NO
TEMPO DE PESSOAS “IMPORTANTES” COMO NÓS
50
Anos da História de Alcobaça Contada através de Pessoas
Silva, Francisco Gomes da, foi
Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, sucedendo a
Daniel Campelo (protagonista do evento parlamentar conhecido como o Queijo
Limiano), num governo de Passos Coelho.
Nasceu em 1963 em Lisboa, e
doutorou-se em Engenharia Agronómica no Instituto Superior de
Agronomia/Universidade Técnica de Lisboa.-Gomes da Silva e Assunção Cristas participaram no dia 10 de abril de 2014 numa ação de limpeza da Mata Nacional do Valado de Frades.
Silva, Inês Maria Lopes, nasceu a 6 de setembro de 1970 na
Benedita, onde reside, sendo casada, e mãe de dois filhos.
Professora,
é autora e coautora de manuais escolares e livros
pedagógico-didáticos, brochuras e livros de atividades para alunos do 3.º ciclo
e ensino secundário.
Tem
paixão pela literatura e cultura portuguesas, o que se traduziu
na criação em Alcobaça do Festival Books&Movies, festival literário
e de videoarte do Município de Alcobaça que traz à cidade, desde 2014, dezenas de escritores e
personalidades relevantes do mundo cinematográfico e literário.
Publicou,
em 2008, o romance A Casa das
Heras, sobre o qual entende (muito modestamente?), que o escreveu com a ingenuidade
dos 34 anos.
Sobre
esta obra, o Professor Marcelo Rebelo de Sousa escreveu que tem Pontos muitos positivos: bom
enredo, prosa fluente, atrativa, cheia de ritmos; frescura nas pessoas e nos
factos; prolongação enervante na narrativa que de modo envolvente nos faz
percorrer o texto num ápice.
D.
José Policarpo entendeu que a
forma literária é bela, com uma grande riqueza de imagens, algumas
surpreendentemente sugestivas. A mensagem: é o dia de uma mulher que significa
toda a vida de uma mulher (de todas as mulheres?). É uma mulher jovem, mal
casada, mal-amada a quem negam o segredo da plenitude e da felicidade: a
maternidade. É um hino à beleza da maternidade, ato criador como o que deu
origem ao mundo. A maternidade não se resume à fecundação biológica: ela é
criatividade, é alegria de criar, é contemplação artística, da obra moldada, de
natureza circundante, das pessoas encontradas. A própria sensualidade feminina,
apenas delicadamente sugerida, aparece como força criativa a gritar por uma
expressão.
Inês
Silva assevera que tem um
gosto muito grande pela escrita, o que a tem feito escrever poesia, contos e
narrativas infantojuvenis que guarda para si e
que o seu grande sonho é poder
dedicar-se à escrita a tempo inteiro.
Da
sua autoria O Porquinho Malhado,
conta de maneira interessante e sensível a história de um pai de família que
viaja até Inglaterra à procura de uma raça suína especial, que iria libertar a
sua família do risco da fome. O livro, editado pela Câmara Municipal, foi
oferecido em junho de 2016 a cerca 2500 alunos do 1º ciclo do ensino básico,
como forma de divulgar a terceira raça suína autóctone portuguesa, que
estava em vias de extinção em 2013.
Para a autora, esta
história de ficção pretende fixar no imaginário dos mais novos uma realidade
que muitos deles porventura desconhecem que é o facto de termos na nossa região
uma espécie suína autóctone. Esta espécie tem características especiais que lhe
dão um enorme potencial em termos de criação de mais um símbolo identitário do
concelho.
O porco malhado tem condições para se posicionar como uma
nova marca do concelho de Alcobaça e para isso é necessário sensibilizar as
novas gerações para a sua existência. Trata-se de uma espécie que esteve em
vias de extinção não fosse pela dedicação dos produtores que se dedicam a
preservá-la. Este livro é também uma forma de reconhecimento pelo trabalho dos
produtores do malhado de Alcobaça. Com este livro conseguimos associar a
divulgação de um produto autóctone com desenvolvimento do gosto pela leitura da
competência literária dos alunos do 1.º ciclo, reforçou Inês Silva.
Para
além desta paixão, procura viajar, conhecer novos lugares e novas
culturas. Fá-lo sempre que pode, pois considera-se
uma eterna aprendiz do mundo.
Vê nos jovens a possibilidade de
construir um mundo mais justo, daí a sua aposta na educação. Lançou várias ações educativas, no
âmbito do serviço educativo do Município, dos quais se destaca o projeto Era uma vez… Monges, Cavaleiros e Reis -
iniciativa que leva os alunos do 4º ano de três concelhos (Alcobaça, Batalha e
Tomar) a visitar o Mosteiro de Alcobaça, o Mosteiro da Batalha e o Convento de
Cristo, sendo-lhes oferecido um passaporte onde poderão registar a sua passagem
por estes locais: temos o
privilégio de viver e trabalhar numa região com fácil acesso a três monumentos
que são Património da Humanidade. Será uma oportunidade de ouro para estes
alunos poderem visitar estes edifícios, antes de terminar o primeiro ciclo de
escolaridade, sublinhou Inês
Silva.
-A
suinicultura da EPADRC com 25 anos de
existência, tem contribuído para o ensino e aprendizagem, formando técnicos
qualificados. Produtora do Porco Malhado
de Alcobaça, raça que se
encontrava em risco severo de extinção, tem ajudado à manutenção e preservação
desta raça autóctone que sustenta/apadrinha o nome de Alcobaça.
Silva,
João Morais da, aos 65 anos, publicou o primeiro livro de poemas Jesus é Fonte de Luz.
A
apresentação decorreu na sala do Capítulo do Mosteiro de Alcobaça.
Escrever um livro é
tarefa desgastante,
confessou João Morais da Silva.Tem total razão…
Jesus é Fonte de Luz, espelha a Fé do escritor mas, segundo
o próprio, o livro não faz apologia da
Igreja, nem da Religião. É uma obra
com teor filosófico que recorre ao exemplo de Cristo como portador de valores
que a sociedade está a esquecer de forma rápida e perigosa.
Ao
longo da obra, João Morais da Silva serve-se de episódios da vida de Cristo
para fazer um alerta ao comportamento
social onde as pessoas não se ajudam. Eu gosto de ajudar as pessoas,
afirmou o autor aquando do lançamento.
João
Morais da Silva foi fundador da Associação
Cultural e Desportiva dos Casais da Vestiaria e do Rancho Folclórico Flores do Baça.
Silva,
Joaquim Elias da, de
67 anos, conceituado comerciante em Alcobaça, faleceu inesperada e
repentinamente, em 1983.
Era
o sócio nº1, do Ginásio Clube de Alcobaça.
Interessava-se
muito pelo desporto, principalmente pelo seu Ginásio, tendo estado presente na
conferência de Imprensa onde, pouco antes, fora apresentado o novo plantel do
Clube, revelando a esperança de que este voltasse à 1.ª Divisão.
A
morte não o deixou ver realizar essa esperança, que aliás não se concretizou.
O
Ginásio ficou mais pobre.
Silva, José António Leitão da, natural de Peniche,
exerceu as funções de governador civil do Distrito de Leiria no período de
2002-2005, por nomeação do XV Governo Constitucional, liderado por Durão
Barroso
A Associação Recreativa Desportiva Cultural
Social do Casal Pardo, concretizou mais um marco da sua história ao ver
inaugurada no dia 1 de novembro de 2002 a sala multiusos pelo Governador Civil,
após um almoço-convívio servido na coletividade. Estiveram também presentes
nesta cerimônia, o Vice-Presidente da Câmara de Alcobaça, a Presidente da Junta
de Freguesia de Alfeizerão, o Pároco António Marques, professoras da Pré-Escola
e Escola Primária, a Direção da Associação e muitos associados.
Abílio lnácio, Vice-Presidente da ARDCS, fez
as honras da casa mostrando aos convidados as várias valências da Associação,
que terminou com o ponto mais alto, ou seja a apresentação da sala multiusos. Este espaço é o antigo salão de festas,
agora completamente remodelado, onde foram investidos cerca de 50 mil euros,
conseguidos através de apoios do Governo, dos sócios e da população do Casal
Pardo. Na altura, o Governador Civil descerrou uma lápide alusiva ao ato.
Seguindo o programa, António Agostinho
Oliveira, presidente da direção, usou da palavra para agradecer às entidades oficiais as comparticipações recebidas,
salientando as que vieram da Direção Geral das Autarquias Locais, da Comissão
Coordenadora da Região de Lisboa e Vale do Tejo e da Junta de Freguesia, apesar
dos seus poucos recursos. Outro grande investimento foi a construção do
polidesportivo, que acolhe mensalmente oitocentos jogadores de futsal, de
diversos pontos da nossa região, o que equivale a dizer que o recinto está
todos os dias em atividade desde as 20 às 24 horas, disse António Oliveira.
Silva, José da, vulgo Zé-zôto, nasceu em 1905 no lugar de Candeeiros, numa típica família
de aldeia.
Seu
pai (cfr. João Luís Pereira Maurício, in
Sapateiros da Benedita e a sua História), que trabalhava como sapateiro por
conta própria e tinha boa clientela, faleceu cedo, durante a sua juventude,
pelo que o negócio foi continuado pelo filho Zé-zôto, que se veio a estabelecer em Casal Gregório.
Pessoa
de vincada personalidade, organizado e criativo, terá sido um dos primeiros
comerciantes da Benedita a ter contabilidade organizada e um guarda-livros,
que, ao sábado, se deslocava de Alcobaça à Benedita em bicicleta. Foi um dos
primeiros beneditenses a dispor de telefone. O seu negócio desenvolveu-se a
partir do fabrico manual que se estendeu à venda de solas, cabedais, mercearia,
fazendas e miudezas.
Mas
para Zé-zoto a vida não era só negócio, pois também foi
Regedor, missão nem sempre fácil com a II
Guerra, dado o racionamento, como salientava.
Nesta
tarefa colaboraram os 3 filhos, que
sabiam ler e escrever. O racionamento teve inúmeras consequências, sendo a
falta de matéria-prima, que não permitia trabalhar mais que uma semana por mês.
Isto fomentou o contrabando a que a Benedita não foi alheia. Os bens essenciais
e as matérias-primas, eram consideradas de interesse estratégico. A produção de
calçado na Benedita, com oficinas de muito poucos empregados, foi seriamente
afetada, pelo que houve assim que recorrer ao contrabando.
José
da Silva abastecia-se diretamente em Alcanena, Vila Moreira, Monsanto,
Guimarães, S. João da Madeira e Porto. Depois da II Guerra alguns dos
principais clientes de José da Silva acabaram por falir, e Zé-zôto, emigrou para o Brasil, onde reorganizou a vida, pagou as
dívidas e regressou à Benedita de cabeça
erguida.
-Faleceu
em 1997.
Silva,
José Manuel Patrício Lemos da, nasceu
em Alcobaça a 26 de março de 1944.
Estudou
na Escola Técnica de Alcobaça, onde obteve o Curso Geral de Comércio. Foi
empregado (paquete) na SIBAL – Sociedade Importadora de Bicicletas de Alcobaça,
Ld.ª, Dactilógrafo no Laboratório de Celulose e na Secretaria do Asilo da
Mendicidade de Lisboa.
Depois
de cumprir o serviço militar, trabalhou na Secção de Exportação de Raúl da
Bernarda & Filhos, Ld.ª, de 1970 a 1989. Em horário noturno, foi
contabilista da Aljubal (Aljubarrota) entre 1974 e 1991 e também desempenhou
funções de Administração na Fadecol, Aljubarrota entre 1989 e 2009.
Reformou-se em 1 de maio de 2009.
-Tem
desempenhado variadas funções extraprofissionais, como na organização da Feira de S. Bernardo, Ginásio Clube de Alcobaça,
Rotary Clube, A.G. do CEERIA e A.G. da Santa Casa da Misericórdia.
Colaborou
com os jornais O Alcoa, Jornal de
Alcobaça, A Voz de Alcobaça e Centro Desportivo, de Coimbra.
Pertenceu
às comissões organizadoras das Festas de Homenagem a Belo Marques (24/01/1987),
a Maria de Lurdes Resende (29/04/1995), a António Sanches Branco (14/02/2004) e
ao futebolista João de Matos Moura Lourenço (22/10/2011).
Silva, Leonor Gonçalves Neves Salgueiro, nasceu a 22 de março de 1957, em Santa
Catarina da Serra/Leiria, filha de um agricultor e de uma doméstica, pais de 5
filhos.
Tendo
a mãe falecido aos 5 anos, o pai enviou-a para fazer a pré-primária e estudos no
Colégio Moderno de S. José, em Vila
Real, cuja diretora era uma tia freira (Franciscana da congregação da Imaculada
Conceição). Terminados os estudos liceais, foi frequentar enfermagem na Escola
da Imaculada Conceição, no Porto. Concluído o curso, foi colocada no Hospital
de Leiria, onde conheceu o marido e permaneceu cerca de 2 anos, até ser
transferida para o Hospital de Alcobaça. Em Alcobaça, trabalhou durante 15
anos, tendo voltado ao Hospital de Leiria, até se reformar.
Amando a profissão, é Presidente do Centro de Bem Estar
Social de Montes desde 2001, função que
muito aprecio e levo a sério.
Este
Centro, mantém pouco alteradas as valências iniciais (centro de dia e apoio
domiciliário, onde se inclui almoço e jantar), e aguarda o início, talvez já em
2017, de obras de melhoramento e ampliação, conforme projeto com 5 anos de
idade, que prevê a criação de um Lar para a 3ª idade, o que irá modificar, radicalmente, as caraterísticas e funcionalidades
existentes.
O
CBES, para além das usuais dificuldades económicas (sem esquecer dívidas de
alguns utentes), não apresenta problemas especiais, graças a uma gestão afetuosa, cuidadosa, atenta e de proximidade, não
obstante o pouco que os utentes pagam, quando pagam !!!A população dos
Montes é rural, especialmente os mais velhos, salvo algumas pequenas exceções,
pelo que tem fracas pensões.
Leonor
Silva, inspira e reflete confiança,
dedica muita atenção, ao funcionamento do ATL, frequentado por 12 crianças
(2016).
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