, pais de 5 filhos.
Tendo a mãe falecido aos 5 anos, o pai enviou-a para fazer a pré-primária e estudos no Colégio Moderno de S. José, em Vila Real, cuja diretora era uma tia freira (Franciscana da congregação da Imaculada Conceição). Terminados os estudos liceais, foi frequentar enfermagem na Escola da Imaculada Conceição, no Porto. Concluído o curso, foi colocada no Hospital de Leiria, onde conheceu o marido e permaneceu cerca de 2 anos, até ser transferida para o Hospital de Alcobaça. Em Alcobaça, trabalhou durante 15 anos, tendo voltado ao Hospital de Leiria, até se reformar.
Amando a profissão, é Presidente do Centro de Bem Estar Social de Montes desde 2001, função que muito aprecio e levo a sério.
Este Centro, mantém pouco alteradas as valências iniciais (centro de dia e apoio domiciliário, onde se inclui almoço e jantar), e aguarda o início, talvez já em 2017, de obras de melhoramento e ampliação, conforme projeto com 5 anos de idade, que prevê a criação de um Lar para a 3ª idade, o que irá modificar, radicalmente, as caraterísticas e funcionalidades existentes.
O CBES, para além das usuais dificuldades económicas (sem esquecer dívidas de alguns utentes), não apresenta problemas especiais, graças a uma gestão afetuosa, cuidadosa, atenta e de proximidade, não obstante o pouco que os utentes pagam, quando pagam !!!A população dos Montes é rural, especialmente os mais velhos, salvo algumas pequenas exceções, pelo que tem fracas pensões.
Leonor Silva, inspira e reflete  confiança, dedica muita atenção, ao funcionamento do ATL, frequentado por 12 crianças (2016).

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