NO
TEMPO DE PESSOAS “IMPORTANTES” COMO NÓS
50
Anos da História de Alcobaça Contada através de Pessoas
Malhó, Fernando
Catarino, nasceu a 11
de novembro de 1936, em Montes.
Frequentou
e concluiu a instrução primária no lugar de Montes, o Curso Geral do Comércio
na Escola Industrial e Comercial de Caldas da Rainha e é Bacharel em
Contabilidade e Administração.
Foi
atleta e fundador da Associação Recreativa Montense.
Admitido
em 14 de dezembro de 1959 na Caixa Sindical de Previdência dos Profissionais do
Comércio, com a categoria de Contabilista, foi transferido para a Caixa de
Previdência do Distrito de Leiria, em 25 de junho de 1962. Foi em pleno PREC,
Presidente da Comissão de Trabalhadores da Caixa de Previdência.
Desempenhou
funções de Presidente do Conselho Consultivo da Comissão Administrativa do
Centro Regional de Segurança Social de Leiria, designado por despacho
ministerial Vogal da Comissão Administrativa da Caixa de Previdência e Abono de
Família do Distrito de Leiria, em representação dos Trabalhadores. Integrou
vários Conselhos Diretivos do Centro Regional de Segurança Social de Leiria, na
qualidade de Vogal, foi Diretor do Lar Residencial de Alcobaça e destacado em
1971 para orientar e reformular os Serviços das Caixas de Previdência de Angra
do Heroísmo e Ponta Delgada, responsável pela Administração Financeira,
orgânica e funcional do Centro de Alojamento de retornados do Forte de Peniche,
entregue pela Cruz Vermelha à Segurança Social.
Candidato
à Presidência da Câmara Municipal de Alcobaça, pelo PSD, não tendo ganho as
eleições, foi vereador (sem pelouro atribuído) de 1994 a 1997.
Em 25
de Junho de 1996 passou à situação de aposentado.
Continua
a dispensar profunda atenção e interesse a causas sociais, que foram sempre o seu campo de atuação
profissional e de que não pretende abdicar.
rigente em cargos públicos e que tendo em conta os valores
herdados sente-se feliz e realizado.
Assim sendo, tem orgulho em ser pessoa respeitada pelo
trabalho que desenvolveu e louva-se de nunca
ter sido vetado em nenhuma escolha por razões políticas, mesmo no PREC.
Leia-se Fleming de
Oliveira em No Tempo de Soares, Cunhal e Outros.
-No
dia 29 de outubro de 1993, cerca de 400 pessoas, candidatos, militantes,
simpatizantes e outros, fizeram uma noite laranja
no salão Viamar, em Alfeizerão com o objetivo de apresentar os candidatos aos
diversos órgãos autárquicos nas eleições do dia 12 de dezembro de 1993.
Como
convidado de honra, esteve Fernando Nogueira, Vice-Presidente do PSD Nacional e
também alguns deputados. O Vice-Presidente do PSD focou temas de âmbito
nacional e afirmou que o PSD está motivado para ganhar a maioria das Câmaras do
Distrito, entre as quais se conta a de Alcobaça.
Uma
intervenção muito aplaudida foi a de Francisco Eusébio, em nome dos autarcas em
exercício, dizendo: É preciso ter
humildade para servir as freguesias e saber esperar que as obras apareçam, para
não desanimarem, mas acima de tudo terem o dom de “Saber Pedir”. Mais
adiante afirmou que estou cheio de força
para vencer e vou fazê-lo apesar de ter contra mim uma lista de independentes
forjada pelo PS e outra apoiada pelo partido de Cunhal.
Muito
esperada era a intervenção de Gonçalves Sapinho, que voltou ao PSD agora como
candidato à Assembleia Municipal, lugar que conhece pois já o exerceu.
O
último orador foi Fernando Malhó que deu uma lição de gestão e prometeu dignificar
a imagem do concelho e suas gentes e servir lealmente para bem de todos. O
candidato afirmou que a sua campanha será
um exercício de alegria e democracia contra os paladinos da desgraça.
Noite
grande dos laranjas alcobacences que
se mostraram com dinâmica, não disfarçando aqui e ali um certo nervosismo azedo contra os adversários,
como depois foi comentado.
Notou-se
a ausência de candidatos de segundo plano e alguns históricos locais.
-O
Centro de Bem-Estar Social dos Montes vai avançar, no primeiro trimestre de
2017, com a construção de um lar para idosos.
O
projeto foi apresentado, no dia 11 de setembro de 2016, no decorrer da festa da
fruta, organizada pela instituição. O projeto prevê obras de ampliação e
reestruturação dos espaços existentes, por forma a dar resposta a 20 utentes
residentes permanentes, 15 utentes em centro de dia e mantendo a resposta de
apoio domiciliário (capacidade para 40 utentes), com os serviços ambulatórios
de higiene pessoal e cuidados de imagem, alimentação e fornecimento de
refeições, lavandaria e higiene da habitação.
O projeto de construção do lar procura
dar resposta a uma necessidade sentida na comunidade, constituída
maioritariamente por uma população muito envelhecida, parte dela sem suporte
familiar próximo, acrescentou
a diretora do CBESM. Além disso, à exceção de Pataias e Alcobaça não existe nas
proximidades outra resposta por parte de IPSS nesta área, sendo por isso, um
projeto que irá colmatar uma dificuldade sentida pela freguesia e freguesias
vizinhas. Consequentemente, serão criados
mais postos de trabalho, sendo uma mais-valia para toda a freguesia. O
CBESM conta com 25 utentes no apoio domiciliário, 20 no centro de convívio, 8
crianças no centro de atividades de tempos livres, mais 6 no prolongamento do horário
do pré-escolar, servindo almoços a 34 crianças do jardim de Infância e EB 1 dos
Montes, no âmbito serviço de apoio à família, e assegura outros serviços de
apoio à comunidade.
Manso, José Ramos Pires, natural dos Foios, Professor da Universidade da Beira
Interior (Departamento de Gestão e Economia) e investigador do Observatório
para o Desenvolvimento Económico e Social da Universidade da Beira, um dos
autores do estudo sobre a Qualidade de Vida dos Municípios Portugueses, esteve
a apresentá-lo numa tertúlia no Café Portugal realizada em novembro de 2008.
De
acordo com este investigador, existem lacunas graves em Alcobaça, ao nível de
equipamentos de comunicação, culturais, de saúde, educação, cultura, ambiente,
bem como pouco dinamismo económico, seja no mercado da habitação ou no mercado
de trabalho.
Todavia,
em termos de estruturas básicas, Alcobaça supera a média nacional, o que
significa que se encontra num honroso,
sexagésimo oitavo lugar.
Licenciado (1966) e doutorado (1973) em Engenharia
Mecânica pelo Instituto
Superior Técnico da Universidade Técnica de Lisboa, obteve o grau de Master of Science
in Applied Machanics pelo Imperial College – Universidade de Londres (1968).A 19 de Abril de 1986 foi feito Comendador da Ordem da Instrução Pública e a 9 de Junho de 1994 Grande-Oficial da Ordem do Mérito.
Ocupou o cargo de Ministro da Educação no XIII Governo Constitucional, de 28 de Outubro de 1995 a 25 de Outubro de 1999.
A 18 de Janeiro de 2006 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada.
-O
Ministro da Educação, Marçal Grilo visitou apressadamente no dia 2 de dezembro
de 1996, o Externato Cooperativo da Benedita, limitando-se a percorrer o
edifício e a justificar a deslocação afirmando que era uma visita do reconhecimento a uma instituição pioneira no ensino
particular e cooperativo. A visita surgiu por convite de Gonçalves Sapinho,
diretor da escola e ex-colega de bancada de Marçal Grilo na Assembleia da
República
Marçal
Grilo, descerrou uma lápide alusiva à sua passagem, coincidindo na data com uma
visita que Couto dos Santos ali fez, três anos antes, e passados dois dias saiu
do ministério.
Ao
conjunto das lápides ali descerradas onde constam os nomes de Veiga Simão,
Roberto Carneiro, Couto dos Santos e outros, chamam os professores daquela
escola a necrópole, porque a passagem
por ali destes ministros antecipa a saída dos mesmos do governo.
Marçal
Grilo, confrontado com a situação, disse estar sempre pronto a regressar à Gulbenkian.
-A
escola preparatória, pertencente à rede do ensino público, não teve
conhecimento oficial da visita do Ministro Marçal Grilo.
Lúcia
Serralheiro, queixa-se da falta de atenção dada ao ensino público em favor do
ensino particular, numa terra onde o
ensino particular cresce e o oficial sobrevive. Também as autarquias locais
não se manifestaram muito agradadas com a situação, porque só foram informadas
da visita depois de a Junta da Benedita ter protestado contra o facto.
O
presidente da Junta ao ter conhecimento da visita enviou um fax a Marçal Grilo,
considerando o modo como esta foi preparada de um ato vergonhoso e escandaloso, e aconselhou Marçal Grilo a
demitir-se do cargo. Faxes de igual teor foram enviados a António Guterres,
Jorge Coelho, a outros governantes e aos órgãos do partido socialista.
A
Câmara só terá sido informada, depois de João Mateus Luís ter começado a partir a louça e a enviar faxes.
A
poucos metros de distancia, a Escola Preparatória da Benedita, com acessos em
muito mau estado e feitos através de um terreno privado não mereceu a visita do
responsável do Ministério da Educação. Há catorze anos que os acessos aquela
escola se fazem por um terreno pertença da Paróquia, situação que se agravou
com as obras de construção do Lar e Centro de Dia da Misericórdia da Benedita.
Os cerca de quatrocentos alunos daquela escola, têm que percorrer um espaço
lamacento, cheio de buracos até à entrada do edifício escolar, passando junto
ao local onde decorrem as referidas obras. Além dos maus acessos, levantava-se
a questão da segurança uma vez que circulavam máquinas e viaturas de transporte
com materiais, o que levava os responsáveis da Escola a temerem pela segurança
dos seus alunos.
Marcello Caetano, José das Neves Alves, foi o último
Presidente do Conselho de Ministros, do Estado Novo
após a substituição de Salazar.
Em 8
de abril de 1973, Marcelo Caetano, deslocou-se a Benedita numa visita particular, mas que se revelou de
grande projeção, pelo apoio que lhe deram a Câmara Municipal, a Junta de Freguesia,
em cuja sede descerrou uma lápide alusiva, Escolas, Filarmónica de Turquel, bem
como a população em geral. Deslocando-se à Rua Heróis do Ultramar, Caetano
descerrou uma placa toponímica, tendo discursado o antigo furriel miliciano
Manuel Ferreira Castelhano, Secretário da Junta de Freguesia, em nome de antigos combatentes,
inclusive alguns da Maiorga, que se encontravam presentes. Caetano visitou
empresas, tanto da indústria, como da agricultura, o Centro Social e,
finalmente, a Cooperativa de Ensino e Cultura/ECB, aonde foi
cumprimentado pelo Diretor Pedagógico, Gonçalves Sapinho, demais membros dos
corpos directivos, pessoal docente e alunos e assinou o Livro de Honra. A
visita terminou no Salão Paroquial, aonde foi servido um lanche.
José
Vinagre, recordou que em 1973 ocorreu a que seria a primeira e última visita de
Marcelo Caetano que referiu que depois de
ter visto a realidade a nossa terra, deveria ser tomada como exemplo do país,
pelo dinamismo e vontade de progresso, na resolução e empenho para os seus
problemas, quer ao nível das dificuldades financeiras, culturais e sociais. Esta
declaração foi destacada na imprensa nacional e principalmente na imprensa
local de Alcobaça e veio a ter importância no desenvolvimento, a curto prazo,
da Benedita. Acrescentou Vinagre que, nesse
mesmo dia, Marcelo Caetano descerrou uma placa toponímica com o nome Rua Heróis
do Ultramar e uma outra com o seu busto na praça principal de Benedita.
Quatro meses depois, já em plena
revolução do 25 de Abril, ambas as placas foram destruídas por jovens
entusiasmados pelo período revolucionário, o que originou uma autêntica revolta
popular, criando um descontentamento generalizado na freguesia, e que se veio a
alastrar à cidade de Rio Maior e mais tarde com consequências em Alcobaça,
tanto no cerco ao edifício da Câmara Municipal, bem como à sede do Partido
Comunista Português.
-Marcelo
Caetano faleceu no Rio de Janeiro a 26 de outubro de 1980, aonde estava exilado
desde o 25 de abril, sem pretender voltar a Portugal.
Maria, Manuel Querido, nasceu a 17 de dezembro no lugar de Areeiro/Évora de
Alcobaça e aí vive, reformado da Atlantis, onde foi vidreiro.
Hoje
em dia dedica-se aos netos e aos canários, gosto que vem do tempo em que
regressou da tropa que fez em São Tomé. Tem 60 casais de canários de boas raças
estrangeiras e nacionais. Manuel Maria já havia concorrido duas vezes em
concursos mundiais (em concursos no nosso país aonde já foi campeão nacional
várias vezes, fá-lo sempre que é possível) tendo obtido na primeira vez em 2001
uma medalha de prata e da segunda em 2010, uma medalha
de bronze.
Esclareceu
que na vitória de 2016 o canto do canário não tem relevância ao contrário da
beleza e cores do mesmo.
Depois
de cumprir serviço militar passou a dedicar o tempo livre aos canários, desde
sempre a ave que mais gostou e admirou. Começaram a haver concursos em Caldas
da Rainha. Foi ver alguns, o entusiasmo cresceu e começou a participar.
Surgiram os primeiros prémios e o entusiamo
aumentou. Participou em concursos em Peniche e em Santarém e em 2001 surgiu
a possibilidade de participar num campeonato do mundo realizado no Porto. Como
é filiado dos clubes de Peniche e Caldas da Rainha, o de Peniche facilitou-lhe
o transporte das aves para o Porto onde decorreu o campeonato, sendo 19 países
a concorrer, 1900 participantes, 15000 aves e muitos juízes de vários países. O
campeonato correu bem e foi gratificante tirar
uma medalhinha de prata. Para poder ter estes sucessos diz que tenho uma ótima companheira que me
ajuda. Nas horas de trabalho é ela que os alimenta. Se não fosse assim também
não tinha grandes hipóteses de chegar aqui.
Marmelo, Paulo José, enforcou-se na residência onde vivia
com a mulher Margarida Maria dos Reis, de 26 anos, em Ataíja de Cima.
Margarida
tinha decidido começar uma vida nova e aguardava o resultado do processo de
divórcio, mas no domingo dia 6 de agosto de 2006, pelas 18h30, o marido decidiu
queimá-la viva com gasolina, na Rua Augusto Pina em Alcobaça quando esta saiu
de casa para passear o cão, como fazia todos os dias antes de partir para o seu
trabalho na Nazaré. Os vizinhos ainda tentaram apagar as chamas com um
cobertor, mas quando Margarida deu entrada no hospital de Alcobaça, já não
apresentava sinais vitais.
Após
o crime, Paulo abandonou o local e aí deixou a vasilha que transportou o
material inflamável.
Margarida
esteve casada com Paulo durante cerca de 4 anos, mas um mês antes do crime
havia abandonado o lar, indo viver para Alcobaça.
Em
finais de julho, Margarida tinha publicado um anúncio em que dizia não se responsabilizar pelas dívidas do
marido, desde 15 de julho.
Marques, António Eduardo de Sousa, nasceu a 21 de julho de 1940 em Alcobaça, onde reside.
Tem o
Curso Geral de Comércio, foi empregado de escritório na Crisal-Cristais de
Alcobaça, SA., de 1957 até 1999, onde desempenhou funções de Escriturário,
Caixa, Chefe de Secção no Departamento Financeiro e Contabilidade, Ligação à
Bolsa de Valores, T.O.C., Sócio-Gerente da Producembal /Produção de Embalagens,
Ld.ª de 1990 a 1999, TOC responsável de 1999 até 2003 empresa integrada na
multinacional Sealed Air Espanha, SA / Barcelona e gerente de Gilberto de
Magalhães Coutinho, Ld ª..
Fez
formação na Apotec/Associação de Técnicos de Contas e na OTOC.
Ocupa
os tempos livres como estudante na Usalcoa/ Universidade Sénior de Alcobaça,
bem como na leitura e desporto.
António
Eduardo, que se assume como desportista foi um dos fundadores do Clube de Ténis
de Alcobaça/CTA, de que é aliás o sócio nº3, o nº1 Virgílio Ribeiro (advogado
de Alcobaça) e o nº2 o Dr. Fernando Luz (antigo Procurador no TJAlcobaça),
tendo sido até recentemente um praticante assíduo e federado, participando em
provas ao longo do país. No CTA desempenhou funções diretivas durante muitos
anos, o que lhe permite e considerar-se um desportista com verdadeiro espírito
de amador. O desporto, assim encarado, sempre fez parte da sua vida, tendo
também praticado algum futebol (estilo solteiros e casados), voleibol e
natação.
-Antes
do 25 de abril, assumiu expressamente atitudes de oposição ao regime, o que
implicou que lhe fosse negado o direito ao recenseamento eleitoral e a emissão
de passaporte.
Em
1969, trabalhando em Lisboa por conta da Crisal, envolveu-se em ações de
propaganda eleitoral da CDE, com vista às eleições para a Assembleia Nacional
de 1969 (as primeiras com Marcelo Caetano, alegadamente de abertura).
Em
1975, foi convidado pelo Governador Civil de Leiria, Rocha e Silva, tal como
ele contabilista, a integrar a Comissão Administrativa do Hospital de Alcobaça,
o que aceitou.
Desempenhou
cargos diretivos na Cooperativa de Consumo da Crisal, CRL, aí sendo Presidente
da Direção, Presidente do Conselho Fiscal e Presidente da Assembleia Geral
durante alguns mandatos, representante do Distrito de Leiria, eleito pelas
Cooperativas de Consumo do Distrito, para organizar o 1º. Congresso em
Liberdade das Cooperativas de Consumo que se realizou em Lisboa de 11 a 13 de
março de 1977, no qual participaram como organizadores os representantes
eleitos por 18 distritos de que foi membro de honra da mesa neste Congresso o
Professor Henrique de Barros.
Pertenceu ao Conselho Municipal de Alcobaça,
foi Deputado na Assembleia
Municipal, eleito pela APU, em 1979 e militante no MDP/CDE. Pessoa afável e de
bom trato é estimado em Alcobaça.
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