sexta-feira, 18 de janeiro de 2019



NO TEMPO DE PESSOAS “IMPORTANTES” COMO NÓS
50 Anos da História de Alcobaça Contada através de Pessoas

Henriques, António José Rodrigues, conta que, nasci na aldeia de Castanheira a 8 de junho de 1951, filho único de uma família de agricultores simples e humildes. Fiz a quarta classe na escola de aldeia, tipicamente, tendo como professoras Joana Barros e Amália Ascenso. Fiz o exame de quarta classe em Alcobaça, e o exame de admissão em Leiria no Liceu Rodrigues Lobo. Foram os primeiros passos na orla rígida da educação, num Portugal caracterizado pela pobreza extrema do seu povo e pela opressão da ditadura salazarista.
Estudei até ao quinto ano no Colégio do Dr. Cabrita (onde hoje se encontra o CEERIA), passando depois para Porto de Mós (onde terminei o sétimo ano do liceu Alínea F.).
Já na minha adolescência, com o singular sangue quente a correr nas veias, decidi, a título voluntário, inscrever-me na Força Aérea - como piloto. Posteriormente ingressei no exército português, na Escola Prática de Cavalaria, em Santarém, sem saber que seria aqui que se daria o início da minha formação pessoal e social que influenciaram o resto do meu desenvolvimento humano. O destino levou-me a bom porto, porto esse quase que como uma dádiva se parecesse: tive o prazer de ser comandado pelo capitão Salgueiro Maia, com quem partilhei momentos que nunca esquecerei.
 Após o 25 de abril, nas primeiras instâncias da minha posição exterior no ramo profissional, fui colocado no 2º. Tribunal Militar como secretário do Juiz Coordenador do Tribunal, tendo ai contacto direto com o processo do General Humberto Delgado. Em simultâneo, encontrava-me num curso de engenharia mecânica, no ISEL.
Passados uns tempos, fui colocado no Ministério da Educação, onde fiz parte do Gabinete da Implementação Nacional do Leite Escolar e montagem de cantinas por todo o Pais.
Aos fins de semana  vinha até a minha aldeia, onde me divertia com os meus amigos de infância. Por desafio ou não, foi dentro deste ciclo de amigos e com a ajuda deles, que quis avançar e abraçar o meu primeiro projeto próprio, e nasceu a Discoteca o Moinho - local privado, numa azenha familiar, apenas posteriormente aberto ao público. Foi tornado um sucesso nacional.
Correram os tempos, a paixão pela política e pela luta social transformou-se em algo concreto e visível no meu caminho. Concorri à Junta de Freguesia de Cós, onde fiz dois mandatos como secretário.
Os projetos pessoais continuaram: abri, em 1982, uma  farmácia em Cós, com a minha mulher, um laboratório de análises na Batalha, passando para Alcobaça, onde ainda hoje funciona. É uma unidade de referência distrital atualmente.
Inquieto e hiperativo, como me considero, dinamizei as empresas,  e em 1989 participei na lista vencedora d
Em 1994, integrei  de novo as listas do PS. Fui vereador com vários pelouros e o PS, mais uma vez, ganhava a Câmara com a maior vitória de sempre. Momentos dourados.
Vindo o terminus do mandato, dediquei-me mais intensamente às minhas empresas, apostando na modernização, inovação, e prestado mais apoio à sua gestão.
Fiz, e ainda faço, parte dos fundadores da Rádio Cister, Fundador do Jornal de Cister - ainda hoje um semanário de referência na nossa cidade e região - assim como do jornal Semana, este último cujo projeto não teve o sucesso pretendido!
Em 2001, candidatei-me a Presidência da Câmara Municipal de Alcobaça  pelo Partido Socialista. Aqui encarei a derrota a favor do Social-democrata Gonçalves Sapinho, ficando como vereador até ao final do mandato.
Ocupei, desde sempre, cargos internos no Partido Socialista. Para além de ter sido presidente da Comissão Política, e ocupei outros cargos a nível distrital. Nos dias de hoje detenho a presidência da Comissão Económica e Financeira Distrital.
Fundei várias associações, a última a ANDDCBPN, que se orgulha de ser a única associação nacional defensora de investidores inscritos na CMVM.
Em 2002 transferi a farmácia de Cós para a vila da Benedita, e posteriormente comprei a Policlínica Central da Benedita, o Centro Médico de Pataias e, recentemente, uma clínica em Leira que está ser um sucesso pela qualidade dos serviço e pela sua localização prestigiada.
Tenho uma personalidade forte, sem medo perseverante e dificilmente desisto dos objetivos que estabeleço. Acredito veementemente que fico sempre mais forte quando as dificuldades nos aparecem no nosso percurso, levando-me a encará-las como elementos necessários para a concretização desses mesmos objetivos.
Frequentei a Faculdade Autónoma de Lisboa, onde me licenciei em Sociologia.
Neste momento dirijo um grupo de saúde que criei de raiz, onde trabalham mais de 40 colaboradores diretos e mais de 120 prestadores de saúde. Tenho, ao meu lado, o meu filho mais novo, a sua garra, a sua vontade audaz e o seu alento. Sabemos que iremos tornar o Grupo H num grupo de referência nacional e levá-lo à sua internacionalização.
Considero-me um homem humilde, um apaixonado pela vida, pelas questões sociais, pelo avanço e pelo desenvolvimento/inovação. Como hobby, gosto de automóveis,  peças antigas, restauros, uma boa mesa saudável e o convívio com os amigos, que tanto estimo. Sei que ando sempre acompanhado pelo bicho fervoroso da política, considerando parte de mim mesmo.
Não deixo de ser um livre-pensador, fiel aos princípios, que me guiam.
Henriques, Deodoro Morgado, reformado, vive em Chiqueda e veio para Alcobaça (onde casou), porque a mãe morreu, após o seu nascimento.
O seu primeiro emprego, foi a arranjar bicicletas, vindo mais tarde a abrir em Alcobaça a sua oficina de bicicletas e motas, por alturas de 1965, tendo a consigo trabalhar a família e empregados.
Morgado Henriques abriu a sua loja de motorizadas e bicicletas em 1952 na rua Miguel Bombarda que hoje é explorada pelos dois filhos, com o nome de Motas do Alcoa.  
Deodoro é bombeiro, desde 1947, pois ser bombeiro é uma dedicação, da dedicação veio a amizade as pessoas e a amizade a todos os colegas e a todos os comandos. Quando entrei para os bombeiros, estes tinham grandes dificuldades na sua manutenção, no sair das viaturas, com falta de dinheiro para o pagamento da gasolina, mas com o tempo as coisas têm-se remediado, tem andado para a frente.
Não se interessa com política, a política é um grande interesse pessoal, mas admiro o Dr. Laborinho Lúcio.
-Diz que pertence ao Sporting e ao meu Ginásio, mas o meu desporto predileto (que já não pratica) é a caça.
Henriques, Manuel Gomes, Presidente da Junta de Freguesia de Prazeres de Aljubarrota, entre 1986 e 1990, foi homenageado pelos autarcas da respetiva freguesia e do Município de Alcobaça, ao ser-lhe atribuído o nome à chamada Rua da Igreja.
A cerimónia homenageou também Eduardo Marques Pedro, Presidente da mesma Junta de 1976 a 1986 e de 1990 a 2001, que viu reconhecido o seu trabalho em prol da freguesia, numa época de dificuldades como foi o pós 25 de abril, como referiu Amílcar Raimundo.
A placa com o nome de Manuel Gomes Henriques foi descerrada pela esposa, após reunião na sede da Junta, tendo a comitiva em seguida passado pelo cemitério a visitar a campa.
De coração aberto e generoso, tratava todos por igual, independentemente de serem ricos ou pobres, da cor partidária ou religião.
Como presidente da Junta de Freguesia de Prazeres de Aljubarrota, fez o que pode para a desenvolver e promover. Desde a Misericórdia, às festas de Carnaval e às comemorações do dia 14 de agosto, este homem deu o seu melhor contributo – quase nem era preciso pedir, bastava que ele sonhasse que era preciso alguma coisa. Bom amigo, bom filho, bom pai e bom marido.
Após a celebração da missa de 7º dia, com a autorização dos familiares, algumas pessoas de Aljubarrota foram buscar flores que tinham sido oferecidas por altura do funeral e fizeram arranjos que enfeitaram a igreja.
Foi com sentida dor que foram celebradas as missas de corpo presente e de 7º dia. Nesta ultima, foi feita uma homenagem como se ele ali estivesse presente e bem vivo, com uma enorme salva de palmas.
Hermano da Silva, João, nasceu em Alcobaça, a 10 de junho de 1949. 
Frequentou o Jardim-0Escola João de Deus de Alcobaça, de 1952 a 1955, a Instrução Primária, de 1956 a 01960, com a Professora D. Estela e o Prof. Elias Cravo, a Escola Técnica de Alcobaça, de 1961 a 1962, o Curso Geral do Comércio/Externato D. Afonso Henriques, com exames na Escola Industrial e Comercial das Caldas da Rainha, de 1963 a 1966, o Instituto Comercial de Lisboa, de 1967 a 1969, o Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras, de 1969 a 1974/Licenciatura em Finanças/Gestão de Empresas.
Trabalhou na Direção-Geral de Energia, de 1972 a 2009, com numerosas reuniões em Bruxelas na Comissão Europeia, no Parlamento Europeu e, sobretudo, no Conselho, de 1990 a 2009 (Dossiers: Harmonização Fiscal, Redes Transeuropeias de Energia e Mercado Interno de Energia).
É autor de diversas publicações, de análise económico-financeira, relativamente ao sector energético.
Foi Diretor Financeiro da Fábrica de Relógios Davó/Turquel em 1980, tendo integrado, em Lisboa, o Gabinete de Estudos Jurídicos e Financeiros (projetos de investimento/saneamentos financeiros de diferentes empresas), o Centro Regional de Reforma Agrária de Santarém (1975) e o Projeto dos Conselhos (Comissões de Moradores, Comissões Trabalhadores-1975).
Praticou Remo (com resultados apreciáveis). Atualmente, pratica corrida diariamente, para além de ténis de mesa e matraquilhos (menos frequentemente).
Acompanha a apanha anual da azeitona nos arredores de Castelo Branco.
Dedica-se ao estudo e ensino da guitarra clássica, guitarra portuguesa, cavaquinho e canto. Participa num Grupo musical amador em Lisboa (Peregrinasons), procedendo a uma regular interação com outro de Salir do Porto (Uma espécie de banda).
Tem escrito ensaios de natureza filosófica, criando também alguma poesia e música.
-É autor do (poético e interessante) livro Louvor à Natureza  (2015).

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