sexta-feira, 18 de janeiro de 2019


NO TEMPO DE PESSOAS “IMPORTANTES” COMO NÓS
50 Anos da História de Alcobaça Contada através de Pessoas
Malhó, Fernando Catarino, nasceu a 11 de novembro de 1936, em Montes.
Frequentou e concluiu a instrução primária no lugar de Montes, o Curso Geral do Comércio na Escola Industrial e Comercial de Caldas da Rainha e é Bacharel em Contabilidade e Administração.
Foi atleta e fundador da Associação Recreativa Montense.
Admitido em 14 de dezembro de 1959 na Caixa Sindical de Previdência dos Profissionais do Comércio, com a categoria de Contabilista, foi transferido para a Caixa de Previdência do Distrito de Leiria, em 25 de junho de 1962. Foi em pleno PREC, Presidente da Comissão de Trabalhadores da Caixa de Previdência.
Desempenhou funções de Presidente do Conselho Consultivo da Comissão Administrativa do Centro Regional de Segurança Social de Leiria, designado por despacho ministerial Vogal da Comissão Administrativa da Caixa de Previdência e Abono de Família do Distrito de Leiria, em representação dos Trabalhadores. Integrou vários Conselhos Diretivos do Centro Regional de Segurança Social de Leiria, na qualidade de Vogal, foi Diretor do Lar Residencial de Alcobaça e destacado em 1971 para orientar e reformular os Serviços das Caixas de Previdência de Angra do Heroísmo e Ponta Delgada, responsável pela Administração Financeira, orgânica e funcional do Centro de Alojamento de retornados do Forte de Peniche, entregue pela Cruz Vermelha à Segurança Social.
Candidato à Presidência da Câmara Municipal de Alcobaça, pelo PSD, não tendo ganho as eleições, foi vereador (sem pelouro atribuído) de 1994 a 1997.
Em 25 de Junho de 1996 passou à situação de aposentado.
Continua a dispensar profunda atenção e interesse a causas sociais, que foram sempre o seu campo de atuação profissional e de que não pretende abdicar.
rigente em cargos públicos e que tendo em conta os valores herdados sente-se feliz e realizado.
Assim sendo, tem orgulho em ser pessoa respeitada pelo trabalho que desenvolveu e louva-se de nunca ter sido vetado em nenhuma escolha por razões políticas, mesmo no PREC.
Leia-se Fleming de Oliveira em No Tempo de Soares, Cunhal e Outros.
-No dia 29 de outubro de 1993, cerca de 400 pessoas, candidatos, militantes, simpatizantes e outros, fizeram uma noite laranja no salão Viamar, em Alfeizerão com o objetivo de apresentar os candidatos aos diversos órgãos autárquicos nas eleições do dia 12 de dezembro de 1993.
Como convidado de honra, esteve Fernando Nogueira, Vice-Presidente do PSD Nacional e também alguns deputados. O Vice-Presidente do PSD focou temas de âmbito nacional e afirmou que o PSD está motivado para ganhar a maioria das Câmaras do Distrito, entre as quais se conta a de Alcobaça.
Uma intervenção muito aplaudida foi a de Francisco Eusébio, em nome dos autarcas em exercício, dizendo: É preciso ter humildade para servir as freguesias e saber esperar que as obras apareçam, para não desanimarem, mas acima de tudo terem o dom de “Saber Pedir”. Mais adiante afirmou que estou cheio de força para vencer e vou fazê-lo apesar de ter contra mim uma lista de independentes forjada pelo PS e outra apoiada pelo partido de Cunhal.
Muito esperada era a intervenção de Gonçalves Sapinho, que voltou ao PSD agora como candidato à Assembleia Municipal, lugar que conhece pois já o exerceu.
O último orador foi Fernando Malhó que deu uma lição de gestão e prometeu dignificar a imagem do concelho e suas gentes e servir lealmente para bem de todos. O candidato afirmou que a sua campanha será um exercício de alegria e democracia contra os paladinos da desgraça.
Noite grande dos laranjas alcobacences que se mostraram com dinâmica, não disfarçando aqui e ali um certo nervosismo azedo contra os adversários, como depois foi comentado.
Notou-se a ausência de candidatos de segundo plano e alguns históricos locais.
-O Centro de Bem-Estar Social dos Montes vai avançar, no primeiro trimestre de 2017, com a construção de um lar para idosos.
O projeto foi apresentado, no dia 11 de setembro de 2016, no decorrer da festa da fruta, organizada pela instituição. O projeto prevê obras de ampliação e reestruturação dos espaços existentes, por forma a dar resposta a 20 utentes residentes permanentes, 15 utentes em centro de dia e mantendo a resposta de apoio domiciliário (capacidade para 40 utentes), com os serviços ambulatórios de higiene pessoal e cuidados de imagem, alimentação e fornecimento de refeições, lavandaria e higiene da habitação.
O projeto de construção do lar procura dar resposta a uma necessidade sentida na comunidade, constituída maioritariamente por uma população muito envelhecida, parte dela sem suporte familiar próximo, acrescentou a diretora do CBESM. Além disso, à exceção de Pataias e Alcobaça não existe nas proximidades outra resposta por parte de IPSS nesta área, sendo por isso, um projeto que irá colmatar uma dificuldade sentida pela freguesia e freguesias vizinhas. Consequentemente, serão criados mais postos de trabalho, sendo uma mais-valia para toda a freguesia. O CBESM conta com 25 utentes no apoio domiciliário, 20 no centro de convívio, 8 crianças no centro de atividades de tempos livres, mais 6 no prolongamento do horário do pré-escolar, servindo almoços a 34 crianças do jardim de Infância e EB 1 dos Montes, no âmbito serviço de apoio à família, e assegura outros serviços de apoio à comunidade.
Manso, José Ramos Pires, natural dos Foios, Professor da Universidade da Beira Interior (Departamento de Gestão e Economia) e investigador do Observatório para o Desenvolvimento Económico e Social da Universidade da Beira, um dos autores do estudo sobre a Qualidade de Vida dos Municípios Portugueses, esteve a apresentá-lo numa tertúlia no Café Portugal realizada em novembro de 2008.
De acordo com este investigador, existem lacunas graves em Alcobaça, ao nível de equipamentos de comunicação, culturais, de saúde, educação, cultura, ambiente, bem como pouco dinamismo económico, seja no mercado da habitação ou no mercado de trabalho.
Todavia, em termos de estruturas básicas, Alcobaça supera a média nacional, o que significa que se encontra num honroso, sexagésimo oitavo lugar.
Marçal Grilo, Eduardo Carrega, nasceu em Castelo Branco a 8 de fevereiro de 1942.
Licenciado (1966) e doutorado (1973) em Engenharia Mecânica pelo Instituto Superior Técnico da Universidade Técnica de Lisboa, obteve o grau de Master of Science in Applied Machanics pelo Imperial College – Universidade de Londres (1968).
A 19 de Abril de 1986 foi feito Comendador da Ordem da Instrução Pública e a 9 de Junho de 1994 Grande-Oficial da Ordem do Mérito.
Ocupou o cargo de Ministro da Educação no XIII Governo Constitucional, de 28 de Outubro de 1995 a 25 de Outubro de 1999.
A 18 de Janeiro de 2006 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada.
-O Ministro da Educação, Marçal Grilo visitou apressadamente no dia 2 de dezembro de 1996, o Externato Cooperativo da Benedita, limitando-se a percorrer o edifício e a justificar a deslocação afirmando que era uma visita do reconhecimento a uma instituição pioneira no ensino particular e cooperativo. A visita surgiu por convite de Gonçalves Sapinho, diretor da escola e ex-colega de bancada de Marçal Grilo na Assembleia da República
Marçal Grilo, descerrou uma lápide alusiva à sua passagem, coincidindo na data com uma visita que Couto dos Santos ali fez, três anos antes, e passados dois dias saiu do ministério.
Ao conjunto das lápides ali descerradas onde constam os nomes de Veiga Simão, Roberto Carneiro, Couto dos Santos e outros, chamam os professores daquela escola a necrópole, porque a passagem por ali destes ministros antecipa a saída dos mesmos do governo.
Marçal Grilo, confrontado com a situação, disse estar sempre pronto a regressar à Gulbenkian.
-A escola preparatória, pertencente à rede do ensino público, não teve conhecimento oficial da visita do Ministro Marçal Grilo.
Lúcia Serralheiro, queixa-se da falta de atenção dada ao ensino público em favor do ensino particular, numa terra onde o ensino particular cresce e o oficial sobrevive. Também as autarquias locais não se manifestaram muito agradadas com a situação, porque só foram informadas da visita depois de a Junta da Benedita ter protestado contra o facto.
O presidente da Junta ao ter conhecimento da visita enviou um fax a Marçal Grilo, considerando o modo como esta foi preparada de um ato vergonhoso e escandaloso, e aconselhou Marçal Grilo a demitir-se do cargo. Faxes de igual teor foram enviados a António Guterres, Jorge Coelho, a outros governantes e aos órgãos do partido socialista.
A Câmara só terá sido informada, depois de João Mateus Luís ter começado a partir a louça e a enviar faxes.
A poucos metros de distancia, a Escola Preparatória da Benedita, com acessos em muito mau estado e feitos através de um terreno privado não mereceu a visita do responsável do Ministério da Educação. Há catorze anos que os acessos aquela escola se fazem por um terreno pertença da Paróquia, situação que se agravou com as obras de construção do Lar e Centro de Dia da Misericórdia da Benedita. Os cerca de quatrocentos alunos daquela escola, têm que percorrer um espaço lamacento, cheio de buracos até à entrada do edifício escolar, passando junto ao local onde decorrem as referidas obras. Além dos maus acessos, levantava-se a questão da segurança uma vez que circulavam máquinas e viaturas de transporte com materiais, o que levava os responsáveis da Escola a temerem pela segurança dos seus alunos.
Marcello Caetano, José das Neves Alves, foi o último Presidente do Conselho de Ministros, do Estado Novo  após a substituição de Salazar.
Em 8 de abril de 1973, Marcelo Caetano, deslocou-se a Benedita numa visita particular, mas que se revelou de grande projeção, pelo apoio que lhe deram a Câmara Municipal, a Junta de Freguesia, em cuja sede descerrou uma lápide alusiva, Escolas, Filarmónica de Turquel, bem como a população em geral. Deslocando-se à Rua Heróis do Ultramar, Caetano descerrou uma placa toponímica, tendo discursado o antigo furriel miliciano Manuel Ferreira Castelhano, Secretário da Junta de Freguesia, em nome de antigos combatentes, inclusive alguns da Maiorga, que se encontravam presentes. Caetano visitou empresas, tanto da indústria, como da agricultura, o Centro Social e, finalmente, a Cooperativa de Ensino e Cultura/ECB, aonde foi cumprimentado pelo Diretor Pedagógico, Gonçalves Sapinho, demais membros dos corpos directivos, pessoal docente e alunos e assinou o Livro de Honra. A visita terminou no Salão Paroquial, aonde foi servido um lanche.
José Vinagre, recordou que em 1973 ocorreu a que seria a primeira e última visita de Marcelo Caetano que referiu que depois de ter visto a realidade a nossa terra, deveria ser tomada como exemplo do país, pelo dinamismo e vontade de progresso, na resolução e empenho para os seus problemas, quer ao nível das dificuldades financeiras, culturais e sociais. Esta declaração foi destacada na imprensa nacional e principalmente na imprensa local de Alcobaça e veio a ter importância no desenvolvimento, a curto prazo, da Benedita. Acrescentou Vinagre que, nesse mesmo dia, Marcelo Caetano descerrou uma placa toponímica com o nome Rua Heróis do Ultramar e uma outra com o seu busto na praça principal de Benedita.
Quatro meses depois, já em plena revolução do 25 de Abril, ambas as placas foram destruídas por jovens entusiasmados pelo período revolucionário, o que originou uma autêntica revolta popular, criando um descontentamento generalizado na freguesia, e que se veio a alastrar à cidade de Rio Maior e mais tarde com consequências em Alcobaça, tanto no cerco ao edifício da Câmara Municipal, bem como à sede do Partido Comunista Português.
-Marcelo Caetano faleceu no Rio de Janeiro a 26 de outubro de 1980, aonde estava exilado desde o 25 de abril, sem pretender voltar a Portugal.
Maria, Manuel Querido, nasceu a 17 de dezembro no lugar de Areeiro/Évora de Alcobaça e aí vive, reformado da Atlantis, onde foi vidreiro.
Hoje em dia dedica-se aos netos e aos canários, gosto que vem do tempo em que regressou da tropa que fez em São Tomé. Tem 60 casais de canários de boas raças estrangeiras e nacionais. Manuel Maria já havia concorrido duas vezes em concursos mundiais (em concursos no nosso país aonde já foi campeão nacional várias vezes, fá-lo sempre que é possível) tendo obtido na primeira vez em 2001 uma medalha de prata e da segunda em 2010, uma medalha de bronze.
Esclareceu que na vitória de 2016 o canto do canário não tem relevância ao contrário da beleza e cores do mesmo.
Depois de cumprir serviço militar passou a dedicar o tempo livre aos canários, desde sempre a ave que mais gostou e admirou. Começaram a haver concursos em Caldas da Rainha. Foi ver alguns, o entusiasmo cresceu e começou a participar. Surgiram os primeiros prémios e o entusiamo aumentou. Participou em concursos em Peniche e em Santarém e em 2001 surgiu a possibilidade de participar num campeonato do mundo realizado no Porto. Como é filiado dos clubes de Peniche e Caldas da Rainha, o de Peniche facilitou-lhe o transporte das aves para o Porto onde decorreu o campeonato, sendo 19 países a concorrer, 1900 participantes, 15000 aves e muitos juízes de vários países. O campeonato correu bem e foi gratificante tirar uma medalhinha de prata. Para poder ter estes sucessos diz que tenho uma ótima companheira que me ajuda. Nas horas de trabalho é ela que os alimenta. Se não fosse assim também não tinha grandes hipóteses de chegar aqui. 
Marmelo, Paulo José, enforcou-se na residência onde vivia com a mulher Margarida Maria dos Reis, de 26 anos, em Ataíja de Cima.
Margarida tinha decidido começar uma vida nova e aguardava o resultado do processo de divórcio, mas no domingo dia 6 de agosto de 2006, pelas 18h30, o marido decidiu queimá-la viva com gasolina, na Rua Augusto Pina em Alcobaça quando esta saiu de casa para passear o cão, como fazia todos os dias antes de partir para o seu trabalho na Nazaré. Os vizinhos ainda tentaram apagar as chamas com um cobertor, mas quando Margarida deu entrada no hospital de Alcobaça, já não apresentava sinais vitais.
Após o crime, Paulo abandonou o local e aí deixou a vasilha que transportou o material inflamável.
Margarida esteve casada com Paulo durante cerca de 4 anos, mas um mês antes do crime havia abandonado o lar, indo viver para Alcobaça.
Em finais de julho, Margarida tinha publicado um anúncio em que dizia não se responsabilizar pelas dívidas do marido, desde 15 de julho.
Marques, António Eduardo de Sousa, nasceu a 21 de julho de 1940 em Alcobaça, onde reside.
Tem o Curso Geral de Comércio, foi empregado de escritório na Crisal-Cristais de Alcobaça, SA., de 1957 até 1999, onde desempenhou funções de Escriturário, Caixa, Chefe de Secção no Departamento Financeiro e Contabilidade, Ligação à Bolsa de Valores, T.O.C., Sócio-Gerente da Producembal /Produção de Embalagens, Ld.ª de 1990 a 1999, TOC responsável de 1999 até 2003 empresa integrada na multinacional Sealed Air Espanha, SA / Barcelona e gerente de Gilberto de Magalhães Coutinho, Ld ª..
Fez formação na Apotec/Associação de Técnicos de Contas e na OTOC.
Ocupa os tempos livres como estudante na Usalcoa/ Universidade Sénior de Alcobaça, bem como na leitura e desporto.
António Eduardo, que se assume como desportista foi um dos fundadores do Clube de Ténis de Alcobaça/CTA, de que é aliás o sócio nº3, o nº1 Virgílio Ribeiro (advogado de Alcobaça) e o nº2 o Dr. Fernando Luz (antigo Procurador no TJAlcobaça), tendo sido até recentemente um praticante assíduo e federado, participando em provas ao longo do país. No CTA desempenhou funções diretivas durante muitos anos, o que lhe permite e considerar-se um desportista com verdadeiro espírito de amador. O desporto, assim encarado, sempre fez parte da sua vida, tendo também praticado algum futebol (estilo solteiros e casados), voleibol e natação.
-Antes do 25 de abril, assumiu expressamente atitudes de oposição ao regime, o que implicou que lhe fosse negado o direito ao recenseamento eleitoral e a emissão de passaporte.
Em 1969, trabalhando em Lisboa por conta da Crisal, envolveu-se em ações de propaganda eleitoral da CDE, com vista às eleições para a Assembleia Nacional de 1969 (as primeiras com Marcelo Caetano, alegadamente de abertura).
Em 1975, foi convidado pelo Governador Civil de Leiria, Rocha e Silva, tal como ele contabilista, a integrar a Comissão Administrativa do Hospital de Alcobaça, o que aceitou.
Desempenhou cargos diretivos na Cooperativa de Consumo da Crisal, CRL, aí sendo Presidente da Direção, Presidente do Conselho Fiscal e Presidente da Assembleia Geral durante alguns mandatos, representante do Distrito de Leiria, eleito pelas Cooperativas de Consumo do Distrito, para organizar o 1º. Congresso em Liberdade das Cooperativas de Consumo que se realizou em Lisboa de 11 a 13 de março de 1977, no qual participaram como organizadores os representantes eleitos por 18 distritos de que foi membro de honra da mesa neste Congresso o Professor Henrique de Barros.
Pertenceu ao Conselho Municipal de Alcobaça, foi Deputado na Assembleia Municipal, eleito pela APU, em 1979 e militante no MDP/CDE. Pessoa afável e de bom trato é estimado em Alcobaça.

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