segunda-feira, 21 de janeiro de 2019


NO TEMPO DE PESSOAS “IMPORTANTES” COMO NÓS
50 Anos da História de Alcobaça Contada através de Pessoas
Selassié, (Príncipe) Ermias Sahle, nasceu a 14 junho de 1960, em Adis Abeba, neto do Imperador  Hailé Selassié que já havia visitado Alcobaça.
Recorde-se que em 1959, o Rei dos Reis, O Senhor dos Senhores, O Conquistador Leão da Tribo de Judah, O Supremo Defensor da Fé e Poder da Santíssima Trindade, o Imperador Etíope, Hailé Selassié, efetuou uma visita oficial a Portugal, e a Alcobaça como era usual no protocolo, atirando aquando do acesso ao Mosteiro, moedas de ouro aos populares,que corriam e se debatiam histericamente atrás delas.
Hailé Selassié, de acordo com a tradição, era o ducentésimo vigésimo quinto da linhagem de imperadores etíopes descendentes do bíblico Rei Salomão e a Rainha de Sheba. Nos discursos da praxe, o Chefe de Estado africano e os responsáveis portugueses, fizeram referências aos laços históricos que uniam os dois países desde o século XVI. 
-O neto Príncipe Ermias Sahle Selassié, visitou Alcobaça em 2003, sem qualquer protocolo.
-Eremias Selassié esteve de novo presente, no domingo 27 de outubro de 2009, na Sessão de investiduras de controversa São Miguel de Ala, em cerimónia solene e missa celebrada pelo Bispo de São Tomé.
Semião, Eduardo José Bento Coelho, alcunhado de Vitamina, no dizer de JERO, que sobre este alcobacense, popular e estimado, escreveu no jornal Região de Cister, as notas que se transcrevem:
Os sintomas iniciais da falta de vitamina B12 incluem fadiga, falta de memória e, por vezes, formigueiro nas pernas. Mas transquilizo já os leitores desta coluna que Vitamina tem apenas a ver com um rapaz que quando tinha 12 anos, já era procurado, pois a irreverência e hábito de fazer “partidas” aos amigos começou cedo.  Até que lhe calhou. Um dia uma fotografia sua, tipo Far West, apareceu exposta numa montra de um café da Rua Afonso de Albuquerque, em Alcobaça.
O Eduardo Semião (também conhecido por Vitamina) – pois é dele que se trata – “encaixou” com garbo a brincadeira e não demorou muito a responder à letra. Esqueceu-se é que este cartaz ficou em arquivo de um amigo comum, que em passado recente a fez chegar à mão de um dos Coelhos, seu parente.
Eduardo José Bento Coelho Semião, que é natural de Alcobaça desde 1957, foi bancário – aposentou-se recentemente – e continua a espalhar boa disposição e alegria por onde passa. Tem todo o tipo de bom malandro e nota-se que está para continuar. Não se lhe nota nem falta de memória nem formigueiro nas pernas. Ou não fosse conhecido por Vitamina.
Bora viver Eduardo Semião.
Semião, Lídia, foi a diretora do Lar Residencial de Alcobaça, em substituição de Fernando Malhó.
A nova diretora era Técnica de Serviço Social no Centro Regional de Segurança Social do Centro, Serviço Sub-Regional de Leiria, entrou ao serviço em novembro de 1996 e tomou posse, oficialmente, quando a nomeação foi publicada em Diário da Republica.
-O Centro Social de Valado dos Frades, em parceria com a Câmara Municipal da Nazaré e Alcobaça e o Instituto da Segurança Social, apresentou, na sexta-feira, dia 5 de Março de 2010, o projeto Mais Participação, Mais Cidadania, Mais Desenvolvimento, integrado no programa Contratos Locais de Desenvolvimento Social, em vigor até Abril de 2012. 
Este projeto decorreu de  nova metodologia, no que diz respeito à intervenção social, visto ter por base as necessidades e potencialidades locais. O Plano de Ação estava dividido em quatro eixos e tinha como principal objetivo promover a inclusão social dos cidadãos, de forma multissectorial e integrada, através de acções a executar em parceria, por forma a combater a pobreza persistente e a exclusão social de territórios deprimidos. Este projeto foi financiado pelo QREN e pelo Jogo da Santa Casa de Lisboa.
Na sessão de apresentação, estiveram presentes, Mafalda Tavares e Mónica Baptista, vereadoras da Câmara Municipal da Nazaré e Alcobaça respetivamente, Lídia Semião, diretora da Unidade de Desenvolvimento do Centro Distrital da Segurança Social, Fernanda Pereira, presidente do Centro Social de Valado dos Frades e Vânia Ribeiro, coordenadora do projeto.
Para Lídia Semião, o projeto é uma medida de combate à pobreza e exclusão social e um projecto de intervenção que conta com o empenho de todas as pessoas.
Vânia Fernandes, reforçou que o projeto pretende promover o desenvolvimento social e económico dos concelhos de Nazaré e Alcobaça.
As atividades a serem levadas a cabo no âmbito do projeto Mais Participação, Mais Cidadania, Mais Desenvolvimento, foram oportunamente divulgadas. A finalidade destas acções é interromper os ciclos de pobreza e exclusão social, realçou a Irmã Fernanda Pereira.
-A 1 de dezembro de 2014, o Jardim-Escola João de Deus, de Alcobaça, comemorou o seu primeiro centenário de existência.
A sessão solene realizada a 7 de março de 2015, contou com a presença do Presidente da Câmara Municipal de Alcobaça, Lídia Semião, em representação da Direção Regional da Segurança Social de Leiria, a Vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Alcobaça, o Presidente da Direção da Associação de Jardins-Escola João de Deus, que descerrou a placa alusiva, Diretores de Centros Educativos João de Deus, e respetivos órgãos diretivos.
Momentos de grande significado para o Jardim-Escola, de Alcobaça, para a comunidade Alcobacense, para Pais, Alunos, antigos alunos que discursaram, foram relembrados com emoção.
Promover o desenvolvimento dos dois concelhos através de um conjunto de ações, executadas em parceria pelas várias entidades dos dois concelhos, foi o principal objetivo deste projeto, cuja prorrogação do prazo foi solicitada pelas Câmaras da Nazaré e Alcobaça ao Instituto da Segurança Social.
Lídia Semião, destacou a mais-valia que o projeto trouxe a todos, nomeadamente ao nível do trabalho de parcerias e de intervenção junto da comunidade, e adiantou que este projeto está a terminar, garantidamente outros virão, com o intuito de se valorizar o que já existe e promover uma melhor qualidade de vida.
Mafalda Tavares, vice-presidente da Câmara da Nazaré, elogiou o trabalho desenvolvido ao longo destes três anos, adiantando que na conjuntura atual, em que há cada vez mais solicitações das famílias e dos jovens de respostas por parte das Instituições, devemos aproveitar a troca de experiências e o trabalho aqui desenvolvido, razão que levou que as Câmaras da Nazaré e Alcobaça a solicitar à Segurança Social a prorrogação do prazo deste projeto.
Mónica Batista, vereadora da Câmara Municipal de Alcobaça, frisou a importância do envolvimento da comunidade em torno deste projeto, assim como os frutos alcançados, que gostaríamos de ver em continuidade. Seria bom que este projeto tivesse continuidade, se for prorrogado.
O relatório final do projeto, onde consta o número de pessoas abrangidas pelas diversas ações desenvolvidas, desde setembro de 2009, assim como os resultados obtidos, ainda estava em elaboração, mas na sessão de encerramento, Vânia Ribeiro, coordenadora técnica do Projeto+, referiu que este contribuiu para o desenvolvimento local, através das diferentes intervenções, designadamente na capacitação dos jovens, das famílias e dos técnicos com novas ferramentas para a melhoria da sua qualidade de vida, e na criação e fortalecimento das parcerias.
Com base num plano de ação, elaborado a partir de diagnósticos sociais e planos de desenvolvimento social dos dois concelhos, o Projeto+, cuja vigência terminou  com a sessão de encerramento, desenvolveu ações nas quatro áreas de intervenção a que se propôs, Emprego, formação, qualificação, Intervenção familiar e parental, Capacitação da comunidade e instituições, e Informação e Acessibilidades.
Do lado do Centro Social de Valado dos Frades, entidade a quem coube implementar o Contrato Local de Desenvolvimento Social dos concelhos de Alcobaça e Nazaré, através deste projeto, a Irmã Fernanda Pereira, disse que foi uma aventura, uma resposta em prol do bem comum, com o objetivo único da disponibilidade para servir a comunidade.
Serafim, Eduardo Rui Pereira, foi professor do ensino secundário, sindicalista, militante político, dirigente associativo e colaborador da imprensa regional.
Nasceu em Alcobaça, no Hospital da Misericórdia, no dia 8 de Julho de 1951. É licenciado em Estudos Clássicos e Portugueses pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Actualmente encontra-se aposentado.
Na sua juventude, viveu e trabalhou na Alemanha, regressando a Portugal a fim de concluir os estudos liceais. Em Outubro de 1969, ingressou na Universidade de Coimbra para frequentar o curso de Filosofia. Aí participou nas lutas estudantis que ocorreram ainda na sequência da crise académica de 69 e desenvolveu actividade política antifascista e anticolonialista. Também em Coimbra, fez parte dos fundadores da República dos Fantasmas, ainda existente, em conjunto com mais dois alcobacenses, entre outros. Mais tarde, muda de curso e conclui os estudos superiores em Lisboa.
Iniciou a sua carreira de professor em Abrantes, em 1972, mas foi em Alcobaça, na actual Escola Secundária de D. Inês de Castro, e em São Martinho do Porto, na Escola Básica dos 2º e 3º ciclos com ensino secundário que fez grande parte do seu percurso profissional, ensinando Português e Latim. Nos anos lectivos de 1989-90 e 1990-91, porém, exerceu a docência como leitor de Português na Universidade Rennes 2, em França.
No âmbito da sua experiência como professor, publicou, em co-autoria com duas docentes de Alcobaça, os manuais “Entrelinhas – Língua Portuguesa 7º” (1995) e “Entrelinhas – Língua Portuguesa 8º” (1996).
Ainda enquanto professor e com o advento da liberdade sindical, desenvolveu, a partir de 1974 e durante quase uma década, intensa acção como delegado sindical na escola em Alcobaça e como membro do Executivo Provisório Distrital de Leiria do Sindicato dos Professores.
Depois da Revolução de Abril de 1974, e em resultado das ligações políticas anteriores, empenhou-se na luta política, militando na FEC (m-l) – Frente Eleitoral dos Comunistas (Marxistas-Leninistas), organização que, em 1976, viria a juntar-se à UDP (União Democrática Popular). Nesse mesmo ano, apoiou a candidatura de Otelo Saraiva de Carvalho à Presidência da República e foi cabeça-de-lista à primeira Assembleia Municipal de Alcobaça pelos GDUPs (Grupos Dinamizadores da Unidade Popular), organização unitária constituída na sequência da candidatura de Otelo e de que a UDP fazia parte. A sua candidatura à Assembleia Municipal de Alcobaça veio a repetir-se, em 1979, agora concorrendo pela UDP. Em 1984, desligou-se deste partido e da militância partidária. No entanto, em 1986, apoiou activamente a candidatura de Maria de Lurdes Pintasilgo à Presidência da República, tendo feito parte da respectiva comissão concelhia de apoio. Rui Serafim só voltaria a ter intervenção política activa em 2005, quando se apresentou como candidato independente pelo Bloco de Esquerda a presidente da Câmara Municipal de Alcobaça.
Foi membro do “Rebate” (1998-2004), movimento de cidadania que fez várias intervenções ao nível da política cultural em Alcobaça e editou algumas obras de conterrâneos há muito esgotadas.
Em 1992, no seguimento de uma crise directiva da Banda de Alcobaça (cujo ressurgimento se dera em 1985) e da consequente inactividade do seu corpo musical, presidiu à Comissão Administrativa, cuja acção permitiu de novo o funcionamento da colectividade. Um ano depois, deu-se a normalização plena da vida associativa, sendo Rui Serafim eleito presidente da direcção da Banda de Alcobaça, cargo que exerceu durante dois mandatos. Actualmente, mantém-se ligado à instituição na qualidade de presidente da assembleia geral.
Rui Serafim colaborou igualmente na imprensa regional. Privilegiando a reportagem e a entrevista, escreveu durante cerca de vinte anos para o jornal A Voz de Alcobaça.
Serafim, Fernando, nasceu em Alcobaça em 1933, filho de José Serafim, pessoa, ao que se diz, possuidor de talento vocal sendo até conhecido pelo nome de José Canta Bem.
Concluiu o Curso de Canto no Conservatório Nacional e foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, em Itália, onde estudou técnica vocal. Logo depois foi para a Akademie Mozart (Salzburg) onde estudou 2 anos, com uma bolsa do Instituto para a Alta Cultura.
A sua carreira como concertista, contou com a colaboração, muito estreita, de Fernando Lopes Graça.
Fernando Serafim destaca um concerto com João de Freitas Branco, na Fundação Calouste Gulbenkian, num barracão que precedeu a construção do edifício definitivo e regista, com muito interesse, a alteração do estatuto dos músicos e cantores, depois do 25 de Abril, com a criação do Sindicato dos Músicos, garantindo deste modo uma carreira profissional, que não existia, com poder reivindicativo e participativo, bem como a criação da Companhia do Teatro da Trindade (em 1973), que integrou, ainda que conciliasse com o lugar de assistente da antiga E.N..
Integrou em 1976,  a primeira companhia residente do Teatro Nacional de São Carlos, com o novo estatuto profissional do músico.
Fez traduções de óperas e deu aulas de canto depois de fazer parte, durante 16 anos, da companhia residente do Teatro Nacional de São Carlos.
Serafim, João, nasceu em Alcobaça a 31 de março de 1927, único filho de um casal constituído por um canteiro e uma doméstica. De saúde frágil, o trabalho de cantaria revelou-se violento, pelo que acabou por não seguir a profissão do pai.
Completou a quarta classe com onze anos, tendo então começado a trabalhar no duro. Depois de ter sido empregado numa mercearia durante dois anos, passou por diversos estabelecimentos, até que entrou nos Armazéns David Pinto, com 23 anos. João Serafim veio a ser um dos três sócios da casa que, durante anos, foi um importante armazém de revenda para todo o País, incluindo os Açores. Os armazéns chegaram a empregar dez pessoas.
Antes, fazia-se muito negócio, era uma casa muito antiga. As feiras e as grandes superfícies deram cabo disto, lamentava João Serafim. Os armazéns vendiam para revenda  roupas interiores, produtos de retrosaria e tecidos, como fazendas e chitas de Alcobaça. Enfim um pouco de tudo.
Serra, Pedro Miguel Botelho, nasceu a 17 de junho de 1971, em Lisboa, tendo frequentado a Escola Secundária do Lumiar até ao 12º. ano, a Escola Agrícola da Paia, quando ainda pensava seguir Agronomia e finalmente a Universidade Lusófona, onde se licenciou, seguida da Faculdade de Arquitetura de Lisboa para fazer o Mestrado em Urbanismo e Doutoramento.
É Presidente da Assembleia de Freguesia de S. Martinho do Porto desde 2013, foi Secretário no mandato de 2009 a 2013, Vice-Presidente do Conselho de Ética e Deontologia, da Associação Nacional de Peritos Avaliadores da lista Oficial da Justiça de 2013 a 2015,
Foi Presidente da Direção da Casa da Cultura José Bento da Silva/S. Martinho do Porto, entre 2011 e 2012 e 2013 a 2014.
Após 2000 foi Arquiteto/Técnico Superior da Câmara Municipal de Alcobaça
desde 2010, Perito Judicial do Tribunal da Relação de Coimbra,
desde 2007, Membro designado pela Ordem dos Arquitetos no Distrito de Leiria, para as CM de Bombarral e Óbidos, Patrono de 6 Estagiários à Ordem dos Arquitetos, desde 2006, Técnico responsável no Portal da Habitação – NRAU - IHRU, desde 2001 - Técnico responsável de Alvará, na empresa de construção Fernando Rosa, Unip Ldª.
Tem outros cursos de formação e especialização na sua área profissional.
-Para Pedro Serra, o gosto pela atividade política e social, teve possivelmente origem ainda bastante novo por influência de meu Pai, que estava ligado a um pequeno partido politico nos anos quentes do antes e pós 25 Abril, tendo assistido desde novo a algumas tertúlias de amigos onde a politica e as opiniões eram vividas de forma intensa. A liberdade de expressão e o direito de opinião ficaram enraizados logo nesse momento. Com a entrada na idade adulta e com o percurso académico que segui, dois dos meus principais hobbys, as viagens e as conversas entre amigos, originaram a formação de uma consciência social e política que me levou a abraçar alguns desafios de cariz associativo e político.
Ao escolher São Martinho do Porto e Alcobaça para residir, verifiquei que a nossa região, tendo uma identidade muito própria, sendo o limite norte da Região Oeste e o limite sul do Distrito de Leiria, teve nos últimos vinte anos um crescimento demográfico e urbano, que hoje em dia é posto em causa, pelo êxodo generalizado das camadas mais jovens, face ao crescente desemprego e falta de oportunidades. Este problema, que teve como causa a falta de um desenvolvimento sustentável e de uma estratégia de planeamento económico regional, foi acompanhado de uma baixa aplicação e rentabilização dos últimos quadros comunitários na região. 
Abre-se agora uma nova oportunidade no âmbito do 2020, que espero venha a ser corretamente aproveitada, mas para a qual é necessária uma visão holística do Concelho, e um planeamento estratégico consistente.
Esta será uma das minhas principais preocupações no concelho Alcobaça a par das questões de educação e justiça social.

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